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Viabilidade Técnica de mandala para fins fitoterápicos

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Viabilidade Técnica de uma mandala para fins fitoterápicos
Entre os elementos que compõem a biodiversidade, as plantas são a matéria prima para a fabricação de fitoterápicos e outros medicamentos. Além de seu uso como substrato para a fabricação de medicamentos, as plantas são também utilizadas em práticas populares e tradicionais como remédios caseiros e comunitários, processo conhecido como medicina tradicional. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial já fez uso de algum tipo de erva na busca de alívio de alguma sintomatologia dolorosa ou desagradável. Pelo menos 30% desse total usaram plantas por indicação médica.
O conhecimento sobre plantas medicinais corresponde muitas vezes ao único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos. O uso de plantas no tratamento e na cura de enfermidades é tão antigo quanto a espécie humana. Ainda hoje nas regiões mais pobres do país e até nas grandes cidades brasileiras, plantas medicinais são comercializadas em feiras livres, mercados populares e encontradas em quintais residenciais.
Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada No 48/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, fitoterápicos são medicamentos preparados exclusivamente com plantas ou partes de plantas medicinais (raízes, cascas, folhas, flores, frutos ou sementes), que possuem propriedades reconhecidas de cura, prevenção, diagnóstico ou tratamento sintomático de doenças, validadas em estudos etnofarmacológicos, documentações tecnocientíficas ou em ensaios clínicos.
As plantas medicinais podem ser classificadas por categorias, de acordo com sua ação sobre o organismo: estimulantes, coagulantes, diuréticas, sudoríferas, hipotensoras, de função reguladora intestinal, colagogas, depurativas, remineralizantes e reconstituintes (Lorenzi e Matos, 2002). O número de espécies realmente conhecidas e utilizadas como medicamentos é pequeno, frente à biodiversidade vegetal e a devastação causada pelo homem (Gottlieb e Kaplan, 1990).
São muitos os fatores econômicos e sociais que vêm colaborando com o desenvolvimento de práticas de saúde que incluem plantas medicinais. (Martins et al., 2003). Nesse contexto, a elaboração da proposta de implantação de uma horta de plantas medicinais, no formato de uma mandala, tem como objetivo abrir o conhecimento da fitoterapia embasado no resgate da experiência popular e no conhecimento cientifico. 
A opção pelo formato da horta em mandala baseia-se nas discussões de Jung (2002) em relação ao papel dos símbolos na formação da subjetividade moderna. Seus estudos mostram que vários símbolos podem ser encontrados no conteúdo do inconsciente e representam um número imenso de variações de imagens arquetípicas essenciais, denominadas por Jung (2002), como “Símbolos naturais”.
A representação da mandala em nossa sociedade está relacionada à elevação da espiritualidade do sujeito. Sua imagem possui representatividade simbólica em nossa psique vinculada à consolidação do mundo interior e utilizada “como um guia imaginário e provisório de meditação” (Dibo, 2006, p15). A psicologia moderna explica que a contemplação de uma mandala pode ser uma experiência inspiradora para atingir a serenidade da mente, contribuindo, dessa formam, para encontrar sentido e ordem na vida. ( Dibo, 2006).

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