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SISTEMA AUTOCONDICIONANTE Os adesivos autocondicionantes são constituídos por rnonôrneros ácidos polirnerizáveis, geralmente ésteres de ácido fosfórico, com pH relativamente mais alto que o ácido condicionante O monômero ácido realiza urna desrnineralização menos profunda da superficie dentionária e dissolve a smear iayer ao mesmo tempo que permite um completo preenchimento dos espaços pelo adesivo . Corno não existe discrepância entre profundidade de desrnioeralização e profundidade de infiltração de resina, pois ambos processos ocorrem simultaneamente, a técnica é menos sensível e parece ser mais duradoura. No SISTEMA AUTO a capacidade de desmineralização é menor se comparada aos sistemas adesivos convencionais, com uma remoção da smear layer também menor. Indicações:Restaurações Classe V de Black Contraindicações:Restaurações Classe IV de Black Vantagem:Nanoinfiltração quase nula, diferente do sistema convencional. Desvantagem:Baixa resistência Camada híbrida:Superficial,Uniforme,Homogenia. Resumo Adesivos O que são os Sistemas adesivos?? São materiais, por definição, responsáveis pela união do material restaurador à estrutura dental. O sucesso de uma restauração deve-se, não à natureza indireta ou direta, mas, sim, à adequada seleção do sistema adesivo. Ou seja, é importante conhecermos cada um, não devemos escolher por indicação. Os sistemas adesivos atuais adotam o mesmo mecanismo de união aos tecidos dentais, obtido através da hibridização do esmalte e dentina. Material +adesivo+dente Definição dos adesivos ? Adesivos = monômeros resinosos hidrofílicos (conferem compatibilidade à dentina) + monômeros resinos hidrofóbicos (maior peso molecular e maior viscosidade – maior resistência mecânica e estabilidade ao produto) + diluentes resinosos (maior fluidez) + solventes orgânicos (acetona, etanol) + água Hibridização é um mecanismo de retenção micromecânico. Mas há estudos que evidenciam a existência de reação química entre adesivo e substrato dental, levando à retenção química, que, se existe, é desprezível. Histórico Os adesivos eram monômeros hidrofóbicos e de alto peso molecular sem aditivos, como solvente e água, tendo maior durabilidade clinica. Com a necessidade de que ele se penetre pela porosidade na hibridização, foram adicionados diluentes resinosos hidrofílicos e solventes na composição, melhorando a adesão à dentina (técnica úmida). Entretanto, comprometeu-se a durabilidade do procedimento. Adesivo hidrofílico que atende aos substratos e técnica Vs. Adesivo hidrofóbico que dá durabilidade. Adesivos autocondicionantes : incorporam em sua formulação monômeros resinosos ácidos que desmineralizam e infiltram os tecidos dentais simultaneamente. Precisam conter água para que se tenha fluidez o suficiente, penetração no tecido dental. Não se deve lavar. Sistemas autocondicionantes : Como esse sistema não apresenta tanta sensibilidade de técnica, principalmente aos eventuais erros do operador, como não precisam de condicionamento acido prévio (dispensando controle de umidade), como os substratos não sofrerão alterações dimensionais, fica mais fácil. Mas o modo de aplicação é o que mais influencia e representa relevância para o desempenho. Os autocondicionantes de 2 passos são menos ácidos do que os de passo único. Essa característica acida relativamente menor faz com que estes sofram influencia dos substratos e do modo de aplicação. Ao contrário do que se pensa, esses adesivos autocondicionantes não condicionam de forma ilimitada. O dente possui capacidade de tamponar os ácidos. Dessa forma, eles dependem da acidez inicial e da capacidade de tamponamento que o substrato oferece. No caso da dentina, a smear layer é a barreira que tampona. Para contornar a lama, aumentaram a acidez e difusividade dos produtos. Autocondicionante - não requerem a aplicação isolada de um ácido para produzir porosidades no substrato. 2 passos (primer autocondic.) = primer ácido (desmineralização do tecido e formação da camada hibrida) + resina de baixa viscosidade (hidrofóbica, sem solventes ou água – igual à resina do sist. conv. de 3 passos) 1 passo (passo único) = primer ácido/resina adesiva do sistema de dois passos (realiza a desmineralização, a infiltração e ligação ao material restaurador). Obs.: vem em frascos separados, pois não podem ficar armazenados juntos. São misturados mediatamente antes da aplicação, quando uma única solução é usada diretamente sobre o substrato dental. Obs.: O professor disse que o melhor é o autocondicionante de 2 passos porque ele não desmineraliza por completo, minimizando a ativação das metaloproteinases. Vantagens e desvantagens Custo: convencionais dominam o mercado nacional e têm menor custo relativo. Custo : Autocondicionantes têm o custo relativamente maior para o consumidor brasileiro. Relação quantidade e preço são importantes, como também o oferecimento de produtos acessórios que encarecem a compra e não tem tanta utilidade. Sensibilidade técnica: traduz na maior ou menor previsibilidade dos resultados, considerando Sensibilidade técnica: traduz na maior ou menor previsibilidade dos resultados, considerando as variáveis que fogem do controle do operador, como característica do substrato. Um dos problemas do sistema adesivo é o cirurgião dentista. Nesse quesito, os autocondicionantes de 2 passos são menos sensíveis às técnicas operatórias e superam o convencional, que possui maior variedade de resultados, dependendo de quem manipule. Durabilidade da união: resinas estão sendo trocadas após cinco anos, enquanto as restauraçoes de amalgama duram 20-30 anos. Para que a resina substitua, precisa aumentar a durabilidade e credibilidade. A maior parte das falhas clínicas ocorre por causa de infiltração marginal, sensibilidade pós-operatória e irritação pulpar, ou seja, obtenção e manutenção do selamento entre sistemas adesivos e dente. 1) Existe um clássico conceito de que a adesão ao esmalte é mais segura e eficiente. Em contrapartida, a adesão à dentina é considerada um desafio. As diferenças estruturais, fisiológicas e morfológicas entre esmalte e dentina são muito importantes para a qualidade adesiva. 2) A cárie secundária irá aparecer se só a sequela da doença for tratada. Assim, afetará a estrutura dental remanescente, não o material restaurador. Culpa do tratamento inadequado ou a falta dele. A restauração só restabelece a função/estética do dente. 3) Com a desmineralização, podemos estar tirando da estrutura dental elementos protetores e, com a técnica adesiva, pela infiltração dos monômeros, estaremos substituindo-os por produtos susceptíveis à degradação no meio bucal. 4) Os índices de sucesso de adesão ao esmalte se explicam pelo procedimento realizado em cavidades sem dentina, com uso de material adesivo e selante de característica hidrofóbica e sem presença de umidade. Para que ocorra uma eficiente hibridização da dentina, é necessário que se evite o colabamento das fibrilas colágenas após o condicionamento acido, elas têm que permanecer expandidas = técnica úmida. Obs.: ao mesmo tempo que a simplificação da técnica adesiva levou à mudança da formulação das dos adesivos, tornando-os hidrofílicos (imperativo para a penetração nos espaços interfibrilares) e compatíveis com a dentina, isso diminuiu a durabilidade da união. Assim sendo, quanto maior a umidade, menor a durabilidade... MAS também não se pode secar muito o substrato. Desvantagens dos autocondicionantes Os agentes adesivos autocondicionantes, os quais não requerem aplicação isolada de um ácido para produzir porosidades no substrato. Suas formulações incorporam monômeros resinosos ácidos que desmineralizam e infiltram os tecidos dentais simultaneamente. Conseqüentemente, não devem ser lavados da superfície das paredes cavitárias. Os sistemas adesivos autocondicionantes podem ser de dois passos, no qual o condicionador e o primerestão combinados num mesmo frasco e o adesivo é aplicado separadamente, ou de passo único, combinando ácido, primer e adesivo numa mesma aplicação. Estes materiais são menos sensíveis às questões de umidade superficial da dentina e evitam sensibilidade pós-operatória, assim como, a nanoinfiltração, quando comparados aos sistemas convencionais. Ainda, além de apresentarem um pH ácido e não serem removidos do substrato dental após sua aplicação, provocam desmineralização limitada dos tecidos dentários. Seguindo o mesmo princípio, podese esperar menor efetividade desses materiais sobre o esmalte, devido ao alto conteúdo de cálcio existente no tecido. Não remove a smear layer (sistemas adesivos auto-condicionante), que não remove a camada de smear , é uma tentativa de eliminar o passo técnico de lavagem e secagem após o condicionamento ácido, já que trata-se de um procedimento muito sensível pela possibilidade de ocorrer o colapso da redede colágeno, ocasionando a queda dos níveis de adesão e conseqüenteocorrência de sensibilidade pósoperatória. Outro fator associado à importância destes adesivos relaciona-se a uma infiltração nanométricagerada pelos adesivos das duas gerações anteriores. A nanoinfiltração ocorre pela hidrólise da camada desmineralizada de dentina mais profunda que não fica envolta pelos monômeros resinosos do sistema adesivo (Sano et al,1995). Dessa forma, o sistema auto-condicionante busca utilizar primerscondicionantes com a finalidade de atingir a mesma profundidade dedesmineralização e de difusão dos monômeros, não permitindo que seestabeleça uma zona frágil, desencadeadora da nano infiltração. No entanto, alguns estudos colocam em dúvida a efetividade adesiva destes adesivos no esmalte.
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