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História do Brasil I Aula 13 15 resumão

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Aula 13 – Reformismo ilustrado e política colonial
Introdução: A história de Portugal e suas colônias foi marcada, ao longo do século 18, por inúmeras propostas de reformas, mas apenas realizadas parcialmente ou geradoras de profundas tensões numa sociedade que preservava as estruturas do Antigo Regime, como a sociedade de ordens, a monarquia absoluta e sua política mercantilista e o papel relevante da Igreja.
A “Época das Luzes” - Europa entre 1680 e 1780, originou-se da “crise da consciência europeia”. Marcada por uma transformação de valores iniciada no Renascimento com a crítica à Escolástica, consolidou-se através do pensamento racionalista e pela ciência moderna.
Ilustração – Linha filosófica caracterizada pelo empenho em estender a razão como crítica e guia de todos os campos da experiência humana, constituindo-se assim, uma revolução no campo das ideias e da cultura, ao lado das revoluções econômicas e políticas que anunciavam a nova era.
Revoluções na economia – Revolução Agrária, Revolução Demográfica e a Revolução Industrial
Portugal – As novas ideias penetraram em Portugal de forma lenta e conflituosa. Os países ibéricos conheceram, durante a época moderna, relativo isolamento do restante da Europa, pois defendiam a retomada do pensamento escolástico e do controle da Igreja.
Brasil e o Ouro
O ouro brasileiro impactava positivamente o mercado europeu
Estimulava todas as atividades econômicas
Dinamizava outros setores produtivos da colônia, como as lavouras e a pecuária.
Brasil era a “vaca de leite” do império português
O sudeste brasileiro se tornou o polo mais dinâmico da economia colonial
Pombal e D. José I 
Pombal - Pensamento iluminista influenciando o Brasil
Chegou ao poder através da mudança de governo
O reinado de D. José I colocou no poder o conde de Oeiras, futuro marquês de Pombal
O Marquês de Pombal foi o primeiro estadista português moderno
A influência do iluminismo pombalino estendeu-se além de Portugal, para a América portuguesa.
O reformismo ilustrado foi caracterizado por um conjunto de medidas tomadas pelo Estado português sob influência do pensamento ilustrado, particularmente no reinado de D. José I, sob a direção de Marquês de Pombal.
No ano de 1750, Pombal enfrentou conflitos e uma forte resistência da aristocracia senhorial, leiga e eclesiástica. Todavia em 1755, a crise econômica e o terremoto em Lisboa fortaleceram o secretário.
Pombal enfrentou forte conflito com a Igreja o que resultou a expulsão dos jesuítas em 1759
A prática ilustrada
Regalismo: É a subordinação das instituições religiosas ao poder do Estado.
 Idade de Ouro representa um estágio avançado de desenvolvimento da colônia
No Brasil foram revigoradas medidas de controle monopolista, como a criação de companhias de comércio, incentivo à agricultura e centralização da administração
Aula 14 – Caminhos da liberdade
Quilombo e alforria - Formas de resistir à escravidão
Quilombos eram comunidades de fugitivos que escapavam do jugo de seus senhores 
O maior quilombo foi Palmares , teve início no século 17 e formou-se na Zona da Mata.
O Quilombo era uma forma radical de acesso à liberdade, já que implicava fuga.
Alforria – forma legítima para a liberdade
A alforria era uma forma institucional, ou seja, o escravo agia dentro do próprio sistema escravista para escapar da escravidão.
A alforria constituía uma via individual de acesso à liberdade.
Os alforriados ou libertos deveriam guardar o documento consigo e registrá-lo em cartório para não correrem o risco de serem reescravizados.
Alguns historiadores relacionaram a concessão das alforrias com as condições econômicas.
Se ocorresse a depressão econômica os senhores alforriavam seus escravos para se livrarem do ônus de sustenta-los, todavia, outros pesquisadores defendem que em época de maior vigor econômico havia muito mis chance do escravo conseguir sua alforria.
Aula 15 – roceiros e a escravidão: o abastecimento
- O Brasil era fecundo, mas diminuto em número de colonos, a maior parte pobres, muitos deles esfomeados.
- A historiografia brasileira privilegiou, nas suas principais interpretações, o estudo da economia colonial centrada nas atividades produtivas voltadas para o mercado externo, colocando como secundária a produção de abastecimento ou de subsistência.
- Roberto Simonsen: “teoria dos ciclos” era a organização da estrutura econômica em torno de um produto-chave (pau-brasil, açúcar, ouro, etc)
- Caio Prado: distinguia as atividades econômicas em principais e secundárias.
- A partir de 1970 os estudos passaram a ser voltados para a produção de abastecimento, assim como para a ideia da existência de uma “brecha camponesa” no sistema escravista e a produção por homens livres, pequenos proprietários ou posseiros.
- Plantation bi-segmentada: produção de exportação + a necessidade de atender a demanda do mercado interno (Jacob Gorender)
A economia colonial como um complexo
- Subsistência: Uma produção de autoconsumo para o próprio grupo produtor.
- Abastecimento: Estava Ligado aos circuitos mercantis, destinando-se em grande parte para o mercado.
- Só na segunda metade do século XVIII é possível identificar nas regiões com centros urbanos, como Salvador e Rio de Janeiro, um setor de produção de abastecimento comandado ou subordinado ao capital mercantil urbano.
- Stuart Schwatz: A economia colonial era um complexo, isto é, um conjunto de atividade de produção mais relevante, voltada para a exportação (açúcar, tabaco, etc), envolvendo a produção de alimento, o fornecimento de produtor manufaturados, escravos e a pecuária.
- O vínculo que dinamiza a relação entre os diversos elementos é o capital comercial.
- A instabilidade: A produção de alimentos era necessária ao pleno funcionamento dos engenhos, mas, ao mesmo tempo, podia competir com a atividade principal ou ser abandonada em benefício daquela.
- Havia medidas do Estado português que obrigavam os escravos a plantarem mandioca ou deixar o sábado livre para plantio, visando evitar a fome e manter o equilíbrio entre a exportação e o cultivo de alimentos.
Escravos e roceiros
- A colonização brasileira baseada na exploração agrícola em larga escala produziu, à margem da produção destinada a mercado externo, uma produção rural livre de pequenos agricultores, arrendatários e dependentes.
- Ciro Cardoso: brecha camponesa caracterizada por pequenos lotes de terra concedidos em usufruto, nas fazendas, aos escravos não domésticos, criando uma espécie de mosaico camponês-escravo.
- A produção das “brechas” desempenhava duplo papel, pois, ao mesmo tempo em que minimizavam os custos de manutenção da unidade escravista, podiam representar uma maximização da exploração do escravo, atribuindo-lhe outra atividade, além do trabalho nas atividades principais.
Abastecimento e mercado: Região Sudeste
- Etapas de expansão: economia de passagem, a expansão agrícola voltada para o abastecimento e a lavoura cafeeira.
- O ponto de partida está na mineração, não só pela produção de ouro em si, mas pela formação de um complexo econômico regional, envolvendo Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
- Desde o séc XVII, surgiram novos núcleos de povoamento nas baixadas (Itaboraí Meriti, etc) e serra. O povoamento nas baixadas foi decorrência do avanço das lavouras de cana-de-açúcar e dos currais, enquanto na serra, a ocupação estava ligada ao incremento das atividade mineradoras e à abertura de “caminhos”.
- No Rio de Janeiro constituiu-se um região de agricultura mercantil-escravista, caracterizada não só pelas culturas tradicionais de exportação, mas, também por gêneros que abasteciam o crescente mercado da própria colônia.
- O divisor de águas da economia regional foi o café, com destaque crescente na produção e nas exportações.

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