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DA HABILITAÇÃO

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DA HABILITAÇÃO
Introdução
Denomina-se “habilitação” ao procedimento que tem como escopo promover o ingresso do sucessor causa mortis no processo pendente. O art. 265, I, primeira parte, dispõe sobre a suspensão do processo no caso de morte da parte, quando transmissível o objeto litigioso, a fim de que se promova a habilitação. O termo inicial da suspensão é a morte ou aquele fixado no art. 265, § 1º, b. Os atos urgentes poderão ser praticados, conforme art. 266. Mas não haverá suspensão se houver a intervenção voluntária do sucessor.
A habilitação pode ocorrer de duas formas: a) em caso de habilitação na ação de inventário (art. 1.055 a 1.059 do CPC); b) e habilitação nas demais ações de conhecimentos (art. 1.060 do CPC)
Procedimento
A procedência da ação de habilitação ficará a cargo dos trâmites de um feito incidental, com trâmite conjunto, ou apartado do processo de inventário, iniciando com a distribuição de uma petição inicial, produzida com espeque no art. 282 do código processual civil.
Melhor dizendo, a petição deverá respeitar os requisitos elencados no aludido artigo, sob pena de indeferimento da inicial. Juntamente com a petição deverá conter a certidão de óbito da parte que será substituída, uma vez que vem a ser um documento indispensável para que se prove a verossimilhança da alegação.
Insta salientar que, em algumas situações, necessário se faz a tomada de certas providências antes do processo de habilitação propriamente dito, como por exemplo, nos casos de morte presumida. Nesta situação, conforme disposto no artigo 7º do atual Código Civil e do entendimento majoritário “será necessário procedimento prévio para sua declaração, o que constituirá prejudicial para a habilitação contenciosa ou direta (...)” (MEDINA et al, 2010, p.322).
Dar-se-á a habilitação nos autos de processo de conhecimento, salvo processo de inventário, nos termos do art. 1.060 do Código de Processo Civil. Deverá promovida pelo cônjuge e herdeiros necessários, desde que haja prova documental do óbito e da qualidade de sucessores; quando a qualidade de sucessores ou herdeiros já tiver sido dirimida em outra causa, com sentença transitada em julgado; quando o herdeiro for incluído sem qualquer oposição no inventário; nos casos de declaração de ausência ou arrecadação de herança jacente; ou, ainda, se, proposta a ação de habilitação, a parte reconhecer a procedência do pedido e não houver oposição de terceiros
Cabimento
Cabe à habilitação apenas nos casos de sucessão “mortis causa” de uma das partes do processo. Não se utiliza o procedimento da habilitação para os casos de sucessão “inter vivos”. Isto se deve ao fato de que o Código Processo Civil optou por regular de modo diverso as consequências da alienação do direito litigioso, o que fez no artigo 42. Assim é que, alienando umas das partes a terceiro o direito litigioso, permanece o alienante no processo, agora como substituto processual do adquirente, salvo no caso de seu adversário concordar com a sucessão processual, caso em, que o adquirente do direito litigioso ingressa em seu lugar na relação processual. Nos termos do artigo 1061 do Código Processo Civil tendo ocorrido a alienação do direito litigioso, e tendo permanecido no processo o alienante, como substituto processual do adquirente falecendo o alienante, será ele sucedido independentemente de processo de habilitação
Pelo que se expôs, pode-se mais bem compreender o conteúdo da norma estabelecida pelo artigo 1055 segundo a qual a habilitação tem lugar, quando por morte de alguma das partes, tenha de ser ela sucedida no processo.
Pressupostos
De início, como requisito essencial para seu processamento o requisito para cabimento ocorre quando o falecimento de uma das partes, sendo sua presença essencial para o processamento, e sendo intransmissível a posição jurídica por ela ocupada, não há outra solução que não a extinção do processo, sem resolução do mérito. Não sendo este o caso, porém, a consequência da morte de umas das partes é a suspensão do processo, com base no que dispõe o artigo 265, inciso I do Código de Processo Civil.
Além disso, deve ser apreciado também se a ação admite a substituição das partes, sendo possível a pessoa poderá propor ação de habilitação para assim ingressar no processo e substituir a parte falecida.
Prazo para contestar
Recebida a petição inicial será determinada a citação dos réus para contestar no prazo de 5 (cinco) dias. Caso o réu na habilitação seja parte no processo cuja sucessão é pretendida referida citação se dará por meio de publicação na imprensa oficial em nome do advogado. Caso o réu na habilitação não tenha procurador constituído nos autos, a citação deverá ser pessoal, conforme o disposto no art. 1.057, parágrafo único, do CPC.
Matéria para contestação
Dentre as matérias para contestação podemos destacar a transmissibilidade ou não do objeto litigioso, assim como a condição de sucessor. O incidente poderá ser julgado antecipadamente no caso de reveli, ou porque basta a prova documental. Dessa decisão caberá apelação, com efeito suspensivo.
Competência
Estando a ação no tribunal em grau de recurso no momento em que se dá o falecimento de uma das partes, o processo de habilitação far-se-á na presença do relator do recurso, sendo julgado de acordo com o regimento interno, segundo o dispositivo 1.059 do código processual civil; todavia, conforme lembra Levenhagen (1989, p.254):
Acontecendo de vir a parte a falecer depois de já proferida a sentença e se dessa sentença houver recurso, mas estando os autos ainda no juízo a quo, a competência para o processamento e julgamento da habilitação será do respectivo juiz. É a chamada competência residual.
Em suma, não será necessário que o processamento e julgamento da ação sejam feitos com base no regimento interno do tribunal. Poderão ser realizados pelo próprio juízo a quo, na forma e entendimento por ele construído, porém seguindo as normas do Tribunal a que é submetido.
Caso prático I
Rosane Soares da Silva, solteira, comerciante, vendeu à Juliane da Cruz Santos um Camaro SS, ano 1969, Placa ADR-0710, no valor de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais), ficando acordado que esta deveria pagar 10 parcelas iguais de R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais), que deveriam ser depositados em conta corrente, referente ao Banco do Brasil, agencia 1234-0, conta 56.789-0. Contudo, após a terceira parcela Juliane não efetuou mais nenhum pagamento.
Desta forma, Rosane ingressou com uma ação de cobrança, a qual tramita na 2ª Vara Cível de Rondonópolis-MT. Entretanto, durante a fase de execução, Rosane veio a falecer, deixando 02 (dois) filhos, ambos maiores e capazes.
Análise
Para esta situação em particular o Código de Processo Penal prevê o procedimento de habilitação, o qual tem como objetivo regularizar a sucessão processual quando ocorre a morte de qualquer das partes, neste caso a parte autora.
A habilitação é um procedimento especial de jurisdição contenciosa elencado nos artigos compreendidos entre o 1.055 ao 1.062 do código acima citado.
No presente caso, e com base no artigo 1.060, incisos I, o procedimento de habilitação será realizado pelos herdeiros de Rosane, desde que juntem aos autos certidão de óbito da genitora.
Cabe salientar que o processo de habilitação pode ser proposto a qualquer tempo. 
A competência aqui seria do próprio juízo onde a Ação de Cobrança tramita, ou seja, a 2ª Vara Cível de Rondonópolis-MT. É a chamada competência residual.
Após a execução do título executivo judicial se dará conforme previsto em lei.
Caso prático II
Samuel Soares da Silva, casado, comerciante, veio a óbito deixando 01 (um) Impala 1967, placa ABC-1234; um Shelby Mustang GT500, placa DEF-5678; e um Dodge Charger 1970, placa GHI-9012. Deixou também 02 (dois) filhos do atual e único casamento.
Entretanto, Samuel, em uma de suas aventuras amorosas, com Juliane, gerou Pedro, este foi devidamente registrado pelo de cujus, bem como sendo auxiliado financeira e afetivamente por este.
Contudo,na abertura do processo de inventário, apenas os dois filhos do casamento de Samuel que foram qualificados como herdeiros. 
Análise
O Código de Processo Civil, também prevê o procedimento de habilitação, para este caso em particular, na qual Pedro deverá ingressar com o respectivo procedimento afim de ser habilitado como herdeiro, devendo este juntar aos autos certidão de nascimento a qual comprove seu vínculo fraterno com o de cujus.
No presente caso, e com base no artigo 1.056, incisos I e II, a habilitação será provocada, pois, Pedro que ingressará com o procedimento. 
Cabe salientar que o processo de habilitação pode ser proposto a qualquer tempo. 
A competência aqui seria do próprio juízo onde a Ação de Inventário tramita.
A contestação deverá ser apresentada dentro de 05 (cinco) dias, conforme prescreve o artigo 1.057 do CPC:
Art. 1.057. Recebida a petição inicial, ordenará o juiz a citação dos requeridos para contestar a ação no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. A citação será pessoal, se a parte não tiver procurador constituído na causa.
Observando-se que a citação deve ser feita ao procurador constituído ou pessoalmente à parte requerida, conforme determinação do parágrafo único citado artigo.
BIBLIOGRAFIA
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de Direito Processual Civil 2. Editora Saraiva. Ed. 7ª. Ano 2011.
ORDEM DOS ADVOGADOS BRASIL – SECCIONAL DO PARANÁ. Código de Processo Civil Anotado.
http://conteudojuridico.com.br/
http://www.direitocom.com/

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