Buscar

TCC FINALRacismo nas instituições escolares e suas consequências

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

RACISMO NAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES E SUAS CONSEQUÊNCIAS
FRANZEN, Denise
RU: 1159086
FRANCIESKI, Adriana Paula
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo pesquisas sobre as questões étnico-raciais na escola, na formação inicial; identificar no trabalho do professor alfabetizador as dificuldades na interpretação do livro didático em relação às culturas afro-brasileiras e contribuir para a superação de preconceitos e discriminação da criança negra no ambiente escolar; um breve comentário sobre a implementação da Lei 10.639/03 que torna obrigatório na rede de ensino trabalhar em sala de aula as questões étnico-raciais e com a história e cultura afro-brasileira e que trabalhar esse tema passa a ser um fator importante para o manuseio do material didático e para as escolas; com a criação dessa lei, faz com que os alunos reflitam e saibam sobre as culturas do negro existente no seu país. Trago reflexões, em diálogo com alguns autores e conversa com alguns professores, buscando fundamentar com a prática docente as questões sobre racismo. Sendo assim, o presente trabalho tem por finalidade expor a figura do professor enquanto colaborador e disseminador do conhecimento, por sua postura em sala de aula diante da sua colaboração na construção da autoestima das crianças negras em seu processo de ensino e aprendizagem. O racismo tem assumido formas muito diferentes ao longo da história, cabe a nós, enquanto educadores desconstruir essa imagem de marginalização para que essas crianças possuam um novo futuro e construam uma nova nação, que seja livre de praticas preconceituosa e racista, tornando mais tolerante ás questões da diversidade social a que estamos constantemente expostos.
Palavras chave: Racismo e discriminação. Professor. Alunos. Livro Didático.
INTRODUÇÃO
	A escolha em desenvolver esta pesquisa, se justifica devido á relevância em tratar de um assunto que merece ser discutido e analisado no que diz respeito ás possíveis formas de solucionar ou ao menos reduzir o racismo na escola, um mal que tem propiciado sérias consequências no processo de ensino e aprendizagem dos alunos que por sua vez, acabam sendo vitimas de outros que compõem grupos étnicos raciais diferentes dos seus e se acham superiores a ponto de cometer essa injúria social denominada racismo. 
	A escola é um reflexo da sociedade, pois nela são vivenciados os problemas como o preconceito e discriminação racial. A sociedade brasileira não se adaptou as diferenças de forma harmoniosa, sendo assim se pretende trabalhar com a ideia de combater as marcas do racismo na comunidade escolar, promovendo aos alunos discussões, reflexões e conscientização, desenvolvendo nos alunos a capacidade de construir seus conhecimentos em favor da desigualdade racial e respeitar as diferenças, para que desconstruam pressupostos comportamentais de inferioridade étnico-racial e que valorizem a pesquisas bibliográficas sobre a origem do racismo, os movimentos negros, suas conquistas e analise sobre os efeitos do racismo nas escolas.	
Vivemos num país onde a herança do preconceito racial está muito presente, apesar de ter certa negação ou omissão do problema. As marcas dessa herança cultural estão muitas vezes implícitas em letras de músicas, na mídia e até mesmo na literatura infantil. A maioria das histórias e contos apresentados ás crianças ou lidos por elas enfatiza a cultura europeia, exemplo disso temos os contos da branca de neve, chapeuzinho vermelho, Rapunzel, dentre outros.
A educação é uma conexão para a formação de alunos críticos e conscientes para promover a capacidade de mudanças necessárias á transformação do mundo, o contato da criança com a realidade de seu ambiente propicia na melhor aprendizagem e o desenvolvimento de atitudes em relação ao mundo á sua volta e o mais importante é perceber e entender a origem, o desenvolvimento e as consequências do racismo, (DIAS, 2002, p.155-160).
Diante disso, esse estudo tem por objetivo discutir sobre o racismo na escola e traçar apontamentos sobre formas de superar essa prática no ambiente escolar. Para atingir esse objetivo será utilizada a metodologia de pesquisa teórica em livros, artigos, teses, dissertações e material eletrônico para compreender como o racismo acontece e de que modo ele pode ser eliminado das práticas escolares.
A questão étnico-racial destaca um pouco do se entende por gênero, raça, questão de identidade, cor de pele, tipo de cabelo, lábios, nariz, entre outros. Durante anos da história do Brasil, os grupos sociais, como negros e mulheres, faziam protestos e lutavam contra a discriminação de raça e gênero, na educação a questão étnica e racial ficou silenciada, não havia incentivo para que as escolas e materiais didáticos colocassem referências positivas dos negros nos livros, filmes e músicas.
O educador precisa estar ciente das leis e dos parâmetros que regem a educação, sua gestão, estratégias e organização, se apropriando também das políticas e ações afirmativas que se referem ás relações étnicas e raciais no cotidiano escolar. Tal postura é conveniente tanto no ambiente de sala de aula quanto nos demais espaços de convivência educativa.
No processo de alfabetização é importante também que se valorize outra estética, não só aquela de pele clara e olhos azuis ou verdes, mas o sentido da beleza presente na pele negra, nos cabelos enrolados, já no período inicial da escolarização, promover assim uma mudança de paradigma em relação á questão racial.
Apresento aqui uma pesquisa referente ás questões sobre a forma de como o professor pode abordar o tema das culturas afro-brasileiras, componentes curriculares, as perguntas daí decorrentes formulam-se da seguinte forma: como o professor compreende a questão étnico-racial? De que forma ele aborda o tema das culturas afro-brasileiras com os alunos? Enfim são questões que podem contribuir sobremaneira para a elucidação do trabalho da racialidade no ambiente escolar, particularmente na alfabetização.
Na presente pesquisa utilizei os estudos de autores como DIAS (2002) sobre a escola como espaço de socialização; MUNANGA (1996) sobre estratégias e políticas de combate a discriminação racial, entre outros autores que desenvolvem estudo sobre essa temática e que me ajudou na construção dessa pesquisa com suas reflexões e contribuições teóricas.
Para tanto este trabalho é de natureza qualitativa desenvolvida sob a pesquisa bibliográfica para compreender como os autores verificam a postura dos professores diante das discriminações existentes na sala de aula com as crianças negras e como poderá colaborar na construção da autoestima dessas crianças no âmbito escolar.
2. RACISMO NAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES
2.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	Em nosso dia a dia é comum ouvirmos piadas referentes ás mulheres, negros, portugueses, judeus, deficientes físicos, entre outros grupos sociais, isso expressa várias formas de preconceito existentes em nossa sociedade, que reforçam muitas vezes as desigualdades de tratamento e oportunidades entre as pessoas, portanto dificilmente se adota uma atitude reflexiva sobre esses fatos, (CARVALHO, 2012).
	O preconceito racial sustenta a ideia de superioridade de uma raça em relação á outra, é algo formado a partir de crenças e juízos de valor que o homem sustenta sobre as diferenças raciais. 
	Os PCNs foram instituídos em 1997, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, eles apresentaram o que entrará a vigorar, com objetivo central, a construção de um referencial de qualidade para a educação básica de todo o país, desde a Educação Infantil até ao Ensino Médio, no intuito de fornecer aos sistemas de ensino, particularmente aos professores, subsídios á elaboração e reelaboração curricular. Segundo o Ministério da Educação, os Parâmetros advieram da necessidade, apontada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB 9.394/96, de se propiciar a todos a formação básica comum. O que pressupõe, conforme consta no documento, a formulação de um conjunto de diretrizes capazesde nortear os currículos e seus conteúdos mínimos, incumbência que nos termos do art. 9º, inciso IV, da supracitada Lei, é remetida para a União, (BRASIL, 1997).
Através dos parâmetros, os alunos são levados a compreender a cidadania enquanto participação social e política; a posicionar-se de modo critico e construtivo; a conhecer características sociais, materiais e culturais do país; a identificar e valorizar a pluralidade cultural; a posicionar-se contra a discriminação cultural, social, religiosa, de gênero, de etnia, dentre outras. Os PCNs permitem também ao estudante se perceber integrante e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e interações possíveis, contribuindo para melhorá-lo. Possibilitando ao aluno desenvolver a percepção de si, a confiança nas próprias capacidades e o sentido de preservação física e mental; a utilizar diferentes linguagens; a consultar diversas fontes de informação e a questionar a realidade, formulando problemas e soluções.
Temos que pensar na educação como um todo, dentro e fora da sala de aula; uma educação global, que fala do respeito ao outro em busca da paz; uma educação que propicia a integração das tecnologias sociais e também a educação escolar formal, indo até a profissionalização. Entender a educação como direito humano diz respeito a considerar que as pessoas se diferenciam dos outros seres vivos por uma característica única do ser humano: a habilidade de produzir conhecimento e, por meio dele, transformar, organizar-se e rever valores. Nesse sentido, fica claro que a educação tem um papel fundamental para criar uma cultura de respeito á vida e á dignidade humana, combatendo preconceitos e a discriminação, (SILVA, 2004, p.73-74).
Mudar mentalidades, superar o preconceito e combater atitudes discriminatórias são finalidades que envolvem lidar com valores de reconhecimento e respeito mútuo, o que é tarefa para a sociedade como um todo. A escola tem um papel crucial a desempenhar nesse processo. Em primeiro lugar porque é um espaço em que pode se dar a convivência entre crianças de origens e nível socieconômicos diferentes, com costumes e dogmas religiosos diferentes que cada uma conhece, com visões de mundo diversas que compartilha com a família. Em segundo, porque é um dos lugares onde são ensinadas as regras do espaço público para o convívio democrático com a diferença. Em terceiro lugar, porque a escola apresenta á criança conhecimentos sistematizados sobre o país e o mundo, e aí a realidade plural de um pais como o Brasil fornece subsídios para debates e discussões em torno de questões sociais. A criança na escola convive com a diversidade e poderá aprender com ela, (BRASIL, 1996).
O ambiente escolar é um local que agrupa diversos seres humanos com as mais variadas divergências, trazendo assim um grave problema: já que somos considerados raciais, atribuímos a nossa personalidade a um tom de verdade. E quando vislumbramos o outro como diferente ao nosso comportamento, criamos obstáculos e discriminamos este ser, achando que ele se torna uma ameaça a nossa integridade. Tal situação tem como suporte no etnocentrismo, o que se pode dizer que o etnocentrismo é uma visão de mundo que considera o grupo a que o individuo pertence o centro de tudo, elegendo como mais correto e como padrão cultural a ser seguido por todos, considera os outros de alguma forma diferentes e inferiores, (ROCHA, 2007, p.19).
O etnocentrismo educacional, onde a educação e as organizações educativas são instrumentos culturais desse colonialismo cognitivo: é o etnocentrismo pedagógico e o correlato psico-cultural do furor-pedagogico, uma questão escolar autoritária e impositiva para nivelar as diferenças das culturas grupais por meio do planejamento, daí o etnocentrismo consiste na dimensão ético-politica da mesma problemática cuja dimensão psico-antropológica envolve a sombra e o inconsciente, (CARVALHO, 1997, p.181-182).
É preciso compreender e discutir até que ponto o racismo influencia o desempenho escolar no ensino brasileiro. Na infância as práticas racistas podem deixar seqüelas muitas vezes difíceis de serem tratadas, a temática e sua delicadeza tornam a discussão a respeito do assunto tensa. As relações estabelecidas no âmbito escolar, no que se refere ao ensino e aprendizagem, não deixam dúvidas de sua complexidade, em se tratando da temática racial. As relações étnico-raciais na escola são, via de regra, movidas por uma invisibilidade, por parte da maioria dos professores e da comunidade escolar, (RELPE, 2016, p.14-35).
A escola é um espaço para socialização dos conhecimentos, fazeres e saberes, entretanto é parte fundamental para a educação formal das crianças, as escolas deveriam ser a base não só de uma boa formação profissional, mas também para a criação de cidadãos mais conscientes de seus direitos e deveres. Este espaço não pode se limitar a troca de saberes relacionados a ler e escrever. A escola é um espaço de conflitos e os conflitos geram a oportunidade de mudar.
Sendo assim, o aluno negro, que encontra na escola uma constante e permanente valorização da cultura eurocêntrica em detrimento da indiferença em relação à etnia negra, desenvolve um sentimento de rejeição a sua etnia e a sua ancestralidade e se distancia da formação de sua identidade.
A criança, em sala de aula, não é uma tabula rasa, pois traz uma carga cultural étnica transmitida pela família. O aluno negro possui uma estrutura lógica, que é mitológica, isto é decorrente da mitologia afro-brasileira; ele possui uma cultura de origem africana que no encontro com a cultura escolar de cunho europeu, muitas vezes é reprimida, (PARÉ, 2000).
Sabemos que é difícil, mas nunca impossível, construir subsídios de peso para ajudar os professores a desencadear um processo de superação do racismo na escola, é por isso que nos programamos a procurar meios de realizar ações afirmativas no combate ao racismo, a discriminação e ao preconceito na comunidade escolar, para tanto é preciso formar grupos de trabalho para propor ações distintas á valorização dessa comunidade nas instituições, indicando idéias de como os professores e alunos podem em conjunto desenvolver mecanismos pedagógicos eficazes para a superação das desigualdades, para a elevação da auto-estima para o reconhecimento da diversidade como fator aglutinados dos diferentes, (ROCHA, 2008,p.58).
A escola deve mostrar o verdadeiro papel do negro na historia do Brasil, não apenas quando se fala na escravidão, mas na sua participação na construção da sociedade brasileira mostrando que nenhuma cultura é melhor do que a outra. O espaço escolar deve ser um espaço de combater ao preconceito, ressaltando sua função primordial, á de prepara cidadãos para enfrentar questões sociais, a diversidade religiosa, racial, sexual, de classes, política, econômica e etc.
Quando se trata desse papel na escola devemos ter por base principal a Lei 10.639/03 que altera a Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabelece obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica no parecer nº 1/04 do CNE que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações etnicorraciais e o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Em seu texto, esse documento exige modalidades de atualização continuada para educadores, ou seja, professores, coordenadores, gestores, tanto para repertório informativo especifico como para formação de excelência na matéria, conforme almeja a regulamentação.
Os programas curriculares trabalhados em nossas escolas não ajudam nem um pouco, onde muitas vezes fortalece os mecanismos de exclusão, impedindo que a escola cumpra seu verdadeiro papel na sociedade. Outro fator que pode contribuir para a discriminação e o preconceito nas escolas são o racismo e branqueamento expresso nos livros didáticos. Distintos pesquisadores têm apontado para a necessidade de se combater e denunciar tais praticas nos materiais escolares é preciso que o professorsaiba utilizar o livro didático como instrumento de reflexão critica, uma vez que solicitar ás instituições governamentais a revisão do livro, denunciar junto aos pais e professores seu conteúdo e o de outros materiais pedagógicos e mesmo não usar o livro, nos parece construir, no momento, apenas estratégias de denuncia e de organização para enfrentamento do problema, (SILVA, 2004, p.73-74).
Assim sendo, é necessário que o professor mantenha-se sempre atento a qualquer atitude que resulte em postura de discriminação e por ventura venha denegrir o aluno. Pois em qualquer situação discriminatória, independente do tipo do preconceito existente para o aluno que sofre esse constrangimento, este pode muitas vezes até chegar á “reprovação”, dependendo do dano psicológico e emocional causado á criança, (CAVALLEIRO, 2003, p.81-89).
No Brasil a discriminação presente na sociedade, assim como nos ambientes escolares muitas vezes acaba por direcionar para fora das escolas ás crianças e os jovens negros. O que resulta em vários questionamentos pertinentes em relação á organização das ambientes escolares, assim como a composição curricular da mesma: os gestores, professores e os alunos brancos são racistas? Sabe-se que a sociedade brasileira apresenta umas das piores formas de racismo, não chegando a admitir-se como racista, mas agindo como tal, mascarando e realidade para fingir que não existe. Desigualdades raciais na educação e a lei 10.639/03, a resistência em “ver” situações preconceituosas e discriminatórias quase que faz do caráter moral do professor brasileiro, assim como na percepção da maioria da nossa população. O racismo que produz as desigualdades em todas as situações de vida nutre-se do silencio, da acomodação. “Recuperar a contribuição histórica da população negra para a construção da sociedade brasileira, discutir nossa herança africana, não só contribuirá para reforçar a auto-estima e a identidade de nossos alunos, como irá prepará-los para enfrentar as inevitáveis dificuldades no mercado de trabalho”, (MULLER, 2008, p.21-27). 
Para o Programa Nacional de Direitos Humanos a definição e compreensão do termo são essenciais para que saibamos identificar e combater as variadas formas de manifestação de ideologias que defendem a ideia de hierarquia entre pessoas. Neste sentido, inferimos que a compreensão que o professor tem do termo, pode ser um elemento favorecedor ou não para a distinção racial. Para nós o conceito de discriminação racial é qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferências baseadas em raça, cor, descendência ou origem nacional e étnica, que tenha como objeto ou efeito anular e restringir e reconhecimento, o gozo ou exercício, em condições de igualdade, os direitos humanos e liberdades fundamentais no domínio político, social ou cultural ou qualquer outro domínio da vida pública, (BRASIL, 2004, p.12-15).
Conforme o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-brasileira e Africana: os desafios da qualidade e da equidade na educação só serão superados se a escola for um ambiente acolhedor, que reconheça e valorize as diferenças e não as transforme em fatores de desigualdade. Garantir o direito de aprender implica em fazer da escola um lugar em que todos se sintam valorizados e reconhecidos como sujeitos de direito em sua singularidade e identidade.
Nesse sentido o referido Plano Nacional busca colocar a escola como local de reconhecer as diferenças e respeitar as identidades de cada um de nós, entendemos também que o empoderamento da escola e consequentemente do individuo, pode ser uma forma de realizar as mudanças que precisamos para evoluir e lutar contra a hegemonia predominante, (FREIRE, 1987).
O que a escola pode fazer para contribuir na diminuição do preconceito existente nas diversas formas de tratamentos que a sociedade tem exposto, machucando e prejudicando na formação e construção de sujeitos? A escola como parte integrante dessa sociedade que se sabe preconceituosa e discriminadora, mas que reconhece que é hora de mudar, está comprometida com essa necessidade de mudança e precisa ser um espaço de aprendizagem onde as transformações devem começar a ocorrer de modo planejado e realizado coletivamente por todos os envolvidos, de modo consciente, a educação escolar deve ajudar professores e alunos a compreenderem que a diferença entre pessoas, povos e nações é saudável e enriquecedora; que é preciso valorizá-las para garantir a democracia que entre outros, significa respeito pelas pessoas e nações tais como são, com suas características próprias e individualizadoras; que buscar soluções e fazê-las vigorar é uma questão de direitos humanos e cidadania. Dessa maneira é possível compreender a educação como exercício de construção de conhecimentos, formando cidadãos críticos com outra mentalidade, perante o sistema, sua organização e relações sociais estabelecidas entre os sujeitos sob uma visão de país globalizado e anti-exclusivo, (LOPES apud MUNANGA, p.189).
Na escola o grande difusor da concepção de inferioridade poderá também ser o livro didático, quando ele faz apresentação de imagens caricatas de crianças negras em textos didáticos, ou contextos depreciativos, bem como os métodos e currículos aplicados, que muitas vezes são formas de divulgação da cultura dominante sobre os dominados, aos quais passa a acolher os interesses da ideologia dominante, que objetiva concretizar a suposta inferioridade de determinados grupos, já que neles percebemos a falta da presença e importância dos conteúdos que envolvem a questão negra.
Nas escolas em situações em que há conflitos entre crianças, são vencedoras da disputa aquelas que utilizam xingamentos que se referem á raça negra de forma negativa. A inação das crianças negras xingadas revela uma mistura de medo, dor e impotência, sendo assim, é importante que o professor esteja atento q qualquer forma de tratamento discriminatório, como gestos, tom de voz, podendo degradar a pessoa que sofreu a agressão, dependendo do tipo de agressão pode causar dano psicológico e emocional, (CAVALLEIRO, 2003 p.81-89).
No livro didático a humanidade e cidadania, na maioria das vezes, são representadas pelo homem branco e de classe média. A mulher, o negro, os povos indígenas, são descritos pela cor da pele ou pelo gênero, para registrar sua existência, (SILVA, 2001, p.14).
Com o avanço do currículo é possível notar aspectos positivos e, ao mesmo tempo negativo no que se refere ao modo de instrumentalização do conteúdo. Tal constatação é identificável por meio da maneira como os professores interpretam as imagens do negro, a partir do conteúdo dos livros didáticos, isso não quer dizer que os professores estejam despreparados, mas identificam-se nos limites da formação deles quanto ao tema da racialidade. 
O que vemos nos livros didáticos na maioria das vezes são estereótipos do negro escravizado, marginalizado, com poucos recursos para sua sobrevivência. A representação dotada de persistência histórica presente numa imagem representa parcialmente a realidade. As mensagens ideológicas trazidas nos livros didáticos são repassadas por nossos professores em sala de aula. A ideologia do branqueamento se evidencia no momento em que descartamos a existência dos não brancos como parte integrante e efetiva na comunidade. O descarte provoca a invisibilidade do outro, fazendo-o com que acabem negando sua identidade, por isso, a invisibilidade e o recalque dos valores históricos e culturais de um povo, bem como a inferiorização dos seus atributos descritivos, através de estereótipos, conduz esse povo, na maioria das vezes, a desenvolver comportamentos de auto-rejeição, resultando na rejeição e negação de seus valores culturais e preferenciais pela estética e valores culturais dos grupos sociais valorizados nas representações, (SILVA, 2001, p.14).
É importante que a escola se atente para a concepção do diálogo que se mostra frágil sobreas conseqüências e os efeitos do racismo, para as crianças que sofrem cotidianamente a discriminação racial, seja nas relações com os adultos e com as relações com as crianças. O diálogo não pode ser resumido no ato de depositar ideias no outro, nem uma simples troca de ideias, também não é uma imposição de sua verdade, nem discussão ideológica sem o compromisso de pronunciar o mundo, o dialogo é o encontro dos seres humanos, (FREIRE, 1987).
Uma cultura que não adota o diálogo na perspectiva Freiriana acaba por oprimir, excluir de maneira sistemática, quando silencia diante das agressões presentes no seu espaço físico, o silencio opressor e excludente revela a não importância dada a essa temática no cotidiano escolar, “a ausência de atitude por parte dos professores sinaliza a criança discriminada que ela não pode contar com a cooperação de seus educadores, mas por outro lado, para a criança que discrimina, sinaliza que ela pode repetir a sua ação visto que nada foi feito e seu comportamento nem se quer foi criticado, (CAVALLEIRO, 2001. P.146).
 A educação é um elemento fundamental para a transformação das pessoas e do mundo. É bom lembrar que nós não somos educados somente na escola: o ensino e a aprendizagem começam ao nascer e continua por toda a vida. Na convivência com as pessoas, onde se aprende e se ensina de um jeito ou de outro. Pode ser na escola, na família, na comunidade, no trabalho, com amigos ou em muitos outros lugares se adquire e socializam-se os conhecimentos. Usar esses conhecimentos para interagir com o local e buscar soluções dos problemas e das demandas sociais é ir ao encontro de uma educação crítica.
Ainda que na perspectiva e nos conhecimentos do professor passam a ser considerados tradicionais é inegável a existência de certa coerência entre o conceito adotado de cidadania e a prática pedagógica. Uma vez que seu conceito informa uma concepção de cidadão ativo, capaz de situar-se diante de dificuldades, de formar opiniões próprias, de ler o mundo, de distinguir o verdadeiro e o aparente, sua pratica pedagógica não se encaminha para a transmissão de regras e para o condicionamento, mas para a construção de competências e a habilidade que permitam ler o mundo e interpretá-lo.
A escola precisa proporcionar momentos de discussão, estudo que envolva professores, alunos e toda comunidade escolar, dessa maneira ampliando os conhecimentos sobre a história do negro, sua contribuição para a evolução da humanidade, principalmente como forma de obter informações mais aprofundadas dos afro-descendentes e das relações estabelecidas entre os outros povos. Reconhecer, valorizar e respeitar a existência dos negros, sua cultura no ambiente escolar mostrará que a escola reconhece e estabelece ações positivas no tratamento das relações étnico-raciais.
A escola precisa estar preparada para tratar dessa questão e ver o racismo como algo que não ocorre só fora da escola e que envolve todos, direto e indiretamente e que é percebível, sobretudo tornando-se perverso na formação do aluno, sendo, portanto, necessário criar estratégias pedagógica para que o racismo não fique oculto, disfarçado e envergonhado, mas que mesmo assim permanece nas relações pessoais, nas brincadeiras, no não reconhecimento e no silencio que destrua o ambiente escolar.
Portanto, a escola precisa perceber que as injustiças e as desigualdades raciais não é algo natural, mas que são resultados do descrédito e da desconfiança nas mudanças de comportamento discriminatório, mas que diante de ações afirmativas pode possibilitar o desenvolvimento de atitudes idealizadas e baseadas na confiança e nas possibilidades de superação e mudanças através da pratica de conscientização.
3. METODOLOGIA
A compreensão dos conceitos aqui abordados fundamenta-se nos pressupostos de margem qualitativa e quantitativa. Do ponto de vista teórico-metodológico, inicialmente foi feito um levantamento bibliográfico para a construção da fundamentação teórica, definido as literaturas, utilizei a análise e leitura de documentos oficiais sobre políticas e propostas de educação (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96, Diretrizes Nacionais e Parâmetros Curriculares), sobre várias pesquisas e leituras sobre a questão étnico-racial nas escolas e sobre o material didático, para esta pesquisa foi possível realizar por meio de perguntas feitas a duas educadoras, a finalidade das questões da entrevista é saber como é para elas, trabalhar as questões étnico-raciais em sala de aula, busquei saber também, sobre o trabalho com o livro didático, de como é utilizado.
A primeira a ser entrevistada foi á educadora Cristiane, que trabalha com a educação infantil, com 31 anos, que leciona na escola Municipal de Ensino Fundamental Fortunato Parmigiani, a pergunta foi: como é para você trabalhar as questões étnico-raciais na sala de aula?
A resposta da professora Cristiane é que muitos dizem que trabalhar este tema com a educação infantil é muito difícil, segundo a professora, percebe-se que para trabalhar tal tema, é preciso que o professor tenha que sair da zona de conforto, então, o difícil para trabalhar esse tema, na verdade é justamente ter que ir além do que é proposto pela própria escola, temos que investir em materiais de apoio e ainda assim, conviver em um cenário no qual parece que não há problema racial (só parece). Cristiane diz que gosta do tema e acredita em uma educação, que no próprio nome já carrega a importância da inclusão, no seu modo de ver, isso quer dizer que deve incluir todos, não porque há pessoas diferentes, que devem ser tratadas como se fossem iguais, pelo contrário, porque todos são iguais e a individualidade de cada um não o faz ser mais digno ou menos digno de respeito.
Atualmente a professora Cristiane, trabalha com crianças de dois á três anos, escolheu trabalhar o tema com as crianças e não se frustrou, aplicou também o assunto sobre os índios, optou por mostrar imagens reais (fotos do cotidiano) de crianças indígenas brincando, com a família, nadando no rio, pintando o corpo, dançando e sorrindo, para sua surpresa, como nunca havia visto antes, em onze anos de profissão, nenhuma criança se recusou em pintar o rostinho. As crianças demonstraram uma vontade imensa de pintar o rosto, não para se fantasiar de índio, mas porque se identificaram com as crianças que têm cultura diferente, porém as mesmas necessidades como qualquer outra criança. Cristiane comenta que não aprecia certas afirmações ditas em sala de aula como: o índio é como se fosse gente, e ainda mostrar imagens fictícias, com desenhos que podem até alimentar a fantasia infantil, contudo, não ajuda a criança a se identificar com outras, apesar das diferenças.
Durante a entrevista, notei o quanto é importante a formação dos professores, talvez esta dificuldade de trabalhar o tema sobre o racismo, não está somente na falta de interesse, mas na falta de conhecimento e de como trabalhar esta questão em sala de aula.
A segunda questão que foi perguntada é como as professoras utilizam o livro didático para trabalhar as questões étnico-raciais: a professora Mariza respondeu que esse é um assunto que deve ser inserido em todas as áreas do conhecimento e que busca trabalhar interdisciplinarmente o conteúdo a ser estudado no livro didático com o conteúdo étnico-racial.
Cristiane, que leciona com a educação infantil, respondeu afirmando que na faixa etária com a qual trabalha não há livros didáticos, porém trabalha alguns livros de histórias que retratam questões normais das crianças, saindo um pouco do padrão, conforme Cristiane relata, em histórias como a de uma criança negra que vai ganhar um irmãozinho ou a de três amigas negras, pode-se trabalhar sem ter que ficar repetindo para a criança: “olha temos que respeitar as crianças negras”, ou “não podemos discriminar os negros”. Na verdade para Cristiane a criança não nasce racista. Ela percebe o que há de diferente em outras crianças, mas o jeito com que ela vai lidar com isso depende do adulto. O professorpode com material didático, com imagens de revistas, e da internet, mostrar para as crianças uma realidade que muitas vezes a família, a mídia, a sociedade esconde.
A segunda professora a ser entrevistada foi Mariza, de 42 anos, que leciona no 4º ano do ensino fundamental, que trabalhar a questão étnico-racial é, muito importante, porém é uma tarefa um tanto pouco complicada por ainda ser um tabu a ser quebrado em sala de aula, para ela, é importante que os educadores façam despertar nos alunos a consciência da valorização da cultura africana na sociedade atual para que reconheçam a presença da marca africana na literatura, na música, na culinária, na dança, etc., fazê-los refletir acerca do comportamento da comunidade escolar diante de situações de racismo dentro da sala de aula.
Ao final desta entrevista sob analise das questões, observa-se que também falta um pouco de interesse entre os professores, mas se pode perceber seus interesses pelo tema étnico-racial e a forma como elas estabeleceram o assunto como meta em sala de aula para seus alunos.
As professoras Mariza e Cristiane, em relação ao tema étnico-racial, fala-se também em saber conviver com as diversidades e os diferentes, tentam levar para seus educandos esse respeito ao amigo diferente, sabendo respeitar com igualdade sem discriminação e sem preconceitos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo, o professor tem essa grande missão de fazer com que essa arma seja instrumento positivo para o bem, a fim de construírem uma nação livre do preconceito, da discriminação e da desigualdade, dessa forma o livro didático é uma munição para que essa arma funcione e dê frutos. O educador é um conciliador que contribui para que as relações étnico-raciais não fiquem somente no papel, o educador tem a grande função de saber interpretar e construir com o aluno uma nova rede de significados que dê o sentido real da história da África presentes nos currículos.
Ao longo dessa pesquisa descobri novos caminhos para reflexão e desenvolvimento de uma proposta que vise entender a realidade e é de suma importância que o professor deva trabalhar com os alunos sobre a discriminação e valores de cada um debatendo, discutindo e dialogando.
Sobre o livro didático, constatei as mudanças que já ocorreram, tanto na estrutura quanto na sua abordagem do conteúdo, ainda há muito a ser mudado, sobre tudo quanto á percepção e utilização do livro pelo próprio professor, percebe-se a necessidade de desviar o foco de atenção do conteúdo propriamente dito e focar o olhar, um pouco mais, na sua significância e relevância social. É preciso que o livro didático seja utilizado não apenas como fonte de informações, mas sim como um instrumento didático, que promova o desenvolvimento de competências necessárias para a vida, tais como a observação, a critica, a analise, a reflexão e principalmente, a capacidade de estabelecer relações entre os conteúdos apresentados e o cotidiano vivenciado no seu dia a dia. 
	
REFERENCIAS
BRASIL. 1996. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais (1° e 2° ciclos do ensino fundamental). Brasília: MEC.
CAVALLEIRO, Elaine. Educação anti-racista: compromisso indispensável para um mundo melhor. In: CAVALLEIRO, Elaine. Racismo e anti-racismo na educação: repensando a nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2003.
<http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/lei-10639-03-ensino-hiBRASIL. Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003, D.O.U de 10/01/03. Brasil Ministério da Educação. 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos-Raciais e para o Ensino e Cultura Afro-Brasileira e Africana, 2005.
CAVALHEIRO, Eliane, Racismo e Anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Editora Selo Negro, 2001.
DELVAL, Juan. Crescer e pensar: a construção do conhecimento na escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
DIAS, Adelaide Alves. A escola como espaço de socialização da cultura em direitos humanos. In: ZENAIDE, Maria de Nazaré Tavares; SILVEIRA, Rosa Maria Godoy; DIAS, Adelaide Alves. (Org.). Direitos Humanos: capacitação de educadores – Fundamentos culturais e educacionais da Educação em Direitos Humanos - Vol. 2. 1ª ed. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2008, v. 2, p. 155-160.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1987, Pedagogia da Autonomia: saberes necessários á prática educativastoria-cultura-afro-brasileira-africana.htm>. 
Editora: Paz e Terra, 1996, Pedagogia da Esperança, Editora: Paz e Terra, 1998.
LOPES, Vera Neusa. Racismo, Preconceito e Discriminação. In: MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o racismo na escola. 2. Ed. Brasília – DF. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
MUNANGA, Kabengele. (Org.). Estratégias e políticas de combate à descriminação racial. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Estação Ciência, 1996.
NOGUEIRA, Oracy. “Preconceito de marca, Preconceito de Origem”. In: Tanto preto quanto branco, estudos de relações raciais, São Paulo, T.A. Queiroz, 1977.
QUINTANEIRO, Tania et al. Um toque de clássicos. Belo Horizonte: UFMG, 1995. Site Oficial do Governo do Estado do Paraná. www3.pr.gov.br/eparana/ pg_etnias.php - 17k . Acesso em: 16 de outubro de 2017.

Outros materiais