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DIREITO DE PETIÇÃO E CERTIDÃO. REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

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UNIVERSIDADE CEUMA
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO CONSTITUCIONAL III
Prof.º MARCUS VINICIUS
JOICE CLEA SANTOS GOMES
DIREITO DE PETIÇÃO E CERTIDÃO
SÃO LUÍS – MA
2017
UNIVERSIDADE CEUMA
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO CONSTITUCIONAL III
Prof.º MARCUS VINICIUS
DIREITO DE PETIÇÃO E CERTIDÃO
Joice Cléa Santos Gomes Trabalho enviado à disciplina de Direito Constitucional III, ministrado pelo Prof. Marcus Vinícius na Uniceuma-Campus Renascença para a obtenção de nota. 
 CPD: 88116
SÃO LUÍS – MA
2017
DIREITO DE PETIÇÃO
A Constituição de 1988 amplia o rol de direitos outorgados a pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, instituindo garantias que a doutrina convencionou em chamar de “remédios constitucionais”.
Os Remédios Constitucionais são garantias prescritas na Constituição que asseguram a plena fruição dos direitos contemplados pelo ordenamento jurídico. Esses direitos são bens da vida que as normas jurídicas consagram à liberdade, propriedade, intimidade, vida privada existindo de forma autônoma e valorados em si mesmos.
O Direito de Petição consolidou-se na Bill of Rights, em 1689, possibilitando aos súditos ingleses a formulação de petições ao monarca. Foi prevista também na Constituição francesa de 1791 abrindo um leque de possibilidades ao cidadão para que este apresentasse os seus descontentamentos.
Atualmente, o direito de petição que integra a base dos remédios constitucionais, com previsão legal no art. 5º inc. XXXIV da nossa Carta Magna assegura a todos os brasileiros ou estrangeiros, pessoas físicas ou jurídicas, independentemente do pagamento de taxas, o direito de apresentar petição de natureza eminentemente politica pelo qual o cidadão direciona um pedido aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder abrangendo os direitos individuais ou coletivos.
Contudo, os destinatários do direito de petição são órgãos e entidades públicas compreendendo o Poder Executivo, Legislativo, Judiciário dentre os demais órgãos da Administração Pública são competentes para apreciá-la, desde que alguns requisitos formais estejam presentes como identificação do indivíduo, conteúdo e em regra a petição deve ser escrita, em alguns casos é reduzida a termo pelo órgão receptor da petição. Sendo esta recepcionada, incumbe a autoridade competente responde-la em prazo razoável, cientificando o peticionário da sua decisão.
Havendo inobservância ou omissão por parte da autoridade competente, ocorre uma violação de direito líquido e certo, que pode ser sanada com outro remédio constitucional, o mandado de segurança, que pode ser impetrado pelo cidadão com capacidade postulatória para barrar a ilegalidade ou abuso de poder.
É de máxima importância frisar que o direito de petição difere do direito de ação que em regra exige capacidade postulatória é dirigida ao Poder Judiciário, o direito de petição é um mero instrumento administrativo e possui caráter informal e independe da presença de advogado.
DIREITO DE CERTIDÃO
Trata-se de direito que garante a todos, nacionais ou estrangeiros, pessoas físicas ou jurídicas, o direito de obter certidões em repartições públicas para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal. Com previsão no art. 5º inc. XXXIV caput alínea b, esse direito é exercido contra os órgãos e entidades públicas em geral de qualquer dos Poderes da República, independentemente de pagamento de taxas.
O direito de certidão não é absoluto, pois a lei nº 12.527/2011 dispõe sobre o acesso a informações e documentos públicos de interesse particular ou de interesse coletivo ou geral que apenas será restringido a manutenção do sigilo for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
A Lei n. 9051/95, estabelece que “a necessidade dos interessados fazerem constar esclarecimentos relativos aos fins e razões do pedido.” No art. 1º a lei estabelece o prazo improrrogável de quinze dias para a expedição da certidão. 
Visando a efetividade do exercício do direito de certidão, o órgão ou entidade pública que negar fornecimento do documento caracteriza ilegalidade que pode ser sanado com outro remédio constitucional, o mandado de segurança para garantir direito líquido e certo, não sendo possível o cabimento de Habeas Data, tendo em vista que se presta à defesa do direito de informações de interesse pessoal, e não certidão a respeito delas.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
Motta Filho, Sylvio Clemente da. Direito constitucional: teoria, jurisprudência e questões/ Sylvio Clemente da Motta Filho. 26. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016.
Fontes:
http://direitoconstitucional.blog.br/direito-de-peticao/

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