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Hanseníase slide. novo (1)

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Hanseníase: 
Esclarecer para Erradicar 
Grupo: 
Alessandra RGM: 17270871
Francinete Vicente RGM: 18433120
Maria Domicia RGM: 17466211
Maria Aparecisa RGM: 17446007
Stephanie Geovana RGM: 17397782
Simone Rodrigues RGM:17421578 
Descrição da doença
Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae. Esse bacilo tem a capacidade de infecta grande número de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade) essas propriedades dependem de, além das características intrínsecas do bacilo, de sua relação com hospedeiro e o grau de endemicidade do meio. O alto potencial incapacitante da Hanseníase está diretamente relacionado ao poder imunogênico do M. leprae.
Sinonímia – Mal de Hansen. Antigamente, a doença era conhecida como lepra. 
Agente etiológico
Mycobacterium leprae, bacilo álcool-ácidos resistente intracelular obrigatório, sendo a única espécie de micobactéria que infecta nervos periféricos, especificamente células de Schwann.
A bactéria em formato de bastão foi descrita pela primeira vez pelo médico norueguês Gerhard Armauer Henrik Hansen, em 1873.
História
A Hanseníase detém o título de uma das doenças mais antigas da história da humanidade, com relatos que datam até 1.350 a.C. Antigamente, por falta de conhecimentos específicos a hanseníase carregava um grande preconceito associando os portadores ao pecado, à impureza e a desonra.
Reservatório 
O homem, reconhecido como única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados.
Modo de Transmissão 
A principal via de eliminação dos bacilos dos pacientes multibacilares é a aérea superior, sendo, também, o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo.
Período de incubação – Em média, 2 a 7 anos. Há referências a períodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10 anos.
Características epidemiológicas 
Tem baixa letalidade e baixa mortalidade, podendo ocorrer em qualquer idade, raça ou gênero. A hanseníase apresenta tendência de estabilização dos coeficientes de detecção no Brasil, mas ainda em patamares muito alto nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.
O valor médio deste indicador para o Brasil, oscilou de 29,37/100.000 habitantes, em 2003, para 20,52/100.000 habitantes em 2008.
No Dia Mundial da luta contra hanseníase, celebrado em 31 de janeiro, o ministério da saúde divulga números que apontam redução de 34,1% no número de casos novos diagnosticados com hanseníase no Brasil, passando de 43.652 diagnosticados no ano de 2006, para 28.761 no ano de 2015.
Diagnóstico
O diagnóstico e clínico e epidemiológico, realizado por meio de análise da história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico).
Em crianças, o diagnósticos e criterioso, diante da dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade. Nesse caso, recomendasse utilizar o “Protocolo complementar de investigação diagnósticas de caso de hanseníase em menores de 15 anos”
A classificação operacional do caso de Hanseníase, visando o tratamento com poliquimioterapia é baseada no número de lesões cultâneas de acordo com os seguintes critérios:
Paucibacilar (PB) - Casos com até 5 lesões de pele;
Multibacilar (MB) - Casos com mais de 5 lesões de pele.
Diagnóstico Laboratorial
Exame baciloscópico – A baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico), quando disponível deve ser utilizada como exame complementar para a classificação dos casos em PB ou MB. A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões.
Observação – O resultado negativo da baciloscopia não exclui o diagnóstico de Hanseníase.
Tipos de Reação
Reação tipo 1 ou Reação reversa (RR)
Caracteriza-se pelo aparecimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou placas), infiltração, alterações de cor e edema nas lesões antigas, com ou sem espessamento e dor de nervos periféricos (neurite).
 
Reação tipo 2, eritema nodoso hansênico (ENH)
Caracteriza-se por apresentar nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-estar generalizado, com ou sem espessamento e dor de nervos periféricos (neurite).
Reação tipo 1- Iniciar Prednisona na dose de 1 a 2mg/kg/dia, conforme avaliação clínica. Manter a polioquimioterapia se o doente ainda estiver em tratamento especifico.
Reação tipo 2 ou eritema nodoso hansênico (ENH) – A talidomida é a droga de escolha na dose de 100 a 400mg/dia, conforme a intensidade do quadro ( para mulheres de idade fértil, observar a lei n° 10.651, de 10 de abril de 2003, que dispõe sobre o usoda talidomida).
Tratamento
Os pacientes devem ser tratados em regime ambulatorial. Nos serviços básicos de saúde, administra-se uma associação de medicamentos, a poliquimioterapia (PQT/OMS). 
A PQT/OMS mata o bacilo e evita a evolução da doença, prevenindo as incapacidades e deformidades por ela causadas, levando a cura.
Vigilância Epidemiológica
Objetivos – Detectar novos casos interromper a cadeia de transmissão e prevenir as incapacidades físicas e realizar exames dermatoneurológicos de todos os contatos de casos de Hanseníase, com objetivo de detectar novos casos e iniciar o tratamento o mais rápido possível, evitando a ocorrência de outros casos.
Notificação – Doença de notificação compulsória em todo território nacional e de investigação obrigatória.
Vigilância de recidivas – As unidades de saúde dos municípios, diante de um caso suspeito de recidiva, devem preencher a “ficha de intercorrências pós-alta por cura” (Anexo VI, da portaria SVS/SAS/MS n° 125/2009) e, encaminhar o caso, para unidade de referência mais próximo.
Vacinação BCG (bacilo de Calmette-Guërin)
Recomendações – A vacina BCG-ID deverá ser aplicada nos contatos intradomiciliares, sem presença de sinais e sintomas de Hanseníase, no momento da avaliação, independentemente de serem contatos de casos PM ou MB. A aplicação da vacina BCG depende da história vacinal: se o contato não possuir cicatriz vacinal de BCG, deverá ser prescrita uma dose da vacina de BCG. Caso possua uma cicatriz de BCG, deverá ser prescrita uma dose adicional da BCG. Caso possua duas cicatrizes vacinais, não deverá receber nenhuma dose da vacina BCG.
Atenção – Todo contato de Hanseníase com menos de 1 ano de idade, já vacinados, não necessitam da aplicação de outra dose de BCG.
As contraindicações para aplicação da vacina BCG são as mesmas referidas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), disponíveis no seguinte endereço eletrônico: http://portal.saúde.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_posvacinação.pdf. 
Bibliografia
Doenças infecciosas e parasitárias. Guia de bolso; 8º edição;2010

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