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2ºBimestre Internacional Privado

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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
Professor: Me. Walter Gustavo da Silva Lemos
Aula 01 – 09/10/17
Extradição
Conceito: é a medida de cooperação internacional entre o Estado Brasileiro pelo qual se concede ou se solicita a entrega de pessoa sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou para fins de instrumento de processo penal em curso. Art. 81 da Lei de Migração (13.445/17).
Art. 81. A extradição é a medida de cooperação internacional entre o Estado brasileiro e outro Estado pela qual se concede ou solicita a entrega de pessoa sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou para fins de instrução de processo penal em curso.
§ 1º A extradição será requerida por via diplomática ou pelas autoridades centrais designadas para esse fim.
§ 2º A extradição e sua rotina de comunicação serão realizadas pelo órgão competente do Poder Executivo em coordenação com as autoridades judiciárias e policiais competentes.
Tipos:
Ativa: quando o Brasil solicita a outro Estado Estrangeiro a extradição do indivíduo para responder a persecução penal ou condenação já imposta.
Passiva: aquela que o Brasil é o solicitado do indivíduo que se encontra no país, para que envie esse indivíduo para que cumpra a pena já imposta ou a persecução penal.
Princípios
Identidade: é que descreve a necessidade de tipicidades delituosas. Fato deve importar identidades de crimes.
Especialidade: este princípio descreve que o extraditando somente pode ser julgado ou cumprir pena pelo crime que ocasiona sua extradição.
Obs.: todos os delitos importam para a extradição?! Não se extraditam os indivíduos quando for Crimes políticos (motivação política) e Crimes de opinião; Cláusula Belga.
Requisitos:
Procedimentos Extradição Ativa: 
1º - Juiz: pedido de extradição.
2º - Ministério das Relações Exteriores
3º - Encaminhamento Diplomático do Pedido. Para o país de destino.
Procedimentos Extradição Passivo:
1º - Presença da documentação necessária para comprovação da instrução criminal em curso ou da condenação criminal definitiva. 
2º - A conduta deve ser considerada crimes nos âmbitos os Estados.
3º - O extraditando não tiver que responder a processo ou havido sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato.
4º - Inocorrência da prescrição punitiva, seja pela lei brasileira ou seja pela lei do Estado Estrangeiro
5º - Delito deve ser imposto no Brasil, pena maior de 02 anos.
6º - Não sujeição do extraditando a julgamento ao Estado Requerente, perante tribunal ou juízo de exceção. 
7º - O extraditando não deve ser beneficiado de refúgio ou asilo territorial. 
8º - O Brasil for competente segundo suas leis para julgar o crime imputado ao extraditando.
Os requisitos são cumulativos.
Aula 02 – 16/10/17
Extradição Passiva:
03 Fases:
Administrativa: ocorre perante o Ministro da Justiça que vai verificar a existência dos documentos e condições necessárias para promoção do processo de extradição.
Judicial: ocorre perante o STF.
1º - Com a designação da oitiva do extraditado, ou seja, vai determinar uma data para que ele seja devidamente ouvido pela autoridade competente e que possa descreve suas alegações respectivas para a descrição da sua defesa.
2º- Audiência
3º - Prazo para apresentar defesa, no prazo de 10 (dez) dias versando sobre as condições e documentações necessárias para a realização do pedido de extradição.
4º - Ouvir o Ministério Público Federal, se posicionar quanto ao pedido de extradição (mérito) ou realização de diligencias.
5º - Decisão ocorre em sede de julgamento no pleno do STF, que julgara procedente ou improcedente o pedido de extradição pleiteado.
Após o processo ser proferido pelo STF é encaminhado ao Presidente da República.
Executiva ou Presidencial: nessa fase que o processo de extradição efetivamente se resolve, se encerra (não se encerra anteriormente). O Presidente por via de decreto vai pôr fim ao processo de extradição.
A presente decisão do Presidente é discricionária, caso o STF na análise do pedido de extradição julgar este procedente, ou seja, tem o Presidente a discricionariedade se extradita ou não o indivíduo. 
Se a extradição foi procedente no STF, o Presidente será discricionário.
Será vinculativa, se a extradição for improcedente no STF. O Presidente não terá outra opção senão negar o pedido de extradição.
Depois de determinada a extradição, o país tem 60 dias para retirar o indivíduo do Brasil. As custas a fica encargo do país rogante.
Tratado? Não é necessário que os Países estejam vinculados para realização da extradição. Não há necessidade de tratados entre os Estados para que a extradição seja realizada, seno possível sua realização de apresentação do termo de reciprocidade firmado pelo Presidente da República e descrevendo a atuação recíproca quando necessária.
Determinação de Prisão: só é possível a prisão do extraditando se ocorrer uma das situações da prisão preventiva. Walter: O extraditando só terá decretada sua prisão se estiverem presentes os requisitos necessários para sua prisão cautelar. Ao invés de prisão podem ser estabelecidas outras medidas cautelares ao extraditando (prisão domiciliar, tornozeleira, comparecimento periódico informando sua localização).
Extradição de brasileiro naturalizado: pode ser naturalizado, desde que seja antes da sua naturalização ou tráfico de drogas. 
Entrega Voluntária: é quando o extraditando de livre e espontânea vontade se entrega ao país rogante para que possa lá responder processo ou cumprir a pena com sentença peal condenatória. Walter: o extraditando poderá entregar-se ao Estado Rogante desde que declare expressamente sua vontade devidamente acompanhado de advogado, e sendo advertido que possui direito ao processo de extradição e a proteção que este direito encerra. O pedido será homologado pelo STF.
Limites à Aplicação do Direito Estrangeiro
Conceito: AINDA VAI FALAR SOBRE O ASSUNTO ACIMA.
Aula 03 - 06/11/2017
Alimentos Internacionais
Conceito: Ocorre quando existe uma relação de alimentos em que o alimentando não pode receber os valores de seus alimentos porque o alimentante se encontra em Estado Estrangeiro. É uma cooperação judicial entre Estados que visa facilitar o cumprimento de decisões judiciais de alimentos no estrangeiro. Cooperação judicial. 
Convenção da ONU sobre Alimentos Internacionais, 1956.
Se dar por via de autoridade central, que no Brasil é a Procuradoria-Geral da República. 
Requisito: Que exista uma “decisão judicial” sobre alimentos. Pode ser uma decisão provisória.
Limites à aplicação do Direito Estrangeiro:
- 1º Ordem Pública: são valores estruturantes do direito pátrio que impedem a aplicação de normas estrangeiras que lhe contraria. Ex.: aplicar ao direito estrangeiro, é possível a aplicação da poligamia. Não sendo reconhecido no Brasil.
- 2º Fraude a Lei: ocorre quando o ato é realizado no estrangeiro para fugir de impeditivo estabelecido pela lei local para sua realização. Posteriormente, busca-se a aplicação a lei estrangeira para dar claridade ao ato realizado no estrangeiro.
- 3º Instituto Desconhecido: é aquele que não apresenta um instituto correlativo dentro do direito nacional no momento da aplicação do direito estrangeiro
- 4º Prélèvement: é a lei imperfeita francesa. A legislação francesa impede a aplicação dos direitos estrangeiros dentro de seu território, salvo exceções que a lei estabelece. 
- 5º Favor Negotti: lei imperfeita italiana. O ordenamento jurídico italiano impede a aplicação do direito estrangeiro, nas questões relacionadas ao direito comercial o que impede a aplicação no Brasil de normas de direito comerciais italianas.
- 6º Reenvio, Remissão ou Retorno: ocorre quando a norma nacional determina a aplicação do direito estrangeiro. Ao buscar a norma estrangeira aplicável a lei estrangeira remete a aplicação da norma de outro Estado o que impede a aplicação do direito estrangeiro.
Aula 04 - 13/11/2017
Vistos
Conceito: é a autorização prévia que se dar ao seu titular expectativa de ingresso no território nacional.Não é um DIREITO e sim uma EXPECTATIVA DE DIREITOS. Para que possa por tanto ao vir ao Brasil autorizada sua entrada com os requisitos necessários. É permitida a entrada no território sem visto? Sim. Os Estados podem formular tratados retirando a necessidades de vistos de entrada nos Estados onde vigorará esse tratado. Por exemplo: Brasil e Portugal. Único que não há e os EUA.
Espécies: são 05 (cinco) os tipos de visto, 
Visita: é aquele em que o visitante vem ao Brasil para estada de curta duração, sem intenção de estabelecer residência para realização de lismo, negócios, trânsito, atividades artísticas e desportivas ou outras hipóteses previstas em lei. Atividade migratória. Podem ser renovados, por igual período que são lhe proposto. Prazo máximo é de 90 dias, prorrogáveis por igual período (utilizando lei antiga)
Temporário: é aquele que o indivíduo vem ao Brasil com intuito de estabelecer residência por tempo determinado com o objetivo de estudo, pesquisa, tratamento de saúde, acolhida humanitária, trabalho, prática de atividade religiosa ou serviço voluntário ou reunião familiar. Ato não é de simples visita, mas de estabelecimento efetivo. Sendo necessária uma das atividades supracitadas. Pode ser concedida com as devidas prorrogações, sendo permitidas por quantas leis forem necessárias. Atividade liberatória. É necessário que se comprove a atividade que será realizada no Brasil, salvo a ajuda humanitária, os demais são necessários a comprovação. Ajuda humanitária (Venezuelanos se encontram no Brasil pela falta de alimentação, perseguições, políticos e afins – não fazem jus ao instituto do asilo e do refúgio). Prazos são determinados por decreto.
Diplomático: é aquele concedido ao indivíduo que vem ao País para o exercício de atividade diplomática, para apresentação junto ao governo brasileiro do seu governo de origem. Não tem prazo específico - tempo necessário para cumprir sua missão diplomática. Não tem como pedir prorrogação se não há prazo estabelecido.
Oficial: concedido ao estrangeiro em missão oficial de seu Estado de origem e aos funcionários de organismos internacionais. Tem a ver com a oficiosidade do indivíduo pelo seu país de origem. Chefe de Estado e seus acompanhantes em missões oficias no Brasil. (Ex.: Trump chegando ao Brasil, receberá o visto oficial). Prazo é o tempo que durará a missão oficial. Quando forem concedidos a representantes de organismos internacionais, eles terão nome específico laissez passer.
Cortesia: são aqueles concedidos a pessoas de relevância internacional amigas do Brasil, que atendam a convite oficial de autoridades brasileiras. Estamos falando de visto específico descrito ao Brasil ao indivíduo de importância a pedido do governo federal que vem aqui para realizar uma atividade específica. Esse visto é concedido pelo prazo pelo Estado que o concede. É um titulo distinto do título diplomático e oficial.
Registro de vistos: são registrados em locais distintos, os vistos de visita e os temporários são registrados perante o ministério da justiça. Diferente dos demais que são registrados perante os ministérios das relações exteriores, pois estes se estabelecem na relação diplomáticas internacionais.
Atenção: não é necessário a concessão de vistos nas situações de asilo e refúgio. É institutos distintos.
Período de estadia irregular ou não realizou seu registro: deportação.
Deportação - Conceito: é a medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória da pessoa que se encontra em situação migratória e regular do território nacional. Situação em que o indivíduo não está regular perante a autoridade brasileira. Estadia irregular ou entrada irregular. Autoridade brasileira deve realizar notificação para que o indivíduo saia do território nacional, sob pena de ser efetivamente deportado. Tem que a ver um procedimento administrativo, notificando o indivíduo para sair do país.
Saída compulsória: retirada do território nacional. É o ato estatal compulsório da retirada do estrangeiro do território nacional.
Pode o deportado retornar ao Brasil? Sim, desde que regularize sua situação migratória.
Despesas a adimplir: deverá pagar as despesas ao Estado brasileiro, dos custos que o governo brasileiro realizou.
Extradição inadmitida: o Estado brasileiro não pode promover a extradição. 
Expulsão: consiste na medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada com impedimento de reingresso por prazo determinado. Cometeu delito comum, doloso passível de prisão de pena privativa de liberdade ou dos crimes descritos no Estatuto de Roma (Genocídio, Guerra, Lesão a humanidade, Agressão) – critério objetivo atualmente.
- Migrante ou Visitante: é requisito que esse indivíduo se encontre em situação regular migratória. Se encontre no país, devidamente com o seu visto concedido.
- Cumprirá a pena no país e após será expulso.
- Sentença Penal Condenatória: com transito em julgado. Ao primeiro caso de expulsão, crime comum e afins. No Estatuto de Roma não precisa de sentença penal condenatória.
- Prazo determinado para reingresso: proibição de um prazo determinado que não poderá reingressar ao território brasileiro. Prazo que estabelece na sentença.
- Edição de decreto: para expulsão. Quem expulsa é o Presidente da República. 
Expulsão inadmitida: quando o ato de expulsar se conjuga na extradição inadmitida significa que não possa expulsar.

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