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Aula 03 (3)

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Aula 03
Questões Comentadas de Direito Administrativo p/ INSS - Técnico de Seguro Social -
2016
Professor: Herbert Almeida
Noções de Direito Administrativo ± INSS 
Técnico de Seguro Social 
Questões Comentadas 
Prof. Herbert Almeida ± Aula 03 
 
 
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AULA 3: Serviços públicos. Controle da 
Administração. Improbidade administrativa. 
Processo Administrativo. 
Sumário 
SERVIÇOS PÚBLICOS ..................................................................................................................... 2 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .................................................................................. 12 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ............................................................................................... 26 
PROCESSO ADMINISTRATIVO ..................................................................................................... 49 
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA ............................................................................................ 66 
GABARITO ................................................................................................................................. 78 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 78 
 
Olá pessoal, tudo bem? 
1D� DXOD� GH� KRMH�� YDPRV� HVWXGDU� RV� VHJXLQWHV� LWHQV� GR� HGLWDO�� ³7 
Serviços Públicos; conceito, classificação, regulamentação e 
controle; forma, meios e requisitos; delegação: concessão, 
permissão, autorização. 8 Controle e responsabilização da 
administração: controle administrativo; controle judicial; controle 
legislativo; responsabilidade civil do Estado. Lei nº. 8.429/92 e 
alterações posteriores (dispõe sobre as sanções aplicáveis aos 
agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício 
de mandato, cargo, emprego ou função da administração pública 
direta, indireta ou fundacional e dá outras providências). 9 Lei 
n°9.784/99 e alterações posteriores (Lei do Processo 
Administrativo).´� 
Aos estudos, aproveitem! 
 
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Questões Comentadas 
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SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
CONCEITO 
6HUYLoR� S~EOLFR� p� ³toda atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados, 
basicamente sob regime de direito público, com vistas à satisfação de necessidades 
essenciais e secundárias da coletividade.´��&DUYDOKR�)LOKR�������� 
FORMAS DE DELEGAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS 
1. CONCESSÃO de serviços públicos, precedida ou não de obra pública: 
a. é celebrada por contrato administrativo; 
b. é necessariamente por tempo determinado, admitindo-se prorrogação; 
c. sempre exige licitação ? na modalidade de concorrência, exceto no caso em que é 
aplicável o leilão; 
d. só se aplica à pessoas jurídicas e a consórcio de empresas; 
e. exige lei autorizativa prévia, com exceção das hipóteses previstas no art. 2º da Lei 
9.074/1995 (saneamento básico, limpeza urbana e hipóteses previstas nas 
constituições e leis orgânicas). 
2. PERMISSÃO de serviços públicos: 
a. é celebrada por contrato de adesão, de caráter precário, revogável a qualquer 
tempo pela Administração; 
b. é necessariamente por tempo determinado, admitindo-se prorrogação; 
c. sempre exige licitação, mas não necessariamente por concorrência; 
d. pode ser feita a pessoas físicas ou jurídicas; 
e. exige lei autorizativa prévia, exceto nas hipóteses previstas no art. 2º da Lei 
9.074/1995 (saneamento básico, limpeza urbana e hipóteses previstas nas 
constituições e leis orgânicas). 
3. AUTORIZAÇÃO de serviços públicos: 
a. é formalizada por ato administrativo, unilateral e de caráter precário, revogável a 
qualquer momento pela Administração e sem direito à indenização; 
b. pode ser feita por prazo indeterminado; 
c. não exige licitação; 
d. pode ser feita a pessoas físicas ou jurídicas; 
e. não exige lei autorizativa prévia. 
 
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Muitos aspectos das questões sobre serviços públicos constam na Lei 
8.987/1995. Por isso, colocamos um resumo mais breve e trabalharemos 
os detalhes nas questões. 
Vamos as questões. 
1. (Cespe - Insp/PC CE/2012) A titularidade dos serviços públicos é conferida 
expressamente ao poder público. 
Comentário: o Poder Público é o titular dos serviços públicos. Dessa forma, ele 
poderá prestá-lo diretamente ou, então, delegar a execução à iniciativa privada. 
Neste último caso, somente a execução é transferida aos particulares, sendo 
que a titularidade permanece por conta da Administração. Assim, o item está 
correto. 
Gabarito: correto. 
2. (Cespe - ATA/MDIC/2014) O serviço de uso de linha telefônica é um típico 
exemplo de serviço singular, visto que sua utilização é mensurável por cada usuário, 
embora sua prestação se destine à coletividade. 
Comentário: mesmo sendo um serviço que se destine à coletividade, o serviço 
de linha telefônica é mensurável individualmente e, portanto, trata-se de serviço 
singular. Também são exemplos de serviços dessa natureza a energia elétrica, 
o gás canalizado, a água encanada, a coleta de lixo domiciliar e outros. 
Gabarito: correto. 
3. (Cespe - PT/PM CE/2014) Os serviços de energia domiciliar e os serviços de uso 
de linha telefônica são considerados serviços uti universi, pois são prestados à 
coletividade de forma indistinta e a grupamentos indeterminados de indivíduos. 
Comentário: a definição de serviço uti universi (serviços coletivos, gerais ou 
indivisíveis) está correta, pois são serviços prestados à coletividade de forma 
indistinta e a grupamentos indeterminados de indivíduos. Todavia, os dois 
exemplos (energia domiciliar e os serviços de uso de linha telefônica) são de 
serviços singulares, pois são passíveis de mensuração individual. Portanto, a 
questão está errada. 
Gabarito: errado. 
4. (Cespe - AnaTA/MIN/2013) O serviço público de iluminação urbana, por ser 
destinado a um número indeterminado de pessoas, classifica-se como serviço 
coletivo. 
Comentário: a iluminação urbana não é passível de mensuração individual, pois 
alcança um número indeterminado de pessoas. Logo, classifica-se como 
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serviço coletivo, geral ou indivisível. Conclui-se, pois, que a questão está 
correta. 
Gabarito: correto. 
5. (Cespe - AA/PRF/2012) O serviço de iluminação pública pode ser considerado 
uti universi, assim como o serviço de policiamento público. 
Comentário: mais um item bem simples. A iluminação pública e o policiamento 
urbano são serviços que beneficiam um número indeterminado de pessoas. 
Além disso, não é possível quantificar o quanto cada usuário se utilizou desses 
serviços. Logo, são também serviços uti universi (gerais). Portanto, o item está 
correto. 
Gabarito: correto. 
6. (Cespe - AL/CAM DEP/2012) Os serviços públicos próprios são aqueles que 
atendem às necessidades coletivas e que o Estado executa tanto diretamente quanto 
indiretamente, por intermédio de empresas concessionárias ou permissionárias. 
Comentário: nesta questão, a banca adotou a divisão tradicional de serviços 
próprios e impróprios. Por serviço próprio,entende-se aquele que represente 
comodidade material para a população, sendo disciplinado pelo regime de 
direito público quando prestado pelo Estado direta ou indiretamente, neste 
último caso por meio de concessão ou permissão de serviço público. Apesar 
de a permissão admitir também a prestação por pessoas físicas, a questão não 
pode ser considerada errada, pois não há nenhum termo restritivo do tipo 
³VRPHQWH´�RX�³DSHQDV´��$VVLP��R�LWHP�HVWi�FRUUHWR� 
Gabarito: correto. 
7. (Cespe ± Analista PGI/INPI/2013) A concessão, como delegação da prestação 
de um serviço público, estabelece relação entre o concessionário e a administração 
concedente, regendo-se pelo direito privado. 
Comentário: na delegação de um serviço público, a relação entre o 
concessionário e a Administração é regida predominantemente por direito 
público. Dessa forma, a Administração age sob as prerrogativas inerentes ao 
princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, podendo, entre 
outras coisas, alterar unilateralmente as cláusulas contratuais ou impor 
sanções. 
Gabarito: errado. 
8. (Cespe ± Analista PGI/INPI/2013) A permissão e a concessão de serviços 
públicos apresentam, entre outras, a seguinte diferença: a primeira pode ser feita à 
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pessoa física ou à jurídica que, por sua conta e risco, demonstre capacidade para seu 
desempenho; já a segunda, só à pessoa jurídica ou a consórcios de empresas. 
Comentário: o artigo 2º da Lei 8.987/1995 apresenta a concessão como a 
delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na 
modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que 
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo 
determinado. 
Por outro lado, o mesmo artigo define a permissão como a delegação, a título 
precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder 
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu 
desempenho, por sua conta e risco. 
Desse modo, temos a correção da assertiva. 
Gabarito: correto. 
9. (Cespe ± Analista PGI/INPI/2013) Tanto a concessão de serviço público quanto 
a autorização de serviço público são constituídas por meio de contrato administrativo. 
Comentário: a Lei estabelece que as concessões aconteçam mediante contrato, 
então a primeira parte da assertiva está correta. Porém, a ocorrência de 
autorização de serviço público se dá através de ato administrativo, ou seja, 
concedido pela Administração sob o regime jurídico de direito público, sem a 
celebração de um contrato administrativo. 
Gabarito: errado. 
10. (Cespe - AUFC/TCU/2013) A permissão de serviço público possui contornos 
bilaterais, mas, diferentemente da concessão de serviço público, não pode ser 
caracterizada como de natureza contratual. 
Comentário: a permissão realmente possui contornos bilaterais, mas, 
diferentemente do que consta na questão, ela também possui natureza 
contratual, assim como ocorre na concessão. O caput do art. 40 da Lei 
8.987/1995 dispõe que a permissão de serviço público será formalizada 
mediante contrato de adesão. Logo, o item está errado. 
Gabarito: errado. 
11. (Cespe - Eng/MIN/2013) Um item que caracteriza a diferenciação entre 
permissão e concessão de serviço público é a delegação de sua prestação a título 
precário. 
Comentário: o art. 40 da Lei 8.987/1995 dispõe que o contrato de adesão deve 
REVHUYDU�DV�GLVSRVLo}HV�TXDQWR�³à precariedade e à revogabilidade unilateral 
do contrato pelo poder concedente´�� 3RUWDQWR�� XPD� FDUDFWHUtVWLFD� TXH�
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diferencia a permissão da concessão é a sua precariedade. Portanto, a questão 
está correta. 
Gabarito: correto. 
12. (Cespe - APF/PF/2012) Os contratos de concessão de serviços públicos sempre 
exigem licitação prévia na modalidade concorrência. 
Comentário: o item está erUDGR��HP�GHFRUUrQFLD�GR�³VHPSUH´��XPD�YH]�TXH�R�
art. 27 da Lei 9.074/1995 admite a adoção do leilão em privatizações simultâneas 
com a concessão ou prorrogação de serviço público. Todavia, o item foi 
anulado pelo simples motivo de a Lei 8.987/1995 não constar no edital da prova. 
Estranhamente, a banca havia dado a questão preliminarmente como correta, 
PDV� QmR� ³GHX� R� EUDoR� D� WRUFHU´� SDUD� DOWHUDU� R� JDEDULWR� SDUD� LQFRUUHWR�� (P�
resumo, o item está errado, porém foi anulado por exceder o conteúdo do edital. 
Gabarito: anulado. 
13. (Cespe - Eng/MIN/2013) Nos casos de interesse público imediato, a licitação 
poderá ser dispensada para as concessões que não forem precedidas de execução 
de obras. 
Comentário: seja precedida de obra pública ou não, as concessões sempre 
serão precedidas de licitação, e sempre na modalidade de concorrência, 
vejamos (art. 2º, Lei 8.987/1995): 
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo 
poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à 
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para 
seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; 
III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: 
a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou 
melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder 
concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa 
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua 
realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da 
concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do 
serviço ou da obra por prazo determinado; (grifos nossos) 
Logo, não existe a exceção prevista na questão. Portanto, o item está errado. 
Gabarito: errado. 
14. (Cespe - AUD/TCE ES/2012) A natureza jurídica é a principal diferença entre a 
concessão de serviço público e a permissão de serviço público, consideradas, 
respectivamente, contrato administrativo e ato administrativo. 
Comentário: a doutrina considerava que a permissão era ato administrativo 
unilateral e precário. No entanto, a Constituição Federal estabeleceu que a lei 
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deveria dispor sobre o regime das empresas concessionárias e permissionárias 
de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, 
bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão 
ou permissão. Por conseguinte, a Lei 8.987/1995 definiu que a permissão se 
daria por contrato de adesão que deveria observar as normas quanto à 
precariedade e à revogabilidade unilateral. Portanto, o contrato de permissão 
GH�VHUYLoR�S~EOLFR�QmR�p�³DWR�DGPLQLVWUDWLYR´��/RJR��R�LWHP�HVWi�HUUDGR� 
Gabarito: errado. 
15. (Cespe - AA/PRF/2012) A concessão de serviço público, precedida ou não da 
execução de obra pública, será formalizada mediante contrato administrativo. 
Comentário: a concessão será sempre formalizada por contrato administrativo, 
seja precedido de obra pública ou não. Nesse sentido, vejamos o que determina 
o art. 4º da Lei 8.987/1995: 
Art. 4o A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra 
pública, será formalizada mediante contrato, que deverá observar os termos 
desta Lei, das normas pertinentese do edital de licitação. 
Portanto, a questão está correta. 
Gabarito: correto. 
16. (Cespe - TNS/PRF/2012) A permissão é a delegação, a título precário, 
independentemente de licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder 
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu 
desempenho, por sua conta e risco. 
Comentário: segundo o art. 2º, IV, da Lei 8.987/1995, a permissão de serviço 
público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de 
serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que 
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. 
Logo, o único erro da questão é que a permissão depende de licitação. 
Gabarito: errado. 
17. (Cespe - DPF/2013) Em se tratando de permissão de serviço público, o serviço é 
executado em nome do Estado por conta e risco do permissionário, e é atribuído 
exclusivamente à pessoa jurídica. 
Comentário: na permissão, o serviço é prestado em nome do permissionário, 
por sua conta e risco. Além disso, a permissão pode ser atribuída à pessoa 
física ou jurídica. 
Gabarito: errado. 
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18. (Cespe - AA/PRF/2012) As concessões e permissões de serviços públicos 
deverão ser precedidas de licitação, existindo exceções a essa regra. 
Comentário�� D� &RQVWLWXLomR� )HGHUDO� GHWHUPLQRX� TXH� ³Incumbe ao Poder 
Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou 
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos´��DUW��
175). Assim, diferentemente do que ocorre com as contratações previstas na 
Lei 8.666/1993, em que a Constituição admitiu exceções (dispensa e 
inexigibilidade), não existem nenhuma exceção para as concessões e 
permissões. Dessa forma, sempre haverá necessidade de licitar, motivo pelo 
qual a questão está errada. 
Gabarito: errado. 
19. (Cespe - AnaTA/SUFRAMA/2014) Tanto as concessões como as permissões de 
serviços públicos devem ser precedidas de licitação. 
Comentário: os dois regimes exigem a aplicação de licitação precedendo o 
serviço. Contudo, no caso das concessões, a modalidade licitatória deverá ser 
a concorrência; e para as permissões, não existe uma determinação legal. 
Gabarito: correto. 
20. (Cespe - ATA/MIN/2013) Constitui obrigação do poder público, ou de seus 
delegados, fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e contínuos. 
Comentário: segundo a Constituição, é dever da Administração fornecer à 
coletividade um serviço adequado. Dessa forma, conforme disposto na Lei 
8.987/1995, a prestação de um serviço apropriado deve satisfazer as condições 
de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, 
cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 
Gabarito: correto. 
21. (Cespe - Adv/AGU/2012) À concessionária cabe a execução do serviço 
concedido, incumbindo-lhe a responsabilidade por todos os prejuízos causados ao 
poder concedente, aos usuários ou a terceiros, não admitindo a lei que a fiscalização 
exercida pelo órgão competente exclua ou atenue tal responsabilidade. 
Comentário: ao assumir um serviço delegado pela Administração, seja por 
concessão, seja por permissão, a delegada afirma ter competência para a 
realização do serviço incumbido, com prazo determinado e por sua conta e 
risco. Assim, se porventura, houver a ocorrência de prejuízo, a concessionária 
deverá arcar com este, sem que a Administração interfira na situação. 
O enunciado da questão é quase cópia do art. 25 da Lei 8.987/1995, vejamos: 
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Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-
lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos 
usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão 
competente exclua ou atenue essa responsabilidade. 
Gabarito: correto. 
22. (Cespe ± Analista PGI/INPI/2013) A falência de uma empresa concessionária de 
serviço público gera a extinção da concessão e a reversão ao poder concedente dos 
bens aplicados ao serviço. 
Comentário: a concessão será extinta em caso de falência ou extinção da 
empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular (art. 35, VI). A 
Lei ainda estabelece que 
§ 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens 
reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário 
conforme previsto no edital e estabelecido no contrato. 
Dessa forma, correta a questão. 
Gabarito: correto. 
23. (Cespe ± Analista PGI/INPI/2013) Caso o poder concedente constate nulidade 
na licitação ou na formação do contrato de concessão de serviço público durante sua 
execução, cabe a caducidade do contrato por parte do poder concedente. 
Comentário: a questão apresenta um caso de anulação de contrato e não de 
caducidade, visto que se trata de uma ilegalidade. Além disso, a caducidade só 
seria possível em caso de inexecução total ou parcial do contrato. 
Gabarito: errado. 
24. (Cespe - AJ/TJDFT/2013) O contrato de concessão de serviço público pode ser 
rescindido por iniciativa da concessionária, mediante ação judicial especialmente 
intentada para esse fim, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo 
poder concedente. 
Comentário: a rescisão é a extinção do contrato em decorrência de 
inadimplência do poder concedente. Nesse caso, deverá ocorrer por iniciativa 
da concessionária e será sempre por meio de ação judicial movida para este 
fim. Vejamos o que estabelece a Lei 8.987/1995: 
Art. 39. O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da 
concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo 
poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse 
fim. 
Gabarito: correto. 
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25. (Cespe - AUFC/TCU/2013) A rescisão, como forma de extinção da concessão, é 
de iniciativa da administração, determinada por ato unilateral e escrito no caso de 
descumprimento, pelo concessionário, de obrigações regulamentares. 
Comentário: acabamos de ver que a rescisão é de iniciativa do particular, por 
meio de ação judicial, para extinguir o contrato por inadimplência da 
Administração. O caso descrito na questão seria de caducidade 
(descumprimento das obrigações pela concessionária). Logo, a questão está 
errada. 
Gabarito: errado. 
26. (Cespe - Adv/AGU/2012) Reversão consiste na transferência, em virtude de 
extinção contratual, dos bens do concessionário para o patrimônio do concedente. 
Comentário: quando da extinção do contrato, os direitos e privilégios 
transferidos ao concessionário retornam ao poder concedente. O mesmo 
ocorre com os bens reversíveis, que são aqueles previstos no contrato para 
serem incorporados ao patrimônio do poder concedente em caso de 
encerramento do contrato. Estes bens reversíveis são fundamentais para dar 
continuidade ao serviço público e, portanto, devem ser incorporados ao 
patrimônio público com essa finalidade, sendo que o concessionário receberá 
a devida indenização. 
Gabarito: correto. 
27. (Cespe - Especialista em Regulação/Anatel/2009) Pelo princípio da modicidade 
tarifária, protege-se a margem de lucro do concessionário contra o efeito corrosivo da 
inflação,mas não contra eventos imprevistos, provocados por circunstâncias 
macroeconômicas ou pela própria administração. 
Comentário: o princípio da modicidade tarifária, além de garantir a cobrança de 
taxas acessíveis aos usuários do serviço público, deve garantir a margem de 
lucro do concessionário contra imprevistos que signifiquem um aumento de 
custo na prestação do serviço, bem como contra o efeito da inflação. Com 
efeito, além de eventos imprevistos, as alterações realizadas unilateralmente 
pela Administração também geram o dever de revisar o equilíbrio econômico-
financeiro. Dessa forma, o item está errado. 
Gabarito: errado. 
28. (Cespe - Eng/MIN/2013) Nas concessões de serviço público, ainda que haja 
transferência de risco para o prestador do serviço, não cabe revisão de tarifas para 
garantir o reequilíbrio econômico-financeiro, ficando restrita a atualização apenas ao 
reajustamento anual. 
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Comentário: de fato há transferência de riscos ao prestador do serviço. No 
entanto, admite-se, no contrato de concessão, tanto a revisão quanto o reajuste. 
Esta ocorre em situações normais, representando mera atualização do valor da 
tarifa. Aquela, por sua vez, destina-se a manter o equilíbrio econômico 
financeiro do contrato. Assim, eventuais alterações unilaterais que impactem 
no equilíbrio econômico financeiro geram o dever de revisar os termos para 
manter o mencionado equilíbrio. Enfim, situações decorrentes da chamada 
³iOHD� H[WUDRUGLQiULR� H� H[WUDFRQWUDWXDO´� JHUDP� D� UHYLVmR� GDV� FOiXVXODV�
econômico-financeiras do contrato de concessão. 
Gabarito: errado. 
29. (Cespe - AA/PRF/2012) A prestação de serviços públicos deve dar-se mediante 
taxas ou tarifas justas, que proporcionem a remuneração pelos serviços e garantam 
o seu aperfeiçoamento, em atenção ao princípio da modicidade. 
Comentário: isso mesmo. Tal afirmação se refere a um dos princípios do serviço 
público, qual seja o princípio da modicidade das tarifas. Segundo ele, os 
serviços devem ser remunerados a preços módicos, devendo ser avaliado o 
poder econômico dos usuários, proporcionando tarifas acessíveis à população, 
para evitar que as dificuldades financeiras deixem um universo de pessoas sem 
possibilidade de acesso aos serviços. 
Gabarito: correto. 
30. (Cespe - AUFC/TCU/2013) Nos contratos de concessão de serviço público, 
vigora a regra da unicidade da tarifa, vedado o estabelecimento de tarifas 
diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específicos, 
ressalvados os casos provenientes do atendimento a segmentos idênticos de 
usuários que, pelo vulto dos investimentos, exijam tal distinção. 
Comentário: vejamos o que estabelece o art. 13 da Lei 8.987/1995: 
Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características 
técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos 
segmentos de usuários. 
Portanto, diferentemente do que consta na questão, admite-se o 
estabelecimento de tarifas diferenciadas em função das características técnicas 
e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos 
de usuários. 
Gabarito: errado. 
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CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
CONCEITO 
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pode-se denominar de controle da 
$GPLQLVWUDomR�3~EOLFD�³R�FRQMXQWR�GH�PHFDQLVPRV�MXUtGLFRV�H�DGPLQLVWUDWLYRV�SRU�PHLR�
dos quais se exerce o poder de fiscalização e revisão da atividade administrativa em 
qualquer das HVIHUDV�GH�3RGHU´� 
TIPOS OU CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE 
De forma geral, podemos apresentar os seguintes tipos de classificações 
para o controle da Administração Pública: 
o quanto ao fundamento, à existência de hierarquia ou à amplitude: 
a) hierárquico ± que resulta do escalonamento hierárquico dos órgãos 
administrativos; 
b) finalístico ± aquele que não possui fundamento na hierarquia. 
o quanto à origem ou ao posicionamento do órgão que o efetua: 
a) interno ± realizado no âmbito da própria Administração ou por órgão do 
mesmo Poder que editou o ato controlado; 
b) externo ± realizado por órgão independente ou de outro Poder do que 
efetuou o ato controlado; 
c) popular ± efetuado pela sociedade civil ou pelos administrados em geral. 
o quanto ao órgão que o exerce: 
a) administrativo ± aquele que decorre das funções administrativas do órgão; 
b) legislativo ± é o controle realizado no exercício da função típica do Poder 
Legislativo de fiscalizar1. Divide-se em controle parlamentar direto (exercido 
diretamente pelo Congresso Nacional); e controle parlamentar indireto 
(exercido pelo Tribunal de Contas da União); 
c) judicial ± é o controle realizado pelo Poder Judiciário sobre a atuação da 
Administração Pública. 
o quanto ao momento em que se efetua: 
a) prévio ± é o controle preventivo realizado atos do início da prática do ato ou 
antes de sua conclusão; 
b) concomitante ± ocorre durante o processo de formação do ato controlado; 
c) posterior ± também chamado de subsequente, é o controle que ocorre após 
a conclusão do ato. 
o quanto ao aspecto da atividade administrativa controlada: 
 
1 Em linhas gerais, o Poder Legislativo possui duas funções típicas: legislar e fiscalizar. 
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a) de legalidade ou legitimidade ± procura verificar a conformação do ato ou 
do procedimento com as normas legais que o regem; 
b) de mérito ± tem por objetivo comprovar a eficiência e os resultados do ato, 
além dos aspectos de conveniência e oportunidade. 
NATUREZA E ASPECTOS DO CONTROLE 
O art. 70, caput, da Constituição da República apresenta um importante dispositivo no 
que se refere ao controle da Administração Pública, Vejamos: 
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e 
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, 
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de 
cada Poder. 
Por esse dispositivo, podemos analisar o controle da Administração Pública quanto à 
natureza em contábil, financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial. 
A fiscalização contábil destina-se à análise dos lançamentos e da escrituração 
contábil. A fiscalização financeira tem como objeto verificar a arrecadação das 
receitas e a execução das despesas. A fiscalização orçamentária, por sua vez, 
refere-se à elaboração e execução dos orçamentos. A fiscalização operacional, 
que é a novidade na Constituição Federal de 1988, refere-se ao desempenho dos 
programas de governo e dos processos administrativos. Por fim, a fiscalização 
patrimonial se refere ao controle e guarda do patrimônio público (bens móveis 
e imóveis). 
O art. 70, caput, da CF ainda aborda os aspectos do controle quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas. 
O controle de legalidade verifica à obediência das normas legais pelo responsável 
fiscalizado. A legitimidade, por sua vez, é um complemento à legalidade. Para ser 
legítimo, um atodeve atender à moralidade, à conformação do ato com os valores e 
princípios do direito e da Administração Pública, destinando-os aos objetivos estatais. 
A economicidade, ou princípio da economicidade, está intimamente relacionada ao 
princípio da eficiência. Tecnicamente, a economicidade é definida como a minimização 
de custos no desenvolvimento de uma atividade, sem comprometer os padrões de 
qualidade. 
A Constituição ainda determina que o controle da Administração Pública deverá verificar 
a aplicação de subvenções e renúncias de receitas. 
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 CONTROLE INTERNO 
Pontua Hely Lopes Meirelles2 que o controle interno é todo aquele realizado pela 
entidade ou órgão responsável pela atividade controlada, no âmbito da própria 
Administração. Dessa forma, o controle realizado pelo Poder Executivo sobre seus 
serviços e agentes é considerado interno. Da mesma forma, será interno o controle 
realizado pelo Legislativo ou Judiciário, por seus órgãos administrativos, no exercício de 
suas funções atípicas de administrar. 
Na CF/88, o controle interno encontra-se disciplinado especialmente no art. 74, que 
impõe que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário mantenham, de forma 
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: 
I. avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução 
dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
II. comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e 
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e 
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos 
públicos por entidades de direito privado; 
III. exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como 
dos direitos e haveres da União; 
IV. apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
CONTROLE INTERNO 
O controle externo é aquele realizado por um Poder sobre os atos administrativos 
praticados por outro Poder. 
Nesse contexto, podemos exemplificar o controle externo quando o Poder Judiciário 
anula um ato administrativo do Poder Executivo; quando o Congresso Nacional susta os 
atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (CF, art. 49, 
V); quando o Congresso Nacional julga as contas prestadas anualmente pelo Presidente 
da República (CF, art. 49, IX); quando o Senado Federal aprova a escolha do Presidente 
H�GRV�GLULJHQWHV�GR�%DQFR�&HQWUDO��&)��DUW������,,,��³G´���TXDQGR�R�7ULEXQDO�GH�&RQWDV�
da União julga as contas dos administradores e demais responsáveis por recursos 
públicos (CF, art. 71, II); etc. 
Sugerimos profundamente a leitura cautelosa dos artigos 70 a 75 da Constituição 
Federal, que abordam várias regras sobre o controle da Administração Pública. Os 
artigos 71, 72, 73 e 75 abordam os assuntos mais cobrados no que se refere ao controle 
externo. 
Vamos resolver algumas questões! 
 
2 Meirelles, 2013, p. 742. 
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31. (Cespe - Proc/TC DF/2013) Em relação ao controle externo exercido pelo 
Congresso Nacional, a fiscalização financeira diz respeito ao acompanhamento da 
execução do orçamento e da verificação dos registros adequados nas rubricas 
orçamentárias. 
Comentário: a elaboração e execução do orçamento é finalidade da fiscalização 
orçamentária, que verifica, entre outras coisas, o adequado registro nas 
rubricas orçamentárias. A fiscalização financeira, por outro lado, verifica se a 
receita e a despesa estão sendo executadas da forma adequada. Assim, a 
questão está errada. 
Gabarito: errado. 
32. (Cespe - AFT/MTE/2013) O controle da administração realizado pelo Poder 
Legislativo com o auxílio do TCU abrange o denominado controle de economicidade, 
pelo qual se verifica se o órgão público procedeu da maneira mais econômica na 
aplicação da despesa, atendendo à adequada relação de custo-benefício. 
Comentário: a economicidade se refere à minimização de custos, sem 
comprometimento dos padrões de qualidade. Nessa esteira, busca-se a 
DGHTXDGD�UHODomR�FXVWR�EHQHItFLR��$GHPDLV��R�DUW�����GD�&5�IDOD�HP�³FRQWUROH�
H[WHUQR´�� TXH� VHUi� H[HUFLGR� ³SHOR� &RQJUHVVR� 1DFLRQDO´�� (VVD� DWULEXLomR� p�
complementadD� SHOR� DUW�� ���� FDSXW�� TXH� ³R controle externo, a cargo do 
Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da 
8QLmR´��/RJR��SRGHPRV�SHUFHber que a questão está correta. 
Gabarito: correto. 
33. (Cespe - Defensor Público/DPE-RR/2013 ± adaptada) O controle exercido pela 
administração direta sobre as autarquias é finalístico, externo e administrativo e não 
se baseia na subordinação hierárquica. 
Comentário: o Cespe considerou o item como correto, demonstrando que o 
entendimento da banca é que o controle exercido pela Administração Direta 
sobre as entidades administrativas classifica-se como externo. 
Gabarito: correto. 
Porém, recentemente, o Cespe aplicou uma questão controvertida, que, 
em nossa opinião, merecia no mínimo a anulação, vejamos. 
34. (Cespe ± Agente Administrativo/MDIC/2014) As formas de controle interno na 
administração pública incluem o controle ministerial, exercido pelos ministérios sobre 
os órgãos de sua estrutura interna, e a supervisão ministerial, exercida por 
determinado ministério sobre as entidades da administração indireta a ele vinculadas. 
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Comentário: em primeiro lugar, é importante separar o controle ministerial, que 
é aquele exercido por um ministério sobre os órgãos a ele subordinados. Nesse 
caso, não há nenhuma dúvida que se trata de controle interno. 
Por outro lado, a supervisão ministerial se trata do controle exercido pela 
Administração Direta sobre a Indireta, mais especificamente o controle 
realizado pelo ministério ao qual a entidade administrativa encontra-se 
vinculada. Como vimos acima, importantes doutrinadores consideram isso 
como forma de controle externo, fato até confirmado em questões do Cespe. 
Assim, o mínimo que deveria ter ocorrido era a anulação da questão. 
Além disso, essa questão parece ter sido retirada do livro do Prof. José dos 
Santos Carvalho Filho, que dispõe o seguinte3: 
O controle ministerial é o exercido pelos Ministérios sobre os órgãos de 
sua estrutura administrativa e também sobre as pessoas da Administração 
Indireta federal. Naquele caso o controle é interno e por subordinação e 
neste é externo e por vinculação. Quando se exerce sobre as entidades 
da administração descentralizada recebe a denominação de supervisão 
ministerial, prevista no Decreto-lei nº 200/1967, cujo art. 19 estampa a 
regra de TXH�³todo e qualquer órgão da administração federal, direta ou 
indireta, está sujeito à supervisão do Ministro de Estado competente´��
(grifos nossos) 
Parece claro, portanto, que o autor coloca a supervisão ministerial como forma 
de controle externo. Portanto, entendemos que o gabarito deveria ser questão 
errada, mantendo consonância com o posicionamento da banca. 
Gabarito: correto (mas o adequado seria considerar o item errado ou anulá-lo). 
Será que o entendimento do Cespe evoluiu? 
A resposta é não! Isso porque, três meses após essa prova do MDIC, a 
banca voltou a aplicaruma questão afirmando categoricamente que o 
controle exercido pela Administração sobre as entidades da administração 
indireta é externo, vejamos: 
35. (Cespe ± ANAP/TC-DF/2014) O controle exercido pela administração sobre as 
entidades da administração indireta, denominado tutela, caracteriza-se como controle 
externo. Na realização desse controle, deve-se preservar a autonomia da entidade, 
nos termos de sua lei instituidora. 
Comentário: o item foi considerado correto, não deixando dúvidas sobre o 
entendimento do Cespe/Unb para este assunto. 
Gabarito: correto. 
 
3 Carvalho Filho, 2014, 960. 
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36. (Cespe ± Analista Judiciário/Administração/STM/2011) O termo controle 
interno exterior pode ser utilizada para designar o controle efetuado pela 
administração sobre as entidades da administração indireta. 
Comentário: nesse caso, a banca adotou os ensinamentos do Prof. Celso 
Antônio Bandeira de Mello, segundo o qual o controle efetuado pela 
administração sobre as entidades da administração indireta pode ser chamado 
de interno exterior. 
Gabarito: correto. 
37. (Cespe - Assessor Técnico Jurídico/TCE-RN/2009) Entre os vários critérios 
adotados para classificar as modalidades de controle, destaca-se o que o distingue 
entre interno e externo, dependendo de o órgão que o exerça integrar ou não a própria 
estrutura em que se insere o órgão controlado. Nesse sentido, o controle externo é 
exercido por um poder sobre o outro, ou pela administração direta sobre a indireta. 
Comentário: aqui sacramento o posicionamento de Maria Sylvia Zanella Di 
Pietro e José dos Santos Carvalho Filho, ou seja, é controle externo aquele 
exercido por um poder sobre o outro, ou pela administração direta sobre a 
indireta. 
Gabarito: correto. 
Retomando a aula! 
38. (Cespe - TJ/TRE RJ/2012) A administração pública está sujeita a controle interno 
² realizado por órgãos da própria administração ² e a controle externo ² a cargo 
de órgãos alheios à administração. 
Comentário��TXDQGR�D�TXHVWmR�IDOD�HP�³SUySULD�DGPLQLVWUDomR´�HOD�TXHU�GL]HU�
no mesmo Poder. Assim, será interno o controle realizado pelos órgãos da 
própria Administração e externo o controle realizado por órgãos alheios. 
(VVD� GHVLJQDomR� ³SUySULD� DGPLQLVWUDomR´� FRQVWD� QD� REUD� GH� +HO\� /RSHV�
Meirelles. Assim, a questão está correta. 
Gabarito: correto. 
39. (Cespe - PT/PM-CE/2014) Considera-se controle por vinculação o poder de 
fiscalização e correção que os órgãos da administração centralizada exercem sobre 
as pessoas jurídicas que integram a administração indireta. 
Comentário: o controle da administração centralizada, ou direta, realizado sobre 
a administração descentralizada, ou indireta, denomina-se controle finalístico. 
Além disso, pode ser chamado de controle por vinculação, uma vez que não há 
subordinação entre o controlador e o controlado, mas apenas a vinculação. 
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Outras formas de designar essa forma de controle é a tutela ou supervisão 
ministerial. Portanto, o item está correto. 
Gabarito: correto. 
40. (Cespe - AJ/TRT 10/2013) O controle prévio dos atos administrativos do Poder 
Executivo é feito exclusivamente pelo Poder Executivo, cabendo aos Poderes 
Legislativo e Judiciário exercer o controle desses atos somente após sua entrada em 
vigor. 
Comentário: todos os Poderes podem exercer o controle prévio dos atos do 
Poder Executivo. Aos órgãos do próprio Poder Executivo podem ser atribuídas 
competências de fiscalização prévia, como a necessidade de aprovação de um 
projeto antes do início de uma obra, por exemplo. 
O Poder Legislativo, por sua vez, possui competência para aprovar previamente 
a nomeação de determinadas autoridades escolhidas pelo Presidente da 
República, como a indicação do Presidente e os diretores do Banco Central (CF, 
DUW������,,,��³G´�� 
Por fim, a Constituição Federal defende, no artigo 5º, XXXV, o acesso ao Poder 
Judiciário para afastar lesão ou ameaça a direito. Assim, é possível que o 
controle judicial ocorra antes mesmo da ocorrência do ato. 
Portanto, o item está errado, pois há possibilidade de controle prévio pelos 
Poderes Legislativo e Judiciário. 
Gabarito: errado. 
41. (Cespe - DPF/2013) O controle prévio dos atos administrativos é de competência 
exclusiva da própria administração pública, ao passo que o controle dos atos 
administrativos após sua entrada em vigor é exercido pelos Poderes Legislativo e 
Judiciário. 
Comentário: o item é somente para fixação, pois vai na mesma linha da questão 
anterior. A afirmativa está errada, uma vez que os três Poderes podem exercer 
o controle prévio. 
Gabarito: errado. 
42. (Cespe - PT/PM CE/2014) O controle administrativo sobre os órgãos da 
administração direta é um controle interno, que permite à administração pública anular 
os próprios atos, quando ilegais, ou revogá-los, quando inoportunos ou 
inconvenientes. 
Comentário: vejamos o conteúdo da Súmula 473 do STF: 
Súmula 473 ± A Administração pode anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; 
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ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
Com efeito, o controle administrativo é sempre um controle interno, que permite 
que a Administração Pública anule seus próprios atos, quando ilegais, ou 
revogue-os por motivo de conveniência ou oportunidade. 
Gabarito: correto. 
43. (Cespe - Proc/TC DF/2013) O controle administrativo é um controle de 
legalidade e de mérito, exercido exclusivamente pelo Poder Executivo sobre suas 
próprias condutas. 
Comentário: de fato o controle administrativo é um controle de legalidade e 
mérito. No entanto, todos os Poderes exercem esse tipo de controle quando 
estiverem no exercício da função administrativa. Logo, não é exclusividade do 
Poder Executivo, o que torna a questão errada. 
Gabarito: errado. 
44. (Cespe - AJ/CNJ/2013) Os órgãos administrativos do Poder Judiciário, no 
exercício do controle administrativo, podem confirmar ou rever condutas internas, 
conforme aspectos de legalidade ou de conveniência e oportunidade. 
Comentário: nesse caso, a questão abordou especificamente os órgãos 
administrativos do Poder Judiciário, logo estamos falando do desempenho da 
função administrativa desse Poder. Nesse caso, é possível que o Judiciário 
exerça o controle administrativo sobre os seus próprios atos, podendo 
confirmar ou rever condutas internas, conforme aspectos de legalidade ou de 
conveniência e oportunidade (mérito). Portanto, a assertiva está correta. 
Gabarito: correto. 
45. (CESPE - Tec MPU/2013) O direito de petição constitui instrumento de controle 
administrativo da administração pública. 
Comentário: os instrumentos utilizados no controle administrativo são a 
fiscalização hierárquica, o direito de petição, o processo administrativo ± bem 
como seus recursos administrativos, e o instrumento da arbitragem. O direito 
de petição encontra-VH�SUHYLVWR�QR�DUW���ž��;;;,9��³D´��GD�&)��FRPR�IRUPa de 
assegurar o direitodo administrado de obter resposta da Administração Pública 
para a defesa de direitos ou contra ilegalidades ou abuso de poder. 
Gabarito: correto. 
46. (Cespe - Administrador/MIN/2013) O controle administrativo tem como 
fundamento o dever-poder de autotutela que a administração pública tem sobre suas 
atividades, atos e agentes, sendo um de seus instrumentos o direito de petição. 
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Comentário: o fundamento do controle administrativo é o poder-dever de 
autotutela, já consagrado na famosa Súmula 473 do STF. Com efeito, dentre as 
várias formas de controle administrativo, podemos mencionar o direito de 
petição, ou seja, o direito do administrado de obter resposta. 
Gabarito: correto. 
47. (Cespe - ATA/MJ/2013) O controle administrativo é instrumento jurídico de 
fiscalização sobre a atuação dos agentes e órgãos públicos, realizado de ofício por 
iniciativa própria, não se aceitando provocação da parte interessada. 
Comentário: o item começa bem, mas termina com um erro. Isso porque o 
controle administrativo pode ser realizado de ofício ou mediante provocação do 
interessado. 
Gabarito: errado. 
48. (Cespe - AJ/TJDFT/2013) O cidadão que denuncie ilegalidades e condutas 
abusivas praticadas por determinado servidor do TJDFT no exercício da função 
pública, mesmo não sendo diretamente afetado pela irregularidade perpetrada, deve 
fazê-lo por meio do instituto da reclamação. 
Comentário: na reclamação, o administrado está questionando um ato que afete 
diretamente um direito seu, ou seja, a pessoa deve ser diretamente afetada pela 
irregularidade. Quando não há essa relação direta, o instrumento adequado é a 
representação. Logo, o item está errado. 
Gabarito: errado. 
49. (Cespe - Proc/TC DF/2013) Caso deseje o reexame de decisão relativa a 
determinado ato administrativo pela mesma autoridade que a emanou, o interessado 
deverá realizar um pedido de reconsideração. Se a autoridade à qual o interessado 
se dirigir não ocupar cargo na hierarquia do órgão que emitiu o ato, o recurso 
interposto será um recurso hierárquico impróprio. 
Comentário: esse item parece um pouco confuso, por isso deve ser analisado 
com calma. São duas orações distintas que devem ser verificadas. No primeiro 
momento, o item afirma que o recurso dirigido à mesma autoridade que tomou 
a decisão é um pedido de reconsideração, o que está correto, uma vez que esse 
é o instrumento utilizado com essa finalidade, isto é, pedir que a mesma 
autoridade reconsidere o ato. 
No segundo momento, a questão aborda uma nova classificação, tratando 
como recurso hierárquico impróprio aquele dirigido à autoridade que não ocupa 
cargo na mesma hierarquia daquela que emitiu o ato, o que também é 
verdadeiro. Um exemplo é o recurso direcionado ao Conselho Administrativo 
de Recursos Fiscais ± CARF, que é um órgão especializado no julgamento de 
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recursos contra as decisões de delegacias da Secretaria da Receita Federal do 
Brasil. 
Gabarito: correto. 
50. (Cespe - Proc/AGU/2013) O recurso hierárquico impróprio, na medida em que é 
dirigido à autoridade de órgão não integrado na mesma hierarquia daquela que 
proferiu o ato, independe de previsão legal. 
Comentário: o recurso hierárquico (próprio) ocorre quando há hierarquia e, 
como nessa situação o controle é absoluto, independe de previsão legal. Por 
outro lado, o controle hierárquico impróprio só ocorre se existir expressa 
previsão legal, estabelecendo o órgão competente, as hipóteses de ocorrência 
e os limites de atuação. Assim, a questão está errada. 
Gabarito: errado. 
51. (Cespe - AJ/CNJ/2013) Com base no princípio da autotutela, e em qualquer 
tempo, a administração pública tem o poder-dever de rever seus atos quando estes 
estiverem eivados de vícios. 
Comentário: com base no princípio da autotutela, a Administração Pública tem 
o poder-dever de rever seus atos quando estiverem eivados de vícios 
(ilegalidades). No entanto, isso não ocorre a qualquer tempo. Nessa 
perspectiva, vamos dar uma olhada no conteúdo do art. 54 da Lei 9.784/1999: 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, 
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
Outras leis específicas podem estabelecer outros prazos. Caso não exista 
nenhuma previsão legal, a doutrina adota o prazo prescricional de dez anos que 
consta no art. 205 do Código Civil. 
Gabarito: errado. 
52. (Cespe - AJ/CNJ/2013) O controle legislativo é a prerrogativa atribuída ao Poder 
Legislativo de fiscalizar e controlar os atos praticados pelas entidades integrantes da 
administração direta, não sendo cabível este tipo de controle em face dos entes que 
compõem a administração indireta. 
Comentário: o controle legislativo pode ser exercido sobre as funções 
administrativas de todos os Poderes, mas direciona-se com maior força aos 
atos do Poder Executivo e da administração indireta. Nesse sentido, vale a 
leitura da competência atribuída ao Congresso Nacional pelo art. 49, X, da CF: 
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos 
do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; 
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Além disso, ainda podemos mencionar o exercício do poder de fiscalização do 
Tribunal de Contas da União, que é considerado controle parlamentar e alcança 
todas as entidades da administração direta e indireta. Logo, o item está 
incorreto. 
Gabarito: errado. 
53. (Cespe - AJ/TRT 10/2013) Portaria de caráter normativo editada pelo Ministério 
da Educação que seja ilegal poderá ser sustada pelo Congresso Nacional. 
Comentário: a Constituição Federal outorgou a competência ao Congresso 
1DFLRQDO� SDUD� VXVWDU� RV� ³DWRV� QRUPDWLYRV´� GR� 3RGHU� ([HFXWLYR�� 3RUWDQWR��
podemos incluir nesse caso as portarias normativas dos ministros de Estado, 
conforme o caso mencionado na questão. Assim, o item está correto. 
Gabarito: correto. 
54. (Cespe - Ag Adm/SUFRAMA/2014) Considerando que a SUFRAMA, autarquia 
vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pretenda 
contratar serviços de consultoria para auxiliar na elaboração do Plano Diretor 
Plurienal da ZFM, julgue o item a seguir. 
Realizada, a referida contratação estará submetida ao controle do Tribunal de Contas 
da União, órgão que auxilia o Congresso Nacional na sua atividade de controle 
externo. 
Comentário: o controle externo realizado pelo Tribunal de Contas da União 
alcança todas as entidades da administração direta e indireta. Dessa forma, a 
contratação realizada pela Suframa estará submetida ao controle do TCU. Com 
efeito, o titular do controle externo é o Congresso Nacional, sendo que o TCU o 
auxilia no exercício dessa atividade. Logo, a questão está correta. 
Lembrando��SRUpP��TXH�QmR�VH� WUDWD�GH�XP�yUJmR�³DX[LOLDU´��PDV�VLP�GH�XP�
órgão que presta auxílio, pois existem atribuições próprios do Tribunal de 
Contas que são exercidas sem nenhuma participação do Congresso e que, 
inclusive, não podem ser modificadas por este último órgão. 
Gabarito: correto. 
55. (Cespe - ACE/TC DF/2012) Cabe ao controle parlamentarapreciar a legalidade 
dos atos de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do 
Poder Executivo, e não avaliar a economicidade de tais gastos e contas. 
Comentário: o art. 70, CF, estabelece que a fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida 
pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle 
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interno de cada Poder. Assim, a questão está incorreta, pois é possível analisar 
a atuação administrativa sobre os aspectos da legitimidade, legalidade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncias de receitas. 
Gabarito: errado. 
56. (Cespe - Adm/MIN/2013) O controle legislativo, que se aplica estritamente à 
administração pública direta, restringe-se ao controle político e financeiro. 
Comentário: o controle legislativo não se resume à administração pública direta 
(de todos os Poderes), alcançando também as entidades da administração 
indireta. Por isso, já poderíamos considerar a questão errada. A parte final do 
item, no entanto, fica um pouco complicada de julgar. Isso porque há inúmeras 
formas de designar a competência de fiscalização prevista no art. 70 da CF. 
$OJXQV�GRXWULQDGRUHV�FKDPDP�HOD�DSHQDV�GH�³ILVFDOL]DomR�ILQDQFHLUD´��R�TXH�
tornaria a parte final da questão como correta. De outra forma, porém, 
poderíamos entender essa parte como errada, pois não mencionou o controle 
contábil, orçamentária, operacional e patrimonial. De qualquer forma, a questão, 
como um todo, está errada. 
Gabarito: errado. 
57. (Cespe - Proc/AGU/2013) O TCU tem o dever de prestar ao Congresso Nacional, 
a qualquer de suas Casas ou de suas comissões, informações sobre a fiscalização 
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial que executar, bem como 
sobre os resultados das auditorias e inspeções que realizar. 
Comentário: essa é a regra estabelecida art. 71, VII, da CF, que determina que o 
TCU deve prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por 
qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a 
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e 
sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas. Assim, o item está 
perfeito. 
Gabarito: correto. 
58. (Cespe - AJ/TRT 10/2013) Ao Tribunal de Contas da União não cabe julgar as 
contas dos administradores de sociedades de economia mista e empresas públicas, 
visto que a participação majoritária do Estado na composição do capital não 
transmuda em públicos os bens dessas entidades. 
Comentário: a Constituição Federal estabelece que compete ao Tribunal de 
&RQWDV�GD�8QLmR�³julgar as contas dos administradores e demais responsáveis 
por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, 
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público 
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federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra 
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público´��&)��DUW������,,�� 
Perceba que não há nenhuma exceção na administração indireta, ou seja, o 
controle do TCU alcança as empresas públicas e sociedades de economia 
mista. 
Antigamente, existia o entendimento de que as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica não se 
submetiam ao controle do Tribunal de Contas da União. No entanto, em 2005, o 
STF mudou esse entendimento, concluindo que os tribunais de contas 
possuem competência para fiscalizar as empresas estatais exploradoras de 
atividade econômica. Nesse sentido, vejamos a ementa do MS 25.092/DF4: 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. TRIBUNAL DE CONTAS. 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: FISCALIZAÇÃO PELO TRIBUNAL DE 
CONTAS. ADVOGADO EMPREGADO DA EMPRESA QUE DEIXA DE 
APRESENTAR APELAÇÃO EM QUESTÃO RUMOROSA. I. - Ao Tribunal de 
Contas da União compete julgar as contas dos administradores e demais 
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e 
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder 
público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou 
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário (CF, art. 71, II; Lei 8.443, 
de 1992, art. 1º, I). II. - As empresas públicas e as sociedades de economia 
mista, integrantes da administração indireta, estão sujeitas à fiscalização 
do Tribunal de Contas, não obstante os seus servidores estarem sujeitos ao 
regime celetista. III. - Numa ação promovida contra a CHESF, o responsável 
pelo seu acompanhamento em juízo deixa de apelar. O argumento de que a 
não-interposição do recurso ocorreu em virtude de não ter havido adequada 
comunicação da publicação da sentença constitui matéria de fato dependente 
de dilação probatória, o que não é possível no processo do mandado de 
segurança, que pressupõe fatos incontroversos. IV. - Mandado de segurança 
indeferido. (STF, MS 25.092/DF, Relator Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal 
Pleno, julgamento em 10/11/2005, publicação no DJ 17/3/2006, p. 6) 
Assim, conclui-se que o item está errado. 
Gabarito: errado. 
59. (Cespe - PRF/2013) Os atos praticados pelos agentes públicos da PRF estão 
sujeitos ao controle contábil e financeiro do Tribunal de Contas da União. 
Comentário: a Polícia Rodoviária Federal é um órgão da administração direta e 
que administra recursos públicos federais, logo os atos de seus agentes 
públicos submetem-se ao controle do Tribunal de Contas da União. Mesmo 
 
4 Disponível em MS 25.092/DF. 
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mencionando somente o controle contábil e financeiro, isso não torna a questão 
incorreta. 
Gabarito: correto. 
60. (Cespe ± AnaTA/SUFRAMA/2014) Uma das formas de controle da 
administração pública é o controle judicial, que incide tanto sobre o mérito quanto 
sobre a legalidade dos atos da administração pública. 
Comentário: o controle judicial é um controle de legalidade e legitimidade e, 
portanto, não pode adentrar no mérito administrativo. Assim, o item está errado. 
Gabarito: errado. 
61. (Cespe - Adm/MJ/2013) O Poder Judiciário pode examinar atos da administração 
pública de qualquer natureza, sejam gerais ou individuais, unilaterais ou bilaterais, 
vinculados ou discricionários, mas sempre sob os aspectos da legalidade e, também, 
da moralidade. 
Comentário: quando se fala que o controle do Poder Judiciário envolve a 
legalidade e legitimidade, diz-se que o ato será analisado quando à 
conformação com as normas e com o Direito, buscando analisar se o ato está 
de acordo com os princípios administrativos, dentre eles a moralidade. 
Portanto, pode-se dizer que o controle judicial avalia a moralidade do ato 
administrativo. Além disso, esse controle alcança os atos da administração de 
qualquer natureza, inclusive os discricionários. Dessa forma, o item está 
correto. 
Gabarito: correto. 
62. (Cespe - Analista/BACEN/2013) O ato discricionário, dada sua natureza, não 
está sujeitoa apreciação judicial. 
Comentário: o que o controle judicial não verifica é o mérito, porém os atos 
discricionários podem sim ser analisados. Isso ocorre, por exemplo, quando se 
verifica o exercício do poder de polícia, buscando analisar a razoabilidade e a 
proporcionalidade dos atos restritivos. 
Conclui-se, pois, que o item está errado. 
Gabarito: errado. 
 
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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
 
CONCEITO 
A Constituição da República se referiu à improbidade administrativa como forma de 
violação à moralidade administrativa, incluindo diversos dispositivos sobre o tema. 
Todavia, o dispositivo de importância maior é o §4º, art, 37, da Constituição, que 
estabelece a base para a responsabilização dos atos de improbidade administrativa: 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a 
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a 
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e 
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Uma vez que se insere no texto constitucional, essa norma alcança a administração 
pública direta e indireta, de qualquer dos Poderes, de todos os entes da Federação. 
Nesse contexto, a Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa) define os sujeitos 
ativo e passivo do ato de improbidade (arts. 1º ao 3º); o próprio ato de improbidade, 
ainda que não o faça de maneira tão clara (arts. 9ª ao 11º); as sanções cabíveis (art. 
12); e as normas da ação judicial em decorrência da prática do ato de improbidade (art. 
17). 
SUJEITO PASSIVO DO ATO DE IMPROBIDADE 
De acordo com o art. 1º da Lei 8.429/1992, os atos de 
improbidade administrativa podem ser praticados 
contra (sujeitos passivos): 
a) a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território; 
b) empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação 
ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por 
cento do patrimônio ou da receita anual; 
c) entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, 
de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário 
haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do 
patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção 
patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 
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SUJEITO ATIVO DO ATO DE IMPROBIDADE 
O sujeito ativo é representado pelas pessoas que podem praticar os atos de improbidade 
administrativa e, por consequência, sofrer as devidas sanções previstas na Lei 
8.429/1992. Nesse contexto, existem dois tipos de sujeitos ativos dos atos de 
improbidade: 
a) os agentes públicos (art. 2º); 
b) os terceiros que, mesmo não sendo agentes públicos, induzam ou concorram 
para a prática do ato de improbidade administrativa ou dele se beneficiem sob 
qualquer forma direta ou indireta (art. 3º). 
NATUREZA DA AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E CUMULAÇÃO 
DE INSTÂNCIAS 
A regra é a independência das instâncias penal, civil e 
administrativa, motivo pelo qual uma pessoa poderá 
sofrer ações nas três esferas. Todavia, a ação penal, que 
possui um procedimento mais solene, poderá interferir nas demais instâncias da 
seguinte forma5: 
a) a condenação criminal, invariavelmente, acarreta a condenação nas esferas 
civil e administrativa; 
b) a absolvição na esfera penal estende-se às outras instâncias exclusivamente 
quando fundada na inexistência do fato ou na ausência de autoria. 
Quanto à natureza da ação de improbidade, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 
consideram que as penalidades previstas na Lei 8.429/1992 possuem natureza: 
a) administrativa: perda da função pública, proibição de contratar com o Poder 
Público, proibição de receber do Poder Público benefícios fiscais ou creditícios; 
b) civil: ressarcimento ao erário, perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente 
ao patrimônio, multa civil; e 
c) política: suspensão dos direitos políticos. 
,QGHSHQGHQWHPHQWH� GR� TXH� VH� FRQVLGHUD� SRU� ³QDWXUH]D´�� R� IDWR� p que os atos de 
improbidade administrativa não geram sanções penais, sendo necessário, para tanto, a 
interposição de ação própria. 
ESPÉCIES DE ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
A Lei 8.429/1992 classifica os atos de improbidade administrativa em três grandes 
grupos. 
 
5 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 898-899. 
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Os arts. 9º, 10 e 11 estabelecem os grupos de atos 
de improbidade, dividindo-os em atos que: 
a) importam enriquecimento ilícito (art. 9º); 
b) causam prejuízo ao erário (art. 10); 
c) atentam contra os princípios da Administração Pública (art. 11). 
A partir do enquadramento do ato em um desses grupos, serão aplicadas as penalidades 
previstas no art. 12 da Lei. Nesse caso, há uma verdadeira hierarquia das sanções, 
sendo que as penalidades mais rigorosas se aplicam aos atos que importam 
enriquecimento ilícito, e as penas mais brandas aos que atentam contra os princípios 
da Administração Pública. 
Atos que importam enriquecimento ilícito 
De acordo com o art. 9º da Lei 8.429/1992, constitui ato de improbidade administrativa 
importando enriquecimento ilícito ³auferir qualquer tipo de vantagem 
patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou 
DWLYLGDGH�QDV�HQWLGDGHV´ 
Atos que causam lesão ao erário 
Consoante o art. 10 da LIA, constitui ato de improbidade administrativa que causa 
lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda 
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres 
das entidades abrangidas pela Lei. 
Com efeito, o art. 10 foi claro em mencionar que este grupo alcança qualquer ação ou 
omissão, dolosa ou culposa. A doutrina e a jurisprudência consideram que é necessário 
demonstrar a existência do elemento subjetivo do ato, ou seja, o dolo ou a culpa. O 
dolo ocorre quando o agente possui a intenção de praticar a conduta prevista na lei; por 
outro lado, a culpa ocorre quando ele atua com negligência, imprudência ou imperícia. 
No caso dos atos de improbidade administrativa, só se admite conduta culposa 
naqueles que causam lesão ao erário; enquanto, nos outros casos (os que 
importam enriquecimento ilícito e os que atentam contra os princípios da 
Administração Pública) só admitem conduta dolosa. O dolo, no entanto, conforme 
entendimento do STJ, não precisa ter finalidade específica (dolo específico), basta o 
dolo genérico. 
Atos que atentam contra os princípios da Administração Pública 
Constitui ato que atenta contra os princípios da Administração Pública qualquer ação 
ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e 
lealdade às instituições. 
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SANÇÕES CABÍVEIS 
Deacordo com o art. 12 da Lei 8.429/1992, 
independentemente das sanções penais, civis e 
administrativas previstas na legislação específica, está 
o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que 
podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade 
do fato: 
a) para os atos que importam enriquecimento ilícito: 
o perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio; 
o ressarcimento integral do dano, quando houver; 
o perda da função pública; 
o suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos; 
o pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial; 
e 
o proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez 
anos; 
b) para os atos que causam prejuízo ao erário: 
o ressarcimento integral do dano; 
o perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se 
concorrer esta circunstância; 
o perda da função pública; 
o suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos; 
o pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano; e 
o proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco 
anos; 
c) para os atos atentam contra os princípios da Administração Pública: 
o ressarcimento integral do dano, se houver; 
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o perda da função pública; 
o suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos; 
o pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração 
percebida pelo agente; e 
o proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três 
anos. 
As penas de perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se 
efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. Todavia, a autoridade 
judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente 
público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, 
quando a medida se fizer necessária à instrução processual (art. 20, caput e parágrafo 
único). 
Ademais, o art. 21 determina que a aplicação das sanções previstas na Lei independe: 
a) da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de 
ressarcimento; 
b) da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo 
Tribunal ou Conselho de Contas. 
Por fim, o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer 
ilicitamente está sujeito às cominações da LIA até o limite do valor da herança (art. 8º). 
DECLARAÇÃO DE BENS E VALORES 
O art. 13 da LIA determina que a posse e o exercício de agente público ficam 
condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o 
seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. 
REPRESENTAÇÃO 
Conforme consta no art. 14, é facultado a qualquer pessoa representar à autoridade 
administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar 
a prática de ato de improbidade. 
COMPETÊNCIA 
A competência para processar e julgar a ação civil por ato de improbidade administrativa 
é do juiz de 1º grau (Federal ou estadual) com jurisdição na sede da lesão. A ação 
tramitará na Justiça Federal se houver interesse da União, autarquias ou empresas 
públicas federais (CF, art. 109, I); caso contrário, será de competência da justiça 
estadual. 
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PRESCRIÇÃO 
O art. 23 da Lei 8.429/1992 determina que as ações destinadas a levar a efeitos as 
sanções previstas em decorrência de ato de improbidade administrativa podem ser 
propostas: 
a) em até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em 
comissão ou de função de confiança; 
b) dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas 
disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de 
exercício de cargo efetivo ou emprego. 
(VVH�SUD]R�SUHYLVWR�QR�LWHP�³E´�YDULD�FRQIRUPH�R�HQWH�GD�)HGHUDomR��1R�FDVR�GD�8QLmR��
o prazo prescricional é de cinco anos, conforme consta no art. 142, I, da Lei 
8.112/19906. 
Vamos praticar? 
63. (Cespe - Proc/TC-DF/2013) O ato de improbidade, que, em si, não constitui 
crime, caracteriza-se como um ilícito de natureza civil e política. 
Comentário: o art. 37, §4º, da LIA determina que as penalidades decorrentes dos 
DWRV�GH�LPSURELGDGH�DGPLQLVWUDWLYD�GHYHP�VHU�DSOLFDGDV�³VHP�SUHMXt]R�GD�DomR�
penaO� FDEtYHO´�� 3RUWDQWR�� D� DomR� H� VXDV� SHQDOLGDGHV� QmR� SRVVXHP� QDWXUH]D�
penal. 
De acordo com Maria Di Pietro, o ato de improbidade administrativa caracteriza 
um ilícito de natureza civil e política, uma vez que pode implicar a suspensão 
dos direitos políticos, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. 
Dessa forma, o item está correto. 
Gabarito: correto. 
64. (Cespe - ATA/MIN/2013) Os agentes políticos cujos atos puderem configurar 
crimes de responsabilidade não se submetem ao regime da Lei de Improbidade 
Administrativa. 
Comentário: o conceito de agente público da Lei 8.429/1992 é amplo, 
abrangendo todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer 
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas 
entidades alcançadas pela Lei. 
 
6 Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade 
e destituição de cargo em comissão; 
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Todavia, o STF, na Reclamação 2.138/DF, declarou que os agentes políticos 
passíveis de responder por crime de responsabilidade, na forma prevista no art. 
����� ,�� ³F´�� GD� &RQstituição Federal, e na Lei 1.079/1950, não se sujeitam às 
disposições da Lei 8.429/1992. 
Assim, em linhas gerais, podemos considerar a assertiva correta. 
Gabarito: correto. 
65. (Cespe - AnaTA/MJ/2013) Um ato de improbidade administrativa praticado por 
servidor público não pode ser simultaneamente enquadrado como um ilícito 
administrativo, o que exime a autoridade competente de instaurar qualquer 
procedimento para apuração de responsabilidade de natureza disciplinar. 
Comentário: as instâncias são independentes. Logo, um ato de improbidade 
administrativa também poderá ser enquadrado nas esferas administrativa e 
penal. Por exemplo, um servidor público federal que dispensar ou inexigir 
licitação fora das hipóteses previstas em lei poderá ser responsabilizado na 
esfera penal (Lei 8.666/1993, art. 89); na esfera administrativa (Lei 8.112/1990, 
art. 132, I e IV); e por ato de improbidade administrativa ± esfera civil (Lei 
8.429/1992, art. 10, VIII). 
Logo, o servidor público poderá ser enquadrado simultaneamente pelo ilícito

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