Conservação do Solo e Recursos Naturais

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Conservação dos Recursos Naturais / IF - UFRRJ 
Conservação dos Recursos Naturais 
IF – DCA – UFRRJ / Prof. Jerônimo Sansevero –
Aula 8: Manejo e conservação dos solos
• O que são as práticas conservacionistas do solos? 
• Principais métodos utilizados; 
• Planejamento espacial – ferramenta para a tomada de decisão; 
Práticas conservacionistas do solo: As práticas conservacionistas 
tem o objetivo de reduzir o efeito da erosão, garantir a manutenção 
da fertilidade do solo e sua estabilidade. 
• Essas práticas podem ser: Edáficas; Mecânicas; ou Vegetativas;
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Práticas conservacionistas edáficas:
São as práticas associadas com modificações no sistema de cultivo
que promovem o controle da erosão e manutenção da fertilidade do
solo.
Uso do solo a partir do diagnóstico de aptidão: a capacidade do
uso pode ser expressa pela adaptabilidade (versatilidade), sem que
sofra erosão e perda da fertilidade por meio de cultivos anuais,
perenes ou pastagens.
Esse diagnóstico também deve considerar os riscos do processo de
degradação.
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Edáficas:
• Adubação verde: consiste no cultivo de plantas (principalmente
leguminosas) que serão fracionadas e incorporadas ao solo como
adubo.
Processo de fixação de nitrogênio – N2
N2
Fixação 
biológica de 
nitrogênio Decomposição
“Adubo”
N mineral para as plantasBactérias fixadoras -
Rizóbio
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Edáficas:
• Adubação orgânica: adubos orgânicos (estercos, compostos, etc)
são considerados os fertilizantes mais completos e equilibrados. A
matéria orgânica fornece nutrientes para planta, diminui as perdas
de nutrientes por lavagem e facilita o desenvolvimento de micro-
organismos do solo – ex. fungos e bactérias.
• Desta forma, a adubação orgânica atua em todos os componentes
do solo: biológico, químico e físico.
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Edáficas:
• Calagem: É uma prática agrícola, relativamente simples, que
consiste na aplicação de calcário no solo, para combater sua
acidez e corrigir seu pH. Essa prática melhora o acesso das
plantas aos nutrientes e, consequentemente, aumentam a
produtividade.
• Controle do fogo: Em geral os incêndios são causados por
práticas agropastoris para fins de “limpeza” da área. As
queimadas causam grandes impactos na vegetação, na fauna,
atmosfera (libera CO2) e no solo.
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Práticas conservacionistas mecânicas:
Essas práticas tem por objetivo reduzir a erosão e degradação do solo
através do estabelecimento de “obras” físicas.
• Preparo do solo e plantio em contorno - Este tipo de ação tem
por objetivo reduzir a erosão e facilitar os tratos da lavoura.
Consiste nas operações de cultivo no sentido transversal ao
declive, seguindo curvas de nível.
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Sulcos e camalhões em pastagens – Trata-se de uma prática
indicada principalmente em áreas de pastagens. São equivalentes a
um terraço de dimensões reduzidas, construídos em linhas de nível,
tombando a terra sempre para o lado de baixo.
A principal função dessa prática é a melhor distribuição e retenção
das águas das chuvas. Em consequência da melhor conservação da
água, a vegetação torna-se mais densa e mais vigorosa nas
proximidades dos sulcos e dos camalhões.
Terraços - O objetivo fundamental do terraceamento é reduzir
riscos de erosão hídrica e proteger mananciais (rios, lagos,
represas. etc.). Baseia-se no parcelamento das rampas, isto é,
divide-se uma rampa comprida (mais sujeita à erosão) em várias
menores (menos sujeitas à erosão), por meio da construção de
terraços.
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Práticas conservacionistas vegetativas:
Envolvem atividades de manejo da vegetação com objetivo de
reduzir a erosão e garantir a fertilidade do solo.
• Manejo de pastagens (uso racional de pastagens) - O pasto é uma
cultura perene e deve, portanto, ser encarado e manejado de maneira a
garantir sua produção, qualidade e longevidade. A integração lavoura-
pecuária é um manejo que resgata práticas tradicionais como a rotação
de culturas e o manejo do gado em piquetes.
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Baixa produtividade das pastagens: o caso do ES (Latawiec et al 2015)
UA/hectare
UA – Unidade 
Animal
Produtividade atual Pecuária Intensificada 
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Como a intensificação da produção pode liberar áreas para
conservação/restauração:
Aumento da produtividade por área > Mesma produção em uma área
menor > reduaz a competição pelo uso da terra > libera área para
conservação
Parece muito simples ... Não? Quais são as barreiras para a mudança:
• Custo de transição / Extenção rural;
Qual o principal risco?
EFEITO ROBOTE .... Mais um conto da tragédia dos comuns ....
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Plantio direto - Consiste em preparar a terra em sulcos apenas na
linha de plantio. Na superfície do solo, entrelinhas, vai-se formando
uma camada de cobertura morta após capinas ou aplicação de
herbicidas nas plantas espontâneas. Essa forma de preparo evita o
revolvimento desnecessário do solo.
• Cordões de vegetação permanente: São cordões (fileiras) de
plantas cultivadas em curva de nível. Essa técnica é muito
eficiente no controle de erosão (exemplo: sistema silvipastoril).
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• Quebra-ventos: São barreiras utilizadas para reduzir e/ou
redirecionar o vento – geralmente formados por árvores e
arbustos. A redução da velocidade do vento modifica e
proporciona melhorias às condições ambientais, por meio do
controle do microclima da área protegida. Reduz a erosão causada
pelo vento
• Sistemas Agroflorestais: Método de cultivo no qual espécies
de diferentes estratos (árvores, arbustos, ervas, etc) são
plantadas de modo consorciado. Além da diversificação da
produção, esse sistema também proporciona uma melhoria na
ciclagem de nutrientes. Sistemas agroflorestais também podem
atuar como corredores ecológicos.
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• Restauração ecológica / Recuperação de áreas degradadas:
Essa técnica tem como objetivo restaurar os processos
ecológicos das comunidades, promover o aumento do
diversidade e da provisão de serviços ecossistêmicos.
• No Brasil o código florestal prevê a restauração de áreas de
preservação permanentes (APP’s: margem dos corpos d’água,
topo de morro e encostas com declividade superior a 45º);
Reserva Legal (% da área da propriedade muda para cada
bioma).
• O déficit florestal (para cumprir a lei) gira em torno de 21
milhões de hectares.
• Como conciliar a produção e a restauração nas áreas privadas?
Técnicas de restauração:
Ativa: plantio de mudas, semeadura, poleiros artificiais, etc...
Passiva: regeneração natural da floresta (> resiliência)
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Plantio de mudas
1994 2005
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Regeneração natural
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Planejamento e gestão do território:
Práticas conservacionistas:
Edáficas; Mecânicas; ou Vegetativas
Clima, tipo de solo, cobertura 
florestal, uso da terra, etc....