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DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES. Qual o significado do termo “pagamento”? R: O significado do termo pagamento é a execução voluntaria e exata, por parte do devedor, da prestação devida ao credor, no tempo, forma e lugar previstos no título constitutivo. Quais os elementos essenciais de validade do pagamento? R:São elementos essenciais de validado do pagamento: Existência de vinculo obrigacional. Intenção de solver tal vinculo ou animus solvendi Satisfação exata da prestação que constitui o objeto da obrigação. Presença da pessoa que efetua o pagamento (solvens) Presença da pessoa que recebe o pagamento ou “ accipiens” Quem pode efetuar o pagamento de uma dada obrigação? R: Se tratar de obrigação personalíssima, apenas este devera cumpri-la, de forma que não se poderá obrigar o credor a aceitar de outrem a prestação. Se a obrigação não for personalíssima será indiferente ao credor a pessoa, no qual, solver a prestação. O que se entende pela expressão “qualquer interessado”? R: A expressão “qualquer interessado” entende-se pela pessoa que tem interesse no cumprimento da obrigação. Quais os efeitos advindos do pagamento feito pelo terceiro interessado? R: Com base no artigo 306 do C.C se houver pagamento por terceiro interessado, ao devedor somente será licito por ao sub-rogado as exceções que o credito comportar, impugnando-o por nulidade ou prescrição ou por qualquer outro motivo excludente da obrigação Pode o terceiro não interessado efetuar o pagamento da obrigação? R: O código civil em seu artigo 304, parágrafo único e 305 permite que o terceiro não interessado efetue o pagamento da obrigação. Quem é o terceiro não interessado? R: O terceiro não interessado juridicamente é aquele que não está vinculado a relação obrigacional existente entre credor e devedor. De que forma deve a obrigação ser satisfeita, caso o credor se recuse a receber o pagamento ofertado pelo devedor, por qualquer outro interessado ou não interessado? R: Art 334 e art 335 - É o modo dado ao devedor para entregar o que é devido ao credor em qualquer caso que houver alguma dificuldade para fazer isso. É o depósito da coisa devida, à disposição do credor. Não é pagamento, mas produz os mesmos efeitos extintivos da obrigação. É o processo por meio do qual o devedor pode liberar-se, efetuando o depósito judicial da prestação devida, quando recusar-se o credor recebê-la ou se para esse recebimento houver qualquer motivo legal impeditivo. Na hipótese do terceiro não interessado realizar o pagamento da dívida em nome do devedor, terá ele direito ao reembolso? R: Conforme o artigo 306 do C.C o terceiro não interessado que realizar o pagamento da dívida em nome do devedor não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. A quem deve ser feito o pagamento? R: Com base no art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. Quais são as espécies de representantes do credor? R: São representantes validos do credor: representante legal: imposto por lei. Judicial; nomeado pelo juiz. Convencional: decorrer da vontade das partes. Quais as implicações do pagamento feito ao credor putativo? R: Com base no artigo 309 O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor. Caso o devedor efetue o pagamento ao credor, ainda que intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele por terceiros, o que estes poderão fazer? R: Como prescrito no art. 312 nos casos em que o devedor houver sido intimado o devedor ficara condicionado a consignação em pagamento ou ao deposito perante o Juízo da execução. De que maneira o devedor se exonera da obrigação? R: Mediante o pagamento da dívida. Pode o credor ser obrigado a receber a prestação por partes? R: Com base no artigo 314, mesmo podendo ser fracionado o seu objeto, a dívida necessita ser cumprida integralmente, sendo aplicada a fração somente quando as partes não silenciarem a respeito da forma do pagamento. Como deve ser satisfeitas as dívidas em dinheiro? R: Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes. Podem as partes convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas? R: Com base no artigo 319 do C.C é licito as partes convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. O que se entende pela expressão “cláusula de escola móvel”? R: A clausula de escala móvel é a que nos contratos, estabelece revisão de pagamentos a serem efetuados de acordo com as variações do preço de determinadas mercadorias, dos serviços, dos índices do custo de vida, dos salários. Podem as partes convencionar o pagamento de uma determinada prestação em ouro ou em moeda estrangeira? R: Com base no artigo Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes. Em princípio, onde deve ser efetuado o pagamento? R: Conforme artigo 327 efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. E se for designado mais de um lugar? R: Se for designado mais de um lugar, conforme parágrafo único do art.327 caberá ao credor escolher entre eles. Qual a denominação dada à dívida, quando seu pagamento deve se dar no domicílio do devedor? R:A denominação dada a dívida, quando seu pagamento deve se dar no domicilio do devedor é domicilio da pessoa natural. E se o pagamento for efetuado em outro lugar tal como no domicílio do credor? R: Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles, conforme previsto no artigo 327 Parágrafo Único. Pode o credor cobrar a satisfação da dívida no último dia do prazo? R: O credor não pode reclamar do pagamento no útimo dia do prazo, haja vista que o devedor tem desse dia por inteiro. Nas obrigações condicionais, quando se torna exigível o pagamento da prestação devida? R:Com base no artigo 332,CC, as obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor. Em hipóteses assistirá ao credor o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou determinado no Código Civil? R: Sim, conforme preceitua o artigo 333, CC: Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código: I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes. Em que consiste o pagamento em consignação? R: O pagamento em consignação é um modo especial de liberar-se da obrigação, concedido por lei ao devedor, se ocorrerem certas hipóteses excepcionais, impeditivas do pagamento. DO PAGAMENTO E SUAS MODALIDADES. Quais os meios indiretos de pagamento contemplados por nossa legislação? R: Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. Quais os requisitos que devem ser observados para que o pagamento em consignação acarrete na exoneração do devedor? R: Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todosos requisitos sem os quais não é válido o pagamento. Em que hipótese tem cabimento o depósito extrajudicial? R: Conforme disposto no artigo 335, CC - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento Quem deve arcar com as despesas inerentes ao depósito caso a demanda seja julgada procedente? R: Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à conta do credor. E se ação for improcedente? R: No caso contrário, à conta do devedor. Em que hipóteses pode o devedor fazer uso da consignação em pagamento? R: Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento. O rol do art. 335 do CC é taxativo? R: Não taxativo, podendo, portanto, existir outros fatos que autorizem a consignação em pagamento. Em que consiste a “sub-rogação”? R: Sub-rogaçao serve para designar determinadas situações em que uma coisa se substitui a outra ou uma pessoa a outra pessoa. Quais as modalidades de sub-rogação? R: Real: a sub-rogação real é a substituição de coisa por coisa, um objeto pelo outro. Pessoal: é a substituição de um dos componentes, dos integrantes, da relação obrigacional. Há a substituição do credor ou devedor, mas a relação obrigacional continua a mesma. Imagine um jogador que entra para substituir outro jogador, no segundo tempo, com o jogo no estado em que ele está. Qual o direito que assiste ao credor originário, só em parte reembolsado, no que se refere ao sub-rogado? R: Art. 351, CC O credor originário, só pode em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a m o outro dever. Quais as espécies de sub-rogação no que tange à sua origem? R: A sub-rogação por ser legal, quando decorre da lei, independente de declaração do credor ou devedor; pode ser também convencional quando se deriva da vontade das partes. Em que hipóteses a sub-rogação se opera de pleno direito? R: Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: I - do credor que paga a dívida do devedor comum; II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. Na sub-rogação legal, qual o limite para a sub-rogado exercer os direitos e as ações do credor? R: Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor. Em que hipóteses tem lugar a sub-rogação convencional? R: Art. 347. A sub-rogação é convencional: I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos; II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito. Em que consiste a “imputação do pagamento”? R: Imputação ocorre quando o pagamento é insuficiente para saldar todas as dívidas do mesmo devedor ao mesmo credor, surge a dificuldades de saber a quais delas deve aplicar-se o pagamento. Quais os pressupostos da imputação? R: Pluralidade de débitos, identidade de partes, igual natureza das dívidas, possibilidade de o pagamento resgatar mais de um débito. Em regra, a quem cabe a indicação, no ato do pagamento, da dívida a ser saldada? R: Art. 352. O devedor obrigado por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Como se dá a imputação do pagamento quando a dívida for única, existindo apenas capital e juros? R: Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. Se o devedor não tiver declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, a quem compete a respectiva escolha? R: Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo. Esse o devedor não fizer tal indicação e a quitação for omissa quanto à imputação? R: Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa. Quais as espécies de imputação? R: São três as espécies de imputação de pagamento : a) por indicação do devedor; b) por vontade do credor; c) em virtude de lei. Em que consiste a “dação em pagamento”? R: Dação em pagamento é um acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do qual o primeiro concorda em receber do segundo, para exonera-lo da dívida, prestação diversa da que lhe é devida. Pode o credor consentir em receber do devedor prestação diversa da que lhe é devida? R: Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. Em que consiste a “novação”? R: Novação é a criação de uma obrigação nova para extinguir uma anterior. É a substituição de uma dívida por outra, extingue-se a primeira. Qual a natureza da novação? R: Denota-se pela redação do artigo 356 do CC, que a dação em pagamento é considerada uma forma de pagamento indireto. Quais são os requisitos de validade da novação? R: São requisitos da novação: a existência de obrigação anterior, a constituição de nova obrigação e o animus novandi ( intenção de novar). As obrigações naturais podem ser novadas? R: Não comportam novação, porque o seu pagamento não pode ser exigido compulsoriamente. Quais as espécies de novação no que tange ao elemento que sofre a alteração? R: Há três espécies de novação: a objetiva, a subjetiva e a mista. Quais as modalidades de novação subjetiva? R: Novação subjetiva passiva, novação subjetiva ativa e a novação subjetiva mista. A novação subjetiva passiva requer a existência de consentimento do devedor para produzir efeitos? R: Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste. Quais as espécies de novação subjetiva passiva? R: Expromissão – na qual o novo devedor contrai a nova dívida sem ou até contra o consenso do anterior; Delegação – operada com o consentimento do devedor , isto e, por ordem do devedor da obrigação anterior. Quem deve arcar com os riscos, caso o novo devedor seja insolvente? R: Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição. Em que consiste a “novação mista” ou “subjetiva-objetiva”? R: Novação mista decorre da fusão da novação objetiva com a subjetiva, ou seja, quando ocorre ao mesmo tempo, mudança do objeto da prestação e dos sujeitos da relação jurídica obrigacional. Qual a consequência advinda da novação feita sem o consenso do fiador com o devedor principal? R: Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal. O que se entende pelo termo“compensação”? R: Compensação é o meio de extinção de obrigações entre pessoas que são, ao mesmo tempo, credora e devedora uma da outra. Quais as modalidades de compensação? R: A compensação pode ser: total, parcial, legal, convencional e judicial. Quais os requisitos da compensação legal? R: Os requisitos para a compensação legal, valem também para a judicial, e são eles: reciprocidade dos créditos, liquidez das dívidas, exigibilidade das prestações e fungibilidade dos débitos. O ordenamento pátrio permite que se procede â compensação em prejuízo de direito de terceiro? R: Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exequente a compensação, de que contra o próprio credor disporia. Em que consiste a “confusão”? R: Quando se reúnam na mesma pessoa as qualidades de credora e devedora. Qual o efeito jurídico decorrente da confusão? R: A confusão extingue não só a obrigação principal, mas também os acessórios, como a fiança e o penhor. Quais as espécies de confusão? R: Pode ser total ou parcial, conforme Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela. Em que consiste a “remissão”? R: Remissão é a liberalidade efetuada pelo credor, consiste em exonerar o devedor do cumprimento da obrigação, ou seja é o perdão da dívida. Preceitua o Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. Quais os efeitos jurídicos operados pela remissão? R: extinção da obrigação, liberação o devedor principal extingue as garantias reais e fidejussórias, exoneração de um dos co-devedores extingue a dívida apenas na parte a ele correspondente (art.388), liberação graciosa do devedor por um dos credores solidários extinguirá a divida toda, extinção da execução, se houver perdão de toda a dívida. Qual a natureza jurídica da remissa de dívidas? R: É negócio jurídico bilateral, pois o credor não pode exonerar o devedor sem a anuência deste, visto que, se não houver aceitação por parte do devedor, este poderá consignar o valor do débito em juízo. DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES; DA MORA; DAS PERDAS E DANOS; DOS JUROS LEGAIS; DA CLÁUSULA PENAL; DAS ARRAS OU SINAL. O que se entende por “mora”? R: Mora é o retardamento ou o imperfeito cumprimento da obrigação, conforme disposto no Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer Quando se verifica a mora? R: Diz-se que há mora quando a obrigação não foi cumprida no tempo, lugar e forma convencionados ou estabelecidos pela lei, mas ainda poderá sê-lo, com proveito para o credor. O que se entende pelo termo “purgação da mora”? R: Purgar a mora é cancelar seus efeitos, ela pode ocorrer por parte do devedor ou do credor, o devedor que pagar a prestação mais os eventuais prejuízos ocorridos. Como devem ser pagas as perdas e danos, em se tratando de obrigações cujo pagamento se dá em dinheiro? R: Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional. Em que circunstância pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar? R: Art. 404 - Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar. A partir de que instante são contados os juros de mora? R: Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial. O que são “juros”? R: Juros são os rendimentos do capital. Como podem ser classificados os juros no que se refere â sua finalidade? R: os juros podem ser compensatórios e moratórios, convencionais e leais, simples ou compostos. De que forma é fixada a taxa dos juros moratórios, caso não haja qualquer convenção pelas partes? R: Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional. Em que consiste a “cláusula penal”? R:É a obrigação acessória, pela qual se estipula pena ou multa destinada a evitar o inadimplemento da principal, ou o retardamento do seu cumprimento. Como também pode ser chamada a cláusula penal? R: É conhecida como pena convencional ou multa. Quais são as espécies de cláusula penal? R: Ela pode ser compensatória e moratória. Em que consiste as “arras”? R: Arras ou sinal, é a quantia ou coisa entregue por um dos contraentes ao outro, como confirmação de acordo de vontade e princípios de pagamento. Qual a natureza das arras? R: Tem cabimento apenas nos contratos bilaterais translativos do domínio, dos quais constitui pacto acessório, ou seja, depende do contrato principal. Quais as espécies de arras? R: Arras confirmatórias - têm a função essencial de confirmar o contrato, tornando-o obrigatório após a entrega do sinal. Com a confirmação as partes contratantes, ficam impedidas de rescindir o acordo unilateralmente, vindo a responder por perdas e danos se o fizer. Arras penitenciais - existirão somente se as partes contratantes estipularem o direito de arrependimento. As arras ou sinal, no sentido penitencial, são, na realidade, uma pena convencionada que deverá ser cumprida pela parte que se valer da faculdade do arrependimento.
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