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Introdução e Funções do Trato Digestivo Fisiologia II Profa. Beatriz C. S. Leão Digestão intracelular Vantagens: Alimento ingerido por fagocitose ou pinocitose à vesícula com enzima; Ambiente mais controlado (pH e anti- enzimas). Desvantagens: Limita o tamanho da partícula; Difuculta a separação espacial da digestão; Dificulta a especialização celular; Digestão extracelular Vantagens: ↑ de superfície à enterócitos repletos de microvilosidades; Regiões especializadas para digestão, absorção, fermentação; Barreira semi-permeável Presença de tecido linfóide; Ingestão de grandes volumes de alimento; Processamento lento. Tubo digestivo Realiza a digestão extracelular. Passa através do meio interno do organismo à topograficamente externo ao meio interno. Tubo Digestivo – diversidade entre herbívoros, carnívoros e onívoros Tubo digestivo: Funções gerais e estrutura Etapas do processamento do alimento no tubo digestivo Ingestão Digestão Absorção Assimilação Necessidade do processamento dos alimentos no tubo digestivo: Digestão dos alimentos em partículas simples para posterior absorção. Evita a entrada de patógenos no meio interno: Absorve partículas simples e depois re-sintetiza no meio interno de acordo com as necessidades: Primeiras funções do tubo digestório: transferência de imunidade passiva Período pós-natal imediato: permeabilidade ↑ do intestino à macromoléculas (IgG, IgM, IgA). Passagem de proteínas intactas por endocitose ou via para- celular; Fechamento da mucosa do intestino à presença de fatores de crescimento no leite tornam a mucosa menos permeável. Variação na transferência de imunidade passiva no período pós natal em bezerros: Classificação histológica da barreira placentária: Endoteliocorial Hemocorial Impermeável em suínos, ruminantes e equinos à COLOSTRO IgG atravessa a barreira placentária A digestão e absorção no tubo digestivo dependem da: motilidade e secreção Motilidade: transloca, mistura e quebra o alimento. Estrutura do Sistema Digestivo Serosa (mesentério) Musculatura longitudinal (externa) Musculatura circular (interna) Plexo mioentérico Estrutura do Sistema Digestivo Sistema nervoso entérico Presente em todo o tubo digestivo (esôfago – ânus); Coordena os movimentos e a secreção em todo o tubo digestivo. Plexo submucoso (Meissner): rede de neurônios entre a submucosa e muscular. Plexo mioentérico (Auerbach): rede de neurônios entre as camadas musculares. SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO (OU INTRÍNSECO) DO TUBO DIGESTIVO PLEXO MIOENTÉRICO: • tônus da parede do tubo digestivo; • intensidade das contrações; • freqüência das contrações - velocidade das ondas de contração. PLEXO SUBMUCOSO: • aferência de neurônios até a luz intestinal; • atividade das glândulas submucosas; • fluxo de sangue; • contração da muscular da mucosa; • secreção de células endócrinas. Permite ao tubo digestivo regular suas funções autonomamente com base em suas condições locais. Controle autonômico do tubo digestivo AFERÊNCIAS: 1) MUCOSA: IPANs (intrinsic primary aferente neurons): • mecanorreceptores: monitoram a distensão da parede intestinal. • quimiorreceptores: monitoram as condições químicas no lúmen intestinal. 2) SN Entérico: reflexos locais 3) SNA: Ligação entre o SNC e o SN Entérico; Interfere na atividade global ou em partes do sistema digestivo; • inervação parassimpática à nervo vago (Ach). • inervação simpática (NE). Reflexos gastrointestinais Essenciais para o controle do funcionamento do tubo digestivo; 3 tipos de reflexos: 1) Restritos ao Sistema Nervoso Entérico: Sinais por distâncias curtas (poucos cm) à secreção, peristalse, contrações de mistura ou relaxamento receptivo; 2) Reflexos para gânglios simpáticos: Transmitem sinais por longa distância. Reflexo gastrocólico: distende o estômago → esvazia o cólon Reflexo enterogástrico: distende o intestino → inibe o estômago Reflexo colonoileal: distende o cólon → inibe o íleo 3) Reflexos envolvendo o tronco e medula: Controle central da motilidade e secreção, defecação, reflexos dolorosos, vômito. Controle hormonal Células distribuídas pelo epitélio intestinal; Ápice celular à percebem alterações do conteúdo luminal à liberação de hormônios na corrente circulatória; Moléculas secretadas: são reguladoras e não digestivas; Hormônios protéicos. Controle hormonal Gastrina Secretada em resposta à distensão do estômago pelo alimento: por células na região do piloro e início do duodeno; estimula secreção gástrica ácida e de enzimas; estimula a motilidade do estômago; estimula o crescimento da mucosa gastrointestinal e pancreática; aumenta a contração do esfíncter esofagiano inferior e a motilidade do intestino; A liberação de Ach pelo SN Parassimpático pode induzir a secreção de gastrina. Secretina Produzida pela mucosa do duodeno, em resposta a presença de suco gástrico (ácido): ligeiro efeito inibitório na motilidade do trato GI; estimula a secreção de bicarbonato pelo pâncreas (suco pancreático) à alcalinização do duodeno. Colecistocinina (CCK) e Peptídeo Inibidor Gástrico (PIG) Secretados pela mucosa do jejuno em resposta a substâncias gordurosas: aumenta a secreção da bile por contração da vesícula biliar; inibe a motilidade gástrica à diminui o fluxo de alimento para o intestino à digestão intestinal; aumenta a secreção intestinal e a liberação de insulina; * PIG: ↓ motilidade intestinal, mas não promove secreção de bile.
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