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Inst. Agua Fria Predial - Hidraulica

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Instalações de Água Fria 
Referências 
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1998). NBR 5626 – 
Instalações prediais de água fria: procedimento, Rio de Janeiro: ABNT. 
41p. 
• CARVALHO JUNIOR, R. (2011). Instalações Hidráulicas e o Projeto de 
Arquitetura. Ed. Blucher, 4ª ed., 292 p., São Paulo. 
• DOMINIQUELI, W. H.; BARRETO, D. (2009) - Gestão da medição 
individualizada de água em prédios de apartamentos HIS. CONGRESSO 
BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 25, Recife. 
• MACINTYRE, A. (1996). Instalações Hidráulicas - Prediais e Industriais. 3. 
Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. 760p. 
• SILVA, S. R dos S.; COHIM, E. (2009) - A influência da medição 
individualizada no consumo de água dos prédios populares de Salvador. 
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 25, 
Recife. 
 
Sistema de Abastecimento de Água. Desenho Esquemático 
Abastecimento de um Prédio Residencial 
Sistema de Abastecimento 
Alimentador 
Predial 
Reservatório 
Inferior 
Tubulação de 
Recalque 
Barrilete 
Caixa de Quebra 
Pressão 
Coluna de 
Distribuição 
Constituintes das Instalações de Água Fria 
Necessidade ou não do reservatório inferior 
Abastecimento 
direto e 
abastecimento 
indireto 
Abastecimento indireto, sem reservatório superior 
Hidrômetros e Cavaletes 
Alternativas para medição de vazão individualizada em 
edificação residencial vertical (Dominiqueli e Barreto, 2009) 
Consumo médio mensal dos prédios populares antes e depois 
da hidrometração individualizada (Silva e Cohim, 2009) 
Instruções da COPASA para 
montagem do padrão tipo cavalete 
Instruções da COPASA para 
montagem do padrão tipo 
cavalete 
Reservatórios 
O volume acumulado no(s) 
reservatório(s) de um prédio não 
pode ser inferior ao volume ali 
consumido diariamente. 
Adicionalmente, é usual projetá-los 
de modo que não se ultrapasse três 
vezes esse volume, o qual pode ser 
estimado utilizando os valores 
reproduzidos nas Tabelas 3.3 e 3.4. 
Vol. reservatório = 2 x Cons. diário 
 Uma vez obtido o volume a reservar, determina-se a parcela desse volume que 
caberá a cada reservatório, inferior e superior. De acordo com a NBR 5626:1998, essa 
divisão deverá ser feita de modo a atender às necessidades da instalação predial de água 
fria quando em uso normal, às situações eventuais onde ocorra interrupção do 
abastecimento e às situações normais de manutenção. O estabelecimento do critério de 
divisão deve ser feito em conjunto com a adoção de um sistema de recalque compatível e 
com a formulação de procedimentos de operação e de manutenção da instalação predial 
de água fria. 
 Para os casos comuns, é recomendado que se armazene, no reservatório 
inferior, 3/5 do volume total (60%), ficando os outros 2/5 no reservatório superior (40%). 
 Além do volume destinado a suprir as demandas comuns do prédio, os 
reservatórios poderão também acumular água para outras finalidades, como, por exemplo, 
para a prevenção e combate a incêndios. Nesses casos, os volumes correspondentes 
deverão ser acrescidos aos anteriormente calculados. 
O nível máximo do reservatório superior estabelecerá as pressões em todos os pontos 
da da rede distribuidora que a ele estiver interligada. Assim sendo, ao posicioná-lo, 
deve-se levar em conta o que estabelece a NBR 5626:1998, em seus itens transcritos a 
seguir. 
 
5.3.5.2. Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em 
condições dinâmicas (em escoamento) não deve ser inferior a 10 kPa (1 mH2O). 
 
5.3.5.3. Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em 
qualquer ponto de utilização não deve ser superior a 400 kPa (40 mH2O). 
 
5.3.5.4. A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos deve ser 
considerada no dimensionamento das tubulações. Tais sobrepressões são 
admitidas, desde que não superem o valor de 200 kPa. 
 
(Nota: transiente hidráulico é o denominado golpe de aríete, que ocorre durante 
manobras bruscas de equipamentos hldráulicos e, especialmente, nas partidas e 
paradas bruscas das bombas hidráullicas). 
A NBR 5626:1998 apresenta ainda as seguintes recomendações, específicas para o projeto dos 
reservatórios prediais: 
• Em princípio um reservatório para água potável não deve ser apoiado no solo, ou ser enterrado 
total ou parcialmente, tendo em vista o risco de contaminação proveniente do solo, face à 
permeabilidade das paredes do reservatório, ou qualquer falha que implique a perda da 
estanqueidade. Nos casos em que tal exigência seja impossível de ser atendida, o reservatório deve 
ser executado dentro de compartimento próprio, que permita operações de inspeção e 
manutenção, devendo haver um afastamento mínimo de 60 cm entre as faces externas do 
reservatório (laterais, fundo e cobertura) e as faces internas do compartimento. O 
compartimento deve ser dotado de drenagem por gravidade, ou bombeamento, sendo que a 
bomba hidráulica deve ser instalada em poço adequado e dotada de sistema elétrico que adverte 
em casos de falha no funcionamento da bomba. 
• Qualquer abertura na parede do reservatório, situada no espaço compreendido entre a superfície 
livre da água no seu interior e a sua cobertura e que se comunique com o meio externo direta ou 
indiretamente (através de tubulação), deve ser protegida de forma a impedir a entrada de 
líquidos, poeiras, insetos e outros animais no interior do reservatório. 
• O reservatório deve ser construído ou instalado de tal modo que seu interior possa ser 
inspecionado e limpo. 
• O posicionamento relativo entre entrada e saída de água deve evitar o risco de ocorrência de 
estagnação dentro do reservatório. Assim, no caso de um reservatório muito comprido, 
recomenda-se posicionar a entrada e a saída em lados opostos relativamente à predominante. Nos 
reservatórios em que há reserva de água para outras finalidades, como é o caso da reserva para 
combate a incêndios, deve haver especial cuidado com esta exigência. 
• Quando a reserva de consumo for armazenada na mesma caixa ou célula utilizada para combate a 
incêndio, devem ser previstos dispositivos que assegurem a recirculação total da água armazenada. 
Moldado in Loco Industrial 
Um prédio de 12 andares terá quatro apartamentos residenciais por 
andar. Cada apartamento terá três dormitórios e mais um destinado a 
um serviçal doméstico. Junto ao pilotis haverá um apartamento para o 
zelador. Em sua frente, e integrando o conjunto arquitetônico do prédio, 
serão construídas seis lojas comerciais. A área de lazer do prédio terá 
uma piscina, com as seguintes dimensões, em planta: 12,0 m x 6,0 m. 
Qual será o diâmetro de sua ligação predial, bem como os volumes 
mínimos que deverão ser armazenados em seus reservatórios inferior e 
superior, desconsiderando a reserva necessária para combate a 
incêndio? 
Exercício resolvido 1 
Resolução 
O prédio em causa contém predominantemente economias residenciais. Portanto, de 
acordo com as notas apresentadas na Tabela 3.2 da COPASA, - Para ligações mistas 
que contenham, predominantemente, economias residenciais, prevalece a categoria 
residencial - o número de economias do prédio é: 
Residenciais: 12x4 = 48 
Comerciais: 06 
Total: 54 
Consultando a Tabela 3.2, não encontramos discriminado, para esse total de 
economias, o diâmetro do ramal predial. 
Resolução 
Admitiremos que, em cada apartamento, residam, em média, 5 pessoas de uma mesma família e uma 
empregada doméstica. Assim sendo, utilizarão as instalações hidráulicas do prédio: 
 
[(6 pessoas/apartamento) x (4 apartamentos/andar) x 12 andares] + 1 zelador = 289 pessoas. 
Admitindo o consumo diário per capita de 200 litros, temos: 
 
289 x 200 = 57800 litros/dia 
Devemosacrescentar ao volume anterior o corresponde às lojas. Admitiremos que, em cada 
loja, trabalharão 2 pessoas, cujo consumo diário per capita será tomado igual a 65 litros/dia. 
O volume correspondente será: 
8 x 2 x 65 = 780 litros. 
A piscina deverá requerer o seguinte volume diário de reposição: 
 
12 x 6 x 0,02 = 1,44 m3 = 1440 litros. 
Somando as parcelas anteriores, obtemos: 
 
57800 + 780 + 1440 = 60020 litros = 60 m³/dia = 1800 m³/mês. 
Voltando à Tabela 3.2, encontramos, em suas observações, o texto: Consulte a COPASA 
para demanda mensal superior a 450 m³ para a categoria residencial. Devemos, portanto, 
consultar essa concessionária para estabelecer o diâmetro do ramal predial. 
Do volume diário anterior, três quintos serão armazenados no 
reservatório inferior e os dois quintos no reservatório superior, ou seja: 
 
Volume do reservatório inferior: 36 m³ 
 
Volume do reservatório superior: 24 m³ 
Resolução 
Pontos de Utilização 
Alturas de pontos de utilização 
Vazões 
Para que o sistema de 
instalações hidráulicas 
prediais possa funcionar a 
contento, é necessário que os 
diversos pontos de utilização 
assegurem as vazões mínimas 
necessárias aos aparelhos a 
eles ligados. É a partir dessas 
vazões que é elaborado o 
dimensionamento de todas 
as canalizações do sistema. 
Seus valores são os 
recomendados pela NBR 
5626:1998 e reproduzidos na 
Tabela 3.5. 
Exercício resolvido 2 
O diagrama da Figura 3.10 representa uma instalação hidráulica destinada a suprir uma 
bateria de duchas de um quartel. Determine a vazão que ocorrerá em cada um de seus 
trechos. 
Resolução 
No caso específico deste Problema, é bastante provável que todas as duchas sejam 
utilizadas simultaneamente em determinadas horas do dia (o mesmo ocorreria em 
internatos, indústrias e outros locais em que as duchas, ou outros pontos de utilização, 
tivessem horário de acionamento simultâneo). Assim sendo, as vazões em cada trecho 
serão somadas umas às outras, de jusante para montante, conforme mostrado a seguir. 
• Evidentemente, noutras 
instalações prediais as vazões nos 
diversos pontos não serão 
somadas dessa forma para o 
dimensionamento dos tubos que 
os alimentam. 
 
• Imagine, por exemplo, num 
banheiro residencial: a 
probabilidade de estarem sendo 
acionados, simultaneamente, 
todos os pontos de utilização de 
uma mesma unidade sanitária é 
muito pequena. 
 
• Levando em conta essa 
probabilidade de uso simultâneo, 
desenvolveu-se um método 
probabilístico de cálculo, baseado 
em pesos relativos, que são 
mostrados na Tabela 3.5. O 
Exercício Resolvido 4 ilustra como 
efetuá-lo. 
Resolução - Comentários 
Pressões Dinâmicas e Estáticas 
• Para que os aparelhos da instalação hidráulica predial sejam capazes de operar com 
as vazões dadas nas Tabelas 3.5, é necessário que lhes sejam asseguradas pressões 
mínimas a montante. 
• Essas pressões deverão estar disponíveis, portanto, nos pontos de utilização. São 
denominadas pressões dinâmicas porque elas deverão prevalecer quando o 
sistema hidráulico estiver em operação. 
• Isto significa que a pressão estática do sistema menos as perdas de carga que 
ocorrerão entre o reservatório e o ponto de utilização deverá ter um resultado 
positivo e igual a, no mínimo, a pressão dinâmica mínima recomendada. 
• Por outro lado, os aparelhos são construídos de modo a suportarem pressões 
limitadas. Existe, portanto, uma pressão máxima a que podem ser submetidos esses 
aparelhos. 
• Essa pressão máxima limita a altura existente entre os pontos de utilização e, é claro, 
ocorrerá em condições estáticas, tendo em vista que, não havendo escoamento, não 
há perda de carga. 
• Em seu item 5.3.5.1, a NBR 5626:1998 estabelece que ...Em qualquer caso, a 
pressão não deve ser inferior a 10 kPa, com exceção do ponto da caixa de descarga 
onde a pressão não deve ser menor que esse valor, até um mínimo de 5 kPa, e do 
ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão não deve ser 
inferior a 15 kPa. 
Exercício resolvido 3 
Determine as pressões estáticas máximas e 
dinâmicas mínimas, expressas em kPa, que 
prevalecerão nos pontos A, B e C mostrados 
no diagrama da Figura 3.11, tendo sido 
previamente calculadas as perdas de carga 
unitárias nos trechos R-C, C-B e B-A. 
Trecho Perda de carga 
unitária (mH2O/m) 
R-C 0,10 
C-B 0,05 
B-A 0,15 
Resolução 
Para o cálculo das pressões estáticas máximas, 
tomamos, como referência, o nível d’água 
máximo no reservatório. 
As pressões desejadas serão determinadas pela 
diferença de altura entre o NA máximo no 
reservatório e o ponto em questão, conforme 
abaixo (lembre-se que a coluna d'água de 1 m 
acarreta a pressão de 10 kPa). 
Para cálculo das pressões dinâmicas mínimas, tomamos, como referência, o nível 
d'água mínimo no reservatório. 
Resolução 
Seu valor, num dado ponto, será igual à pressão no ponto anterior menos a perda de 
carga no trecho que os interliga mais a variação de pressão, positiva ou negativa, 
correspondente à variação de cotas entre eles 
A pressão no ponto C correspondente à diferença 
42,00 - 40,00 = 2,00 m H2O = 20 kPa 
Assim sendo, a pressão dinâmica mínima nesse 
ponto será 20 - 2 = 18 kPa. 
A pressão em A será a pressão em B (10,5 kPa) menos 
a perda de carga entre B e A (45 kPa), mais o 
acréscimo de pressão devido ao decréscimo de cota 
(300 kPa), ou seja, 265,5 kPa. 
Resolução 
Após efetuados esses cálculos, é preciso 
observar dois aspectos importantes: 
(a) se a pressão em todos os pontos da 
instalação é superior a 10 kPa, conforme 
estabelece a NBR 5626:1998; 
(b) se as pressões no ponto de utilização (A) 
atendem ao que prescreve o Item 5.3.5.1 da 
NBR 5626:1998 (> 5Kpa). 
Se, em nossos cálculos, concluirmos que 
as pressões dinâmicas mínimas não são 
atendidas, deveremos aumentar os 
diâmetros dos tubos que os alimentam. 
Velocidade máxima da água 
De acordo com o item 5.3.4 da 
NBR 5626:1998, ...As 
tubulações devem ser 
dimensionadas de modo que a 
velocidade da água, em 
qualquer trecho de tubulação, 
não atinja valores superiores a 
3 m/s. 
 
A Tabela 3.6 apresenta as 
vazões máximas, por diâmetro 
e para diferentes materiais, que 
atendem a esta recomendação. 
Barrilete e colunas de distribuição: 
projeto e dimensionamento 
 
O barrilete destina-se a interligar o 
reservatório ou, se for o caso, suas 
câmaras, às colunas de distribuição. 
Limites de Pressão 
são: 
• Pressão estática 
máxima de 400 
kPa (40 m H20) 
 
• Pressão dinâmica 
mínima de 10 kPa 
(1 m H20) 
 
Observe que, no que diz 
respeito ao sgundo 
item, os pontos em que 
os barriletes se 
transformam em 
colunas são críticos, 
devendo ser 
verificados 
cuidadosamente. 
Para pressões estáticas 
superiores a 40 mH2O pode 
ser necessário instalar 
válvulas redutoras de 
pressão em certos locais 
das colunas de distribuição. 
Antigamente, na ausência 
desses equipamentos, 
eram instaladas caixas de 
quebra-pressão em locais 
estratégicos do prédio, ver 
Figura 3.13, que eram 
caixas d'água 
intermediárias, 
alimentadas a partir da 
caixa d’água superior do 
prédio. 
Rede de Distribuição 
A rede de distribuição é constituída pelo barrilete, colunas, ramais e sub-ramais; além 
das tubulações de ventilação destinadas a evitar a ocorrência de pressões negativas 
no Interior das canalizações 
No cálculo das vazões dos ramais, colunas e barriletes, torna-se necessário que o 
projetista verifique a possibilidade de haver uso simultâneo de diversos pontos de 
utilização. 
A NBR 5626:1998 estabelece que em locais onde a probabilidade de uso simultâneo das 
peças de utilização seja pequena, as vazões, trecho por trecho, da rede de distribuiçãosejam estimadas através da expressão: 
 
Q = 0,3 (SP)1/2 
 
onde: 
 
Q é a vazão [L/s] 
 
 SP é a somatória correspondente a todos os pontos de utilização alimentados através 
do trecho considerado. 
Uma vez conhecidas as 
vazões em cada trecho, 
obtém-se os diâmetros 
correspondentes, de forma 
que a velocidade não 
ultrapasse valor limite de 3 
m/s. A Tabela 3.6 apresenta 
as vazões máximas que se 
pode utilizar em tubos de 
aço-carbono galvanizado e 
PVC que satisfazem a esse 
limite de velocidade. 
Etapas de dimensionamento 
Tendo as vazões e os diâmetros, é possível determinar a perda de carga em cada trecho, 
utilizando, para isso, as equações apresentadas na primeira aula. 
Após calculadas as perdas de carga em todos os trechos, é possível determinar as 
pressões dinâmicas disponíveis em cada ponto de utilização, verificando se elas 
atendem ao que prescreve o item 5.3.5.1 da NBR 5626:1998 já mencionado e 
repetido a seguir: 
Em qualquer caso, a pressão dinâmica não deve ser inferior a 10 kPa, com exceção 
do ponto da caixa de descarga onde a pressão pode ser menor que esse valor, até um 
mínimo de 5 kPa, e ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão 
não deve ser inferior a 15 kPa. 
Estimar as vazões e os diâmetros de cada trecho considerando o limite de velocidade 
Para facilitar esses cálculos, a NBR 5626:1998 apresenta um modelo de 
planilha de cálculo, reproduzida na Figura 3.14. 
Exercício 
resolvido 4 
Determinar os 
diâmetros dos tubos 
da instalação predial 
de água fria 
representada na 
Figura 3.15. Admita 
que ela será 
construída utilizando 
tubos de aço-carbono 
galvanizado. 
Resolução 
Começamos o problema numerando as junções dos trechos a serem dimensionados 
segundo um critério qualquer. O autor numerou os trechos em ordem crescente, de 
jusante para montante, de modo que, por nós maiores, passem vazões superiores às que 
passam por nós menores. Essa numeração é mostrada na Figura 3.16. 
Observe que, para que o 
cálculo fique para o lado da 
segurança, admitiu-se que o 
abastecimento do sistema 
hidráulico está sendo feito a 
partir da câmara de 
reservatório mais distante. 
Inicialmente preenchemos a coluna 1 – Trecho. O autor preenche as linhas dessa coluna 
de jusante para montante, ver Figura 3.16. Assim sendo, começamos com o trecho 1-3, 
em seguida o 2-3, depois o 3-5, e assim sucessivamente até o último deles, que é o 11-R. 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
coluna 15 – Pressão requerida no ponto de utilização. Recorremos ao Item 3.8.2, onde 
encontramos a transcrição do Item 5.3.5.1, a NBR 5626:1998: Em qualquer caso, a pressão 
não deve ser inferior a 10 kPa, com exceção do ponto da caixa de descarga onde a pressão 
não deve ser menor que esse valor, até um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula de 
descarga para bacia sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 kPa. 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
Coluna 9 : basta transferir da Figura os comprimentos ali indicados para a planilha. 
Coluna 7: é imediatamente preenchida a partir dos valores lidos na Figura – positivo quando desce e 
negativo quando sobe. Veja que, de 3 para 1, subimos 1 m. Então escrevemos (-1m) na linha 
correspondente. Por sua vez, de 3 para dois, descemos 0,50 m. Então escrevemos (+0,50m) na linha 
correspondente 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
A coluna 2 – soma dos pesos – é preenchida com o auxílio da Tabela 3.5. Assim, na linha 1-3, 
um chuveiro é abastecido. Seu peso é 0,4 – ver Tabela. Por sua vez, na linha 2-3, um lavatório é 
abastecido. Seu peso é 0,3 – ver Tabela. Em consequência, a linha 3-5 abastece o chuveiro e o 
lavatório. A soma dos pesos correspondentes é 0,7. 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
Os valores da Coluna 3 são então calculados automaticamente, em litros por segundo, 
através da fórmula: 
Q = 0,30(SP)1/2 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
Coluna 4, preenchida com o auxílio dos valores apresentados na Tabela 3.6. 
Ressalta-se que esses valores correspondem a uma primeira tentativa, visto que eles 
poderão ser insuficientes para assegurar as pressões mínimas estabelecidas pela NBR 
5626:1998. 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
Os comprimentos equivalentes de cada trecho (coluna 10) são então obtidos em cada trecho 
recorrendo aos valores apresentados nos anexos 1 e 2 – neste caso, os comprimentos 
equivalentes em aço-carbono galvanizado. O autor recorre a uma Tabela auxiliar – ver Figura 
3.18. 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
Coluna 5: Escolhidos os diâmetros e dadas as vazões, as velocidades são calculadas em cada 
linha através da expressão: 
 
U = 4Q/(pD2) 
 
em que: Q (m3/s); D (m) e U (m/s) 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
Coluna 6: As perdas de carga unitárias são também calculadas em cada linha utilizando as 
expressões de perda de carga vistas no Capítulo 2. 
Na resolução deste problema foi utilizada a Fórmula Universal, em que a rugosidade 
adotada para os tubos de aço-carbono galvanizado foi adotada igual a 0,25mm 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
As expressões de perda de carga vistas no Capítulo 2 fornecem os resultados em mH2O/m; assim sendo, 
eles devem ser multiplicados por 10 para que sejam expressos em kPa/m, que é a unidade adotada na 
planilha. 
Coluna 11 = Coluna 6 x Coluna 9 
Coluna 12 = Coluna 6 x Coluna10 
Coluna 13 = Coluna 11 + Coluna 12 
 hf
 = jL 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
Coluna 8 - A única pressão conhecida é a do ponto R. Essa pressão, na pior hipótese (que corresponde à ocorrência do NA 
mínimo no reservatório) é nula. Escrevemos, portanto 0 (zero) na linha 11>R. 
Coluna 14 – O valor da pressão, expressa em kPa, na linha 11>R será: 
0 KPa (pressão em R) 
+ 20 KPa (porque descemos 2m de R até 11) 
- 13,49 KPa (que é a perda de carga entre os dois pontos) 
= 6,51 KPa Esse valor é transferido para a linha 10>11 - coluna 8. 
Sequencia de Preenchimento da Planilha 
1 , 15, 9, 7, 2, 3, 4, 10, 5, 6, 11 a 13, 8 e 14 
6,51 KPa (pressão em 11) 
+ 0 KPa (porque não subimos nem descemos de 11 para 10) 
- 12,21 KPa (que é a perda de carga entre os dois pontos) 
= - 5,70 KPa (pressão em 10) 
Coluna 14 – O valor da pressão, expressa em kPa, na linha 10>11 será: 
O valor negativo mostra que a tubulação está sub-dimensionada. 
Devemos, portanto, aumentar os diâmetros. 
Foram aumentados todos os diâmetros a montante do trecho 7-8 e corrigidos os 
comprimentos equivalentes. Todos os valores afetados são então recalculados. 
Refluxo da água: como evitar 
Instale os aparelhos capazes de provocar retrossifonagem em coluna dotada de tubulação de ventilação, 
executada com as características a seguir, 
a) seu diâmetro deve ser igual ou superior ao da coluna, de onde se deriva; 
b) deve ser ligada à coluna a jusante do registro da passagem existente; 
c) deve haver uma para cada coluna que serve a aparelho passível de provocar retrossifonagem; 
d) sua extremidade livre deverá estar acima do nível máximo admissível do reservatório superior 
Além disto, a alimentação do sub-ramal que alimentaaparelhos passíveis de provocarem 
retossifonagem deve ser feita de um ponto da coluna no mínimo a 0,40 m acima da borda de 
transbordamento do aparelho servido. 
Fig. 3.22 – Separação atmosférica padronizada e ventilação na coluna, conforme preconizado pela 
NBR 5626:1998 
No projeto das instalações hidráulicas prediais de água fria e água quente, também deve se 
representar a instalação em perspectiva isométrica. 
A figura apresenta um paralelepípedo em perspectiva isométrica. Em sua confecção, 
utiliza-se um triedro tal que os ângulos dos eixos (OX) e (OY), em relação à horizontal, são 
iguais a 30º. O eixo (OZ) forma com a vertical, e para fora do papel, também um ângulo de 
30º. 
A figura apresentada em perspectiva isométrica aparece com suas dimensões reais.

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