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A pergunta de Darwin

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Resumo do texto "A Pergunta de Darwin e as Respostas de Stephen Forbes: 
Breves Reflexões Sobre a Concepção da Ecologia"
Vitória Cardoso Zampiere
O texto começa com uma breve introdução à natureza, suas cores e formas, a sua beleza. Embora o termo “ecologia” tenha nascido do pensador e filósofo Ernst Haeckel, o autor deixa claro sua opinião a respeito de que Stephen Forbes não tem o reconhecimento, entre assuntos da ecologia, assim como merece. 
Ernst Haeckel utilizou o termo oikos que em grego significa casa. Esse pensamento além de filosófico, por pensar nas interações da vida na terra como em uma casa, é semântico.
Stephen Forbes lançou um livro clássico, considerado inaugural da ciência ecológica: “The Lake as a Microcosm”. O autor considera a ausência de Forbes nas salas de aula pela especificidade do assunto de seu livro que está dentro da limnologia, uma ciência de pequena escala considerando a esfera como um todo. Porém seu livro vai muito além disso, analisando as interações entre os seres vivos em um ambiente.
Com base nas ideias de outros cientistas, Forbes analisou relações alimentares de insetos, aves e peixes. Alegando que a espécie precisa ser estudada para ter o seu devido valor para a sociedade. Tal estudo acarretou as primeiras bases científicas para a aquicultura, um ramo consideravelmente importante para engenharia de pesca. Bem como a preocupação com que as ações antropológicas afetariam o meio natural, no seu caso os lagos. Além de ter essa visão e preocupação, os engenheiros de pesca devem buscar soluções para não só conter a poluição e o exagerado uso dos recursos por ações antropológicas, mas também de limpar e restaurar sua vida.
Como citado no texto, a pergunta que Darwin fizera diz respeito “sobre como, apesar de complexas interações dinâmicas, as espécies se mantém razoavelmente estáveis de ano a ano.” Essa pergunta, embora de muitas formas, simples, traz uma complexidade, já que trata de uma visão de um ponto de vista pequeno, humano, e não evolucionista, já que as interações entre espécies acarretam em naturalmente extinções e nascimento de novas espécies com o passar de milhares de anos. Porém na visão humana, de um breve período de tempo, essa pergunta é simples de entender e difícil de responder, já que ano após ano, mesmo com diversas interações entre espécies, elas se mantêm razoavelmente em equilíbrio. 
Forbes aceitava a teoria de Darwin quanto a seleção natural, mas também falhou ao responder a sua pergunta. Em seu livro “The Lake as a Microcosm”, ele deixa claro seu argumento de que existe uma finalidade para as coisas. O que é controverso para o ramo da ciência, mas o autor defende Forbes questionando que havia pouco conhecimento em sua época e que foi um dos primeiros a ter coragem de buscar respostas e sair da zona de conforto da época.
Quando no texto é citado que é difícil diferenciar a ideia de “tangled bank” de Darwin e as ideias de Forbes quanto a natureza, o autor deixa meio vago tanto uma ideia quanto a outra e no que coincide. A ideia de Dariwn, “tangled bank”, como o sentido da palavra tangled que significa emaranhado, é o conjunto de muitas espécies situadas em um mesmo local, espécies que interagem entre si e com o meio ambiente, no texto para ilustrar o autor cita um parágrafo de livro “Origens das Espécies”, onde Darwin fala de muitas plantas de diferentes espécies, pássaros, insetos, minhocas. Todos interagindo e dependendo uma das outras, mesmo sendo tão diferentes. Forbes também expressa, em seu livro “The Lake as a Microcosm”, suas ideias de interações entre os seres vivos, assim como Darwin, e com experiências práticas de relações alimentares entre insetos, aves e peixes. Forbes também propõe que a vida é mantida no seu limite máximo, tendo uma leve interação com o “emaranhado” de Darwin.
Mais uma ideia de Forbes que é um inicial para a ecologia é quando ele escreve a relação dependente de predador e presa. Uma espécie que é constantemente predada não pode se reproduzir lentamente, uma vez a cada dois anos, por exemplo, levando evolutivamente a se multiplicar consideravelmente, já uma espécie que precisa se alimentar de outras não pode se reproduzir mais do que a espécie que ela preda, o que aconteceria por consequência é que ela diminuiria seu estoque de comida e levaria a sua destruição. Ambas as espécies tem o principal intuito de procriar e não ser levadas à destruição, passando seus genes de geração em geração. Por consequência elas possuem um “interesse comum”, citado no trecho como “comunidade de interesses”. Para nossa época é claro que essa ideia é lógica (mais predadores acarreta em menos presas para cada um e menos presa leva a extinção de ambas as espécies), porém na época de Forbes não era claro, já que não havia evidência empírica ou um experimento que indicasse tal balanço.
A ideia de “luta” geralmente nos faz pensar em caos e destruição completa de uma das partes, mas fica claro a ideia de que na natureza há uma constante luta entre espécies, porém Forbes e Darwin enxergaram uma harmonia entre essas lutas. “Paradoxo da harmonia” onde duas palavras que são praticamente antônimas se juntam (luta-harmonia) para duas espécies que são rivais lutando pela existência traz uma harmonia na qual ambas as espécies sobrevivam razoavelmente imutáveis ano a ano.
Por fim, o “interesse comum” foi visto como o “ponto de equilíbrio” entre “destruição” e “multiplicação”. Como conclusão o autor, com base em outras ideias, ilustra essas relações com um jogo não-cooperativo.

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