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Resumo de Administrativo ADM INDIRETA di Pietro

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Direito Administrativo - 2º Bimestre
Administração Indireta:
Descentralização é a distribuição de competências de uma pessoa para outra. A pessoa que recebe competência pode ser jurídica ou física. 
Na descentralização por serviços ocorre a criação de um ente da administração indireta que receberá atribuições especificas previstas em lei. 
Na descentralização por colaboração a administração publica direta ou indireta contrata em regra o particular por meio de licitação, para a prestação de um determinado serviço público. 
Desconcentração é a distribuição interna de competências dentro do mesmo ente público. A desconcentração está ligada a idéia de hierarquia, em que se distribui competências especificas entre os diversos órgãos que compõem a relação de coordenação e subordinação na esfera interna do ente público.
Panorama das entidades administração pública Indireta:
Pessoas jurídicas de direito público com personalidade jurídica de direito público: regidas pelo direito público administrativo constitucional (regime público).
Autarquias
Fundações criadas pelo Estado com personalidade jurídica de direito público.
Consórcios públicos com personalidade jurídica de direito público
Pessoas jurídicas com personalidade de direito privado: regidos pelo direito civil, comercial, e direito administrativo constitucional (regime híbrido). Com normas de direito público e privado.
Fundações criadas pelo Estado com personalidade jurídica de direito privado 
Consórcios públicos com personalidade jurídica de direito privado.
Empresas públicas e Sociedades de economia mista.
Autarquia: 
Conceito: Entidade da administração indireta criada por lei especifica, com personalidade jurídica de direito público. Para a prestação de serviço público descentralizado, sujeita a controle ou tutela da administração direta, nos limites da lei, com capacidade de autoadministração e independência como regra.
Características:
Criação por lei especifica (Art. 37, inc. XIX da CF exige lei especifica para a criação da entidade autárquica) A lei somente pode se direcionar a criação e funcionamento da entidade autárquica criada.
Finalidade especifica prevista em lei.
Personalidade jurídica de direito público: sujeita a normas de direito público.
Prestação de serviço público descentralizado: a autarquia somente pode ser criada para a prestação de serviço público, atualmente, não pode ser utilizada para intervir na ordem econômica.
Sujeição ao controle ou tutela da administração direta nos termos e limites da lei.
Capacidade de autoadministração: sinônimo de independência da administração indireta em relação a administração direta. Independência ≠ autonomia (ditar as próprias leis, pertencente somente a administração direta). Na pratica, a falta de autonomia é a maior diferença entre as autarquias e a administração direta.
Classificação das autarquias:
Corporativas\associativas: membros ou associados representam o elemento mais importante da autarquia, sua finalidade é voltada para eles na forma de prestação e fiscalização (poder de polícia) de serviços nessa área. Ex: CRM, CRO, CREA etc.
Fundacionais: o elemento mais importante é o patrimônio. A sua atividade volta-se a toda a coletividade. Ex: hospital das clínicas, USP, FDSBC etc.
OAB: a União Federal criou a Ordem dos Advogados do Brasil (autarquia federal criada por lei específica), que estava sujeita ao controle ou tutela da União, entretanto, quando o Art.79 §1º da EOAB teve sua constitucionalidade questionada, o STF, ao analisar, teve que enfrentar a natureza jurídica da OAB, afirmando que a OAB não é administração indireta, mas que presta serviço público independente, é categoria impar no elenco das entidades da administração publica, não sujeita ao controle da união. 
Não precisaria, assim: licitar, realizar concurso público, prestar contas ao tribunal de contas (retirando suas obrigações e sujeições, mas com seus privilégios de autarquia).
É uma autarquia independente ou sui generis.
Fundações:
	Fundações privadas
	Fundações criadas pelo Estado com personalidade de direito privado
	Fundações criadas pelo Estado com personalidade de direito público. 
	Instituídas pelo particular
	Instituídas pelo Estado
	Instituídas pelo Estado
	D. Civil
	D. Civil eD. Adm. Constit.
	 D. Adm. Constit.
	Regime privado
	Regime hibrido
	Regime público
Art. 37, inc. XIX da CF: tem relação com a criação das entidades da administração indireta. A autarquia é criada por lei específica (que só diz respeito a criação da autarquia), porem as fundações, sociedades de economia mista ou empresa pública tem sua criação autorizada por lei somada a um ato administrativo infra legal (pelo chefe do executivo), isto é, o decreto.
Discussão doutrinaria a respeito da natureza jurídica das fundações:
Maria Sylvia: no direito administrativo existem dois tipos de fundações criadas pelo Estado, ou seja, aquelas com personalidade jurídica de direito privado e aquelas com personalidade jurídica de direito público. Pelo fato das fundações e autarquias serem criadas de formas distintas, não é possível afirmar que as fundações de direito público seriam entidades autárquicas, uma vez que as autarquias nascem por leis específicas e as fundações têm a sua criação autorizada por lei. No entanto, segundo a autora, é possível considerar a fundação pública como espécie de autarquia.
Celso Antonio: O simples fato de autarquias e fundações nascerem de forma distinta não é suficiente para dizer que as fundações de direito público se diferem das autarquias, uma vez que em tudo de assemelham. Logo, existem efetivamente como modalidade de fundação criada pelo Estado apenas as fundações com personalidade jurídica de direito privado.
	Fundação com personalidade de direito privado
	 Fundação de direito privado
	Instituída pelo poder público movido pelo interesse primário (fim de interesse público)
	Instituída por particular por ato de liberalidade (para atingir a vontade do particular)
	Criação autorizada pela lei e no decreto (posteriormente surge o estatuto)
	Criação pelo registro de sua escritura e estatuto social junto ao cartório.
	O poder público especifica o fim a que se destina, pode ser alterado pelo ente que o instituiu.
	Instituidor especifica o fim a que se destina e a partir daí não pode ter sua finalidade alterada.
	Sujeita a controle e tutela da administração direta, nos limites da lei.
	O papel do instituidor exaure-se com o ato da instituição, a fundação ganha vida própria quando nasce.
	O ato do poder público é revogável, o poder público pode extingui-la a qualquer momento.
	O ato do instituidor é irrevogável, depois de instituí-la não exerce nenhum poder sobre ela. 
	A iniciativa é do executivo que manda para legislativo e da sequência. Fiscalizada pelo tribunal de contas.
	Estatuto social é feito por pessoa designada pelo instituidor ou pelo MP. Fiscalizada pelo MP.
	Ao criar a fundação a lei e o decreto conferem certos poderes ao estatuto:
Parte dele poderá alterar a lei (mutabilidade) 
Parte dele não poderá alterar a lei (imutabilidade). 
	O estatuto é mais flexível por meio de deliberação dos administradores da administração.
	Depende de verbas orçamentárias que o Estado lhe destina periodicamente, pois a dotação inicial não é suficiente.
	O patrimônio inicial é formado por dotação de seus instituidores.
Empresas estatais ou governamentais
Duas espécies:
	Sociedades de economia mista
	Empresa pública
	Tem criação e extinção autorizada por lei (e decreto)
Vinculação aos fins definidos na lei instituidora
Personalidade jurídica de direito privado
Sujeição a controle estatal
Derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público
Desempenho de atividade econômica, um gênero com duas espécies: a) prestação de serviços públicos; b) intervenção do estado na ordem econômica (também chamada de exploração de atividade econômica).
	Estruturada sob a forma de sociedadeanônima (é sempre sociedade comercial)
	Esfera federal: qualquer formas em direito (sociedade civil, comercial ou inédita).
Esfera estadual e municipal: deve adotar uma das modalidades de sociedades previstas na legislação comercial.
	Capital público e privado (misto), a maior parte (51%) deve ser público. 
	Capital público (totalmente), 100% público.
Formas inéditas de empresas públicas na esfera federal: não existem como modelo no direito privado.
Sociedade unipessoal: são as que o capital pertence a uma só pessoa pública, é uma sociedade de um único sócio (União). Ex: Cia. De desenvolvimento do vale do são Francisco
Dispõe de:
Conselho diretor, diretoria executiva e conselho fiscal
Assembléia geral (os acionistas com capital votante se reúnem, votam e decidem o rumo da entidade). A União determina que um representante que vai interferir diretamente na entidade, a vontade da união é interna ou imanente.
Empresa pública unipessoal: corresponde a empresa individual do direito privado. A união é a única dona, a diferença é que embora possua diretoria executiva, conselho diretor, conselho fiscal não tem assembléia geral (a União não pode designar representante para a entidade para interferir no direcionamento da entidade). Ex: Caixa econômica Federal.
Empresa publica unipessoal: tem personalidade jurídica x Empresa individual do direito privado: não é pessoa jurídica.
Sociedade pluripessoal: são as que o capital pertence a varias pessoas públicas, mas com a maioria do capital pertencente a União (sócia majoritária), o capital é 100% mas podem participar outros entes públicos (estados, municípios, DF, empresas públicas, fundação publica e fundação privada com patrimônio todo público, autarquia), não pode ser sócia sociedade de economia mista e fundação com personalidade de direito privado com capital privado ou semiprivado.
Sociedade Subsidiaria: A União pode criar uma sociedade de economia mista, os Estados membros também, pode a sociedade de economia mista criada pela União comprar a maioria das ações da sociedade de economia mista criada pelo Estado membro, para isso é necessário alterar a lei e o decreto desta ultima, que se torna uma sociedade subsidiaria da sociedade de economia mista da União.
Quanto a sociedade de economia mista: Não basta a participação majoritária do poder público na entidade para que seja sociedade de economia mista, deve haver participação na gestão e a intenção de fazer dela um instrumento de ação do estado (controle e tutela) do contrario será uma empresa sob controle acionário do Estado.
Exemplos de Empresa sob o controle acionário do Estado: Estado como herdeiro universal, parte da doutrina entende que não é entidade da adm. Indireta pois não foi criada pelo Estado (professora) outra parte afirma que sim, pois foi absorvida pelo poder público (Maria Sylvia).
Agências
Agências executivas:
Conceito: é a qualificação dada a autarquia ou fundação que celebre contrato de gestão com o órgão da administração direta a que se acha vinculada, para a melhoria da eficiência e redução de custos. Não se trata de entidade instituída com a denominação de agência executiva. Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou fundação criada pelo Estado) que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebe a qualificação de agência executiva, podendo perdê-la, se deixar de atender aos mesmos requisitos. 
Ex: INMETRO é uma autarquia vinculada no Ministério do desenvolvimento , industria e comércio exterior, qualificada por decreto presidencial, como agência executiva.
As agências executivas existem em todas as esferas (Art. 37, §4º da CF)
Quais os requisitos de uma entidade autárquica ou fundacional como agência executiva:
Segundo o Art. 51 da Lei 9.649/98, um ente autárquico ou fundacional precisa preencher dois requisitos para receber a qualificação de agência executiva, são eles:
Apresentar um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional que esteja em andamento.
Ter celebrado contrato de gestão com o respectivo órgão supervisor (ministério na esfera federal; secretaria estadual no âmbito dos estados e secretaria municipal no âmbito dos municípios). 
Perda da qualificação se houver descumprimento do plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional, a entidade perdera qualificação de agência executiva. 
Vantagens:
Vantagem é receber dinheiro público, embora tenha que prestar contas pelos gastos.
Medida que visa melhorar a eficiência da entidade autárquicas e fundacionais.
Notoriedade e reconhecimento público daquela entidade. Ex: Prêmio nacional de qualidade. 
O Art. 24 da Lei 8.666/93 Lei Geral de Licitações de Contratos, traz as hipóteses arroladas em que não há obrigatoriedade de licitar quando houver gasto de dinheiro público, é dispensável a licitação (há prerrogativa ao administrador de licitar ou não) em razão de pequeno valor:
Contratar obras e serviços de engenharia no patamar de até 15.000 reais. 
Para outros serviços e compras até 8.000 reais .
 No parágrafo primeiro é garantido aos consórcios públicos, sociedades de economia mista, empresa publica, autarquias e fundação qualificadas porcentagens dobradas (passa a 30.000 e 16.000 reais).
Agências reguladoras:
Conceito amplo: Segundo Calixto Salomão Filho, regular significa organizar determinado setor ligado à agência, bem como controlar as entidades que atuam nesse setor. 
A regulação em sentido amplo engloba toda forma de organização da atividade econômica através do Estado, seja a:
Intervenção através da concessão de serviço público
Exercício de poder de policia. 
Na verdade, o Estado está ordenando ou regulando a atividade econômica, tanto quando:
Concede a um particular a prestação de serviços públicos e regula sua utilização.
Edita regras no exercício do poder de policia administrativa.
Dois tipos:
Há dois tipos de agências reguladoras no direito brasileiro:
1) as que exercem com base em lei típico poder de policia, com a imposição de limitações administrativas, previstas em lei, fiscalização e repressão; é o caso da ANVISA, ANA e da ANS;
2) as que regulam e controlam as atividades que constituem objeto de concessão, permissão ou autorização de serviços públicos, ou de concessão para exploração de bem público. Ex: ANATEL, ANEEL, ANAC, ANTT, ANP etc.
ANCINE é agência sui generis exerce atividade de fomento e a de fiscalização (poder de polícia).
Existência anterior de entidades com função reguladora no Brasil: As agências reguladoras que exercem a função de poder de polícia não são consideradas como novidade no Brasil, pois o Banco Central e a receita federal também faziam o papel de fiscalização. A inovação esta nas agências que tratam de concessão, permissão e autorização, que antes era feito somente pelo ente central.
Agências são criadas por leis esparsas: não existe nenhuma lei geral que crie agências. Cada agência é criada por uma lei especifica em relação a sua criação. Ex: Lei 9.472/97 pelo Art. 8º.
Regime especial das agências reguladoras, esse regime especial diz respeito em regra a maior independência das agências em relação a administração direta:
Estabilidade de seus dirigentes, garantida pelo exercício de mandato fixo que eles somente podem perder nas hipóteses expressamente previstas, afastada a possibilidade de exoneração "ad nutum".
Explicação: somente os cargos públicos de provimento efetivo possuem estabilidade, os dirigente, por regra, são livremente nomeados e exonerados (ad nutum), as agências reguladoras trazem essa exceção a regra, permitindo estabilidade aos dirigentes.
Caráter final das suas decisões, que não são passiveis de apreciação, por outros órgãos ou entidades da administração publica. Assim, nem mesmo o presidente da republica pode alterá-las.
Poder normativo de editar normas para controlar e gerenciar um setor, em alguns casos mesmo sem previa lei, tornando-as inconstitucionais por vezes.
A lei 9.986/00: que dispõe sobre a gestão de recursos humanosdas agências reguladoras veio uniformizar as normas sobre seus provimento.
Organização: agências serão dirigidas em regime de colegiado, por:
Conselho diretor ou 
Diretoria: composta por conselheiros ou diretores, sendo um deles seu:
presidente ou diretor geral ou 
diretor presidente.
Escolha do dirigente: determina que os dirigentes serão escolhidos pelo chefe do poder executivo porem dependendo a escolha de aprovação previa pelo senado federal. 
Descompasso entre os prazos de mandato do dirigente e o presidente: a lei que cria a agência estabelece o mandato para o dirigente, já o mandato do chefe do executivo é de 4 anos, assim, pode haver um descompasso entre os mandatos. Há doutrinadores que dizem que esse descompasso é:
Inconstitucional: pois fere a liberdade de governo, o cargo de dirigente é de confiança do chefe do executivo. 
Constitucional: pois a ideia de agência reguladora é de independência.
"Quarentena" (sempre entre aspas): proíbe o ex-dirigente de exercer a atividade ou prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência por um período de 04 meses, contados da exoneração ou do termino do seu mandato. 
No período de impedimento, o ex-dirigente continua vinculado a agência, fazendo jus a remuneração compensatória equivalente a do cargo de direção que exerceu. 
Independência das agências em relação aos poderes do Estado:
Independência em relação ao executivo: em relação a esse poder é onde reside a maior independência das agências devido ao caráter final das suas decisões no âmbito da administração, pois, nenhum outro órgão ou autoridade pode modificá-las. 
Independência em relação ao Judiciário: não existe independência das agências reguladoras com relação a este poder, isto porque, a CF/88 em seu Art. 5º, inciso XXXV determina que nenhuma lesão ou ameaça a direito será afastada da apreciação do poder judiciário. É o principio da Inafastabilidade de jurisdição ou da Ubiquidade. 
Explicação: Brasil a jurisdição é una, não há contencioso administrativo.
Independência em relação ao legislativo: não há independência, uma vez que o Art. 84, inciso IV, da CF determina que os atos normativos do executivo devem ser editados para fiel execução da lei, ou seja, sempre pressupõe observância ao principio da legalidade. 
Obs: no entanto, na prática, as agências reguladoras editam atos normativos independente de previa lei ao regularem o seu setor.
Consórcio público: 
Conceito: é espécie de entidade da administração indireta de todos os entes federados que dele participarem, o mesmo ocorrerá com os consórcios que tenham personalidade de direito privado. 
São associações formadas por pessoas jurídicas políticas (União, estados, distrito federal ou municípios), com personalidade de direito público ou de direito privado, criadas mediante autorização legislativa, para a gestão associada de serviço públicos.
Exemplo: O município de AS, SBC, SCS, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra se uniram para resolver problemas conjuntamente por meio da criação de um ente da administração indireta, chamado Consórcio intermunicipal do Grande ABC. 
Objetivo da norma constitucional: realizar serviço que uma pessoa jurídica publica não pode ou tem dificuldade para executar sozinha.
Somente a partir de 2005 (lei 11.107) eles adquiriram personalidade jurídica, (era considerado uma desconcentração, não havia descentralização). 
Art. 241 da CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. 
Análise do dispositivo:
Podem entes federado diferentes se unirem para formação em consórcio, somente entes da administração direta se associam para formação de consórcio. 
Tradicionalmente são formados por municípios. Entretanto nada impede que estados, ou até mesmo a União participe. Ex: consórcio regional de saneamento do sul do Piauí. 
Convênios de cooperação: são acordos entre entes públicos, no que cada um ira cooperar para a formação de um consórcio, isto é , o que irão transferir: serviços, bens essenciais, pessoal etc. 
Autorizando a gestão associada de serviços públicos: consórcio somente serve para a prestação de serviço público.
Podem ter naturezas distintas com personalidades de direito privado ou público. Art. 6º da Lei 11.107 §1º e §2º.
O consórcio público com personalidade de direito público integra a administração indireta de todos os entes consorciados. 
O consórcio público com personalidade de direito privado observará as normas de direito público no que concerne a realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
Boa parte da doutrina entende que também os consórcio públicos com personalidade de direito privado integram a administração, pois entes da administração direta se unem para formar um ente da administração indireta.
Constituição do consórcio - comum aos consórcios de personalidade de direito privado e público:
Subscrição de protocolo de intenções: é um pré contrato que mostra a intenção em se associar em consórcio.
Publicação do protocolo de intenções na imprensa oficial
Lei promulgada por cada um dos partícipes, ratificando, total ou parcialmente, o protocolo de intenções ou disciplinando a matéria.
Celebração do contrato
Atendimento das disposições da legislação civil, quando se tratar de consórcio com personalidade de direito privado. 
Consórcios privados:
Conceito: O consórcio privado é constituído de empresas particulares que se unem para atingir um objetivo, em regra, para vencer uma licitação. Ex: consórcio via amarela, formado por construtoras.
NÃO tem personalidade jurídica. 
Em algumas licitações o edital permite que empresas participem da licitação em regime de consórcio (Lei 8.666, no Art.33). A participação dos consórcios é de natureza discricionária, a administração pode optar (há uma faculdade) por permitir a participação de empresas em regime de consórcios.
Somente há participação da licitação através da comprovação do termo de compromisso de consórcio: acordo formal através do qual as empresas se obrigam reciprocamente a, em caso de vencer a licitação, constituir o consórcio nos termos ali estabelecidos. Esse acordo define as obrigações entre as empresas e as obrigações delas perante a administração. 
Todos os consórcios podem ter acesso aos termos de compromisso dos outros consórcios.
Normas comuns às entidades da administração publica: aplicáveis a todas as entidades da administração indireta
Todos tem a necessidade de criação por lei. Criação por lei específica para autarquias; criação autorizada por lei para fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas; formalidades da lei 11.107 de 2005 para a criação dos consórcios públicos.
Controle estatal: 
interno quando administração direta controla os entes da administração indireta; 
externo feito pelo o tribunal de contas (órgão do legislativo) controla os entes da administração indireta.
externo feito pelo judiciário, quando provocado em relação aos atos e decisões da administração pública. 
Em matéria de finanças publicas são previstas pela CF várias normas orçamentárias referentes aos gastos públicos (art. 52, inc. 7º, art. 163, inc. 2º, art. 165, §5º). 
A CF prevê uma série de normas que se aplicam aos servidores públicos: seleção por concurso público (art. 37, inc. II CF); Sujeição ao teto remuneratório (Art. 37, inc. XI CF); possibilidade de sofrer processo por improbidade administrativa (Art. 37, §4º CF) etc. 
Proibição a deputados e senadores (sob pena de perda de mandato) a partir da expedição do diploma de:
Firmarem ou manterem contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia,empresa publica, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público; 
aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado inclusive os que sejam demissíveis ad nutum, nas mesmas entidades. (Art. 54 inc. I, "a" e "b" e inc. II, "b" e "c" da CF)
Com relação a mandado de segurança, as autoridades das entidades da administração indireta, incluindo as empresas sob controle acionário do estado, podem ser tidas como coatoras (competente para a prática e desfazimento do ato), para esse fim, quando exerçam funções delegadas do poder público (Art. 5º, inc. 69 da CF).
A ação popular é cabível contra as entidades da administração indireta (Art. 5º, inc LXXIII); tem por objetivo anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. A legitimidade ativa é o cidadão.
As entidades da administração indireta tem legitimação ativa para propor ação civil publica (art. 5º da lei 7.347) cabível para a proteção do patrimônio público e social do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos (art. 129 inc. III e § 1º da CF). A proteção deve estar na finalidade da entidade.
Em caso de estado de sítio, as empresas prestadoras de serviços públicos ficam sujeitas à intervenção (não podem ser aquelas que interferem na ordem econômica) (Art. 139, inc. VI CF). 
*As empresas públicas e sociedades de economia mista NÃO estão sujeitas a falência conforme está expresso no art.2º da lei 11.101 de 2005 (lei de falências). Há jurisprudência de que as estatais podem ir a falência. 
*A prescrição qüinqüenal (5 anos) das dividas, direitos e ações contra a fazenda pública prevista no decreto 20.910 de 1932 foi expressamente estendida às entidades da administração indireta consoante o art. 2º do decreto lei 4.597 de 1942.
As obras, serviços (inclusive locação), compras e alienações serão contratadas mediante licitação (ressalvados os casos especificados na legislação) (art. 37, inc. XXI da CF). Para as empresas estatais poderá haver licitação simplificada, desde que siga os princípios da licitação e o estatuto das estatais. (art. 173 §1, inc. III da CF)
*As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos, responderão pelos danos de seus agentes que, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurados o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. A norma trata da responsabilidade objetiva (não há do que se cogitar do elemento dolo ou culpa) exige prova apenas do nexo causal entre a conduta e o dano. O servidor deve estar a serviço da função. A entidade responde objetivamente e o servidor responde subjetivamente. Se o servidor não estiver a serviço da função somente o servidor responde (art. 37 §6º da CF)
*O juízo privativo (juízo especializado), abrange na esfera federal, as autarquias e empresas públicas salvo nas ações de falência, acidentes de trabalho e as sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho; com relação às fundações públicas, sendo modalidades do gênero autarquia, podem ser consideradas abrangidas pela referencia às entidades autárquicas (art. 109, inc. I da CF). A respeito da sociedade de economia mista, a S.556 do STF, consagrou o entendimento de que "é competente a justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista".
*No Estado de SP o juízo privativo foi concedido a todas as entidades da administração indireta, com a referencia à "entidades paraestatais" = expressão doutrinaria antiga como sinônimo de administração indireta (art. 36 do Código judiciário - decreto lei complementar nº 3 de 1969)
Privilégios próprios das autarquias e fundações criadas pelo Estado com personalidade jurídica de direito público.
Processo especial de execução (Art. 100 da CF) também chamado de processo de execução por precatório, próprio dos entes com personalidade jurídica de direito público. Aplica-se a administração direta e, na administração indireta, as autarquias e fundações criadas pelo Estado com personalidade jurídica de direito público.
Não pagamento de precatório judicial é causa de intervenção (Art. 34 CF). Não cumprido na prática.
Impenhorabilidade dos bens. Impenhorabilidade não é sinônimo de inalienabilidade, os bens desses entes são alienáveis mas não alienáveis livremente, pois estão afetados por finalidade publica. Para alienar é necessário licitação.
Prazos dilatados em juízo, em dobro para recorrer em quádruplo para contestar.
Juízo privativo (Art. 109 da CF) aplica a todas as entidades na administração indireta. Na esfera federal (Justiça Federal) é uma justiça que julga somente causas que envolvem a União e entidade da administração indireta. Na esfera estadual é a vara da fazenda publica.
Autotutela sobre seus próprios atos (S. 473 STF e 346 STF). Ex: anular e revogar atos. 
Duplo grau de jurisdição obrigatório, também chamado de reexame necessário, quando a decisão de primeiro grau for contra a administração, seja com ou sem recurso voluntario da administração.
Presunção de veracidade e de legitimidade dos seus atos; imperatividade e executoriedade (independente de previa decisão judicial).
Imunidade tributária relativa aos impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços (Art. 150, inc. VI, "a" da CF) Imunidade é a não incidência do tributo dada pela norma constitucional, isenção é a não incidência dada pela lei.
Prerrogativas próprias de poder público nos contratos administrativos, nos contratos em que o poder público em posição de supremacia em relação ao contratado (não há igualdade). Ex: rescisão unilateral, retomada do objeto, encampação.
Dafne Sobral - Resumo de Administrativo - 2º Bimestre	Página 7

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