Buscar

Pleurotus djamor cogumelo salmao

Prévia do material em texto

Pleurotus djamor (Cogumelo Salmão) 
 
cOGUMELOS
Os Cogumelos são organismos eucariontes heterotróficos por absorção, uni ou pluricelulares, e por não apresentarem clorofila nem celulose estes organismos foram separados do reino vegetal.
De todos os seres vivos, os fungos são os que possuem a mais rica coleção de enzimas digestivas. Este fato faz dos fungos e bactérias, os principais decompositores do planeta, pois são importantes na reciclagem da matéria do ecossistema.
Diversos fungos são parasitas, atacando plantações e animais, inclusive o homem, e causando doenças chamadas de micose.
Certos fungos estabelecem associações com as algas, formando os liquens, e, com as raízes das plantas formando as micorrizas. Alguns são comestíveis (os cogumelos), enquanto outros são usados para a produção de alimentos (bebidas alcoólicas, queijos, pão) e de produtos químicos como medicamentos (antibióticos).
Características: são eucariontes, podem ser unicelulares como o levedo, ou pluricelulares como é a maioria. É formado por emaranhado de filamentos chamados hifas, cujo conjunto se chama micélio. Alguns possuem estruturas reprodutoras, os corpos de frutificação, que são a parte visível dos fungos.
Nutrição e Respiração: a nutrição é sapróbia, ou seja, é heterotrófica por absorção de moléculas orgânicas simples, que podem ser originadas de uma digestão extracorpórea realizada pelo próprio fungo (lançam enzimas digestivas no ambiente).Na respiração, o glicogênio é usado como reserva de energia. Os fungos podem ser aeróbicos ou anaeróbicos facultativos (como as leveduras).
Reprodução: pode ser assexuada ou sexuada:
Assexuada: por brotamento nas formas unicelulares, por fragmentação do micélio (da qual resultam vários indivíduos), pela produção de esporos (que são células capazes de se desenvolver por mitose, produzindo indivíduos adultos).
Sexuada: é freqüentemente o resultado da fusão de duas hifas haplóides (positivas e negativas).
Existem tres tipos os comestíveis ,os de uso medicinal e os venesos.
Os cogumelos comestíveis são os corpos frutíferos de várias espécies de fungos. Pertencem aos macrofungos, pois as suas estruturas frutíferas são suficientemente grandes para serem vistas a olho nu. Podem surgir tanto sob o solo (hipógeos) ou acima dele (epígeos) onde podem ser apanhados com a mão. A comestibilidade pode ser definida por critérios que incluem a ausência de efeitos tóxicos no seres humanos, e aroma e sabor desejáveis.Segundo alguns relatos, apenas 10% de todos os cogumelos serão comestíveis.
Os cogumelos comestíveis são consumidos pelos seres humanos pelo seu valor nutricional e ocasionalmente pelo seu valor medicinal. Os cogumelos consumidos por razões de saúde são conhecidos como cogumelos medicinais. Por outro lado, os cogumelos alucinogénicos (como Psilocybe) são ocasionalmente consumidos com fins recreativos ou religiosos, podendo causar náusea e desorientação severas, pelo que não são geralmente considerados como cogumelos comestíveis.[4]
Os cogumelos comestíveis incluem muitas espécies de fungos que são silvestres ou cultivadas. Os cogumelos facilmente cultiváveis e os comuns cogumelos silvestres estão muitas vezes disponíveis em mercados, e os mais difíceis de obter (como as apreciadas trufas e o ‘’matsutake’’) podem ser colhidos em menor escala por recolectores privados. Algumas preparações podem tornar certos cogumelos venenosos adequados para consumo.
Muitas espécies de cogumelos medicinais são usadas pela medicina popular há milhares de anos. O uso de cogumelos medicinais na medicina popular está mais bem documentado no Oriente. Actualmente estes cogumelos são objecto de estudo de muitos etnobotânicos e investigadores médicos. A capacidade de alguns cogumelos para inibirem o crescimento de tumores e melhorar aspectos do sistema imunitário é estudada há cerca de 50 anos. [9] A pesquisa internacional sobre cogumelos continua actualmente, enfocada em cogumelos que possam ter actividade hipoglicémica, anti-cancerígena, anti-patogénica e de estimulação do sistema imunitário. Pesquisas recentes revelaram que o cogumelo ostra contêm naturalmente lovastatina, uma substância usada no controlo do colesterol, e que os cogumelos produzem grandes quantidades de vitamina D quando expostos à luz ultravioleta. Abaixo segue-se uma lista de cogumelos comestíveis bem conhecidos mais conhecidos pelas suas propriedades medicinais.
Cogumelos Venenosos
 
A grande maioria dos cogumelos conhecidos popularmente se apresenta na forma de cogumelo comum e os que possuem formato de guarda-chuva – isto inclui os cogumelos comestíveis, os medicinais, os alucinógenos e os venenosos-mortais – e juntamente com eles, existem muitas lendas e histórias populares, a cerca de suas finalidades e aplicações de acordo com o seu formato, cor e textura.
 
Não existe uma regra estabelecida para distinguir os cogumelos comestíveis e medicinais dos cogumelos alucinógenos e venenosos, embora tais lendas digam o contrário. Neste caso, o que vale ressaltar é “Nem sempre os cogumelos comuns são comestíveis e nem sempre os cogumelos em forma de guarda-chuva são venenosos”.
 
Algumas espécies de fungos venenosos podem, não necessariamente, levar o usuário à morte, mas são capazes de deixar seqüelas irrecuperáveis no fígado, provocar fortes crises de náuseas, vômitos e constantes, alucinações, delírio e coma logo após serem ingeridos. Isso porque alguns deles possuem mais substâncias tóxicas que outros.
Os cogumelos são formados pelas seguintes partes, de acordo com a figura:
Pleurotus djamor (Cogumelo Salmão)
 As espécies de Pleurotus spp. são bastante difundidas em vários países e ocupam o segundo lugar em produção no mundo, com destaque para a China, a primeira produtora. Elas ficam logo abaixo do líder de produção, o Champignon-de-Paris, e acima do Shiitake.
Os Cogumelos são fungos superiores pertencentes aos filos Ascomycota e Basidiomycota. Na verdade o nome cogumelo refere-se a uma parte do corpo do fungo, seu corpo frutífero,formada por várias hifas que crescem para o alto e produz esporos (basidiósporos). Esses esporos são invisíveis a olho nu e se espalham com o vento, com a água ou até mesmo agarrados ao corpo de animais. A frutificação pertencente nestes fungos é a estrutura de reprodução sexuada e possui variadas formas e cores.
Reprodução sexuada
Os fungos se reproduzem através dos esporos. Um esporo é basicamente uma célula envolvida por um revestimento protetor (parede celular), a partir da qual se pode desenvolver um novo organismo.
Os cogumelos são incapazes de sintetizar matéria orgânica e são desprovidos de clorofila (aclorofilados), o que os impedem de realizar a fotossíntese. Por isso, são chamados de seres heterotróficos, ou seja, não possuem capacidade de produzir seu próprio alimento. Assim como todos os fungos, os cogumelos alimentam-se por absorção.
Os cogumelos reproduzem-se através dos esporos. Os esporos são corpúsculos muito ligeiros, que são transportados em suspensão pelo ar e têm os caracteres sexuais diferenciados, apesar de serem morfologicamente idênticos.
            Na reprodução assexuada ocorre a fragmentação do micélio, originando vários organismos vivos e independentes. Quando um fragemento de micélio encontra um substracto adequado e condições favoráveis de humidade, temperatura e iluminação, ele multiplica-se.
            O micélio tem aspecto de algodão e quando chega a época de reprodução, dá origem a um corpo frutífero constituido por várias hifas. Nas extremidades das hifas encontram-se estruturas com o nome de basídios, que produzem esporos (basiodioesporos).
            Na reprodução sexuada, duas hifas dos mesmo micélio ou de micélios diferentes juntam-se, formando um novo micélio. Dá-se a junção dos núcleos e forma-se um zigoto diplóide, que sofre uma meiose e dá origem a quatro núcleos filhos (haplóides) que migram para a parte superior da célula, formando invaginações que ficam ligadas á célula por um filamento, constituindoos basídios. No interior destes, os núcleos dão origem a esporos.  
   O que precisa para o seu crescimento
RAIO X
Substrato: madeira, maravalha, palhada ou feno
Clima: ameno, variando de 12 ºC a 25 ºC
Área mínima: pode ser cultivado em grotas, taperas, salas e galpões
Colheita: o ciclo da cultura vai de 45 a 180 dias
Custo: depende da escala deprodução e do nível tecnológico adotado
Mãos à obra
>>> Início Entre as três atividades na fungicultura, a dos cultivadores é a mais indicada para iniciantes. Nela, o composto (formulação de insumos) é recebido pronto com a semente do cogumelo para o cultivo. A estrutura, como galpão, água e sistema de refrigeração, é condicionada à situação financeira do agricultor. A produção de sementes exige conhecimento técnico avançado e infraestrutura especializada, enquanto a de composto espaço para grandes volumes de matéria-prima.
>>> Tipos Nem todo cogumelo é comestível, não colete-o da natureza, pois pode ser tóxico. De coloração uniforme branca, firme e superfície brilhante úmida, o champignon de paris (A. bisporus) é um dos principais tipos. Comum de ser encontrado no varejo em conserva e em embalagem de plástico ou vidro, está expandindo a produção in natura. Destacam-se também o shiitake (L. edodes), que possui chapéu marrom escuro, de 5 a 12 centímetros de diâmetro e textura macia, e o shimeji (Pleurotus sp), que pode ser de coloração negra, branca ou salmão.
>>> Ambiente Cada tipo de cogumelo, ou mesmo de diferentes linhagens, possui necessidades específicas. Contudo, em geral, gostam de clima ameno e alta umidade. O ideal é que a temperatura mantenha-se entre 12 ºC e 25 ºC.
>>>Plantio O champignon de paris é produzido em palhada pré-compostada e coberta com uma camada de terra. Necessita de refrigeração (temperatura de 15 ºC a 18 ºC) e ambiente sem luz. O shiitake pode ser cultivado em blocos de serragem, que demanda tecnologia especializada, ou em toras com pequenos furos, nos quais o fungo é inoculado e recebe, após seis meses de incubação, um estímulo denominado choque hídrico. O shimeji, que brota em pequenos buquês, é produzido em palhada pasteurizada e/ou esterilizada.
>>>Estrutura O cogumelo pode ser produzido em condições distintas, desde grotas, meio de matas e simples taperas até galpões modernos com automação industrial de alta tecnologia. Quanto mais elevada a tecnologia aplicada, maiores a conversão da matéria-prima (madeira, serragem e palhas) em cogumelos e a rentabilidade do agricultor.
>>>Cuidados A fungicultura necessita de higiene e atenção do agricultor. Como trata-se da produção de fungos, que podem ser parasitados por outros fungos (contaminações) e pragas, não pode se submeter ao risco de um manejo inadequado.
>>>Produção O ciclo do cultivo de cogumelo oscila entre 45 e 180 dias. Enquanto o champignon de paris e o shimeji levam, em média, 90 dias, o shiitake tem incubação finalizada em 120 ou 180 dias, dependendo do método em que ele foi inoculado.
O habitat dos cogumelos é bastante diversificado, pois, de facto, cada cogumelo tem condições diferentes, que estão também relacionadas com o seu modo de nutrição e tmbém com as caracteristicas ambientais do local. Desta forma, podemos encontrar espécies mais generalizadas, que se em encontram em qualquer ecossistema e outras que só aparecem em locais mais restritos. Frequentemente, cada espécie de cogumelos está ligada a uma essêcia ou a um grupo de árvores bem determinado, formando uma unidade com o seu meio.
            Além dos bosques, os cogumelos formam-se praticamente em todos os habitats, como pastos, prados, pântano, dunas de areia, regiões glaciares alpinas, margens de estradas, parques e jardins. Apesar disto, no nosso país em particular no Algarve os cogumelos predominam nas florestas, pastos, bermas de estrada, nos sobreiros, pinheiros, eucaliptos, em condições de humidade e temperatura apropriados. Noutros casos, també perferem locais carbonizados que têm uma flora muito particular.
 
Importância dos cogumelos
Desde há milhões de anos que os cogumelos representam um dos papeis mais fundamentais na eliminação de resíduos, decompondo a matéria morta e reincorporando-a no ciclo da vida. São eles, com excepção de algumas bactérias, os únicos seres a conseguirem este feito.
        Hoje em dia, o papel dos cogumelos é mais importante do que nunca, visto que, devido a certas atitudes da população moderna, os resíduos produzidos representam um problema quase insolúvel, dependendo assim da acção destes decompositores para a sua eliminação.
Os fungos pela sua forma de se alimentarem têm uma grande importância ao nível da renovação dos ecossistemas.
        Relativamente aos cogumelos silvestres podemos considerar os dois tipos de fungos mais importantes neste processo, os Saprofitas (reciclam a matéria orgânica morta) e os Simbiontes (associam-se com outros seres vivos com beneficio mutuo).
Alguns estudos demonstram que a apanha ilimitada dos cogumelos e sem o cuidado de deixar os solos em condições para a reprodução dos fungos afecta outras espécies do ecossistema. É o caso do castanheiro, atacado por doenças como a tinha. Tudo indica que os fungos conseguem impedi-la, formando uma espécie de barreira de defesa que lhes protege as raízes das bactérias.
        Apesar desta enorme importância que estes fungos desempenham no ecossistema, tem-se verificado a sua regressão de vido a diversos factores como perda de habitat, alteração dos solos, poluição do ambiente, falta de controlo na apanha.
        Poderemos considerar este exemplo como forma de compreender a grande importância que os cogumelos podem representar num ecossistema.
Quais os benefícios do cogumelo salmão
Hiratake mais facilmente nas cores salmão, cinza e branco, todos com características semelhantes. Além de sua beleza estética singular, o Hiratake possui propriedades terapêuticas muito importantes, sendo especialmente utilizado para o controle do colesterol. Possui sabor único. Além de muito saboroso, é perfumado e ligeiramente adocicado. É o quarto tipo de cogumelo mais consumido do mundo, atrás do Champignon, Shiitake e Shimeji. Acompanha muito bem carnes, molhos, saladas.
PH DE SALMAO
Abri esse tópico pois me surgiu uma dúvida que cerca o cultivo de cogumelos, gostaria de saber como o pH pode influênciar no cultivo, desenvolvimento dos cogumelos??? Quais o níveis aconselháveis do pH??? Em que meio (Ácido, básico ou Alcalino) o cogumelo se dá melhor, pelo que andei vendo do assunto quando o pH é neutro (ou seja pH=7.0) os nutriente no caso de plantas são absorvidos mais facilmente, e no caso do fungos será que é igual? Agradeço desde já a todos que contribuírem com o esclarecimento dessa dúvida que provávelmente ja martelou na cabeça de algum cultivador e servirá para esclarecer quem virá a ter essa dúvida tbm........
Manter o nível de pH em torno de 6,8 a 7,5.
Os contaminantes do tipo bolor verde (Trichoderma, Aspergilus e Penicilium) têm preferência por substratos mais ácidos (abaixo de 6,5). Geralmente os compostos para shimeji utilizam bagaço de cana-de-açúcar, o qual é n...
          Consumo de Cogumelos
Existem muitas espécies de cogumelos que são comestíveis e apreciadas no mundo todo, por serem ricos em conteúdo protéico. A mais conhecida é o champignon que é bastante nutritivo contendo muitas proteínas, cálcio, cobre, ferro, folato, vitamina C e dezoito aminoácidos. Os cogumelos shiitake, hiratake, shimeji também são muito consumidos.
O mercado de cogumelos comestíveis está em constante crescimento. No Brasil consome-se em média 10.000 toneladas anuais do cogumelo Champignon. Para o cultivo de cogumelos comestíveis existem variadas técnicas que dependem da região (condições climáticas e econômicas) e também, da espécie de cogumelo a ser cultivada.
Muitos cogumelos existentes são venenosos e causam diversas reações no organismo. Muitas pessoas acreditam que as toxinas dos cogumelos são perdidas durante o cozimento, congelamento ou outro processamento. Estas espéciesvenenosas não perdem seu efeito tóxico em nenhum destes processos e se consumidas causa intoxicações e podem levar a um óbito. Os sintomas causados pela intoxicação por cogumelos são variados e dependem da quantidade ingerida. O gênero Pleurotus é um dos mais cultivados devido à sua rusticidade e alta eficiência biológica, adaptando-se bem á condição brasileira de clima tropical. É conhecido em diferentes partes do mundo como urna classe de cogumelos de alta habilidade saprofítica e por degradar residuos lignocelulósicos como substrato (SILVA e col., 2007). O cogumelo do gênero Pleurotus pode ser encontrado praticamente no mundo todo, sendo freqüente também nas matas brasileiras. Sendo este cogumelo um decompositor de madeira, é facilmente encontrado nas florestas. Até a década de 70, seu consumo era feito basicamente da coleta diretamente da natureza e, a partir de então, se iniciou o cultivo em escala comercial (BONONl e col., 1999). 32 No gênero Pleurotus são encontradas várias espécies comestíveis, entre elas o Pleurotus ostreatus, P. pulmo-narius, P. sajor-caju, P.ostreatoroseus, P. eous, P.cornucopiae, P. platypus, P. citrinopileatus, P. florida e P. eryngüi. A cor do píleo ou chapéu difere para cada uma dessas espécies, assim como a temperatura de frutificação, necessidades nutricionais, tempo de incubação, etc. A espécie P.ostreatus, (Figura 2.14), por exemplo, possui coloração cinza e a temperatura para produção varia entre 15° - 1 S^C, para a maioria de suas linhagens (BONONl e col. 1999). Figura 2.14- Cogumelo Pleurotus ostreatus A maioria das espécies e linhagens utilizadas para o cultivo no Brasil foi introduzida da Europa e da Ásia. O cultivo do Pleurotus é basicamente o mesmo para todas as linhagens, com exceção das temperaturas de frutificação. Após a formação dos primórdios dos cogumelos fora da embalagem de cultivo, a umidade relativa deve ser diminuída um pouco (por volta de 85%) para assegurar a qualidade dos cogumelos. De quatro a sete dias, os cogumelos estarão prontos para a colheita. Para se saber o exato momento de se colher o cogumelo, é preciso observar as margens do chapéu. Quando estas estiverem planas, é preciso que sejam colhidos, pois em breve iniciará a liberação dos esporos, o que deve ser evitada por vários motivos, dentre eles, a perda de peso. 33 Algumas espécies de Pleurotus crescem em "cachos", onde vários cogumelos são unidos na base do pé: neste caso a colheita deve ser feita de todo o cacho, mesmo que haja alguns cogumelos menores. O momento da colheita se dá quando os cogumelos maiores apresentam margens planas, antes da liberação de esporos, para que estes não caiam sobre os outros e, desta forma percam valor comercial (BONONl ecol., 1999). Durante o crescimento do cogumelo, a temperatura também tem grande influência. Se muito alta, haverá a maturação precoce ou morte do cogumelo; por outro lado, se muito baixa, retardará o desenvolvimento deste por vários dias. Uma série de resíduos da agricultura como palhas de trigo, de arroz, gramíneas, serragens, polpa e casca de frutas, folhas de bananeira, polpa de café, bagaço de cana-deaçúcar entre outros podem ser utilizados para produção de cogumelos comestíveis como o P. ostreatus (EIRA, 2003; MANDEEL e col., 2005; MODA e col., 2005). O cultivo de cogumelos do gênero Pleurotus tem vantagens como facilidade de manejo e produção; utilização de matérias primas abundantes e baratas como palhas, capins, bagaço; resistência a pragas e doenças; rápido retomo de investimento (MODA e col., 2005), também são pouco exigentes em relação ao substrato e de bom desenvolvimento em condições rústicas (SCHMIDT e col., 2003). Outro aspecto importante dos cogumelos do gênero Pleurotus é que podem apresentar produtividade até três vezes maior que o gênero Agaricus, contribuindo, para isso, a sua rusticidade e resistência às doenças (COLAUTO e col.. 1998). A escolha do substrato para o desenvolvimento do cogumelo é das etapas mais importantes no processo de cultivo. Um bom composto (substrato) pode aumentar significativamente a produção. Alguns trabalhos têm sido realizados visando avaliar a 34 qualidade dos diferentes tipos de compostos utilizados, principalmente nos cogumelos do género Pleurotus. A eficiência biológica e alguns nutrientes nos corpos de frutificação de três espécies de Pleurotus {P. sojor-caju, P. platypus e P. citrinopileatus) cultivados em cinco tipos de substratos diferentes (palha de arroz, de milho, bagaço de cana. fibra de coco. e uma mistura desses resíduos), foram verificados por RAGUNATHAN e col. (1996). As diferentes espécies cultivadas em substratos distintos apresentaram valores de 84,7 a 91,9% de umidade, 40,6 a 46,6% de carboidratos e 26,9 a 42.5% de proteína. A eficiência biológica (produtividade) variou entre 25.1 a 46,6%. Os autores concluíram que a palha de arroz favorece o crescimento da espécie P. sajor-caju, fibra de coco favorece P. platypus e bagaço de cana de açúcar, P. citrinopileatus, mas não fazem correlação entre as espécies e os substratos utilizados para os teores de nutrientes encontrados. No Brasil, STURION e OETTERER (1995) determinaram a composição dos corpos de frutificação de três espécies de Pleurotus cultivados em quatro diferentes substratos. Foi avaliado o teor de água, nitrogênio, e.xtrato aéreo, fibra bruta, celulose, hemicelulose, lignina, cinza, micro e macro nutrientes. Os resultados obtidos pelos autores demonstraram que a composição dos cogumelos variou, além da espécie, com o substrato utilizado sendo os componentes mais afetados a proteína, a fração fibrosa e os minerais. RAGUNATHAN e SWAMINATHAB (2003) cultivaram espécies de Pleurotus em diferentes substratos (resíduos agrícolas). Nesse trabalho, verificaram que não houve interferência do tipo de resíduo utilizado na composição dos cogumelos. Uma observação importante no cultivo dos cogumelos é que, muitas vezes, ao se utilizar os chamados "sacos de lixo" para acondicionar o composto, podem-se ter problemas de desenvolvimento do micelio, pois estes plásticos são elaborados a partir de resíduos e podem conter substâncias tóxicas (BONONI e col. 1999). 35 O substrato mais utilizado no Brasil para o cultivo de Pleurotus é o bagaço de cana-de-açúcar acrescentado com farelo de arroz ou soja para aumentar a produtividade. Tem-se utilizado uma mistura de bagaço de cana mais 10-20% de farelo em peso seco, além disso, adiciona-se 2% de carbonato de cálcio ou 4% de cal hidratada, em relação ao peso seco do substrato. A função do carbonato de cálcio é corrigir o pH do composto, que deve estar por volta de 6,0. Em alguns países, o uso de troncos de árvores também ocorre na produção de cogumelos Pleurotus. No Canadá a produção do Pleurotus sobre pedaços de troncos de madeiras colocados em bosques (Figura 2.15), em áreas de reflorestamento é significativa, segundo BONONl e col. (1999). Os cogumelos Pleurotus crescem sobre diversas madeiras, fazendo exceção as muito resinosas, como no caso de alguns pinheiros (BONONl ecol. 1999). Figura 2.15- Troncos colocados sob florestas para o cultivo de cogumelos Pleurotus Quando o cultivo é realizado em toras, a colheita dos cogumelos Pleurotus tem inicio após 6 a 12 meses da inoculação. Pode ser feita manualmente ou com um auxilio de uma faca. De modo geral, a produtividade corresponde de 15 a 32% do peso da madeira
O gênero Pleurotus é um dos mais cultivados devido à sua rusticidade e alta eficiência biológica, adaptando-se bem á condição brasileira de clima tropical. É conhecido em diferentes partes do mundo como urna classe de cogumelos de alta habilidade saprofítica e por degradar residuos lignocelulósicos como substrato (SILVA e col., 2007). O cogumelo do gênero Pleurotus pode ser encontrado praticamente no mundo todo, sendo freqüente também nas matas brasileiras. Sendo este cogumelo um decompositor de madeira, é facilmente encontrado nas florestas. Até a década de 70, seu consumo era feito basicamente da coleta diretamente da natureza e, a partir de então, se iniciou o cultivoem escala comercial (BONONl e col., 1999). 32 No gênero Pleurotus são encontradas várias espécies comestíveis, entre elas o Pleurotus ostreatus, P. pulmo-narius, P. sajor-caju, P.ostreatoroseus, P. eous, P.cornucopiae, P. platypus, P. citrinopileatus, P. florida e P. eryngüi. A cor do píleo ou chapéu difere para cada uma dessas espécies, assim como a temperatura de frutificação, necessidades nutricionais, tempo de incubação, etc. A espécie P.ostreatus, (Figura 2.14), por exemplo, possui coloração cinza e a temperatura para produção varia entre 15° - 1 S^C, para a maioria de suas linhagens (BONONl e col. 1999). Figura 2.14- Cogumelo Pleurotus ostreatus A maioria das espécies e linhagens utilizadas para o cultivo no Brasil foi introduzida da Europa e da Ásia. O cultivo do Pleurotus é basicamente o mesmo para todas as linhagens, com exceção das temperaturas de frutificação. Após a formação dos primórdios dos cogumelos fora da embalagem de cultivo, a umidade relativa deve ser diminuída um pouco (por volta de 85%) para assegurar a qualidade dos cogumelos. De quatro a sete dias, os cogumelos estarão prontos para a colheita. Para se saber o exato momento de se colher o cogumelo, é preciso observar as margens do chapéu. Quando estas estiverem planas, é preciso que sejam colhidos, pois em breve iniciará a liberação dos esporos, o que deve ser evitada por vários motivos, dentre eles, a perda de peso. 33 Algumas espécies de Pleurotus crescem em "cachos", onde vários cogumelos são unidos na base do pé: neste caso a colheita deve ser feita de todo o cacho, mesmo que haja alguns cogumelos menores. O momento da colheita se dá quando os cogumelos maiores apresentam margens planas, antes da liberação de esporos, para que estes não caiam sobre os outros e, desta forma percam valor comercial (BONONl ecol., 1999). Durante o crescimento do cogumelo, a temperatura também tem grande influência. Se muito alta, haverá a maturação precoce ou morte do cogumelo; por outro lado, se muito baixa, retardará o desenvolvimento deste por vários dias. Uma série de resíduos da agricultura como palhas de trigo, de arroz, gramíneas, serragens, polpa e casca de frutas, folhas de bananeira, polpa de café, bagaço de cana-deaçúcar entre outros podem ser utilizados para produção de cogumelos comestíveis como o P. ostreatus (EIRA, 2003; MANDEEL e col., 2005; MODA e col., 2005). O cultivo de cogumelos do gênero Pleurotus tem vantagens como facilidade de manejo e produção; utilização de matérias primas abundantes e baratas como palhas, capins, bagaço; resistência a pragas e doenças; rápido retomo de investimento (MODA e col., 2005), também são pouco exigentes em relação ao substrato e de bom desenvolvimento em condições rústicas (SCHMIDT e col., 2003). Outro aspecto importante dos cogumelos do gênero Pleurotus é que podem apresentar produtividade até três vezes maior que o gênero Agaricus, contribuindo, para isso, a sua rusticidade e resistência às doenças (COLAUTO e col.. 1998). A escolha do substrato para o desenvolvimento do cogumelo é das etapas mais importantes no processo de cultivo. Um bom composto (substrato) pode aumentar significativamente a produção. Alguns trabalhos têm sido realizados visando avaliar a 34 qualidade dos diferentes tipos de compostos utilizados, principalmente nos cogumelos do género Pleurotus. A eficiência biológica e alguns nutrientes nos corpos de frutificação de três espécies de Pleurotus {P. sojor-caju, P. platypus e P. citrinopileatus) cultivados em cinco tipos de substratos diferentes (palha de arroz, de milho, bagaço de cana. fibra de coco. e uma mistura desses resíduos), foram verificados por RAGUNATHAN e col. (1996). As diferentes espécies cultivadas em substratos distintos apresentaram valores de 84,7 a 91,9% de umidade, 40,6 a 46,6% de carboidratos e 26,9 a 42.5% de proteína. A eficiência biológica (produtividade) variou entre 25.1 a 46,6%. Os autores concluíram que a palha de arroz favorece o crescimento da espécie P. sajor-caju, fibra de coco favorece P. platypus e bagaço de cana de açúcar, P. citrinopileatus, mas não fazem correlação entre as espécies e os substratos utilizados para os teores de nutrientes encontrados. No Brasil, STURION e OETTERER (1995) determinaram a composição dos corpos de frutificação de três espécies de Pleurotus cultivados em quatro diferentes substratos. Foi avaliado o teor de água, nitrogênio, e.xtrato aéreo, fibra bruta, celulose, hemicelulose, lignina, cinza, micro e macro nutrientes. Os resultados obtidos pelos autores demonstraram que a composição dos cogumelos variou, além da espécie, com o substrato utilizado sendo os componentes mais afetados a proteína, a fração fibrosa e os minerais. RAGUNATHAN e SWAMINATHAB (2003) cultivaram espécies de Pleurotus em diferentes substratos (resíduos agrícolas). Nesse trabalho, verificaram que não houve interferência do tipo de resíduo utilizado na composição dos cogumelos. Uma observação importante no cultivo dos cogumelos é que, muitas vezes, ao se utilizar os chamados "sacos de lixo" para acondicionar o composto, podem-se ter problemas de desenvolvimento do micelio, pois estes plásticos são elaborados a partir de resíduos e podem conter substâncias tóxicas (BONONI e col. 1999). 35 O substrato mais utilizado no Brasil para o cultivo de Pleurotus é o bagaço de cana-de-açúcar acrescentado com farelo de arroz ou soja para aumentar a produtividade. Tem-se utilizado uma mistura de bagaço de cana mais 10-20% de farelo em peso seco, além disso, adiciona-se 2% de carbonato de cálcio ou 4% de cal hidratada, em relação ao peso seco do substrato. A função do carbonato de cálcio é corrigir o pH do composto, que deve estar por volta de 6,0. Em alguns países, o uso de troncos de árvores também ocorre na produção de cogumelos Pleurotus. No Canadá a produção do Pleurotus sobre pedaços de troncos de madeiras colocados em bosques (Figura 2.15), em áreas de reflorestamento é significativa, segundo BONONl e col. (1999). Os cogumelos Pleurotus crescem sobre diversas madeiras, fazendo exceção as muito resinosas, como no caso de alguns pinheiros (BONONl ecol. 1999). Figura 2.15- Troncos colocados sob florestas para o cultivo de cogumelos Pleurotus Quando o cultivo é realizado em toras, a colheita dos cogumelos Pleurotus tem inicio após 6 a 12 meses da inoculação. Pode ser feita manualmente ou com um auxilio de uma faca. De modo geral, a produtividade corresponde de 15 a 32% do peso da madeira
inoculada, dependendo de vários fatores, tais como qualidade da madeira utilizada, linhagem do cogumelo e condições de temperatura e umidade (BONONl e col., 1999). A duração da produtividade está relacionada ao tipo de madeira utilizada: madeiras moles podem produzir cogumelos por 2 a 3 anos, já as madeiras duras começam a produzir os cogumelos mais tarde, porém por um período mais longo, de 4 a 5 anos (BONONl ecol., 1999).
Para a determinação do teor de umidade residual das amostras de cogumelos, foi utilizado o Analisador de umidade Modelo MB45 da OHAUS. Todas as amostras tiveram sua umidade residual determinada. Os valores médios para cada gênero foram; 9,08 % Gênero Agaricus, 7,74 % Gênero Lentinus e 8,47% Gênero Pleurotus.
Possui um conjunto de filamentos de células, chamadas hifas, que podem ser ramificadas e ter comprimentos variados. O conjunto das hifas é o micélio, que desempenha importantes funções como a sustentação e absorção de nutrientes.
Os fungos se reproduzem através dos esporos. Um esporo é basicamente uma célula envolvida por um revestimento protetor (parede celular), a partir da qual se pode desenvolver um novo organismo.
Depois da fusão de hifas compatíveis, o micélio produzido pode se desenvolver de forma ligeira.
O que precisam para o seu crescimento Fatores como temperatura e umidade proporcionam condições adequadas para o micélio dar origem aos cogumelos, que produzem esporos.
dependem de outros seres vivos para se alimentarem. Quando se alimenta de matérias orgânicas mortas são chamados de fungos decompositores (Saprófitos).Os fungos parasitas alimentam-se de seres vivos, como insetos, plantas e até mesmo outros cogumelos. Vivem sob as árvores e são responsáveis por muitas doenças.
Os fungos simbióticos estabelecem uma relação de reciprocidade com as plantas. Extraem a sua nutrição (hidrato de carbono) das plantas verdes e em troca, fornece água, vitaminas, hormonios e outras substâncias. A maioria dos cogumelos como o Boletus edulis, vivem em simbiose com árvores.
Os cogumelos são formados pelas seguintes partes, de acordo com a figura:
,

Continue navegando