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PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO NA VISÃO DO ENFERMEIRO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS)

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170 
 
 
PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO NA VISÃO DO ENFERMEIRO DA 
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) 
 
 
Edileide Nery de Araújo 
1 
Alan Cardec Barbosa
 2 
André Luiz Fernandes Da Silva
 3 
Abel Pompeu De Campos Júnior
 4
 
 
 
RESUMO: O câncer de colo do útero é um grave problema de saúde pública no Brasil, uma vez que apresenta um 
aumento na incidência a cada ano. O estudo constituiu-se de uma pesquisa quantitativa com abordagem descritiva, com 
o intuito de avaliar as percepções de usuárias da Unidade Básica de Saúde no município de Aragarças-GO. A pesquisa 
foi composta por uma população de 18 mulheres com idade entre 20 a 50 anos de idade. Pode se notar que a maiorias 
dessas mulheres precisam de mais informações, sobre a prevenção e prática do exame (Papanicolau). Ao término do 
estudo, conclui-se que a maioria das mulheres entrevistadas não realizam o exame em intervalo preconizado. Sugere-se 
projetos educativos para a prevenção do câncer do colo de útero, destacando sua importância e seus objetivos. 
Identifica-se também que esses fatos merecem uma maior atenção dos gestores de saúde, para permitir um melhor 
atendimento publico. 
Palavras Chaves: Neoplasia do colo uterino; Prevenção Primária. 
 
ABSTRACT: Cancer of the cervix is a serious public health problem in Brazil, as it features an increased incidence 
every year. The study consisted of a quantitative survey with descriptive approach, in order to assess the perceptions of 
users of the Basic Health Unit in the Municipality of Aragarças-GO. The study consisted of a population of 18 women 
aged 20 to 50 years old. It may be noted that the majority of these women need more information on the prevention and 
practical exam (Pap). At the end of the study, it can be concluded that most of the women interviewed did not perform 
the test in the recommended range. We suggest educational programs for the prevention of cervical cancer, highlighting 
its importance and its objectives, identifies also that these facts deserve greater attention by health care managers, to 
allow better public service. 
Key words: Breast cancer; Primary Prevention. 
 
 
1
 Acadêmica do Curso de Enfermagem/2013 das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia (UNIVAR). 
2
 Bacharel em Enfermagem pela UFMT; Especialista Saúde Pública pela FMB; Docente do curso de Enfermagem das 
Faculdades Unidas do Vale do Araguaia (UNIVAR) – Email: acb.alan@hotmail.com 
3
 Enfermeiro, Especialista, Coordenador Geral de Estágios e Docente das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia. – 
UNIVAR-MT- andreluiz@univar.edu.br 
4
 Administrador, Fisioterapeuta Mestre, Coordenador do Curso de Bacharelado em Fisioterapia e Docente das 
Faculdade Unidas do Vale do Araguaia – UNIVAR-MT- abel@univar.edu.br 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Segundo o Instituto Nacional do câncer, no 
ano de 2012 foram esperados 17.540 novos casos de 
câncer uterino, o que corresponde um risco estimado 
de 17 casos a cada 100 mil mulheres. A neoplasia 
uterina tem se configurado um grave problema de 
saúde pública mundialmente (INCA, 2011). O câncer 
de colo do útero (CCU) é visto como um dos grandes 
problemas de saúde enfrentados por mulheres, mas isso 
não quer dizer vem se tratando de atualidade, onde há 
um predomínio único de fator ou condição social, 
sendo que aproxima-se de 80% desses casos, são vistos 
em países em desenvolvimento (SOARES, 2011). 
O carcinoma de útero cervical, que é 
também chamado de câncer do colo uterino, é uma 
patologia que se evolui lentamente, que apresenta 
através de fases, pré-invasivas e benignas, que 
caracterizam por lesões, chamadas de neoplasias inter-
epiteliais da cérvice, (NICs), e fazes invasivas, 
malignas, que são conhecidas pelo crescimento de uma 
lesão na cérvice, atingindo assim os tecidos fora do 
colo uterino e também as glândulas linfáticas anteriores 
ao sacro (SANTOS, et al, 2010). 
Segundo a Organização Mundial de saúde 
(OMS) estima-se que esta patologia vem a atingir por 
ano, 9 milhões de pessoas e mais ou menos 5 milhões 
vem a óbito devido ao câncer. Nos dias atuais, ela é a 
segunda causa de óbito, perdendo apenas para doenças 
do coração. No Brasil, depois do câncer de mama, é a 
segunda localização anatômica mais ocorrida de câncer 
em mulheres. Devido a isso esta neoplasia vem sendo 
 
Interdisciplinar: Revista Eletrônica da UNIVAR 
http://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431X 
Ano de publicação: 2014 
N°.:11 Vol.:1 Págs.:170 - 175 
 
 
171 
 
responsável por 15% dos casos de tumores malignos na 
população feminina (FRIGATO, 2003). O autor ainda 
infere que, o controle do câncer do colo do útero 
precisa de ações referentes à promoção da que a 
infecção do papiloma vírus humano (HPV), nos dias 
atuais, vem sendo mostrada como o principal fator de 
risco para o câncer do colo uterino. Portanto, alguns 
fatores, como, iniciar a vida sexual ativa muito cedo, 
ter vários parceiros sexuais, o uso de anticoncepcionais 
orais, tabagismo, algumas situações conjugais e baixa 
condição socioeconômica têm sido citados como 
fatores de risco importante para o desenvolvimento da 
doença (FRIGATO; HOGA 2003). 
No caso do controle do câncer de colo do 
útero, a estratégia de prevenção secundária baseada no 
exame citopatológico da cérvice, ainda é favorecido de 
bons resultados. A prevenção é feita através do exame 
conhecido como Papanicolaou ou exame preventivo do 
colo uterino, que vem sendo realizado há quase quatro 
décadas (QUEIROZ, 2013). 
 É importante enfatizar que o exame 
citológico é uma prioridade para as mulheres que já 
tenham começado a atividade sexual e que nunca 
tenham realizado o exame citológico, principalmente, 
aquelas entre 35 e 49 anos. E, mesmo o resultado 
exame seja negativo nessas mulheres, o próprio 
Ministério da Saúde recomenda que o exame deve ser 
feito novamente após um ano. Permanecendo negativo, 
o novo exame de coleta deve ser feito em três anos. Por 
outro lado, no caso do exame positivo para câncer do 
colo do útero, a continuidade de seu tratamento vai 
depender de seu resultado em particular (QUEIROZ, 
2013). 
Afirmam Barros; Marim e Abrão (2008), 
que o objetivo do exame citopatológico é detectar 
células cancerosas ou anormais e que o mesmo também 
pode encontrar condições não cancerosas sendo ela 
infecção ou inflamação. A eficácia do exame 
Papanicolau ou residente no fato de que ele pode 
detectar doenças que ocorrem no colo uterino antes do 
desenvolvimento do câncer (GOMES et al., 2008). 
Informam Oliveira et al. (2010) que embora 
o Brasil tenha sido um dos primeiros países do mundo 
a realizar o exame de Papanicolau para a detecção 
antecipada desta patologia, sua introdução sendo parte 
de um programa de controle ao câncer da cérvice-
uterina só ocorreu em meados da década de 1970, 
somente se ampliando com o surgimento do Programa 
de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), 
registrado em 1983. (QUEIROZ, 2013). 
De acordo com Murta (2009) o HPV, 
responde por uma média acima de 90% dos casos 
ocorridos de câncer do colo uterino. Estima-se que no 
Brasil, 1 em cada 4 mulheres já esteja infectada pelo 
vírus HPV. Ainda segundo Murta (2009), nos dias 
atuais, apesar de alta incidência da infecção do HPV, 
sendo ele o principal fator de risco no aparecimento do 
câncer do colo uterino, é uma doença que é facilmente 
detectada pela coleta de um simples exame preventivo 
de Papanicolau, que deve ser feito todo ano por 
mulheres, tem cura em até 100% dos casos com 
diagnóstico no início da doença.Frigato (2003) destaca 
que quando não se tem o diagnóstico no início, já 
existe a invasão grosseira do útero e também de 
tecidos, podendo ocorrer como sintoma o sangramento 
durante a atividade sexual a dispareunia. 
O câncer de colo do útero (CCU) é um 
problema de saúde pública que está comprometendo a 
saúde de muitas mulheres, alterando a qualidade de 
vida em um estágio existentes em que elas, muitas 
vezes, estão estruturando a vida familiar, profissional e 
social dessas mulheres (XAVIER e TERRENGUI, 
2006). Quando se tem o diagnóstico desta patologia na 
fase inicial, as chances de cura são de 100%, e existem 
estudos científicos que comprovam através de formas 
simples, eficientes com eficácia para o rastreamento 
desse tipo de câncer, também para a detecção das 
lesões precursoras (SOARES, et al. 2011). O 
tratamento prescrito a neoplasia uterina pode estar 
incluso a cirurgia oncológica, quimioterapia ou 
radioterapia, mais isso depende do estágio da doença 
que se encontra no momento diagnosticado (MURTA, 
2009). 
Controle do câncer do colo do útero precisa 
de ações referentes à promoção da saúde, prevenção da 
patologia e qualidade de vida. O profissional 
enfermeiro vai contribuir nesse trabalho, realizando, 
entre outras, visitas em domicílio e consulta de 
enfermagem de forma integralizada e humanizada, 
norteando cada procedimento da coleta do exame 
citopatológico (Papanicolau). Contribuindo assim para 
um bom atendimento a mulheres da unidade básica de 
saúde, com encaminhamento adequado as mulheres 
que apresentarem alterações citológicas, além de passar 
informações necessárias a essa população, relacionada 
aos fatores de risco, trabalhando na prevenção e 
descoberta precoce do câncer uterino. Portanto, o 
intuito dessas é de minimizar os fatores que apresentam 
risco, com diagnóstico e tratamento precoce da doença 
(SILVA et al., 2008). 
Estas ações incluem todos os níveis de 
cuidados a saúde, sendo na atenção básica que se 
alcança um maior resultado, devido ao contato mais 
intima do profissional da área da saúde com a 
população. Dentro do âmbito, o (ESF), estratégia de 
saúde da família, sendo ele um programa de saúde 
brasileiro, que tem como intuito reorientar o modelo da 
assistência, entra também, a prática da articulação da 
união entre promoção e prevenção da saúde, por meio 
do crescimento e qualidade na atenção primária, tendo 
assim, um cenário a favor da reorganização da forma 
de rastreamento do câncer do colo uterino (VALE et 
al., 2010; INCA, 2010; OLIVEIRA; SPIRI, 2006). 
Dentro do contexto, Parada et al, (2008) explicam que 
o enfermeiro exerce um importante papel, dentro das 
equipes de PSF e sua conduta no atendimento pode ser 
um fator determinante na assistência prestada. 
 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa 
com abordagem descritiva-exploratória, com o intuito 
de avaliar a percepções de usuárias da Unidade Básica 
de Saúde (UBS) no município de Aragarças-GO. A 
população de estudo foi composta 18 mulheres com 
idade entre 20 a 50 anos de idade, adscritas da 
172 
 
Estratégia de Saúde da Família – 301, que 
compareceram para realização do exame preventivo. O 
instrumento de coleta de dados foi baseado em um 
questionário semi-estruturado de uma pesquisa modelo 
de SANTOS et al (2010), composto por perguntas 
fechadas e abertas com o intuito de investigar os 
objetivos da pesquisa. A coleta de dados ocorreu entre 
no mês de julho de 2013. Foram respeitados todos os 
princípios éticos conforme a resolução Nacional de 
Saúde 196/96, onde respeita o anonimato das 
entrevistadas. Dessa forma, para responder ao 
questionário, os participantes assinaram o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram 
consolidados em gráficos e tabelas. 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
O estudo foi composto por uma população de 
18 mulheres com idade entre 20 a 50 anos de idade. 
 
 n° de 
mulheres 
% 
Faixa etária 
 20 a 29 anos 9 50% 
 40 a 49 anos 1 5,5% 
 30 a 39 anos 5 27,7% 
 >50 anos 3 16,6% 
Grau de escolaridade: 
 1° grau completo 2 11,1% 
 1° grau incompleto 2 11,1% 
 2° grau completo 5 27,7% 
 2° grau incompleto 5 27,7% 
 Nível superior completo 2 11,1% 
 Nível superior incompleto 2 11,1% 
Estado civil: 
 Casada 6 33,3% 
 Solteira 10 55,5% 
 Relação não oficializada 1 5,5% 
 Viúva 1 5,5% 
Ocupação: 
 Estudante 6 33,3% 
 Atendente 1 5,5% 
 Auxiliar de serviços gerais 2 11,1% 
 Do lar 1 5,5% 
 Aposentada 2 11,1% 
 Outros 6 33,3% 
Número de filhos 
 Nenhum 8 44,4% 
 De 1 à três filhos 9 50% 
 De 4 à 6 filhos 1 5,5% 
 Mais de 6 filhos 0 0% 
 
Tabela 1. Dados sociodemográficos das entrevistadas. 
 
Dentre as entrevistadas 50% das mulheres 
tinham entre 20 e 29 anos; 27,7% entre 30 e 39 anos; 
5,5% delas entre 40 e 49 anos; e 16,6% acima dos 50 
anos de idade. Quando investigado o grau de 
escolaridade das participantes, notou-se que a maioria 
tem o ensino médio completo ou incompleto. Santos, 
Macedo e Leite (2010) menciona que o baixo grau de 
escolaridade favorece o aumento das dificuldades sobre 
o esclarecimento acerca de medidas preventivas, assim 
como os fatores de risco. 
Pode se notar que a maiorias dessas 
mulheres precisam de mais informações, para um 
melhor entendimento sobre a prevenção e prática do 
exame, pois as mesmas são de faixa etária de vinte a 
vinte nove anos, que correspondem a 50% sendo a 
maioria solteiras, com grau de escolaridade de 27,7% 
no segundo grau completo e segundo grau incompleto, 
dizem ser muito importante se preocupar com o exame 
de papanicolau. Analisando o olhar da mulher sobre a 
saúde e doença, se torna relevante discutir mais a 
prevenção e a realização do exame, e ainda observar se 
influi em suas decisões, sobre a procura do serviço de 
saúde (OLIVEIRA et al., 2007). 
É imprescindível realizar o exame do 
câncer do colo uterino periodicamente, contrapondo o 
que as mulheres fazem frequentemente. Assim, a 
prática adequada, não significa que estas possuem o 
conhecimento necessário, sobre o procedimento do 
exame, dificultando vantagens e a prevenção do câncer 
(FERNANDES et al., 2009). 
Com relação ao estado civil a maioria das 
entrevistadas (55,5%) eram solteiras; as casadas 
comprendiam 33,3%; relação não oficializada e viúva 
5,5%, cada uma. Cabe ressaltar, a importância de se 
intensificar o preventivo em todas as mulheres, com 
ênfase também nas solteiras, que foi a maior proporção 
na pesquisa, já que costumam ter múltiplos parceiros 
na relações sexuais, o que aumenta o fator de risco 
(SANTOS, MACEDO E LEITE, 2010). 
Enquanto ocupação, foram mencionados ser: 
Estudantes (33,3%); Atendente (5,5%); Auxiliar de 
serviços gerais (11,1%); Do lar (5,5%); Aposentada 
(11,1); Outros (33,3%). Portanto, a maioria relatou 
serem estudantes. No que diz respeito ao número de 
filhos, 44,4% nenhum; 55,5% de um a três filhos; e 
5,5% entre 4 e 6 filhos. Santos, Macedo e Leite (2010) 
infere que a multiparidade é considerada como fator de 
risco, bem como o início da vida sexual, já que 
aumenta a incidência da neoplasia do colo uterino. 
 
Opinião n° % 
Nada importante 0 0% 
Muito importante 17 94,5% 
Pouco importante 0 0% 
Importante 1 5,5% 
Total 18 100% 
Tabela 2. Opinião das entrevistadas sobre a 
importância da realização do exame Papanicolau 
 
De acordo com o resultado, 94,4% dasentrevistadas responderam, que consideram muito 
importante fazer o exame e 5,5% acham importante. 
Achar muito importante e/ou importante infere 
diretamente na atitude do usuário, podendo sugerir que 
os mesmos se preocupam na realização do exame. O 
exame de papanicolau é uma das principais formas de 
diagnóstico para detectar a doença precocemente, ou 
até mesmo pequenas lesões. Assim, é de suma 
importância que os profissionais, principalmente os da 
rede de atenção primária à saúde, por meio da 
173 
 
promoção da saúde e prevenção de doenças, 
intensifiquem a realização do preventivo, a fim de 
reduzir a mortalidade por câncer do útero (ALVIM; 
FERREIRA, 2007). 
 
 
 
 
 
 
Conhecimento nº % 
É uma doença grave que 
causa uma ferida no útero 
2 11,1% 
 
É uma doença sem cura 
 
0 
 
0% 
 
É uma doença que tem 
cura, mas se não for tradada 
pode levar à morte 
 
 
16 
 
 
88,8% 
 
É uma doença causada 
pelos anticoncepcionais, 
múltiplos parceiros e falta 
de higiene pessoal. 
 
 
0 
 
 
0 
 
Total 
 
18 
 
100% 
Tabela 3. Conhecimento das mulheres sobre o câncer 
do colo de útero. 
 
Quando investigado sobre o conhecimento das 
mulheres sobre o câncer do colo de útero, 88,8% 
responderam que o câncer do colo uterino é uma 
doença que tem cura, mas deve ser tratada, pois pode 
levar a morte. Assim, pode se notar que as informações 
são de suma importância, para um melhor 
entendimento sobre o objetivo e benefícios do exame; 
Ainda 11,1% responderam que é uma doença grave, 
podendo causar uma ferida no útero, indicando que o 
conhecimento sobre o câncer do colo de útero poderia 
ser mais abrangente. O diagnóstico precoce do câncer é 
fundamental para as mulheres detectar a neoplasia em 
estágios iniciais, tendo um melhor prognóstico de ser 
curado (INCA, 2013). Um dos principais motivos para 
a não realização do exame papanicolau, destaca-se o 
desconhecimento, que na maioria das vezes, só haja 
procura para a realização do exame apenas quando há 
sinais e sintomas. A maioria das mulheres procura 
atendimento ginecológico, incluindo a realização do 
exame citopatológico, somente em casos que existe 
sintomatologia, questão que comprova e reafirma o não 
conhecimento dessas mulheres sobre a importância do 
exame preventivo em questão (CASTRO, 2010). 
 Santos destaca que a infecção pelo vírus HPV 
é um fator de risco importante, no entanto, apresenta-se 
nas maioria das vezes de forma assintomática. As 
lesões geradas pela infecção geralmente são 
diagnosticas pelo exame citopatologico do colo do 
útero, bem como colposcopia, vulvoscopia e anuscopia 
(SANTOS, MACEDO E LEITE, 2010). 
 
Conhecimento n° % 
Realizar o exame 15 83,3% 
periodicamente 
 
Usar camisinha e 
ter higiene 
pessoal 
3 16,6% 
 
Não sabe como 
prevenir 
 
0 
 
0% 
 
Total 
 
18 
 
100% 
Tabela 4. Conhecimento sobre a forma de prevenção 
da doença 
 
Para a prevenção da neoplasia do colo uterino, 
83,3% relataram que a a realização do exame 
preventivo deve ser periodicamente; 16,6% disseram 
que usar a camisinha e ter higiene é a principal forma 
de prevenção. Assim, infere que essas mulheres 
tiveram informações sobre o assunto, e que quanto 
mais o informativo for detalhado melhor será 
compreendida a importância do exame. Realizar o 
exame periodicamente ajuda a diagnosticar não só o 
câncer mas também pequenas lesões e feridas que no 
futuro possam causar a doença (FERNANDES et al., 
2009). O papanicolau ocorre por meio da coleta de 
material citológico do colo do útero, através de uma 
amostra da parte externa (ectocérvice) e outra da parte 
interna (endocérvice) (SANTOS, MACEDO e LEITE, 
2010). 
 
Sugestões n° % 
 
Presença de médicos 
ginecologistas 
 
 
11 
 
61,1% 
Salas adequadas para 
realização do exame 
 
 
1 
 
5,5% 
Aparelho de 
ultrassonografia e 
mamografia 
 
 
6 
 
33,3% 
Não precisa de 
mudanças 
 
0 0% 
Total 18 100% 
Tabela 5. Sugestões para melhoria dos serviços 
ginecológicos 
 
 
Sugestões para melhoria dos serviços 
ginecológicos foram mencionados, 61,1% das 
entrevistadas dizem que para haver uma melhoria é 
necessário mais médicos, e 33,3% delas afirmaram 
que falta aparelhos de ultrassonografia e mamografia 
adequados para realização efetiva do exame, tendo 
assim um maior conforto para as pacientes. Muitos 
municípios não recebem treinamentos para um bom 
atendimento, salas adequadas com todos os 
equipamentos necessários para a realização dos exames 
de forma correta e confortável e segura para as 
pacientes (INCA, 2002). 
174 
 
 
Último exame n° % 
 Menos de 6 meses 4 22,2% 
 Há mais de 1 ano 7 38,8% 
 De 6 meses a 1 ano 6 33,3% 
 Não lembra 1 5,5% 
Total 18 100% 
Tabela 06. Quando foi realizado o último exame 
preventivo Papanicolau. 
 
Referente à tabela, o último exame realizado 
pelas entrevistadas periodicamente para prevenção do 
câncer 22,2% em menos de 6 meses; 38,8% há mais de 
um ano; 33,3% de 6 meses a um ano; e 5,5% não 
lembra. A realização dos exames no período adequado 
traz muitos benefícios para a saúde da mulher tanto 
física como mental que no caso se não for feito o 
exame preventivo poderá ocasionar muitas 
complicações como a perda do útero, uma depressão 
por parte da autoestima (FERNANDES et al., 2009). 
Em seu estudo, Barbeiro et al. (2009) identificou 
alguns problemas relatados pelas mulheres na 
realização do exame do Papanicolau, dentre eles, a 
falta de informações sobre o exame; a associação do 
exame ser algo íntimo e sexual; as atividades diárias 
exercidas pelas mulheres; a falta do respeito ético dos 
profissionais; tudo isso contribui para uma baixa 
demanda e a não realização do exame preventivo. 
Com o objetivo de reduzir a taxa de 
morbidade e mortalidade por essa doença, o câncer do 
uterino, desde de 1988 o Ministério da Saúde do Brasil 
adota como norma a recomendação da Organização 
Mundial da Saúde (OMS), que propõe a realização da 
coleta do exame (Papanicolau), ou seja, do colo do 
útero a cada três anos, após dois exames por ano 
consecutivos negativos, para mulheres de 25-59 anos 
de idade, ou que já tenham começado a vida sexual 
ativa. Iniciativas como o programa Viva Mulher, 
lançado em 1996, que no desenvolver das campanhas 
nacionais sistemáticas tem dado cobertura ao exame no 
país. Portanto, verifica-se que a taxa de incidência e de 
mortalidade ainda vem permanecendo, desafiando 
assim as medidas até então adotadas 
(ALBUQUERQUE, et al. 2009). 
 
 
Motivos n° % 
 Exame de rotina 7 38,8% 
 Dores na relação sexual 1 5,5% 
 Para se prevenir 10 55,5% 
 Outras causas 0 0% 
Total 18 100% 
Tabela 07. Motivos que levaram as entrevistadas a 
procurar o serviço de saúde, para realizar o exame 
Papanicolau. 
 
Motivos que mais levaram as mulheres a 
procurar o serviço de saúde para realizar o exame, foi 
para se prevenir (55,5%); em segundo exame de rotina 
(38,8%); e 5,5% delas por causa de dispareunia (dores 
na relação sexual). Frigato e Hoga (2003) destacam-se 
que quando a neoplasia uterina não é diagnosticada em 
estágios iniciais, podem haver risco de invasão do colo 
do útero e de tecidos próximos, apresentando sintomas 
como sangramento durante a relação sexual e 
dispareunia, motivo da realização do exame de uma 
das entrevistadas. Mediante o exposto, identifica-seque os profissionais de saúde, precisam dar 
informações sobre a prevenção do câncer do colo 
uterino (FERNANDES et al., 2009; VALENTE et al., 
2009). Souza, Silva e Pinto (2010) salienta que o 
enfermeiro tem o papel de orientar o usuário das 
unidades de saúde, para que possam sanar suas dúvidas 
em relação ao exame, bem como ao Câncer de colo do 
útero, em prol da diminuição das taxas de morbi-
mortalidade no Brasil. 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O câncer do colo do útero é um grave 
problema na saúde pública do Brasil, cuja prevenção e 
controle deverão continuar a ser priorizados, 
principalmente na população que apresenta fatores de 
riscos para o desenvolvimento da neoplasia. Assim, é 
necessário conscientizar as mulheres a realizar o exame 
para prevenir o câncer do colo do útero, por meio do 
exame preventivo periodicamente. 
Observa se que ainda há mulheres, quem 
nem sabe quando foi realizado o último exame, e dessa 
forma necessita que seja sanada todas as dúvidas em 
prol de uma mudança comportamental para a 
realização dos mesmos. Das 18 mulheres entrevistadas 
94,9% responderam que acham muito importante o 
exame preventivo, o que configura um fator relevante 
que na maioria é determinada por atitude na realização. 
Ainda pode-se perceber que uma das entrevistadas 
referiu dispareunia, que pode estar associado à 
neoplasia ou mesmo com uma doença sexualmente 
transmissível já acometida. 
Ao término do estudo, pode se concluir que 
a maioria das mulheres entrevistadas não realizam o 
exame em intervalo preconizado, ou seja, anualmente, 
todavia 22,2% delas realizam em período de tempo 
recomendado. Pode se destacar que sejam direcionados 
projetos educativos para a prevenção do câncer do colo 
de útero, destacando sua importância e seus objetivos, 
bem como maior atenção por parte dos gestores e 
profissionais de saúde, para permitir um melhor 
atendimento ao público, sobre a prevenção do câncer 
do colo do útero, conforme as recomendações do 
Ministério da Saúde. 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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