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Questões Comentadas de Direito Administrativo para INSS

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Aula 04
Questões Comentadas de Direito Administrativo p/ INSS - Técnico de Seguro Social -
2016
Professor: Herbert Almeida
Noções de Direito Administrativo ± INSS 
Técnico de Seguro Social 
Questões Comentadas 
Prof. Herbert Almeida ± Aula 04 
 
 
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AULA 4: Agentes Públicos 
 
Sumário 
AGENTES PÚBLICOS...................................................................................................................... 2 
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA ............................................................................................ 30 
GABARITO ................................................................................................................................. 37 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 37 
 
Olá pessoal, tudo bem? 
1D� DXOD� GH� KRMH�� YDPRV� HVWXGDU� RV� VHJXLQWHV� LWHQV� GR� HGLWDO�� ³4 
Agentes públicos: espécies e classificação; poderes, deveres e 
prerrogativas; cargo, emprego e função públicos; regime jurídico 
único: provimento, vacância, remoção, redistribuição e 
substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar; 
responsabilidade civil, criminal e administrativa´� 
O conteúdo da aula exige alguns conhecimentos doutrinários e legais 
sobre os agentes públicos. Por isso, também vamos trabalhar questões da 
Lei 8.112/1990. Dessa forma, vamos rever algumas questões do curso 
sobre o Regime Jurídico Único. 
Ademais, para a Lei 8.112/1990, não teremos resumo, tendo em 
vista que as questões praticamente reproduzem o texto legal. 
Aos estudos, aproveitem! 
 
Noções de Direito Administrativo ± INSS 
Técnico de Seguro Social 
Questões Comentadas 
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AGENTES PÚBLICOS 
 
CONCEITO 
Para José dos Santos Carvalho Filho o conceito de agentes públicos possui sentido 
amplo, representando o conjunto de pessoas que, a qualquer título, exercem a função 
pública como prepostos do Estado. Já Hely Lopes Meirelles conceitua agentes públicos 
FRPR�³todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício 
de alguma função estatal´� 
Essa concepção ampla de agente público encontra-se positivada na Lei de Improbidade 
Administrativa (Lei 8.429/1992), que apresenta o seguinte conceito: 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo 
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou 
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, 
emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. 
CLASSIFICAÇÃO OU ESPÉCIES 
A partir do conceito amplo de agentes públicos, a doutrina apresenta diversas espécies 
de agentes públicos. Como em outros assuntos do Direito Administrativo, não há 
consenso entre os juristas e as classificações possíveis. 
Porém, a classificação mais adotada é a de Hely Lopes Meirelles, que apresenta as 
seguintes espécies de agentes públicos: 
Agentes políticos 
Os agentes políticos são os componentes do governo em seus primeiros escalões para 
o exercício de atribuições constitucionais. 
Esses agentes atuam com plena liberdade funcional desempenhando suas atribuições 
com prerrogativas e responsabilidades próprias, prevista na Constituição e em leis 
especiais. Em regra, a atuação dos agentes políticos se relaciona com as funções de 
governo ou de função política. 
Nesse contexto, estão nessa categoria: 
a) os chefes do Poder Executivo (Presidente, governadores e prefeitos); 
b) os auxiliares imediatos do chefe do Poder Executivo (ministros e 
secretários estaduais e municipais); 
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c) os membros das corporações legislativas (senadores, deputados e 
vereadores). 
Agentes administrativos 
Os agentes administrativos são aqueles que prestam serviços ao Estado e às 
entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante 
remuneração paga pelos cofres públicos. Caracterizam-se pelo exercício da atividade 
como profissão, dentro de uma estrutura hierarquizada. 
Segundo Hely Lopes Meirelles, os agentes administrativos constituem a imensa massa 
de prestadores de serviços à Administração Direta e Indireta, subdividindo-se em três 
grupos: 
a) os servidores públicos (também chamados de servidores estatutários ou 
servidores em sentido estrito): são os titulares de cargo público, efetivo ou em 
comissão, que se submetem ao regime jurídico estatutário (vínculo de 
natureza legal); 
b) os empregados públicos (também chamados de servidores empregados ou 
servidores celetistas): são os titulares de emprego público, contratados sobre o 
regime da legislação trabalhista (Consolidação das Leis do Trabalho - CLT), 
cujo vínculo com a Administração possui natureza contratual (contrato de 
trabalho), com predomínio das regras de direito privado; 
c) os servidores temporários: contratados com base no art. 37, IX, da CF, por 
WHPSR�GHWHUPLQDGR�SDUD�³atender a necessidade temporária de excepcional 
interesse público´��2V�WHPporários não possuem cargo nem emprego público, 
exercendo apenas uma função pública. O vínculo com a Administração Pública é 
contratual, mas não se trata de regime celetista. Na verdade, trata-se de regime 
jurídico especial, disciplinado em lei de cada unidade da federação. 
Agentes honoríficos 
Os agentes honoríficos são cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar 
ao Estado, transitoriamente, determinados serviços relevantes, em razão de sua 
condição cívica, de sua honorolidade ou de sua notória capacidade profissional, mas 
sem possuir qualquer vínculo empregatício ou estatutário e, normalmente, sem 
remuneração. 
Agentes delegados 
Os agentes delegados são particulares ± pessoas físicas ou jurídicas ± que recebem a 
incumbência da execução de determinada atividade, obra ou serviço público e o 
realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e 
sob a permanente fiscalização do delegante1. Esses agentes não são representantes do 
Estado, mas são colaboradores do Poder Público. 
 
1 Meirelles, 2013, p. 83. 
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Agentes credenciados 
Os agentes credenciados são aqueles que recebem da Administração Pública a 
incumbência de representá-la em determinado ato ou para praticar alguma 
atividade específica, mediante remuneração do Poder Público credenciante. 
Agente de fato 
Os agentes de fato designam um grupo de agentes que, mesmo sem ter uma 
investidura normal e regular, executam função pública em nome do Estado. A expressão 
³DJHQWHV�GH�IDWR´�VHUYH�SDUD�GLIHUHQFLi-ORV�GRV�³DJHQWHV�GH�GLUHLWR´��6HJXQGR�-RVp�GRV�
Santos Carvalho Filho, o ponto marcante dos agentes de fato é que o desempenho da 
função pública deriva de situação excepcional, sem prévio enquadramento legal, mas 
que pode ocorrer no âmbito da Administração, em decorrência da grande variedade de 
situações que ocorrem na sociedade. 
Dessa forma, os agentes de fato diferenciam-se em duas categorias: 
a) agentes necessários: são aqueles que atuam em situações excepcionais, 
como, por exemplo, emuma calamidade pública ou outra situação emergencial, 
colaborando com o Poder Público, como se fossem agentes de direito; 
b) agentes putativos: são os que desempenham atividade pública na presunção 
de legitimidade, porém em caso que a investidura do agente não se deu dentro 
do procedimento legalmente exigido. 
Cargo, emprego e função pública 
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, os cargos públicos VmR� ³as mais 
simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressadas por um agente, 
previstas em número certo, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas 
de Direito Público e criados por lei [...]´2. 
Os titulares dos cargos públicos são os servidores públicos, que são agentes 
administrativos submetidos ao regime estatutário. Dessa forma, os cargos públicos 
representam o lugar ou posição jurídica ocupada pelo servidor público nas pessoas 
jurídicas de Direito Público ± administração direta, autarquias e fundações 
públicas. 
Os empregos públicos, por outro lado, diferem-se dos cargos públicos por designarem 
a unidade de atribuições em que o vínculo é celetista, possuindo, portanto, a 
natureza trabalhista e contratual, regido predominantemente por regras de 
Direito Privado. Dessa forma, os empregos públicos designam, em regra, as unidades 
de atribuições e responsabilidades ocupadas pelos empregados públicos das pessoas 
administrativas de direito privado: empresas públicas e sociedades de economia 
mista. 
Para todo cargo ou emprego público corresponde uma ou mais funções públicas, isto 
é, o conjunto de atribuições conferidas aos órgãos, aos cargos aos empregos ou 
diretamente aos agentes públicos. Dessa forma, todo cargo ou emprego público possui 
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alguma função. Todavia, existem casos em que a função não é atribuída a nenhum 
cargo ou emprego público, ou seja, existem funções que não possuem cargo ou 
emprego público. 
Vamos as questões. 
1. (Cespe ± ATA/MDIC/2014) Os particulares, ao colaborarem com o poder público, 
ainda que em caráter episódico, como os jurados do tribunal do júri e os mesários 
durante as eleições, são considerados agentes públicos. 
Comentário: os particulares que colaboram com o Poder Público, ainda que de 
forma transitória, como ocorre com os jurados do tribunal do júri e os mesários 
eleitorais, são considerados agentes honoríficos, que são espécie dos agentes 
públicos. Dessa forma, o item está correto. 
Gabarito: correto. 
2. (Cespe ± Técnico Judiciário/CNJ/2013) Considere que determinado cidadão 
tenha sido convocado como mesário em um pleito eleitoral. Nessa situação hipotética, 
no exercício de suas atribuições, ele deve ser considerado agente político e, para fins 
penais, funcionário público. 
Comentário: os agentes honoríficos são aqueles que são cidadãos convocados, 
designados ou nomeados para prestar ao Estado, transitoriamente, 
determinados serviços, em razão de sua condição cívica, de sua honorolidade 
ou de sua notória capacidade profissional, mas sem possuir qualquer vínculo 
empregatício ou estatutário e, normalmente, sem remuneração. Entre os 
exemplos de agentes honoríficos encontramos os mesários eleitorais. 
Com efeito, para fins penais, essa categoria de agente equipara-se aos 
³IXQFLRQiULRV�S~EOLFRV´��QD�IRUPD�GR�DUW������GR�&yGLJR�3HQDO� 
Assim, o único erro GD�TXHVWmR�IRL�IDODU�HP�³DJHQWH�SROtWLFR´��TXDQGR�R�FRUUHWR�
p�³DJHQWH�KRQRUtILFR´� 
Gabarito: errado. 
3. (Cespe ± Técnico/MPU/2013) Os ministros de Estado são considerados agentes 
políticos, dado que integram os mais altos escalões do poder público. 
Comentário: os agentes políticos são os componentes do governo em seus 
primeiros escalões para o exercício de atribuições constitucionais. A doutrina 
 
2 Em continuação, o Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello apresenta uma exceção à exigência de lei para a 
criação de cargos públicos, representada pelos cargos dos serviços auxiliares do Poder Legislativo, que são 
criados por meio de resolução, da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, conforme o caso (CF, art. 51, 
IV; e 52, XIII) - Bandeira de Mello, 2014, p. 259. Apesar dessa ressalva, as bancas de concurso costumam 
considerar como verdadeira a afirmativa de que os cargos só podem ser criados por lei. 
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diverge sobre quais as autoridades consideradas como agentes políticos, mas 
há consenso em pelo menos três tipos: (a) chefes do Poder Executivo; (b) 
auxiliares imediatos do chefe do Poder Executivo (ministros e secretários 
estaduais e municipais); (c) membros das corporações legislativas. 
Dessa forma, o item está correto, uma vez que os ministros de Estado são 
considerados agentes políticos. 
Gabarito: correto. 
4. (Cespe ± Técnico Administrativo/ANATEL/2012) Os agentes políticos definem 
e implementam estratégias políticas para que o Estado atinja seus fins e sua 
investidura se dá, exclusivamente, mediante eleição. 
Comentário: parte da doutrina entende que os agentes políticos são apenas os 
chefes do Poder Executivo (Presidente, governadores e prefeitos), seus 
auxiliares imediatos (ministros e secretários) e os membros das Casas 
Legislativas (senadores, deputados e vereadores). Nesse sentido, a Prof. Maria 
Sylvia Zanella Di Pietro ensina o seguinte: 
São, portanto, agentes políticos, no direito brasileiro, porque exercem típicas 
atividades de governo e exercem mandato, para o qual são eleitos, apenas 
os Chefes dos Poderes Executivos federal, estadual e municipal, os Ministros 
e Secretários de Estado, além de Senadores, Deputados e Vereadores. A 
forma de investidura é a eleição, salvo para Ministros e Secretários, que são 
de livre escolha do Chefe do Executivo e providos em cargos públicos 
mediante nomeação. 
Assim, percebe-se que, mesmo neste conceito mais estrito, nem todos agentes 
políticos são investidos por meio de eleição, uma vez que os ministros e 
secretários são nomeados pelos chefes do Poder Executivo de cada esfera de 
governo. 
Além disso, em uma abordagem mais abrangente, feita por autores como Hely 
Lopes Meirelles, os agentes políticos alcançam também (a) os membros do 
Poder Judiciário (magistrados em geral); (b) os membros do Ministério Público 
(procuradores da República e da Justiça, promotores e curadores públicos); (c) 
os membros dos Tribunais de Contas (ministros e conselheiros); (d) os 
representantes diplomáticos. 
Com efeito, o próprio STF, no Recurso Extraordinário 228.977/SP, utilizou a 
H[SUHVVmR�³DJHQWHV�SROtWLFRV´�SDUD�VH�UHIHULU�DRV�magistrados. Nesse caso, já 
temos outro exemplo de agente político cuja investidura não ocorre por meio 
de eleição. Logo, a questão está errada. 
Por fim, vale dizer que o STF entendeu que a Súmula Vinculante nº 13 aplica-se 
à escolha dos membros dos Tribunais de Contas (ministros e conselheiros), 
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considerando que eles ocupam cargo de natureza administrativa, uma vez que 
se trata de órgão que auxilia o Poder Legislativo no controle externo da 
Administração Pública3. Dessa forma, para o Pretório Excelso, a tendência é 
não considerar os membros dos Tribunais de Contas como agentes políticos. 
Gabarito: errado.5. (Cespe ± Técnico Administrativo/ANATEL/2012) O empregado de empresa 
concessionária do serviço de telefonia é considerado um agente público. 
Comentário: o conceito de agente público é bem amplo, alcançando os 
seguintes tipos de agentes: (a) políticos; (b) administrativos; (c) honoríficos; (d) 
delegados; e (e) credenciados. 
No grupo dos agentes delegados, temos os concessionários e permissionários 
de obras e serviços públicos, os leiloeiros, os tradutores ou intérpretes 
públicos, os serventuários de ofícios ou cartórios não estatizados e as demais 
pessoas que recebam delegação para a prática de alguma atividade estatal ou 
serviço de interesse coletivo. Por conseguinte, o emprego de uma empresa 
concessionária do serviço de telefonia é considerado agente público. 
Gabarito: correto. 
6. (Cespe ± ACE/AGO/TCE-ES/2012) A doutrina, ao tratar dos agentes de fato, 
classifica-os em dois tipos: agentes necessários e agentes putativos; os putativos, 
cujos atos, em regra, são confirmados pelo poder público, colaboram, em situações 
excepcionais, com este, exercendo atividades como se fossem agentes de direito. 
Comentário: o item começa bem, afinal os agentes de fato dividem-se em (a) 
agentes necessários; e (b) agentes putativos. No entanto, a segunda parte da 
questão refere-se aos agentes necessários, que são aqueles que colaboram, em 
situações excepcionais com o Poder Público, exercendo atividades como se 
fossem agentes de direito. 
Gabarito: errado. 
7. (Cespe ± Assessor Técnico Jurídico/TCE-RN/2009) Agente putativo é aquele 
que, em estado de necessidade pública, assume o encargo de desempenhar certas 
funções públicas, que de outra forma não seriam executadas, agindo como um 
servidor regularmente provido. 
Comentário: o agente putativo é aquele que desempenha a função pública, na 
presunção de legitimidade, porém a sua investidura não se deu dentro do 
 
3Rcl 6702 MC-AgR/PR. 
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procedimento legal. Seria, por exemplo, um agente nomeado sem prévia 
aprovação em concurso público. 
O caso apresentado na questão é o de agente necessário, este sim assume o 
encargo de desempenhar funções públicas em estado de necessidade pública, 
como uma emergência, calamidade pública, enchente, etc. Nesse caso, o agente 
atua como se tivesse sido investido regularmente, atuando como agente de 
direito. Portanto, a questão está errada. 
Gabarito: errado. 
8. (Cespe ± PT/PM-CE/2014) O cargo público, cujo provimento se dá em caráter 
efetivo ou em comissão, só pode ser criado por lei, com denominação própria e 
vencimento pago pelos cofres públicos. 
Comentário: essa questão tomou por base o art. 3º, parágrafo único, da Lei 
8.112/1990 vazado nos seguintes termos: 
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas 
na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são 
criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres 
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
Essa é a regra, ou seja, a criação de cargos públicos é feita por lei. Como a 
questão é quase da Lei, o item deve ser considerado como correto. 
Contudo, lembramos que o caso possui uma exceção, que é a criação de cargos 
para os serviços auxiliares do Poder Legislativo, que, nos termos dos artigos 
art. 51, IV, e 52, XIII, da Constituição Federal, devem ocorrer por meio de 
resolução das respectivas Casas (Câmara do Deputados ou Senado Federal, 
conforme o caso). 
De qualquer forma, dificilmente uma banca de concurso vai considerar a 
afirmativa da questão como errada, uma vez que o trecho é mera reprodução da 
Lei 8.112/1990. 
Gabarito: correto. 
9. (Cespe ± ATA/MIN/2013) Nas empresas públicas e sociedades de economia 
mista, não existem cargos públicos, mas somente empregos públicos. 
Comentário: as empresas públicos e sociedades de economia mista possuem 
natureza jurídica de Direito Privado e, portanto, o regime estatutário mostra-se 
incompatível para essas entidades. Assim, não existem cargos públicos nas 
empresas públicas e sociedades de economia mista, mas somente empregos 
públicos. 
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Gabarito: correto. 
10. (Cespe ± Técnico Judiciário/TRE-RJ/2012) Cargos públicos são núcleos de 
encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados 
para desempenhá-los sob relação trabalhista. 
Comentário: o cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor 
público. Dessa forma, as atribuições são desempenhadas sob relação 
estatutária. Portanto, a questão descreveu o conceito de emprego público, 
motivo pela qual o item está errado. 
Gabarito: errado. 
Acerca da ampliação da competência da justiça do trabalho promovida pela chamada 
reforma do Poder Judiciário (Emenda Constitucional n.º 45/2004), julgue o item a 
seguir. 
11. (Cespe ± Procurador/PGE-ES/2008) As controvérsias entre os servidores 
públicos estatutários e as pessoas jurídicas de direito público sobre a aplicação do 
respectivo estatuto passaram para a competência da justiça do trabalho. 
Comentário: a Emenda Constitucional 45/2004, conhecida como Emenda da 
Reforma do Poder Judiciário, ampliou as competências da Justiça do Trabalho. 
Entretanto, a alteração gerada no art. 114, I, da CF gerou algumas polêmicas 
sobre a competência para julgar os litígios decorrentes do vínculo estatutário 
dos servidores públicos. Para entender melhor o assunto, vamos analisar o 
novo texto desse dispositivo: 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; [...] 
3RUpP�� TXDQGR� R� WH[WR� IDOD� HP� ³relação de trabalho´�� GHYH� VHU� FRQVLGHUDGR�
apenas o vínculo contratual, ou seja, o vínculo regido pela Consolidação das 
Leis do Trabalho e o contrato de trabalho, presente no caso dos empregados 
públicos. 
No caso de relação jurídico-estatutária, a competência para julgamento é da 
justiça comum (Justiça Federal e Justiça Estadual, conforme o caso). Assim, a 
questão está errada. 
Gabarito: errado. 
12. (Cespe ± Agente Administrativo/MDIC/2014) Com a promulgação da CF, foram 
extintos os denominados cargos vitalícios, tendo sido resguardado, entretanto, o 
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direito adquirido daqueles que ocupavam esse tipo de cargo à época da promulgação 
da CF. 
Comentário: a Constituição Federal de 1988 não extinguiu os cargos vitalícios. 
Atualmente, eles são aplicáveis aos membros de carreiras da magistratura, do 
Ministério Público e também aos ministros e conselheiros dos Tribunais de 
Contas. 
Nesse contexto, o art. 95, I, da CF, determina que os juízes gozam de 
³vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de 
exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do 
tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentençajudicial 
WUDQVLWDGD�HP�MXOJDGR´��2�PHVPR�WH[WR�p�UHSHWLGR�QR�DUW�������†�ž��,��³D´��TXDQWR�
aos membros do Ministério Público. Por fim, o art. 73, §3º4, dispõe que os 
³Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, 
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do 
Superior Tribunal de Justiça´��SRU�FRQVHJXLQWH��WDPEpP�WHUmR�D�YLWDOLFLHGDGH� 
Gabarito: errado. 
13. (Cespe ± Técnico Administrativo/TRE-MS/2013) Assinale a opção correta 
acerca das disposições gerais dos agentes públicos. 
a) É possível que um indivíduo, mesmo sem ter uma investidura normal e regular, 
execute uma função pública em nome do Estado. 
b) Servidor público estatutário é aquele submetido a um diploma legal específico e 
que ocupa cargo público da administração direta e indireta, como autarquias, 
fundações e empresas públicas. 
c) Os litígios que envolvam os servidores públicos estatutários e celetistas devem ser 
dirimidos na Justiça do Trabalho, especializada em dirimir conflitos entre 
trabalhadores e empregadores. 
d) Os chamados cargos vitalícios, previstos pela Constituição anterior à ora vigente, 
não mais subsistem. Atualmente, apenas existem os chamados cargos efetivos e 
cargos em comissão, também denominados na prática de cargo de confiança. 
e) Considera-se agente público aquele que exerce, mesmo que transitoriamente, 
cargo, emprego ou função pública, sempre mediante remuneração pelo serviço 
prestado. 
Comentário: a alternativa A tratou dos chamados agentes de fato, que, mesmo 
sem ter uma investidura normal e regular, executam função pública em nome 
 
4 A regra do art. 73, §3º, da CF, aplica-se por simetria aos conselheiros dos tribunais de contas dos estados e dos 
municípios. 
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do Estado. Logo, a opção A está correta. Vejamos o erro das demais 
alternativas: 
b) ERRADA ± de fato o servidor público estatutário é submetido a diploma legal 
específico (o estatuto), todavia o cargo público ocupado é somente na 
administração direta, nas autarquias e nas fundações públicas. Assim, não 
existe cargo público e nem servidor público nas empresas públicas, por isso a 
opção está errada; 
c) ERRADA ± os litígios entre servidores estatutários e a Administração Pública 
devem ser solucionados na justiça comum (Federal ou Estadual, conforme o 
caso), enquanto os litígios dos celetistas (empregados públicos) serão 
resolvidos na Justiça do Trabalho; 
d) ERRADA ± os cargos vitalícios persistem na atual Constituição, sendo 
aplicados a agentes públicos de determinadas carreiras, como os membros da 
magistratura, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas. A vitaliciedade é 
uma garantia de permanência mais forte que a estabilidade, sendo que o agente 
só poderá perder o cargo em decorrência de sentença judicial transitada em 
julgado; 
e) ERRADA ± a definição de agente público é bem ampla. Muitas vezes, 
costuma-se adotar a definição prevista na Lei 8.429/1992, vazada nos seguintes 
termos: 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que 
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no 
artigo anterior. 
Portanto, o conceito de agente público envolve qualquer um que venha exercer 
mandato, cargo, emprego ou função, ainda que sem remuneração. 
Gabarito: alternativa A. 
14. (Cespe ± ATA/CADE/2014) O servidor público poderá adquirir estabilidade 
mesmo antes de concluir o estágio probatório. 
Comentário: o atual entendimento do STF é que tanto a estabilidade quanto o 
estágio probatório são de três anos. Entretanto, a estabilidade é adquirida no 
serviço público, dentro do mesmo ente federado; enquanto o estágio probatório 
é realizado para verificar a aptidão para o cargo. Portanto, um servidor público 
poderá adquirir a estabilidade em um cargo, mas só depois realizar o estágio 
em um outro em que ele for aprovado por concurso público. Nessa situação, ele 
terá adquirido a estabilidade antes de concluir o estágio probatório. Logo, o 
item está correto. 
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Gabarito: correto. 
15. (Cespe ± Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Ana, que está em licença por 
afastamento de seu marido, e Júlio, que está de férias, são servidores do TRE/GO e 
foram nomeados para ocupar cargos na administração pública federal. Nessa 
situação, as posses dos dois servidores em seus novos cargos devem ocorrer no 
prazo de trinta dias contados da publicação dos respectivos atos de provimento nos 
cargos. 
Comentário: a regra geral é que o prazo para posse é de 30 dias, a contar da 
publicação do ato de provimento; ao passo que o exercício deve iniciar em até 
15 dias após a posse. 
Entretanto, quando o nomeado já é servidor, o prazo para posse fica suspenso 
enquanto ele estiver gozando de determinadas licenças ou afastamentos. 
Vejamos quais são as licenças e afastamentos que suspendem a contagem do 
prazo para posse (art. 13, §2º): 
9 licença por motivo de doença em pessoa da família; 
9 licença para o serviço militar; 
9 licença para capacitação; 
9 férias; 
9 participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em 
programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o 
regulamento; 
9 júri e outros serviços obrigatórios por lei; 
9 licença: (i) à gestante, à adotante e à paternidade; (ii) para tratamento da 
própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do 
tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (iii) 
por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; (iv) para 
capacitação, conforme dispuser o regulamento; (v) por convocação para o 
serviço militar; 
9 deslocamento para a nova sede, conforme art. 18 da Lei 8.112/1990; 
9 participação em competição desportiva nacional ou convocação para 
integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme 
disposto em lei específica. 
Agora, vamos analisar a questão. O caso de Ana não interfere no prazo, pois a 
licença por motivo de afastamento de cônjuge (art. 84) não suspende o prazo 
para posse. Porém, o caso de Júlio é diferente. Como está de férias no outro 
cargo, a contagem do prazo para a posse fica suspensa até o término das férias. 
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Assim, ele terá mais do que 30 dias para tomar posse. Logo, a questão está 
errada. 
Gabarito: errado. 
16. (Cespe ± Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Pedro, analista judiciário, tomou 
posse no TRE/GO em 10/10/2011; Gilson, outro analista do tribunal, que havia sido 
demitido do serviço público, foi reintegrado ao cargo, já ocupado por Pedro, em 
dezembro de 2014. Nessa situação, o cargo deve passar a ser novamente ocupado 
por Gilson, e Pedro deve ser redistribuído. 
Comentário: inicialmente, devemos observar que Pedro já deve ser estável. Em 
que pese a questão não mencione isso expressamente, como Pedro tomou 
posse há mais de três anos, e continua em exercício, devemos presumir que ele 
é estável. 
Como Gilson foi reintegrado, realmente ele deverá passara ocupar novamente 
o cargo, tendo em vista que a reintegração decorre da invalidação da demissão. 
E o que ocorre com Pedro? A resposta encontra-se na CF (art. 41, §2º): 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele 
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao 
cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou 
posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
Assim, Pedro deverá: (i) ser reconduzido ao cargo de origem; (ii) aproveitado 
em outro cargo; ou (iii) posto em disponibilidade com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. Em síntese, Pedro será reconduzido, 
aproveitado ou posto em disponibilidade. 
A redistribuição p�R�³GHVORFDPHQWR�de cargo de provimento efetivo, ocupado 
ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do 
PHVPR� 3RGHU´ (Lei 8.112/1990, art. 37). Assim, podemos ver que a 
redistribuição não é aplicável no caso previsto no enunciado. 
Gabarito: errado. 
17. (Cespe ± Técnico Judiciário/TRE-GO/2015) Promoção e readaptação são 
formas de provimento em cargo público. 
Comentário: muitos simples! São formas de provimento: nomeação; promoção; 
readaptação; reversão; aproveitamento; reintegração; recondução. 
Gabarito: correto. 
18. (Cespe ± Técnico Judiciário/TRE-GO/2015) Remoção é o deslocamento do 
servidor, a pedido, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. 
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Comentário: é preciso ter cuidado com esse tipo de questão. A assertiva foi 
WD[DWLYD��LQIRUPDQGR�TXH�D�UHPRomR�p�R�GHVORFDPHQWR�GR�VHUYLGRU�³a pedido´��
ou seja, segundo a questão, a remoção é sempre a pedido��2�³VHPSUH´�QmR�
consta expressamente na questão, mas devemos deduzi-lo, pois o texto foi 
taxativo. 
Contudo, existem três formas de remoção: (i) de ofício, no interesse da 
Administração; (ii) a pedido, a critério da Administração; e (iii) a pedido, para 
outra localidade, independentemente do interesse da Administração. 
Dessa forma, a questão excluiu do conceito a remoção de ofício e, por isso, está 
HUUDGD��9HMDPRV�FRPR�HOD�GHYHULD�WHU�VLGR�HVFULWD��³Remoção é o deslocamento 
do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem 
mudança de sede´� 
2XWUD� IRUPD� TXH� GHL[DULD� D� TXHVWmR� LJXDOPHQWH� FRUUHWD� VHULD� D� VHJXLQWH�� ³O 
deslocamento do servidor, a pedido, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem 
mudança de sede denomina-se remoção´�� 1HVVD� VLWXDomR�� R� WH[WR� QmR� VHULD�
restritivo, podendo comportar outras formas de remoção. 
A questão mostra como, além de saber o conteúdo, devemos interpretar 
adequadamente o texto utilizado pelos avaliadores. 
Gabarito: errado. 
Maria, servidora pública federal estável, integrante de comissão de licitação de 
determinado órgão público do Poder Executivo federal, recebeu diretamente, no 
exercício do cargo, vantagem econômica indevida para que favorecesse determinada 
empresa em um procedimento licitatório. Após o curso regular do processo 
administrativo disciplinar, confirmada a responsabilidade de Maria na prática 
delituosa, foi aplicada a pena de demissão. Considerando essa situação hipotética, 
julgue os itens a seguir, com base na legislação aplicável ao caso. 
19. (Cespe ± Técnico Administrativo em Educação/FUB/2015) Caso a penalidade 
aplicada seja posteriormente invalidada por meio de sentença judicial, Maria deverá 
ser reintegrada ao cargo anteriormente ocupado. 
Comentário: a forma de provimento decorrente da invalidação da demissão é a 
reintegração, que gera o retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado. 
Assim, o item está correto. 
Acrescentamos que a invalidação também poderá ocorrer na via administrativa, 
ou seja, o servidor também será reintegrado quando ocorrer a invalidação 
administrativa da demissão. Porém, a questão permanece correta, pois, 
diferentemente da redação da questão anterior, nessa o texto não foi restritivo. 
Gabarito: correto. 
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20. (Cespe ± Técnico Administrativo em Educação/FUB/2015) Considere que 
João, de setenta anos de idade, servidor público federal aposentado por invalidez, 
tenha solicitado a reversão de sua aposentadoria. Nessa situação, mesmo que a junta 
médica oficial tenha concluído que o referido servidor não apresenta qualquer 
condição incapacitante para o exercício profissional, a administração deverá indeferir 
a solicitação de João. 
Comentário: a reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado, 
podendo ocorrer de ofício ou a pedido. 
A reversão a pedido é medida discricionária da administração, dependendo do 
preenchimento dos seguintes requisitos: (i) o servidor tenha solicitado a 
reversão; (ii) a aposentadoria tenha sido voluntária; (iii) o servidor era estável 
quando na atividade; (iv) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos 
anteriores à solicitação; (v) haja cargo vago; e (vi) o servidor tenha menos de 
70 anos de idade. 
A última exigência (ter menos de 70 anos de idade) encontra-se no art. 27 da Lei 
8.112/1990 e decorre da previsão constitucional de aposentadoria compulsória 
(CF, art. 40, §1º, II), que ocorre justamente aos 70 anos de idade, ou seja, quando 
alcançar essa idade o servidor obrigatoriamente é aposentado. Assim, não faz 
sentido ocorrer a reversão acima desse limite. 
Portanto, a solicitação de João deverá ser indeferida, motivo pelo qual o item 
está correto. 
Gabarito: correto. 
21. (Cespe ± Técnico Administrativo em Educação/FUB/2015) Considere que 
Joana, servidora pública da Universidade de Brasília (UnB), tenha recebido 
documentação para a instrução do processo administrativo de posse de um professor 
estrangeiro em um cargo público da universidade. Nessa situação, Joana deve 
desconsiderar a não apresentação, pelo professor, do documento comprobatório de 
nacionalidade brasileira, devendo dar prosseguimento ao referido processo. 
Comentário: questão muito interessante! 
De acordo com o art. 5º da Lei 8.112/1990, são requisitos básicos para 
investidura em cargo público: (i) a nacionalidade brasileira; (ii) o gozo dos 
direitos políticos; (iii) a quitação com as obrigações militares e eleitorais; (iv) o 
nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; (v) a idade mínima de 
dezoito anos; e (vi) aptidão física e mental. 
(QWUHWDQWR�� R� †�ž� GR� PHVPR� DUWLJR� HVWDEHOHFH� TXH� ³As universidades e 
instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus 
cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as 
normas e os procedimentos desta Lei´� 
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Assim, Joana poderá deve desconsiderar a não apresentação do documento 
comprobatório da nacionalidade brasileira, pois esse requisito é dispensável 
para as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais. 
Gabarito: correto. 
22. (Cespe ± Técnico Judiciário/TRE-GO/2015) Alice, aprovada em concurso 
público para o cargo de técnico administrativo de um TRE, precisa acompanhar 
cirurgia de ente familiar que ocorrerá no mesmo dia em que foi marcada sua posse. 
Nessa situação, Alice poderá nomear, por procuração específica, alguém que a 
represente noato da posse. 
Comentário: a posse ocorre pela assinatura do respectivo termo, no qual 
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos 
inerentes ao cargo ocupado. Dessa forma, a posse é a forma como o servidor 
assume o compromisso de desempenhos as suas atribuições, ou seja, ainda 
não é o efetivo exercício do cargo. Por isso é que a Lei 8.112/1990 permite que 
a posse ocorre mediante apresentação de procuração específica (art. 13, § 3º). 
Portanto, o item está correto, uma vez que Alice poderá nomear alguém para 
representá-la na posse, mediante a constituição de procuração específica. 
Gabarito: correto. 
23. (Cespe ± Técnico Judiciário/TRE-GO/2015) Em razão de uma reforma 
administrativa realizada no âmbito do Poder Judiciário, os cargos ocupados por 
alguns servidores estáveis de determinado TRE foram extintos, e esses servidores 
foram colocados em disponibilidade. Nessa situação, o retorno dos servidores à 
atividade pública poderá dar-se por recondução, caso em que eles passarão a ocupar 
cargos de atribuições e vencimentos compatíveis com os anteriormente ocupados. 
Comentário: quando houver reorganização ou extinção de órgão ou entidade, 
os servidores ocupantes de cargos públicos extintos ou que tiveram declarada 
sua desnecessidade, caso não sejam redistribuídos, serão colocados em 
disponibilidade, até seu aproveitamento (art. 37, § 3º). 
Portanto, a forma de provimento aplicável ao caso é o aproveitamento, que 
deverá ocorrer em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o 
anteriormente ocupado. 
A recondução é a forma de provimento aplicável ao servidor inabilitado em 
estágio probatório para outro cargo ou que ocupava cargo para o qual foi 
reintegrado o anterior ocupante. 
Gabarito: errado. 
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24. (Cespe ± Assistente Administrativo/FUB/2015) Considere que determinado 
servidor público tenha sido investido em novo cargo, compatível com as suas 
limitações decorrentes de acidente de trânsito. Nessa situação, é correto afirmar que 
o referido servidor está em provimento originário. 
Comentário: a forma de provimento aplicável ao caso é a readaptação, que é a 
investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades 
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou 
mental verificada em inspeção médica (art. 24). 
Contudo, a readaptação é forma de provimento derivado. A única forma de 
provimento originário é a nomeação. 
Gabarito: errado. 
25. (Cespe ± Técnico/FUB/2015) Além dos requisitos básicos previstos na Lei n.º 
8.112/1990, as atribuições de determinados cargos públicos podem exigir que outros 
requisitos sejam instituídos por lei para que ocorra a investidura do servidor. 
Comentário: consoante o art. 5º da Lei 8.112/1990, são requisitos básicos para 
investidura em cargo público: 
ƒ a nacionalidade brasileira; 
ƒ o gozo dos direitos políticos; 
ƒ a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
ƒ o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
ƒ a idade mínima de dezoito anos; 
ƒ aptidão física e mental. 
Ademais, as atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros 
requisitos estabelecidos em lei (art. 5º, § 1º). 
Gabarito: correto. 
26. (Cespe ± Técnico/FUB/2015) Se um cidadão, regularmente aprovado em 
concurso público para ocupar determinado cargo público, na inspeção médica oficial 
obrigatória prévia à posse, for considerado inapto para o exercício desse cargo, então, 
atendidos os requisitos legais, esse cidadão deverá ser readaptado em cargo diverso. 
Comentário: a readaptação ocorre quando o cidadão já é um servidor público, 
ou seja, já estava investido em um cargo, mas sofreu limitações que o limitaram 
para o exercício de suas atribuições. 
Por outro lado, a Lei 8.112/1990 estabelece como requisito básico para a 
investidura em cargo público a aptidão física e mental (art. 5º, VI). Além disso, 
a posse em cargo público depende de prévia inspeção médica oficial, sendo 
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que somente poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e 
mentalmente para o exercício do cargo (art. 14, caput e parágrafo único). 
Assim, o servidor não poderá tomar posse, nem será readaptado em cargo 
diverso. 
Gabarito: errado. 
27. (Cespe ± Administrador/FUB/2015) São formas de provimento de cargo público: 
nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e 
recondução. 
Comentário: essa é uma questão muito simples. Vamos aproveitar para revisar 
as formas de provimento, todas previstas no art. 8º da Lei 8.112/1990: 
ƒ nomeação ± é a investidura inicial em cargo público. A nomeação é única 
forma de provimento originário e o único meio de provimento de cargo 
em comissão; 
ƒ promoção ± passagem de um nível para o superior nos cargos 
organizados em carreira; 
ƒ readaptação ± investidura do servidor em cargo de atribuições e 
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua 
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica; 
ƒ reversão ± retorno à atividade de servidor aposentado; 
ƒ aproveitamento ± retorno à atividade do servidor posto em 
disponibilidade, em cargo com atribuições e vencimentos compatíveis 
com o anteriormente ocupado; 
ƒ reintegração ± reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente 
ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando 
invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com 
ressarcimento de todas as vantagens; 
ƒ recondução ± retorno ao cargo de origem em decorrência de inabilitação 
em estágio probatório ou reintegração do anterior ocupante. 
Gabarito: correto. 
Pedro, servidor de um órgão da administração pública, foi informado por seu chefe da 
possibilidade de ser removido por ato de ofício para outra cidade, onde ele passaria 
a exercer suas funções. 
Nessa situação hipotética, considerando as regras dispostas na Lei n.º 8.112/1990, 
julgue os itens subsequentes. 
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28. (Cespe ± Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Caso Pedro seja removido por 
motivação fundamentada em situação de fato, a validade do ato que determine a 
remoção fica condicionada à veracidade dessa situação por força da teoria dos 
motivos determinantes. 
Comentário: essa é uma questão relacionada com a teoria do Direito 
Administrativo. De acordo com a teoria dos motivos determinantes, a validade 
dos atos administrativos motivados fica condicionada a veracidade dos fatos 
alegados. 
Por exemplo: imagine que Pedro foi removido de ofício, alegando-se 
necessidade da Administração em readequar a quantidade de pessoal em uma 
unidade de baixo interesse para lotação. Posteriormente, contudo, Pedro 
comprovou que o órgão para o qual foi movimentado não sofria de exiguidade 
de pessoal, sendo que a sua remoção foi praticada por perseguição pessoal de 
seu chefe, que não gostava de Pedro. Nesse caso, o ato de remoção será nulo, 
com base na teoria dos motivos determinantes, uma vez que os fatos alegados 
na motivação não eram verdadeiros. 
É exatamente isso que diz a questão! 
Gabarito: correto. 
29. (Cespe ± Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Pedro não poderá se recusar à 
remoção,que tem fundamento no denominado poder hierárquico da administração 
pública. 
Comentário: agora, vamos voltar ao caso do enunciado (esqueçam o exemplo 
que vimos na questão anterior). 
A remoção de ofício, no interesse da Administração, é irrecusável para o 
servidor, ou seja, se ele for removido, obrigatoriamente deverá passar a ter 
exercício no outro órgão. Essa é uma forma de se organizar internamente a 
Administração, fundamentada no poder hierárquico da Administração Pública, 
ou seja, o servidor (subordinado) deve, em regra, cumprir a determinação das 
instâncias superiores. 
Gabarito: correto. 
30. (Cespe ± Assistente Administrativo/FUB/2015) A remoção de servidor público 
pode ocorrer com ou sem mudança de sede e, algumas vezes, pode se dar 
independentemente do interesse da administração. 
Comentário: a remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no 
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede (art. 36). Ademais, 
existem três formas de remoção, vamos revisá-las (art. 36, parágrafo único): 
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1) de ofício, no interesse da Administração ± situação em que a remoção 
decorre da necessidade do serviço, independentemente de concordância 
do servidor; 
2) a pedido, a critério da Administração ± nesse caso, o servidor solicita a 
remoção, sendo que a Administração poderá deferi-la ou indeferi-la 
(competência discricionária); 
3) a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da 
Administração ± nesse caso, se estiverem preenchidos os requisitos 
legais, a remoção será obrigatória, ou seja, cabe a autoridade apenas 
verificar se os requisitos legais foram atendidos, deferindo a remoção, 
independentemente do interesse da Administração. 
Com efeito, existem três hipóteses que ensejam a remoção, para outra 
localidade, independentemente do interesse da Administração (art. 36, 
parágrafo único, III): 
ƒ para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil 
ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da 
Administração; 
ƒ por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente 
que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, 
condicionada à comprovação por junta médica oficial; 
ƒ em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número 
de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas 
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados. 
Portanto, realmente é possível a remoção independentemente do interesse da 
Administração. 
Gabarito: correto. 
31. (Cespe ± Administrador/FUB/2015) De acordo com a Lei Federal n.º 
8.112/1990, vencimento e remuneração consistem na retribuição pecuniária pelo 
exercício do cargo. 
Comentário: somente o vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de 
cargo público, conforme valor fixado em lei (Lei 8.112/1990, art. 40). 
$�UHPXQHUDomR��SRU�RXWUR�ODGR��p�R�³vencimento do cargo efetivo, acrescido das 
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei´��/HL�������������DUW��
41). 
Gabarito: errado. 
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32. (Cespe ± Técnico Judiciário/TRE-GO/2015) Paulo, técnico judiciário em 
exercício na capital do estado de jurisdição de um TRE, pediu sua remoção para outra 
cidade, na mesma jurisdição desse tribunal. Nessa situação, se for removido, Paulo 
não terá direito a ajuda de custo. 
Comentário: a ajuda de custo será devida somente ao servidor que for removido 
para outra localidade no interesse do serviço. Caso a remoção seja a pedido, o 
servidor não terá direito à ajuda de custo (art. 53, § 3º). 
Gabarito: correto. 
33. (Cespe ± Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Pablo, técnico judiciário do 
TRE/GO, recebe mensalmente adicional de qualificação por ter concluído curso de 
mestrado na sua área de atuação. Nessa situação, os valores recebidos por Pablo 
pela referida qualificação incorporam-se ao seu vencimento. 
Comentário: de acordo com a Lei 8.112/1990, as indenizações não se 
incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito, ao passo que as 
gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos 
casos e condições indicados em lei. 
No caso, já sabemos que não se trata de uma indenização. Portanto, é possível 
a incorporação ao vencimento, desde que a situação esteja prevista em lei. 
Assim, por se enquadrar de um adicional, é possível que ocorra a incorporação. 
Analisando a natureza do adicional, que decorre da qualificação do servidor, é 
possível deduzir, desde já, que ele deveria se incorporar ao vencimento, uma 
vez que o curso de mestrado é uma situação permanente (a pessoa não vai 
³SHUGHU´�R�FXUVR´��$VVLP��D�QDWXUH]D�GR�DGLFLRQDO��FHUWDPHQWH��VHUi�GR�WLSR�TXH�
se incorpora ao vencimento. 
Gabarito: correto. 
34. (Cespe ± Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Caio, analista judiciário do 
TRE/GO, está em gozo de licença para tratar de interesses particulares. Nessa 
situação, a referida licença pode ser interrompida, a qualquer tempo, se for de 
interesse do tribunal. 
Comentário: a licença para tratar de assuntos particulares poderá ser concedida 
ao servidor que não esteja em estágio probatório, pelo prazo de até três anos 
consecutivos, sem remuneração (art. 91). Trata-se de uma licença discricionária 
e, portanto, poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou 
no interesse do serviço (art. 91, parágrafo único). Portanto, de fato, é possível 
que a licença seja interrompida, a qualquer tempo, se for de interesse do 
tribunal. 
Gabarito: correto. 
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35. (Cespe ± AGO/CGE-PI/2015) A licença para tratar de interesse particular 
concedida a servidor não poderá ser interrompida pela administração, senão a pedido 
do próprio servidor. 
Comentário: essa questão reflete justamente o contrário da anterior. A licença 
para tratar de interesse particular é passível de revogação a qualquer momento, 
no interesse da Administração ou a pedido do próprio servidor. 
Gabarito: errado. 
36. (Cespe ± Assistente Administrativo/FUB/2015) Mesmo em estágio probatório, 
o servidor público tem direito a licença para tratar de interesses particulares, desde 
que sem remuneração. 
Comentário: a licença para tratar de interesse particular não poderá ser 
concedida a servidor em estágio probatório (art. 91). 
Gabarito: errado. 
37. (Cespe ± Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Joaquim, analista judiciário do 
TRE/GO, solicitou licença por motivo de doença em pessoa da família em razão do 
quadro clínico de saúde de sua sobrinha. Nessa situação, é possível a concessão da 
referida licença ao servidor. 
Comentário: inicialmente, a questão foi dada como correta, considerando que a 
sobrinha de Joaquim era sua dependente e, por isso, a licença por motivo de 
doença em pessoa da família poderia ser concedida. Além disso, se 
considerarmos que a questão meQFLRQRX�TXH�³p�SRVVtYHO´��GH�IDWR�p��GHVGH�TXH�
ela seja dependente. 
Todavia, a questão foi anulada, justamente pelo fato de não ter ficado expresso 
que a sobrinha era dependente de Joaquim. 
Gabarito: anulado. 
38. (Cespe ± Analista Judiciário/TRE-GO/2015)Flávia, analista judiciária do 
TRE/GO, acumula licitamente o cargo de analista e um cargo de professora na rede 
pública de ensino em Goiânia. Por sua competência, foi convidada a ocupar cargo em 
comissão no governo estadual de Goiás. Nesse caso, para ocupar o cargo em 
comissão, Flávia deve afastar-se dos dois cargos efetivos. 
Comentário: de acordo com o art. 120 do Estatuto, o servidor que acumular 
licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em 
comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em 
que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, 
declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. 
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Portanto, não necessariamente Flávia terá que se afastar dos dois cargos 
efetivos, pois existe a possibilidade de acumulação com um deles. 
Gabarito: errado. 
39. (Cespe ± Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Luana, analista judiciária do 
TRE/GO, tem procedido de forma desidiosa no exercício de suas atribuições. Nessa 
situação, Luana comete transgressão disciplinar e está sujeita à pena de demissão 
do serviço público. 
Comentário: agir de forma desidiosa é o mesmo que agir com desleixo, 
desatenção, preguiça, etc. De acordo com o art. 117, XV, é proibido ao servidor 
proceder de forma desidiosa, que é um dos casos que pode ensejar a demissão, 
conforme o art. 132 do Estatuto. Portanto, Luana cometeu uma transgressão e 
está sujeita à pena de demissão do serviço público. 
Gabarito: correto. 
40. (Cespe ± Analista Judiciário/TRE-GO/2015) O TRE/GO recebeu denúncias 
sobre supostas irregularidades praticadas por José, um de seus analistas judiciários. 
Nessa situação, ainda que os atos atribuídos a José não configurem evidente infração 
disciplinar ou ilícito penal, a autoridade responsável do tribunal deve determinar a 
instauração de processo administrativo disciplinar. 
Comentário: segundo o art. 144 da Lei 8.112/1990, as denúncias sobre 
irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação 
e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a 
autenticidade. No entanto, quando o fato narrado não configurar evidente 
infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de 
objeto. 
Imagine, por exemplo, que um cidadão faça uma denúncia informando que um 
servidor estava trabalhando sem uniforme. No entanto, não existe qualquer 
uniforme padronizado para aquele órgão. Nesse caso, a denúncia será 
arquivada, pois o caso não configura evidente infração disciplinar ou ilícito 
penal. 
É importante destacar, no entanto, que isso não significa que a autoridade tem 
discricionariedade para instaurar ou não o processo de apuração, pois, caso 
existam indícios de cometimento de alguma infração, a instauração da 
sindicância ou do processo administrativo disciplinar é obrigatória. 
Gabarito: errado. 
41. (Cespe ± Contador/FUB/2015) A licença de um servidor para tratar de assuntos 
particulares, desde que preenchidos os requisitos previstos em lei, dependerá da 
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concessão da administração. No entanto, a interrupção da licença somente ocorrerá 
com o consentimento do servidor licenciado. 
Comentário: a licença para tratar de assuntos particulares é concedida de forma 
discricionária pela Administração. Além disso, ela poderá ser interrompida, a 
qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço (art. 91, 
parágrafo único). Portanto, a licença poderá ser revogada no interesse do 
serviço, independentemente de o servidor concordar ou não. 
Gabarito: errado. 
Pedro, servidor de um órgão da administração pública, foi informado por seu chefe da 
possibilidade de ser removido por ato de ofício para outra cidade, onde ele passaria 
a exercer suas funções. Nessa situação hipotética, considerando as regras dispostas 
na Lei n.º 8.112/1990, julgue os itens subsequentes. 
42. (Cespe ± Analista Judiciário/TRE-GO/2015) Se for removido, Pedro terá direito 
a receber ajuda de custo correspondente ao valor efetivamente gasto no 
deslocamento, seu e de sua família, que inclui despesa com passagem, bagagem e 
bens pessoais. 
Comentário: a ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de 
instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em 
nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente (art. 53). 
Ademais, a administração também se responsabiliza pelas despesas de 
transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e 
bens pessoais (art. 53, §1º). 
O erro consiste no fato de a ajuda de custo não corresponder ao valor 
efetivamente gasto no deslocamento, mas sim a um valor calculado sobre a 
remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo 
exceder à importância correspondente a três meses (art. 54). 
Dessa forma, o item está errado. 
Gabarito: errado. 
Maria, servidora pública federal estável, integrante de comissão de licitação de 
determinado órgão público do Poder Executivo federal, recebeu diretamente, no 
exercício do cargo, vantagem econômica indevida para que favorecesse determinada 
empresa em um procedimento licitatório. Após o curso regular do processo 
administrativo disciplinar, confirmada a responsabilidade de Maria na prática 
delituosa, foi aplicada a pena de demissão. Considerando essa situação hipotética, 
julgue os itens a seguir, com base na legislação aplicável ao caso. 
43. (Cespe ± Técnico Administrativo em Educação/FUB/2015) Caso Maria, 
notoriamente, possuísse boa conduta no ambiente de trabalho e não houvesse 
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registros negativos em seus assentamentos funcionais, a administração poderia, com 
fundamento em tais atenuantes, ter optado pela imposição de penalidade menos 
gravosa. 
Comentário: nessa situação, Maria cometeu uma infração grave, que pode ser 
enquadrada em vários dispositivos da Lei 8.112/1990, que ensejam a demissão. 
3RU� H[HPSOR�� ³crime contra a administração pública´�� ³improbidade 
administrativa´�� ³lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio 
nacional´�� ³corrupção´� �DUW�� ����� ,�� ,9�� ;�� ;,��� $� FRQGXWD� DLQGD� SRGH� VHU�
enquadrada em algumas das proibições cuja transgressão também poderá 
HQVHMDU� D� GHPLVVmR�� ³receber propina, comissão, presente ou vantagem de 
qualquer espécie, em razão de suas atribuições´��³valer-se do cargo para lograr 
proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública´�
(art. 117, IX e XII). 
Vale acrescentar que as últimas duas transgressões apresentadas acima 
incompatibilizam o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, 
pelo prazo de 5 (cinco) anos (art. 137). Além disso, a conduta de Maria se 
enquadra em diversas situações em que o servidor demitido fica proibido de 
retornar ao serviço público federal (art. 137, parágrafo único)5. 
Assim, em que pese as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os 
antecedentes funcionais devam ser considerados na aplicação da pena; a 
natureza, a gravidade e os danos decorrentes da conduta de Maria são tão 
relevantes que não é possível impor uma penalidade menos gravoso, pois a 
infração disciplinar se enquadraem diversos dispositivos que ensejam a 
demissão e até mesmo outras consequências mais gravosas. 
Gabarito: errado. 
44. (Cespe ± ATA/Suframa/2014) Considere que, a pessoa sem qualquer relação 
com as funções do seu cargo, um servidor público tenha emprestado dinheiro a juros 
muito superiores aos praticados pelas instituições financeiras. Nesse caso, o servidor 
praticou a usura, conduta proibida na Lei n.° 8.112/1990. 
Comentário: a usura pode ser definida como a cobrança de juros excessivos 
pelo uso de capital, ou seja, é a cobrança de juros acima do que o praticado no 
mercado pelo empréstimo de dinheiro. A usura, sob qualquer de suas formas, 
é uma prática proibida pela Lei 8.112/1990 (art. 117, XIV). 
 
5 Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, 
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. 
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do 
cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 
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Gabarito: correto. 
45. (Cespe - Agente Administrativo/Suframa/2014) Considere que determinado 
servidor participe, na qualidade de sócio cotista, de sociedade empresária cujo objeto 
social seja o comércio de bens e que desempenhe atividades administrativas nessa 
empresa. Nessa situação, não se pode atribuir falta funcional ao referido servidor, 
porque a vedação legal refere-se ao desempenho da gerência ou administração de 
sociedade privada. 
Comentário: o art. 117, X, veda que o servidor participe de gerência ou 
administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, ou 
exerça o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário. 
Portanto, a proibição não se aplica quando o servidor participar da sociedade 
como sócio cotista. Por isso, o item está correto. 
Além disso, tal proibição também não se aplica nos casos de: 
� participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou 
entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação 
no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar 
serviços a seus membros; e 
� gozo de licença para o trato de interesses particulares, observada a 
legislação sobre conflito de interesses. 
Gabarito: correto. 
46. (Cespe ± Técnico Administrativo/ICMBio/2014) Age em consonância com a Lei 
n.º 8.112/1990 servidor público brasileiro, em exercício, que recusa pensão oferecida 
pelos Estados Unidos da América. 
Comentário: é vedado aceitar comissão, emprego ou pensão de estado 
estrangeiro (art. 117, XIII). Assim, o servidor agiu em consonância com a Lei 
8.112/1990. 
Gabarito: correto. 
Um veículo da SUFRAMA, conduzido por um servidor do órgão, derrapou, invadiu a 
pista contrária e colidiu com o veículo de um particular. O acidente resultou em danos 
a ambos os veículos e lesões graves no motorista do veículo particular. Com 
referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue. 
47. (Cespe ± Agente Administrativo/Suframa/2014) O motorista da SUFRAMA 
poderá ser responsabilizado administrativamente pelo acidente, ainda que tenha sido 
absolvido por falta de provas em eventual ação penal instaurada para apurar a 
responsabilidade pelas lesões causadas ao motorista particular. 
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Comentário: as instâncias penal, civil e administrativa são, em regra, 
independentes. Assim, de acordo com o art. 126 da Lei 8.112/1990, a 
responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. Nos demais 
casos, a esfera penal não irá influenciar as demais instâncias. 
Assim, a absolvição penal por falta de provas não gera efeitos nas esferas civil 
e administrativa, podendo o motorista poderá ser responsabilizado 
administrativamente pelo acidente. 
Gabarito: correto. 
48. (Cespe - ATA/MDIC/2014) Se determinado servidor público for preso em 
operação deflagrada pela Polícia Federal, devido a fraude em licitações, a ação penal, 
caso seja ajuizada, obstará a abertura ou o prosseguimento do processo 
administrativo disciplinar, visto que o servidor poderá ser demitido apenas após o 
trânsito em julgado da sentença criminal. 
Comentário: já discutimos que as esferas civil, penal e administrativa são, em 
regra, independentes. Assim, a instauração da ação penal não impede o 
prosseguimento do processo administrativo disciplinar. 
Gabarito: errado. 
49. (Cespe ± Técnico Administrativo/ICMBio/2014) De acordo com a Lei n.º 
8.112/1990, a demissão não é aplicável aos ocupantes de cargos em comissão. 
Comentário: essa questão ajuda a deixar as coisas mais claras. Ao servidor 
ocupante exclusivamente de cargo em comissão, aplica-se a pena de 
destituição do cargo em comissão. Por outro lado, ao servidor ocupante de 
cargo em comissão, mas que também seja servidor público efetivo, aplica-se a 
pena de demissão. 
Nesses termos, vejamos o conteúdo do art. 135 da Lei 8.112/1990: 
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de 
cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de 
suspensão e de demissão. (grifos nossos) 
Gabarito: errado. 
Considere a seguinte situação hipotética. Um servidor da SUFRAMA, visando 
contribuir para a realização de maiores investimentos em Manaus, aceitou que 
empresa estrangeira patrocinasse viagem sua ao exterior, a fim de que, durante o 
passeio, ele expusesse para os diretores na sede da referida sociedade empresária 
os diferenciais competitivos e os benefícios de se investir na região amazônica. 
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50. (Cespe ± Administração/Suframa/2014) Nessa situação hipotética, apesar de 
bem intencionada, a atitude do servidor configurou falta funcional, uma vez que é 
vedado o recebimento de vantagem em virtude das atribuições funcionais, incluído o 
pagamento de viagens. 
Comentário: o art. 117, XII, da Lei 8.112/1990 veda que o servidor receba propina, 
comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas 
atribuições. Portanto, ainda que bem intencionado, ele não poderia ter aceitado 
o patrocínio da viagem. Esse tipo de infração poderá ensejar a aplicação da 
pena de demissão (art. 132, XIII). 
Gabarito: correto. 
51. (Cespe - Agente Administrativo/MDIC/2014) Considere que um servidor 
vinculado à administração unicamente por cargo em comissão cometa uma infração 
para a qual a Lei n.º 8.112/1990 preveja a sanção de suspensão. Nesse caso, se 
comprovadas a autoria e a materialidade da irregularidade, o servidor sofrerá a 
penalidade de destituição do cargo em comissão. 
Comentário: a destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de 
cargo efetivo ± ou seja, aquele que ocupa unicamente o cargo em comissão ± 
será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de 
demissão (art. 135). 
Gabarito: correto. 
52. (Cespe ± Analista Administrativo/ICMBio/2014) A demissão, espécie de 
penalidade disciplinar, será aplicada ao servidor,assegurado o contraditório e a 
ampla defesa prévios, quando houver, entre outros casos, crime contra a 
administração pública, abandono de cargo, corrupção e insubordinação grave em 
serviço. 
Comentário: os casos de aplicação da pena de demissão, que estão 
enumerados no art. 132, da Lei 8.11/1990, são os seguintes: (a) crime contra a 
administração pública; (b) abandono de cargo; (c) inassiduidade habitual; (d) 
improbidade administrativa; (e) incontinência pública e conduta escandalosa, 
na repartição; (f) insubordinação grave em serviço; (g) ofensa física, em serviço, 
a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; (h) 
aplicação irregular de dinheiros públicos; (i) revelação de segredo do qual se 
apropriou em razão do cargo; (j) lesão aos cofres públicos e dilapidação do 
patrimônio nacional; (k) corrupção; (l) acumulação ilegal de cargos, empregos 
ou funções públicas; (m) transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
Com efeito, a demissão é uma penalidade disciplinar e, como tal, somente 
poderá ser aplicada quando for concedido o contraditório e a ampla defesa por 
meio do devido processo administrativo disciplinar. 
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Logo, a questão está perfeita. 
Gabarito: correto. 
53. (Cespe - Agente Administrativo/CADE/2014) Considere que, após regular 
processo administrativo contra servidor vinculado à administração pública unicamente 
por cargo em comissão, a autoridade julgadora tenha concluído que o servidor 
cometeu infração punível com a penalidade de suspensão. Nesse caso, a penalidade 
a ser aplicada será a exoneração de ofício do servidor faltoso. 
Comentário: no caso de cometimento de infração punível com as penalidades 
de demissão ou suspensão, será aplicada, ao servidor ocupante unicamente de 
cargo em comissão, a pena de destituição de cargo em comissão (art. 135). 
Gabarito: errado. 
54. (Cespe - Procurador/PGE-BA/2014) A prerrogativa de presunção de veracidade 
dos atos da administração pública autoriza a aplicação de penalidade disciplinar a 
servidor público com base na regra da verdade sabida. 
Comentário: mesmo que existam as mais fortes evidências de que determinada 
pessoa cometeu uma infração, ela não pode ser penalizada antes de lhe ser 
concedida a oportunidade de defesa. Dessa forma, a Constituição garante ao 
acusado a oportunidade de contraditório e ampla defesa, não exigindo a 
possibilidade de aplLFDomR�GD�³YHUGDGH�VDELGD´� 
Gabarito: errado. 
55. (Cespe ± AnaTA/CADE/2014) Caso o relatório da comissão processante de 
processo administrativo disciplinar conclua pela aplicação da penalidade de quarenta 
e cinco dias de suspensão a bibliotecário em exercício no CADE, os autos do 
processo deverão ser encaminhados ao ministro da Justiça, autoridade competente 
para decisão nesse processo. 
Comentário: inicialmente, cabe destacar que a Lei 8.112/1990 determina que a 
aplicação da pena de suspensão superior a 30 dias é de competência da 
autoridade administrativa de hierarquia inferior ao Presidente da República e 
outras autoridades desse nível previstas no art. 141, I. 
Com efeito, o art. 141, I, determina as seguintes autoridades para aplicação das 
penas de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de 
servidor: 
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder 
Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, 
quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade 
de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; 
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3HUFHED�TXH�R�LQFLVR�PHQFLRQD�³HQWLGDGH´��PDV�DLQGD�DVVLP�QmR�FRQVWD�HP�VHX�
rol os dirigentes de entidades administrativa (autarquias, fundações públicas, 
empresas públicas e sociedades de economia mista). Dessa forma, podemos 
entender que a aplicação da penalidade de demissão, mesmo quando da 
Administração Indireta, seria de competência do Presidente da República, 
conforme o caso. 
Claro que estou considerando a literalidade da Lei 8.112/1990. Por conseguinte, 
a pena de suspensão superior a 30 dias, mesmo na Administração Indireta, seria 
do ministro a que se vincula a entidade. 
No caso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) é uma 
autarquia vinculada ao Ministério da Justiça. Dessa forma, caberia ao Ministro 
da Justiça aplicar a referida penalidade. 
Essa foi a interpretação da banca, que considerou a questão correta. Destaco, 
porém, que esse assunto não é abordado nem na doutrina nem jurisprudência, 
por isso TXH�D�EDQFD�VH�DWHYH�DR�³Sp-da-OHWUD´�GD�/HL��$FKR�XP�HQWHQGLPHQWR�
meio forçado, mas, nesse caso, o que vale é o entendimento da banca ± afinal, 
nós queremos é acertar as questões -. 
Gabarito: correto. 
 
É isso. Finalizamos o nosso curso! 
Foi um prazer trabalhar com vocês! 
Sucesso e bons estudos. 
HERBERT ALMEIDA. 
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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 
1. (Cespe ± ATA/MDIC/2014) Os particulares, ao colaborarem com o poder público, 
ainda que em caráter episódico, como os jurados do tribunal do júri e os mesários 
durante as eleições, são considerados agentes públicos. 
2. (Cespe ± Técnico Judiciário/CNJ/2013) Considere que determinado cidadão 
tenha sido convocado como mesário em um pleito eleitoral. Nessa situação hipotética, 
no exercício de suas atribuições, ele deve ser considerado agente político e, para fins 
penais, funcionário público. 
3. (Cespe ± Técnico/MPU/2013) Os ministros de Estado são considerados agentes 
políticos, dado que integram os mais altos escalões do poder público. 
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4. (Cespe ± Técnico Administrativo/ANATEL/2012) Os agentes políticos definem 
e implementam estratégias políticas para que o Estado atinja seus fins e sua 
investidura se dá, exclusivamente, mediante eleição. 
5. (Cespe ± Técnico Administrativo/ANATEL/2012) O empregado de empresa 
concessionária do serviço de telefonia é considerado um agente público. 
6. (Cespe ± ACE/AGO/TCE-ES/2012) A doutrina, ao tratar dos agentes de fato, 
classifica-os em dois tipos: agentes necessários e agentes putativos; os putativos, 
cujos atos, em regra, são confirmados pelo poder público, colaboram, em situações 
excepcionais, com este, exercendo atividades como se fossem agentes de direito. 
7. (Cespe ± Assessor Técnico Jurídico/TCE-RN/2009) Agente putativo é aquele 
que, em estado de necessidade pública, assume o encargo de desempenhar certas 
funções públicas, que de outra forma não seriam executadas, agindo como um 
servidor regularmente provido. 
8. (Cespe ± PT/PM-CE/2014) O cargo público, cujo provimento se dá em caráter 
efetivo ou em comissão, só pode ser criado por lei, com denominação própria e 
vencimento pago pelos cofres públicos. 
9. (Cespe ± ATA/MIN/2013) Nas empresas públicas e sociedades de economia 
mista, não existem cargos públicos, mas somente empregos públicos. 
10. (Cespe ± Técnico Judiciário/TRE-RJ/2012) Cargos públicos são núcleos de 
encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados 
para desempenhá-los sob relação trabalhista. 
11. (Cespe ± Procurador/PGE-ES/2008) As controvérsias entre os servidores 
públicos estatutários

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