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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA POLO CAXIAS DO SUL GABRIELA PONTES CORRÊA – 2662262520 TUTOR EAD: PRISCILA CINTRA DESAFIO PROFISSIONAL CAXIAS DO SUL - RS 11/2017 GABRIELA PONTES CORRÊA – 2662262520 TUTOR EAD: PRISCILA CINTRA DESAFIO PROFISSIONAL Trabalho apresentado ao Curso de Tecnologia em Gestão Comercial do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas de Matemática; Processos Gerenciais; Direito Empresarial; Tecnologias de Gestão e Responsabilidade Social e Meio Ambiente. Caxias do Sul 11/2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................................................04 1. OBJETIVO DO DESAFIO PROFISSIONAL................................................................05 2. DESENVOLVIMENT O.................................................................................................05 PASSO 1 Viabilidade da troca de lâmpadas........................................................................05 PASSO 2 Código de Defesa do Consumidor......................................................................06 PASSO 3 Sistema de Gestão...............................................................................................07 PASSO 4 Implementação de Práticas Sustentáveis............................................................08 3.CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................09 REFERÊNCIAS.................................................................................................................09 INTRODUÇÃO A Aprendiz é uma escola de ensino fundamental localizada na cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná. A escola foi fundada em 1993 e é renomada na cidade onde atua. Aprendiz tem em torno de 1000 alunos, que cursam do primeiro ao último ano do ensino fundamental, e 60 funcionários, entre eles: professores, pedagogos, auxiliares, técnicos, cozinheiras e jardineiros. Ana é uma das professoras da Aprendiz. Ela tem 28 anos, é formada em história e trabalha na escola há 6 anos. Ana mantém um bom relacionamento com os seus colegas de trabalho, com os alunos e com os pais dos alunos, por isso resolveu se candidatar à diretoria da escola. Ela ganhou as eleições para diretoria da escola com 70% dos votos. Esse ano Ana assumiu a diretoria da escola e convocou duas reuniões, uma com a equipe da Aprendiz e outra com os alunos e pais. O objetivo dessas reuniões é construir uma gestão colaborativa, com a participação de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Ana deseja verificar quais são as sugestões dos colaboradores, alunos e pais para que a escola melhore, principalmente de forma sustentável. Na reunião com os colaboradores, a principal reclamação foi em relação aos procedimentos da escola que ainda eram manuais. A escola não tem uma ferramenta para gestão e organização da instituição. Tudo é feito em planilhas e documentos que são impressos e arquivados, gerando uma quantidade desnecessária de papéis e retrabalho. Outro problema é que não existe uma gestão do conhecimento e muitas vezes quando um professor sai da escola toda a sua metodologia se perde. Ana tem uma pós- graduação em desenvolvimento sustentável e desde então trabalha com o conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável em suas aulas. Agora ela deseja ir além e colocar na sua gestão práticas sustentáveis. Por isso, durante as reuniões ela pediu sugestões de práticas sustentáveis que a escola poderia adotar. Várias ideias surgiram. Entre elas, Ana escolheu duas para implementar de imediato. São as seguintes: 4 Trocar toda a iluminação da escola, feita por lâmpadas fluorescentes, por lâmpadas de LED que são mais econômicas e sustentáveis. Implementar uma ferramenta integrada para melhorar a gestão na organização e reduzir os custos com impressões e papéis. O seu Desafio Profissional é assessorar a Ana nesse processo de implementação das práticas sustentáveis na escola Aprendiz. Para construir o seu Desafio Profissional será necessário seguir os seguintes passos. 1 OBJETIVO DO DESAFIO PROFISSIONAL Assessorar o processo de implementação de práticas sustentáveis em uma escola de ensino fundamental. 2 DESENVOLVIMENTO PASSO 1 A viabilidade da troca de lâmpadas Neste passo vamos ajudar a Ana a verificar se a troca das lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED vai gerar economia na conta de energia elétrica da escola. Sabe-se que atualmente com as lâmpadas fluorescentes a escola consome 1.620 Quilowatts por mês. Segundo dados do fornecedor com a troca das 200 lâmpadas que a escola possui, o consumo mensal será de 900 kWh. Considerando que a escola já paga R$ 1000,00 fixos por mês pela energia consumida por equipamentos, que o custo por kWh é de R$ 0,36 e que x é a quantidade de kWh consumidos por mês pelas lâmpadas da escola, temos o valor da conta de energia expressado pela seguinte função: f(x)= 0 ,36x + 1000 Apresentaremos o cálculo do valor das contas de energia elétrica da escola antes e depois da troca das lâmpadas e verificar qual será o valor economizado por mês. Cálculo da conta antes da troca das lâmpadas: f(x) = 0,36 x + 1000 f(x) = 0,36 * 1620 + 1000 f(x) = 583,20 + 1000 f(x) =1.583,20 O custo mensal da conta sem a troca das lâmpadas é de R$1.583,20 (um mil quinhentos e oitenta e três reais e vinte centavos) Cálculo da conta após a troca das lâmpadas: f(x) = 0,36 x + 1000 f(x) = 0,36 * 900 + 1000 f(x) = 324 +1000 f(x) = 1.324,00 O custo mensal da conta após a troca das lâmpadas será de R$1.324,00 (um mil trezentos e vinte e quatro reais) Como podemos ver a troca das lâmpadas de fluorescentes para LED é viável, gerando uma redução inicial de 720 kWh mês, que resultará numa economia de R$ 259,20 (duzentos e cinquenta e nove reais e vinte centavos) por mês, trazendo uma economia de R$ 3.110,40 (três mil cento e dez reais e quarenta centavos), no acumulado anual. PASSO 2 Código de Defesa do Consumidor Neste passo vamos assessorar a Ana na situação referente à troca das lâmpadas.Após a compra e entrega das lâmpadas de LED, Ana percebeu que algumas estavam quebradas e outras trincadas. Ela imediatamente ligou para o fornecedor e explicou o ocorrido, mas o fornecedor se recusou a trocar as lâmpadas com defeitos. Diante desse fato, Ana não sabe como agir. Vamos ajuda-la nesse momento verificando se a mesma está correta na sua exigência (troca das lâmpadas com defeitos)? Quais são os direitos segundo o código de defesa do consumidor? Caso o fornecedor se recuse a trocar o produto, quais ações deverão ser tomadas pela Ana como diretora da escola? LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990, DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR SEÇÃO III Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que ostornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. O Código de Defesa do Consumidor estabelece em seu artigo 18 que os fornecedores são responsáveis solidariamente pelos vícios, porém, o comerciante deve ser responsabilizado conforme dispõe o artigo 13, inciso III do Código de Defesa do Consumidor, por não ter conservado o produto de forma adequada. Para solução do conflito far-se-á uma ação de restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; ou a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; ou o abatimento proporcional do preço. PASSO 3 Sistema de Gestão Neste passo, vamos auxiliar a diretora da escola, na implementação de ferramentas que vise melhorar a gestão na organização, reduzir os custos com impressões e papéis e elevar a eficiência e a eficácia da organização. Vamos sugerir um sistema/software para a organização, definir em quais setores a tecnologia deverá ser aplicada (qualidade, projetos, sistemas de informação, comunicação, gestão, etc...) e quais são os atributos que o sistema/software deve ter. Lembrando que a ferramenta também ajudara na gestão do conhecimento da organização. Assim, nenhum conhecimento será perdido com a saída de colaboradores e até as práticas que a Ana está implementando serão preservadas. Para ajudar à Ana na gestão concluímos que o ciclo PDCA irá melhor atender na redução dos custos com as impressões e maior controle e organização. “O Ciclo PDCA é um método gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização (WERKEMA, 1995 )”. Foi elaborado na década de 30 pelo americano Shewhart, o seu maior divulgador foi Deming. Também denominado método de solução de problemas, pois cada meta de melhoria origina um problema que a empresa se propõe a solucionar. As etapas que compõe este ciclo são: Planejamento (P - Plan), Execução (D - D o), Verificação (C - Check) e Atuação Corretiva (A - Action). Na etapa de planejamento serão estabelecidas as metas e as formas para alcançá-las, contudo anterior a isto, se faz necessário observar o problema a ser resolvido, analisar o fenômeno e desvendar as causas e origem do problema. Esta etapa é caracterizada como a de maior complexidade , e torna -se a mais importante, porque erros cometidos na identificação do problema e no delineamento de ações impedirão o alcance dos resultados. Já a etapa de execução, as tarefas planejadas no passo anterior são colocadas em prática e dados são coletados para as análises do passo seguinte, a etapa(verificação). Nesta etapa é necessário iniciativa, educação e treinamento. A etapa de verificação, os dados coletados da etapa de execução são utilizados na comparação entre o resultado conquistado e a meta delineada. No caso a meta não tenha sido atingida deve-se retornar a fase de observação da etapa de planejamento, analisar novamente o problema e elaborar um novo plano de ação. Na etapa de atuação corretiva acontecem as ações de acordo com o resultado obtido. Se a meta foi conquistada, a atuação será de manutenção (adotar como padrão o plano proposto). Se a meta não foi conquistada, a atuação será de agir sobre as causas que impediram o sucesso do plano. A fim de facilitar o emprego do método de gestão Ciclo PDCA, ilustrado pela figura 1 abaixo, é necessário à utilização de ferramentas da qualidade, já que estas propiciam a coleta, o processamento, a análise e a disposição das informações úteis na tomada de decisões PASSO 4 Implementação de Práticas Sustentáveis Neste passo, vamos sugerir outras práticas sustentáveis para a escola e práticas administrativas para a Ana que nunca atuou como gestora. Para a escola, consideramos que a sustentabilidade não está inserida na cultura organizacional da instituição, priorizando as três dimensões: a social, a econômica e a ambiental. Vamos sugerir uma prática que abranja cada dimensão para serem implantadas na escola Aprendiz. Vamos desenvolver e justificar as sugestões a Ana. A crença em apostar em um desenvolvimento econômico e social contínuo, harmonizado com a gestão racional do ambiente, segundo Sachs (2007), passa pela redefinição de todos os objetivos e de todas as modalidades de ação. Sachs (2007) usa a expressão eco desenvolvimento em lugar de desenvolvimento sustentável e identifica no modelo cinco dimensões de sustentabilidade de que, segundo ele, todo planejamento de desenvolvimento precisa levar em conta: 1) A sustentabilidade social, que se entende como criação de um processo de desenvolvimento que seja sustentada por um outro crescimento e subsidiado por uma outra visão do que seja uma sociedade boa. A meta é construir uma civilização com maior equidade na distribuição de renda e de bens, de modo a reduzir o abismo entre os padrões de vida dos ricos e dos pobres; 2) A sustentabilidade econômica, que deve ser tornada possível através da alocação e do gerenciamento mais eficiente dos recursos e de um fluxo constante de investimentos públicos e privados. Nessa dimensão, a eficiência econômica deve ser avaliada em termos macrossociais, sistêmicos na relação com as partes, e não apenas através do critério da rentabilidade empresarial de caráter microeconômico; 3) A sustentabilidade ecológica, que pode ser melhorada se seguidos os seguintes princípios: ampliar a capacidade de renovação dos ciclos ecológicos da Terra, intensificando o uso do potencial de recursos dos diversos ecossistemas, com um mínimo de danos aos sistemas de sustentação da vida; limitar o consumo desordenado dos recursos naturais e respeito à biodiversidade ecológica; intensificar a pesquisa para a obtenção de tecnologia de baixo teor de resíduos e eficientes no uso de recursos para o desenvolvimento urbano, rural e industrial; definir formas de uma adequada proteção ambiental; 4) A sustentabilidade espacial, que deve ser dirigida para a obtenção de uma configuração rural- urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial dos assentamentos humanos e das atividades econômicas; 5) A sustentabilidade cultural, incluindo a procura de raízes endógenas de processos de modernização e de sistemas agrícolas integrados, processos que busquem mudanças dentro da continuidade cultural e que, traduzam o conceito normativo de eco desenvolvimento como conjunto de soluções específicas para o ecossistema, a cultura e o espaço de vida local, respeitando a diversidade biológica e cultural. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho conjugou a metodologia PDCA, e se associarmos com algumas ferramentas para mostrar como é possível trabalhar de forma preventiva nas soluções dos problemas organizacionais. Porém, esse casamento do PDCA com as ferramenta da qualidade só surte efeito quando existe o desejo de todo (da diretoria a cantina) pela melhoria contínua. Caso a escola em estudo estivesse em funcionamento poderia ser demonstrado o quanto uma organização pode evoluir em termos de qualidade e produtividade ao tomar como parte de sua rotina procedimentos e ferramentas de controle de seus processos. Foi possível verificar a grande dificuldade da sociedade e os desafios diários das escolas para se tornarem sustentáveis e para educarem para se alcançar asustentabilidade. Baseando-se nos resultados obtidos, ficam evidentes que os processos participativos são itens importantíssimos para a consolidação da educação ambiental e para a geração de sociedades realmente sustentáveis. Para que isso aconteça, é fundamental que sejam analisadas as ações desenvolvidas na escola para que se compreenda a atual situação e para que se possa decidir de forma coletiva quais os panoramas da sustentabilidade que se deseja alcançar. REFERÊNCIAS ALIER , J. M .; S C HLÜPMAN, K. La ecologia y la economía. México: Fondo de Cultura Económica, 1991. ALIER , J. M . Da economia ecológica ao ecologismo popular. Blumenau: Editora da Furb,1998. ALONSO, Myrtes. O papel do diretor na administração escolar. 2. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Difel/ Educ , 1978. BORDIGNON, Genuíno ; GRACIND O , Regina V . Gestão da educação: o município e a escola. In: FERREIRA, Naura S. C . ; AGUIAR , Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2000, p. 147 - 176.
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