Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
• :'õ.Cham 551.1/.4P935u4.ed. . Título: Paraentenderaterra." 1111\1\ 111111111111111111I111111111111111111111111 10078519 Ac,936309 EX.IJ BCE geológico, desde a formação do sistema solar até o presente 3.800 Ma Evidência maisantiga de água LO,12Ma Primeira ocorrência de nossaespécie, Homosapienssapiens 5 Ma Primeiros hominídeos 4.000Ma Fimdo BombardeamentoPesado; rochascontinentais maisantigas 2.450-2.200Ma Aumentodo oxigênio na atmosfera I 208 Ma Extinção emmassa -=...!- - to d~S 4.470Ma =WE;;:=S".õl;ais:início Acresci~entodoaTerra, , ento formaçaodo nucleoe ::2 =~ diferenciaçãocompletados e 4.400Ma -~-~ç2O Mineral ::;e-3 maisantigo III1 ~ a:::::!!5==~=- ~~ -.20estãodicionarizadas.Emastronomia,o aumentoda massa :=-z-2-x -ê::rcicimode massa". o" '" (IJ" '" ::c dotempogeológico 'Ma) ÉONERA MaPERíODO MaÉPOCA O l' Holoceno o Cenozóico --0,15u ;õ Mesozóico O0,4 N õ::e (IJ ,« " Paleozóico z ~ 100Cretáceo o:::0,8 PleistocenoI.LJ 144 !:;( =>jurássico o 1,2 200 206 1 1,8 Plioceno Permiano 10 300 300 Mioceno6 0 Pensilvaniano * o .a~ 320u ;~ Mississippiano;õ u"20 N 354 e Devoniano23,7~ ,600 400409e 5ilurianoO30o.. 439õ::Oligoceno,«Ordoviciano ~36,6500 510 I.LJ Cambriano I-40 543-O Eoceno Z 50« õ::c!l~ 57,8« v 60Paleoceno'uJ '"::; o:::o.. 65 dicionarizadoem Suguio(1998,Dicionáriode GeologiaSedimentar). FRANKPRESS Grupo ConsultivodeWashington JOHN GROTZINGER In titutodeTecnologiadeMassachusetts RAYMOND SIEVER· UniversidadedeHarvard THOMAS H. JORDAN Universidadedo SuldaCalifórnia 4ª edição Tradução Coordenador Rualdo Menegat InstitutodeGeociênciasdaUniversidadeFederaldoRio GrandedoSul Equipe Paulo César Dávila Fernandes UniversidadedoEstadodaBahia Luís Alberto Dávila Fernandes InstitutodeGeociênciasdaUniversidadeFederaldoRio GrandedoSul Carla Cristine Porcher InstitutodeGeociênciasdaUniversidadeFederaldoRio GrandedoSul Reimpressão 2006 Obraoriginalmentepublicadanos:E;stadosUnidossobotítulo UnderstandingEarth, 4/e ISBN 0-7167-9617-1porW.H.FreemanandCo.,NewYorkeBasingstoke. Copyright©2004,W.H.FreemanandCo. Todososdireitosreservados. Capa;GustavoDemarchi Leiturafinal:SandroWaldezAndretta Supervisãoeditorial:Arysinha JacquesAffonso Editoraçãoeletrônica:Laser ROL/se ct~63((Qj Unlvefsidade d.erasl ia S5L~{c(f ~q~SM- ~>~,. 1-.U Reservadostodososdireitosdepublicação,emlínguaportuguesa,à ARTMED®EDITORA S.A. (BOOKMAN®COMP HIA EDITORA éumadivisãodaARTMED®EDITORA S.A.) Av.JerônimodeOmelas,670- Santana 90040-340- PortoAlegre- RS Fone:(51)3027-7000Fax:(51)3027-7070 É proibidaaduplicaçãooureproduçãodestevolume,notodoouemparte,sobquaisquer formasouporquaisquermeios(eletrônico,mecânico,gravação,fotocópia,distribuiçãonaWeb eoutros),sempermissãoexpressadaEditora. SÃOPAULO Av.Angélica,1.091- Higienópolis 01227-100- SãoPaulo- SP Fone:(11)3665-1100Fax:(11)3667-1333 SAC 0800703-3444 IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL / PARA NOSSAS CRIANÇAS, E AS CRIANÇAS DE NOSSAS CRIANÇAS: ". POSSAM ELAS VIVER EM HARMONIA COM O AMBIENTE DA TERRA. UfO S Raymond Siever RaymondSieveréumespecialistainternacionalmenteconhe- cidonasáreasdePetrologiaSedimentar,GeoquímicaeEvolu- çãodosOceanoseAtmosfera.É membrodoDepartamentodas CiênciasPlanetáriase daTerradaUniversidadedeHarvarde chefiouoDepartamentodeGeologiaduranteoitoanos.Foi um dosprimeirossedimentólogosa aplicarastécnicasgeoquími- casparao estudoderochassedimentares,especialmentede arenitosesílex. Além deserco-autordopopularlivro degeologiaEarth, comFrankPress,RaymondSieverescreveu(comF. 1.Petti- john e Paul Potter)o clássicomanualSandand Sandstone (Springer-Verlag).O DI'.SieveréPesquisadordaSociedadede GeologiaNorte-Americana(GeologicalSocietyofAmerica- GSA) edaAcademiaNorte-AmericanadeArtese Ciências,e foi laureadocomváriasdistinçõesdaSociedadedeGeologia Sedimentar,da Sociedadede Geoquímicae da Associação Norte-AmericanadeGeólogosdoPetróleo. Press - "-Press trouxe contribuiçõespioneiras àsáreasda Geofísi- _ ~ O eanografia,dasCiênciasPlanetáriasedaLuaedaex- - _~-ãoderecursosnaturais.Ele foi membrodaequipeque --:::oi:>riua diferençafundamentalentreacrostaoceânicae a ontinentale construiuos instrumentosutilizadosna ~--~-- _O Dr.Pressfoi professornasfaculdadesdaUniversi- ~ -'b Colúmbia(EUA), do InstitutodeTecnologiadaCali- -., Caltech)edoInstitutodeTecnologiadeMassachusetts _~ . Além disso,foi presidentedaAcademiaNacionalde . dosEstadosUnidosepesquisadorsêniordoDeparta- deMagnetismoTerrestrenoInstitutoCarnegiedeWas- :::-n. Atualmente,trabalhano GrupoConsultivodeWas- _ :::i. Em 1993,Frank Pressfoi laureadopelo Imperador a PrêmioJapão,porseutrabalhonasciênciasdaTerra. r>. DT.Pressfoi consultorparatemascientíficosdequatro -- .:rntes.Jimmy Carternomeou-oConsultorCientíficodo ::=me.Bill Clintonlaureou-ocomaMedalhaNacionalda ,=--..; Por trêsvezes,aspesquisasdo U.S.News& WorldRe- di aramseunomecomoumdosmaisinfluentescientis- - =E tadosUnidos. Thomas H. Jordan TomJordanéumgeofísicocujosinteressesincluemacompo- sição,adinâmicaeaevoluçãodaTeITasólida.Ele concentrou suaspesquisasnanaturezadofluxoderetornodatectônicade placas,naformaçãodeumaespessatectosferasobosantigos crátonscontinentaise naquestãodaestratificaçãodo manto. Ele desenvolveuumasériede técnicasparaelucidaras fei- çõesestruturaisdo interiordaTerra,quedãosuporteaessese outrosproblemasgeodinâmicos.Trabalhou,também,namo- delagemdo movimentodasplacas,medindodeformações neotectônicasnaszonasdebordadeplacas,quantificandová- rios aspectosdamorfologiadoassoalhooceânicoecaracteri- zandograndesterremotos.Ele obteveseudoutoradoemGeo- físicae MatemáticaAplicadano Caltech(InstitutodeTecno- logia da Califórnia, EUA) e lecionou na Universidadede Princetone no InstitutodeOceanografiaScrippsantesdein- tegrarafaculdadedoMIT naCátedradeCiênciasPlanetárias e daTerraProfessorRobertR. Shrockem 1984.Foi chefedo DepartamentodasCiênciasPlanetárias,daAtmosferae da Terra do MIT durante10 anos (1988-1998).Atualmente, transferiu-sedoMIT paraaUniversidadedoSul daCalifór- nia (USC), ondeassumiua Cátedrade CiênciasGeológicas ProfessorW M. KeckeadireçãodoCentrodeTerremotosdo Sul daCalifórnia. O Dr. Jordanrecebeua MedalhaJamesB. Macelwaneda União Norte-Americanade Geofísicaem 1983e o Prêmio GeorgeP.WoollarddaSociedadeNorte-AmericanadeGeolo- giaem1998.É membrodaAcademiaNorte-AmericanadeAr- teseCiências,daAcademiaNacionaldeCiênciasdosEstados UnidosedaSociedadeNorte-AmericanadeFilosofia. Grotzinger G:otzingeréumgeólogodecampointeressadonaevolução :::eraedosambientessuperficiaisdaTelTa.Suapesquisaé ~~ parao desenvolvimentoquímicodosoceanose daat- -- _ •rirnitivos,parao contextoambientaldaevoluçãoani- . -rivaeparaosfatoresgeológicosqueregulamasbacias s.Ele contribuiucomaproposiçãodaestruturageo- , ica deumasériedebaciassedimentarese cinturões ~.:o donordestedoCanadá,donortedaSibéria,dosulda ~dooestedosEstadosUnidos.Essesestudose mapea- -= ~ amposãoo pontodepartidaparaestudosdetópicos ~:=::::-::;C()sbaseadosem laboratórios,envolvendotécnicasde _ ' . a.paleontologiae geocronologia.Ele recebeuseutí- :eBa harelemGeociênciasnaUniversidadeHobartem -- ::::_ lestreemGeologiapelaUniversidadedeMontanaem :"::=DoutoremGeologiapelaVirginiaTechem1985.Du- - =3 ano atuoucomopesquisadordoObservatórioGeoló- - ~ont-Doherty, antesdeintegraro corpodocentedo .-- ~ 19 8.De 1979a1990,esteveengajadoemmapeamen- _ parao ServiçoGeológicodoCanadá. ~- -99 .o DI'.GrotzingerrecebeuadistinçãodeAcadêmi- - ~ TIlaldemarLindgrennoMIT e,em2000,assumiua - ~- _.:!eCiênciasPlanetáriasedaTerraProfessorRobertR. ~ 1998,foi nomeadodiretordoLaboratóriodeRe- =--: !TadoMIT. RecebeuoPrêmioJovemPesquisador -=-=--'~nia da FundaçãoNacionaldeCiência(EUA)em __ ~~dalhaDonathda Sociedadede GeologiaNorte- GSA) em1992,eaMedalhaHennoMartindaSo- ~ ==GeologiadaNamíbiaem2001.É membrodaAca- - -.-\rnericanadeArtese Ciênciase daAcademia e CiênciasdosEstadosUnidos. ovas vozes Temosreiteradoquea ciênciaé uma históriade teoriassuplanta- das. Jovas teoriase abordagensinovadoraspara a pesquisae o 5lSÍnOserãoo trabalhoprincipal da próxima geraçãode cientis- - -autores.John Groetzinger,do MIT, e Tom Jordan, do USC, 7JDÍIam-seà equipe de autoresdestelivro e sucederãoa Frank Pre s e Raymond Siever nas edições futuras.Tivemos sortede ,,- ociarmo-nosa colegasquecompartilhama filosofia e o idea- lismo representadosem nosso livro e que igualmentetrouxeram 3IDavisãodefuturo.A influência deJohn eTom é visível emca- ., capítulo do livro e em todaa suareorganização,e é mais evi- &nte aindana proeminenteabordagemdos sistemasdaTerra e ;::otratamentoavançadoda teoriada tectônicadeplacas. ma nova visão - tudo quaseemtemporeal.É notávelqueatualmentepossamos utilizar asondasdeum terremotopararepresentar"o fluxo deum mantosólido a centenase milharesde quilômetrosde profundi- dade,revelandopadrõesde ascensãode plumas e subducçãode placas.Essasnovastecnologiastambémrevelamsurpreendentes percepçõesnovasao estabelecerencadeamentosentreo clima e a tectônicaque tinham sido parcamenteentendidosno passado, tais como a possibilidade de queo fluxo dasrochasmetamórfi- cas atravésdos cinturõesde montanhaspossaserfortementein- fluenciadopelos padrõesdeintemperismosuperficial.A visão da Terracomo um sistemadecomponentesinterativossujeitosà in- terferênciada humanidadenão pode mais serchamadade uma opinião baseadaem ideologia - ela estásustentadapor evidên- cias científicas sólidas.A força da Geologia nunca foi tão gran- de.A ciência geológica informa, hoje, as decisõesdaspolíticas públicas tomadaspor líderes nos governos,nas indústriase nas organizaçõesdascomunidades. Antecipandoatectônicadeplacas:a síntese desdeo início O Capítulo2,Tectônicadeplacas:a teoriaunificadora,permite- nos tirar um amplo proveito da teoria tectônicaentendidacomo uma estruturapara discutir os processosgeológicos fundamen- Uma seqüênciada sedimentaçãodeltaica,B, acumula-se sobre uma sedimentação prévia, A. Figura 10.10 A comparaçãoentreseçõessísmicas(a)comseqüênciassísmicas(b) revelao processo deposicional que criou o padrão de acamamento. Quando a subsidência tectânica ou outros eventos, como uma mudançaclimáticaglobal,causamasubidado níveldo mar,duasseqüênciasdeltaicassãoencontradas,(c) e (d). Quando a primeira edição deEarth(Terra)foi publicada,o con- XÍto da tectônica de placas ainda era novo. Pela primeira vez, ~a teoriaqueabrangetudo poderia serutilizada como estrutu- • paraaprendersobreasimensasforçasqueatuamno interiorda -=-=rrn.Devido a essenovo paradigma,nossaestratégiafoi toruar ~aprendizadoda Ciência da Terra fundamentadotanto quanto ;,0- Ívelnos processos.Essa nova - -·-0 da Terra como um sistema .,- amÍcoe coerentefoi centralno .- TO Earthe neste seu sucessor, Para entendera Terra. Agora, com aquartaediçãode Jara entendera Terra,damosou- ~ passoàfrente.Pode-secaracte- 3zá-Io comoumatentativaderes- EAIDderà seguintepergunta:o que -sidepoisdatectônicadeplacas? _-'-.pTesentamosa Geologia como ciência unitária,baseadanos ;;;:ocessos,com o poder de trans- ~ - o significado global das fei- ;resgeológicasondequerquese- ~ encontradas.Para isso, lança- mãodenovosepoderososla- ::iJrnIóriose instrumentosdecam- :" . bem como de novas aborda- .=,:0 - teoréticas. _·ovas tecnologias, como o .J?S e a continuadamonitoração :::zTerra por satélites,a partir do "Sr ,o, permitiram-nos observar -=:t11acasemmovimento,asmon- sendo soerguidase erodi- -=.,- a deformação crustal que :o;:re antesde um terremoto,o ~~ento global, aretraçãode Zõ~ciras.a subidado nível do mar x PREFÁCIO ;ris. A antecipaçãodos 'pio básicosdateoria tollÍcaparao iníciodoli- no ignificaqueelapoderá sereyocadaemtodoo tex- [O. fornecendouma visão ompleta,bem como um elo entre os fenômenos geológicos.Por exemplo,o Capítulo4 apresenta,nesta edição,o metamorfismode acordocom as interações das placas;o Capítulo 8 ofereceumanovaseçãoso- bre tectônicade placase baciassedimentareseoCa- pítulo 9 tem uma seção atualizadasobrecaminhos de pressão-temperatura- tempoe seusignificadona interpretaçãodosprocessos tectônicos,incluindoaexu- maçãoeo soerguimento.A seçãodolivrodedicadaaos processossuperficiaiscul- minanoCapítulo18,total- menterevisado,no quala evoluçãodapaisageminte- graoscapítulosanteriorese abrea argumentaçãosobre assignificativasinterações doclimaedatectônica.Es- setratamentodeumaárea revitalizadadasCiênciasda Terra fundamentadoem processostomou-sepossí- velsomenteporqueatectô- nicadeplacasjá haviasido introduzidaanteriormente. A TERRA É UM SISTEMA ABERTO QUE TROCA ENERGIA E MASSA COM SEU ENTORNO O SISTEMA TERRA É CONSTITUíDO POR TODAS AS PARTES DE NOSSO PLANETA E SUAS INTERAÇÕES o sistemado clima envolvegrande troca de massa(p.ex.,água) e energia (p. ex., calor) entre a atmosfera e a hidrosfera ... Os organismosvivos, a biosfera, ocupam9parte da atmosfera, da hidrosfera e da litosfera. I A litosfera move-sesobre porções do manto maisliquefeito. afunda e éarrastada paraa astenosfera... ... onde é movidapara o manto inferior e emerge novamente num ciclo convectivo. o núcleo externo e o núcleo interno interagemno sistemado geodínamoque éresponsávelpelo campo magnéticoterrestre. Figura panorâmica 1.10 Principaiscomponentese subsistemasdo sistemaTerra (verQuadro1.2).As interaçõesentreoscomponentessãogovernadaspelaenergiado Sole do interiordo planetaeorganizadasemtrêsgeossistemasglobais:o sistemado clima,o sistemadasplacastectônicase o sistemado geodínamo. A visãodaTerra comoumsistema A obrainiciacomumaam- pladiscussãosobreo siste- maTerra,noCapítulo1.Os componentesdosistemaTerrasão descritoseastrocasdeenergiaematériaatravésdelesãoilustra- das.Essadiscussãoservecomoumtrampolimparaaperspectiva baseadanossistemasdaTerraquepermeiao texto. O Capítulo 5, Rochasígneas:sólidosformadosapartirde líquidos,inclui agoraumaseçãointituladaOs centrosdeex- pansãodoassoalhooceânico:geossistemasmagmáticos. Os vulcões(Capítulo 6) sãoinvestigadoscomogeossiste- masacopladosaosmovimentosdasplacaseinteragindocoma atmosfera,osoceanoseabiosfera. A análisedointemperismonoCapítulo7 enfatizaarelação entreo geossistemadoclimae adesintegraçãodasrochas.No Capítulo 9, Rochasmetamórficas,no Capítulo 18,As paisa- gens.eno Capítulo 19,OsTerremotos,salientamosasintera- çõesentremetamorfismo,clima,tectônicadeplacasecompor- tamentodeterremotosdesistemasdefalhasregionais. No Capítulo 21,examinamoso mecanismoconvectivodo interiorprofundodaTerra,oqualcontrolaatectônicadeplacas eo sistemadogeodínamo. O Capítulo23concluicomumexamedecomoasemissões degases-estufaapartirdaqueimadecombustíveisfósseiseou- trasatividadeshumanaspodemestarmudandoo sistemadocli- madaTerra. Novostópicoseatualizaçõesemtodosostemas • Novomaterialsobreexoplanetas,introduçãopreliminardos conceitosdosistemaTerraenovaseçãosobreaTerraaolongo dotempogeológico(Capítulo1) PREFÁCIO ~_ oCICLO DAS ROCHAS É A INTERAÇÃO DOS SISTEMAS DA TECTÔNICA DE PLACAS E DO CLIMA • :\"ovaseçãosobreoscentrosdeexpansãodoassoalhooceânico oomogeossistemasmagmáticos(Capítulo5) • :\"ovaseçãosobrevulcõescomogeossistemas,novosdadosso- ~ yastasprovínciasígneasetratamentoatualizadosobreashi- ?Ótesesdepontosquenteseasplumasdomanto(Capítulo6) • ~o asseçõessobrerecifesdecoraleprocessosevolutivose, :ambém,sobretectônicadeplacase baciassedimentares(Ca- pft:ulo 8) • A.bordagematualizadadosca- ;ninhos de pressão-temperatura Capítulo9) históriamaisdoqueapresentardadosreunidosestá,agora,evi- denciadopormeiodasilustrações,particularmenteanovaFi- gurapanorâmica.A Figurapanorâmicatrazconjuntamentefo-tografias,desenhosem sériee textosparafazero estudante acompanharasprincipaisidéiasqueestãopor trásdosproces- sosgeológicosimportantes. Hámuitomaisilustrações,seqüênciasdefotografiasemapas comesquemas,demodoademonstraro contextodofenômeno geológicobemcomoasfeiçõesgeológicassubjacentesàquilo quepodemosvercomnossosolhos.Por fim,hámuitomaistex- A precipitação,o congelamentoe o degelo criammaterialsolto - sedimento- que écarregado pela erosão.._ A placa que subducta funde-se à medida que mergulha.O magmaascendeda placa fundida e do manto e extravasa-se como lavaou intrude-se na crosta. O magmaesfria paraformar as rochas ígneas:as rochasvulcãnicascristalizamdo magmaou da lavaextrudida;e as rochas p[utônicascristalizamdas intrusões subterrâneas. _______crostaoceânica ... e é transportado para o oceano por rios, onde é depositado como camadasde areiae silte. As camadasde sedimentos são soterradas e sofrem litificação, tornando-se rochas sedimentares. A subducção de uma placa oceânica em uma placa continental soergue uma cadeia de montanhasvulcânicas. SISTEMA DO CLIMA EI O soterramento é acompanhado de subsidência, que é o afundamento da crosta da Terra. Subsidência Ao longo das margensteetonicamente ativas,por exemplo,onde os continen- tes colidem, as rochassão soterradas ou comprimidaspor pressão extrema, em um processochamado orogenia. Figura Panorâmica4.9 O ciclo das rochas, como proposto por James Hutton há mais de 200 anos atrás. As rochas submetidas ao intemperismo e à erosão formam sedimentos, os quais se depositam, são soterrados e litificam. Após o soterramento profundo, as rochas sofrem metamorfismo, fusão ou ambos. Por meio da orogênese e dos processos vulcãnicos, as rochas são soerguidas, para serem, então, novamente recicladas. [,gnea (granito): Ramezani. Metamórfica (gnaisse): Breck P.Kent. Sedimentar(arenito): Breck P.Kent. Sedimento(areia e cascalho): Rex Elliot.] . l A medida que uma rocha sedimentar é; soterrada em maiores profundidades na crosta, ela torna-se mais quente e metamorfiza-se.As rochas ígneas também podem metamorfizar-se. Crosta continental / Litosfera continental ~ I Fusões subseqüentesou a subducção de outra placa oceânica recomeçam o ciclo. • Dadosatualizadossobrea for- r:J2,ãodedomosebacias(CapÍtu- 11) .•em capítulo completamente ~. adosobreo ambientedaTer- o impactoshumanos(CapÍ- 023). • Exameatualizadodo relevoe ::o métodosde levantamentode ±!dosdoassoalhomarinho(CapÍ- 017) • :\"ovomaterialsobrefluxo do gelo, instabilidadedo mantode g~lodaAntártidae ahipóteseda TerracomoBoladeNeve(CapÍ- rolo 16) arrando históriascom oalavrase ilustrações _l.,. illaisvisívelmelhorianestano- _ ediçãoé a artegráfica.Nosso :;e._,oienteobjetivode narraruma em capítulototalmenteatuali- o sobreevoluçãocontinental, mmgrandeênfasenaAméricado _-one;traztambémosrecentesen- ~imentos sobrea históriado -oerguimentodemontanhase da =ilIIIlaçãodecrátonsestáveis(Ca- 020). • em capítuloatualizadosobreo - -criorprofundo,incluindonovas ~s sobreatomografiadoman- :D.o geóideeo geodínamo(Capí- 021). • :\"ovasseçõessobreprée pós- ~o sísmico,intensidadedoaba- ~. limitedeplacaseterremotose §-~masdefalhasregionais(Capí- 019) ~ PREFÁCIO tosdescritivosqueacompanhamasilustrações,demodoaajudar osestudantesalocalizaremosmaisimportantesconceitos. Mídiae materiaiscomplementares* Umaseleçãodemateriaissuplementaresnamídiaeletrônicae impressa,projetadosparadarsuportetantoaeducadorescomo a estudantes,estádisponívelparaosusuáriosdestanovaedi- çãodePara entendera Terra.Ao destacaraimportânciadavi- sualizaçãodosconceitos-chavedaGeologia,estamossuprindo oseducadorescominstrumentosdeapresentaçãonecessários paraajudaros estudantesa entenderdefatoos processosda Terra.Ao mesmotempo,estamossuprindoosestudantescom materiaisde estudoparaquepossamestudarGeologiamais efetivamentee aplicarprontamenteseusconhecimentosre- cém-adquiridos. Paraoseducadores** O produtoInstructor'sResource,emCD-ROM (ISBN 0-7167-5782-6),contém: CONICTARW • ApresentaçõesemPowerPointemaltaresolução,queincluem todasasfigurasetabelasdotextoimpresso. • ApresentaçõesemPowerPointcomAnotaçõesdoPalestrante, preparadasporPeterCopelande\YilliamDupré,daUniversida- dedeHouston. • ArquivosdigitaisJPEG emaltaresoluçãodetodasasilustra- çõesdotextoe PacotedeSlides(incluindoimagensdepacotes deslidesdeediçõesanteriore). • ArquivosemWordcontendoTestBankdefácil ediçãoe im- pressão. • ArquivosemAcrobatReadercontendoo lnstructor'sManual. • Animações,incluindocercade40 novosarquivosdoprogra- maMacromediaFlash,dasfigurasdestanovaedição,quepodem serfacilmenteincorporadasemapresentaçõesPowerPoint. • Vídeoscurtos. O Test Bank (ISBN 0-7167-5784-2[impresso]e ISBN 0- 7167-5783-4[CD-ROM]), elaboradopor SimonM. Peacock, daUniversidadedoEstadodoArizona,e SondraPeacock,in- clui aproximadamente50questõesdemúltiplaescolhaparaca- da capítulo(totalizandocercademil questões),algumasdas quaisincorporandoilustraçõesdo texto.O CD-ROM fornece arquivosemformatoeletrônicodoBancodeTestesquepenni- temaoprofessoreditar,mudaraordeme adicionarquestões. O Instructor's Resource Manual (ISBN 0-7167-5781-8), escritoporPeterKresane ReedMencke,daUniversidadedo *N. deR.: Essaseçãorefere-seaosite e aosmateriaiscomple- mentaresdaeditoraoriginal. **N. deR.: Os professoresinteressadosemrecebermaterialde apoiodevementraremcontatocomBookmanEditorapeloen- dereçosecretariaeditorial@artmed.com.breanexarcomprovante dedocência. Arizona,incluiexemplosdeesquemasdeconferências,idéias paraatividadesdeaprendizagemcooperativaeexerCÍciosque podemserfacilmentecopiadose utilizadosparasessõesde argüição,jogos deperguntae respostae materialdedivulga- ção.Além disso,contémorientaçõesemCD e naInternet.O lnstructor'sManual inclui aindaumaseçãoplanejadaparaos educadoresquecontémdicasdeensinoelaboradaspordiver- sosprofessoresdoCentrodeAprendizagemdaUniversidade do Arizona. O Instructor'sManual estádisponíveltantoem CD comonoGuiadoSítio EletrôniconaInternet. O OverheadTransparencySet(ISBN 0-7167-5780-X)inclui todasasfigurase tabelasdolivro emtransparênciasdeacetato coloridas. O Slide Setwith Lecture Notes(ISBN 0-7167-5779-6),pre- paradoporPeterKresan,daUniversidadedoArizona,contém aproximadamente100imagensadicionais,queestãototalmen- tedescritasnofolhetodeAnotaçõesdoPalestrante,queacom- panhao material. O Guia do Sítio Eletrônico no endereçowww.whfree- man.comlunderstandingearthforneceacessoatodososmate- riais paraestudantesno sítio eletrônicoda Internet,alémde umsítioparao Educadorprotegidopor senha,o qualcontém todasasapresentaçõesparao programaPowerPointe arqui- vos comextensãolPEG disponíveisno CD do Educador,o Instructor'sManualeaQuizGradebook(quepermiteo acom- panhamentodos resultadosdasnotasobtidasnasavaliações on-linedosestudantes). Welcome to ao advilnced pnllli~", "te ftlr lhe (ortneomíng Under$/{m(/ing i;lIrl1l, fOl,lrth~itjon lJy Frank Prc$S, Raymond Slever. lahll Grotllnger anó Thortlas H. Jordl)o. UnrJerstlmding Eelth, rollrtll edlllon, pubUshtnqJuly2003,I,.moretnllnanupdating-ltistl'1efir5tsteplnareconceptuallutlonofthetel<t refledI~oflhefL!ndotm.entalw&\'$thel'ieklha,dlot"9edl:'lttlep.astseveralyears.Formorelnformlll:ionon the new foutttl edlUor!, ;,s weH;lIS s.&lllpte ct'laplel'$or lhe text, pleou. d!ck het"l!. See NEW ANlMAnONS Of Convectionand MoanFormatlonin Chapter 1! PlIrt I. Tl'iE DYNAMIC EARTIi Chae.fii'ff:lEttlêãiill~~"Now CfiãpW2: PlateTc<.tonlts: TheUnlfyTriiThrory Part Il. ROCKS, DfFORMATION, ANO Tl'IE GE'OlOGIC RECORD Ch3ptct" 3: Mlnenls: 8oUdlog B\od;s of l'tocks Cllapter 4: RodcJ;: Tlle ProdltCt$ ot GeoloIlic Procuses lnstructor Resources eS;lImpleExercise • • syn.bu'POSlI"lJSetvlee • Geology'li Pndle. • Pow.rPol"t $lIdes • Jnstl'Udo•.••Ma"u.1 .WebU"q • Photo GllllCry • Onlirl.ltnlcwh:••.d_• MediaUnI!;Quutlon, • Geologv ln Pnllctlce Paraosestudantes O GuiadoSítioEletrônico,noendereçowww.whfree- man.com/understandingearth,incluimuitosinstrumen- CON[CTARWEB tosdeestudoquepermitemaosestudantesavisualiza- çãodosprocessosgeológicoseapráticadeseusconhecimentos recém-adquiridos.O Guia doSítioEletrônicocontém: • Animações,incluindomaisde40novasfigurasanimadasdo tino. • Exercíciosderevisãoon-line,queincluemexercíciosinterati- "·0 . saídasdecampovirtuais,exercíciosdecorrelaçãodeima- genseconceitoseexercíciosdemúltiplaescolha. • Fichasderesumoeletrônicas. • Testeson-line. • Exercíciosdeaprendizadocomauto-avaliaçãoeletrônica. • ExercíciospráticosdeGeologia,atividadesdeaprendiza- gembaseadasnapesquisa,queconvidamosestudantesaapli- ;::aremseusconhecimentosrecém-adquiridose a pensarem zomogeólogos. • Galeriadefotografiasefotografiasadicionaisdosfenômenos geológicos. • Fenômenosgeológicosatuais,umarquivoderelevantesarti- ~o defontesjornalísticas,mensalmenteatualizados. oStudentStudy Guide (ISBN 0-7167-5776-1),escritopor PeterKresane ReedMencke,daUniversidadedoArizona,in- ::luidicasdecomoestudarGeologia,resumosdoscapítulose PREFÁCIO I xiii exameseexercíciospráticosqueincorporamfigurasdostextos edosrecursosdaInternet. oLecture Notebook(ISBN 0-7167-5778-8)contémtodasas figurasdo livro empretoebrancocomespaçoparaanotações doestudante. A sériePesquisada Terra, desenvolvidapeloInstituto Geo- lógico Norte-Americano em colaboraçãocom experientes educadoresdaárea,éumacoleçãodeatividadesdeinvestiga- çãobaseadasnaInternetqueforneceumcaminhodiretopara osestudantesexploraremetrabalharemcomavastaquantida- de dedadosgeológicosagoradisponíveisna Internet.Abor- dandodiversostópicos,comoterremotose margensdeplacas e os intervalosderecorrênciadeinundações,cadamódulode PesquisadaTerraconvidaos estudantesa analisaremdados em temporeal demodoa desenvolveremum entendimento profundodos conceitosgeocientíficosfundamentais.Cada móduloconsistenumcompónenteda Internetprotegidopor senha,acompanhadodeummanual. ParamaisinformaçõessobreaPesquisadaTerraou para ler sobreos vários módulosatualmentedisponíveis,visite www.whfreeman.comlearthinquiry. gradeci mentos Con titui-senumdesafiotantoaosprofessoresdeGeologiacomoaosautoresdelivros-textocon- denarosdiversosaspectosimportantesdessaciêncianumúnicovolumeeinspiraro interesseeo =nrusiasmodeseusalunos.Parair aoencontrodessedesafio,solicitamosacolaboraçãodemuitos colegasqueensinamemtodosostiposdefaculdadeseuniversidades.Desdeosprimeirosestágios c-b planejamentodecadaediçãodestelivro,contamoscomumconsensonasvisõesdeplanejamen- ~ eorganizaçãodotextoe naescolhadostópicosa seremincluídos.Quandoescrevemoserees- ;::reyemososcapítulos,novamentecontamoscomaorientaçãodenossoscolegasparatornaro tra- Qalhopedagogicamentemaisadequado,acessíveleestimulanteparaosestudantes.Somosgratos daumdeles. Osseguinteseducadoresestiveramenvolvidosnoplanejamentoounosestágiosderevisãodes- - novaedição: :5Irey M. Amato Sew MexicoStateUniversity ==nne L. Baldwin SyracuseUniversity OJarles W. Barnes SorthernArizona University C=ie E. S. Bartek UniversityofNorth Carolina,ChapelHill ?illg~rBilham ú'niversityofColorado _,f.:-haelD. Bradley &1sfemMichigan University ~eR.Clark KansasSlateUniversity .li::-hell Colgan Collegeof Charleston 1 dirim Dilek .',fiamiUniversity CraigDietseh Universityof Cincinnati GrenvilleDraper Florida InternationalUniversity MissyEppes Universityof NorthCarolina, Charlotte Pow-foongFan Universityof Hawaii Mark D. Feigenson RutgersUniversity KatherineA. Giles NewMexicoStateUniversity MiehelleGoman RutgersUniversity Julian W. Green Universityof SouthCarolina,Spartanburg Jeff Greenberg WheatonCollege DavidH. Griffing Universityof NorthCarolina DouglasW. Haywiek Universityof SouthemAlabama MiehaelHeaneyIII TexasA&M Universil)' Alisa Hylton CentralPiedmonlCOl1ll1lunityCollege JamesKellogg Universilyof SoufhCarolinaat Columbia DavidT. King, Jr. Aublll71Universily Jeff Knotl ColiJomia SfoteUniversityatFullerton RiehardLaw VirginiaTech fTULO 1 Estruturandoumplaneta 25 - °íTULO 2 Tectônicadeplacas:ateoriaunificadora 47 fTULO 3 Minerais:constituintesbásicosdasrochas 77 -. fTULO 4 Rochas:registrosdeprocessosgeológicos 103 -. fTULO 5 Rochasígneas:sólidosqueseformaramlíquidos 117 _oÍTULO 6 Vulcanismo 143 íTULO 7 Intemperismoeerosão 171 -i íTULO 8 Sedimentose rochassedimentares 195- íTULO 9 Rochasmetamórficas 227 íTULO 10 O registrodasrochase aescalado tempogeológico 247 •DíTULO 11 Dobras,falhase outrosregistrosdedeformaçãorochosa271 -. íTULO 12Dispersãodemassa 291 -. íTULO 13O ciclohidrológicoe aáguasubterrânea 313 -. °íTULO 14 Rios:o transporteparaos oceanos 341 íTULO 15 Ventose desertos 367 -. íTULO 16Geleiras:o trabalhodogelo 387 -. fTULO 17A terrasobosoceanos 421 íTULO 18 As paisagens:interaçãodatectônicae do clima 449 íTULO 19 Os terremotos 469 íTULO 20 A evoluçãodoscontinentes 499 íTULO 21 Explorandoo interiordaTerra 527 -I íTULO 22Energiae recursosmateriaisdaTerra 551 ,...PíTULO 23 Meioambiente,mudançaglobale impactoshumanosnaTerra585 o científico 90 89 96 3.2 JornaldaTerra Asbestos:riscoà saúde,exagerosensacionalistaou ambos? 95 Propriedadesfísicasdosminerais Os mineraiseo mundobiológico 3.1.JornaldaTerra Por queasgemassãotão especiais? 30 26 27 28 25 Estruturandoum easpráticasmodernasdaGeologia denossosistemaplanetário - =-'"'": rimitiva:formaçãodeum _ -.=2emcamadas Rochasmetamórficas 108 105 106 103 Rochasígneas Rochassedimentares 0ç:;r~ 36 (~~.TUlO4 Rochas:registrosde pT"ôcessosgeológicos39 47 02 Tectônicadeplacas:a nificadora - -=-'"'":30 longodo tempogeológico - -=-'"'": omoumsistemade entesinterativos :>ertadatectônicadeplacas - -=--o dasplacas -= edasplacase históriadosmovimentos - =- ---eereconstrução 47 51 58 64 Ondeasrochassãoencontradas 108 O ciclodasrochas:interaçãodossistemasda tectônicadeplacase do clima 111 O ciclodasrochaseos sistemasterrestres:únicos no sistemasolar 113 71 == ;20do manto:o mecanismomotorda deplacas - -:: - datectônicadeplacaseo - científico 68 ,t0~";", ~;~_~6fTUlO5 Rochasígneas:sólidos queseformaramde líquidos 117 ~~-- uímicas - _ __ raatômicadamatéria 118 123 125 125 128 132 144 144 143 Comoseformamos magmas? Ondeseformamos magmas? A diferenciaçãomagmática As formasdasintrusôesmagmáticas A atividadeígneaea tectônicade placas Emqueasrochasígneassedistinguemumas dasoutras? ~ 81 1~CZ.~íTUlO6 Vulcanismo '~V' 82 Os vulcôescomogeossistemas 86 Os depósitosvulcânicos 61 77 78 80 77 mineral? o 3 Minerais:constituintes s dasrochas -~- -'=ormadoresderochas - _ __ a atômicadosminerais ornaldaTerra ndo nomarprofundo S 10 s estilosdeerupçãoeasformasde e'o VlIlcânico opadrãoglobaldevulcanismo O ulcanismoe aatividadehumana 6.1 PlanodeaçãoparaaTerra Monitorandovulcões PíTULO 7 Intemperismo e erosão ~ Intemperismo,erosãoe ciclodasrochas Porquealgumasrochasmeteorizam-semais rapidamentequeoutras? Intemperismoquímico Intemperismofísico Solo:o resíduodo intemperismo Os humanoscomoagentesdo intemperismo O intemperismogeraa matéria-prima dossedimentos 7.1 PlanodeaçãoparaaTerra ErosãodoSolo ~ CÃpiTULO 8 Sedimentos e rochas ~dimentares Rochassedimentarese ciclodasrochas Ambientesdesedimentação Estruturassedimentares Soterramentoediagênese:do sedimentoà rocha Classificaçãodasrochassedimentaresedos sedimentosc1ásticos Classificaçãodasrochassedimentarese dos sedimentosquímicose bioquímicos A tedônicadeplacaseasbaciassedimentares 8.1 PlanodeaçãoparaaTerraOsrecifesdecoraiseatóisdeDarwin ,~., Rochas metamórficasú;'JTULO 9 227 148 .':7 Metamorfismoe sistemaTerra 228 158 Causasdo metamorfismo 229 163 Tiposdemetamorfismo 230 156 Texturasmetamórficas 233 Metamorfismoregionalegraumetamórfico 237 171 Tedônicadeplacase metamorfismo 239 171 F"TULO10 Registro das rochas e 172 ala do tempo geológico 247 174 CronologiadaTerra 247 181 Cronologiado sistemaTerra 248 185 Reconstruçãodahistóriageológicapor meioda 188 dataçãorelativa 249 Tempoisotópico:adicionandodatasà escalado188 tempogeológico 259 Dataçõesconfiáveis:utilizandotrêslinhasde evidências 264 187 10.1 JornaldaTerraA seqüênciadoGrandCanyoneacorrelaçãoregionaldeestratos 260 195 196 )~ T ;~lTULO11 Dobras, falhas e outros200 registros de deformação rochosa 271 203 Interpretandodadosdecampo 272 206 Comoasrochassãodeformadas 274 Comoasrochassãofraturadas:juntasefalhas 277 208 Comoasrochassãodobradas 282 211 Revelandoa históriageológica 286 219 f~ ~.TUL012 Dispersão de massa291I\;", •.}if'f/ 214 O quefazasmassassemoverem? 292 Classificaçãodosmovimentosdemassa 298 SUMÁRIO ~ a origem dos movimentos 367 369 372 373 367 O vento como agente de transporte O vento como agente de erosâo O vento com agente de deposição /,:r;S?::-..••. ,;''nULO 15 Ventose desertos ': \/~,: ~, '\\~7 O vento como fluxo do ar 296 305 de ação para a Terra - osdanose prevenindo entos- 388 394 401 408 398 411 387 O gelo é uma rocha Como asgeleirasse movem As paisagensglaciais Idades do gelo: a glaciação pleistocênica 16.1Jornal da Terra Vostoke GRIP:sondagensnogelodaAntártidae daGroenlândia O ambientedesértico 378 15.1Jornal da Terra A expediçâoPathfinder e astempestadesdepoeira emMarte 371 16.2Jornal da Terra Variaçõesfuturasdo níveldo mar e a próximaglaciação ,p~\; {nULO 16 Geleiras:o trabalho i/ "gelo 314 316 318 320 313 13 O ciclohidrológicoe terrânea lerrãnea = c os reservatórios _ ::,.."ado escoamento superficial mal da Terra - -:-,,-. a águasubterrâneasetornaráumrecurso - ovável? 329 -~ e da água 330 -:sprofundezas da crosta 333 ai da Terra - -= ....éumbemprecioso:quemtemacessoaela? 316 s hídricos dos principais aqüíferos 328 _ -=~ :Jelaágua subterrânea 328 343 o 14 Rios:O transporte 5 oceanos - -- ~água dos rios escoa _ -"",.:::..:f1uviaise o movimentodos sedimentos 341 /7'~'~:. /;fTUlO 17 A terrasobosoceanos 342 "~o j Difurenças básicasentre a geologia dos oceanos e dos continentes 421 422 =~água corrente causaa erosão das rochas 345 A geologia dos oceanos profundos 422 ais e planíciesde inundação fluviais 346 As margenscontinentais 428 çasfluviais com o tempo e a distância 350 Sedimentaçãofísica e química no oceano 431 _= e drenagem - ~ desembocadurasdos rios -- - • mal da Terra olvimentodascidadesnasplaníciesde -"'ção 356 A orla do mar: ondas e marés 359 As linhasde costa 17.1Plano de ação para a Terra Preservandonossaspraias 351 432 438 442 ~ SUMÁRIO ..Ç~ <:'~~)TUlO18 As paisagens: interação ihflectônica e do clima 449 535 537 541 21.2JornaldaTerra O geóide:aformadoplanetaTerra 540 21.1JornaldaTerra O soerguimentodaEscandinávia:experimentosda naturezacomaisostasia 533 A temperaturaeo calorno interiordaTerra A estruturatridimensionaldo manto O campomagnéticoterrestre ~ j~\:'x"'''' •462 \~~TUlO 22 Energia e recursos iWãteriais da Terra 551 Recursose reservas 552 469 Os recursosenergéticos 552 471 Petróleoegásnatural 554 473 O carvão 558 481 Alternativasaoscombustíveisfósseis 560 485 Conservação 565 492 Políticaenergética 565 491 Os recursosminerais 566 A geologiadosdepósitosminerais 570 493 Os depósitosmineraise a tectônicade placas574 A descobertade novosdepósitosminerais:uma necessidade 576 499 22.1 PlanodeaçãoparaaTerra Contaminaçãosubsuperficialporlixotóxico500 enuclear 562 506 22.2 PlanodeaçãoparaaTerra 508 UsodasterrasfederaisnosEstadosUnidos 568 22.3 JornaldaTerra 510 O desenvolvimentosustentável 578 519 520 0[7[,,, ~_1',~ ••.~ptTUlO 23 Meio ambiente, mudança global e impactoshumanos na Terra 585 527 O sistemaTerrareexaminado 586 527 O sistemado clima 588 530 A variabilidadeclimáticanatural 593 Comoos continentescrescem A tectônicadaAméricado Norte A formaçãodoscrátons A estruturaprofundadoscontinentes Os outroscontinentesdo mundo Comoos continentessãomodificados 19.2JornaldaTerra Proteçãoemumterremoto Explorandoo interiorcomondassísmicas As camadaseacomposiçãodo interiordaTerra /:..2$>, '.C~TUlO 21 Explorando o interior lfã~terra Topografia,elevaçãoe relevo 450 Asformasderelevo:feiçõesesculpidaspor erosão e sedimentação 453 A paisagemécontroladapelainteraçãodos geossistemas 459 Os modelosdeevoluçãoda paisagem 463 18.1JornaldaTerra Soerguimentoemudançaclimática:quemvem antes,o ovoouagalinha? Terremotose padrõesdefalhamentos O poderdedestruiçãodosterremotos Os terremotospodemserprevistos? 19.1JornaldaTerra Ostsunãmis ~ (~~~hUlO20 A evolução dos continentes .~ J~l~jTulo19 Os terremotos~]lí:) O queéumterremoto? O estudodosterremotos PREFÁCIO ~ 623 629 643índice remissivo,onomástico e toponímico Glossário Apêndice 4 Reaçõesquímicas 617 Apêndice 6 Mapas topográficos e geológicos Apêndice 5 Propriedades dos mineraismais comuns da crosta da Terra 618 Apêndice 3 Eventos importantes que conduziram à teoria da tectônica de placas 615 613 596 595 598 601 '" o do século XX: a impressão 2 a na mudançaglobal? carbono ::lal da Terra osde Kyotoe aspolíticasparaenfrentaro e o global 608 , Fatoresde conversão ~::.e umanae a mudançaglobal ai da Terra - a criançainstável Dados numéricos referentes 614 Primeiraimagemde toda a Terra,mostrando parcialmenteos continentesAntártida e África, feita pelos astronautasda Apol/o77 no dia 7 de dezembrode 1972.[NASAl omét.od.ocientífic.o26 ATerra éumlugarúniCO,)!càsademilhõesdeor-, . ". ganismos,incluindo~ó;(mesnlOs.Nenhumoutrolocalquejá tenhamosâes.cobertotemo mesmo delicadoequilíbriodecondiçõesparamantera vida.A Geologiaéaciênciaque'tstqda.aTerra:cOlTlonasceu,co- moevoluiu,comofuncionaecomopodemosajudarapre- servaroshábitatsquesustentamavida.NesteJivro,e.stru- turamosostemasdaGeologiaemtornodetrêsconceitos básicos,quevãoapareceremquasetodososcapítulos:(1) a Terracomosistemadecomponentesinterativos;(2) a tectônicadeplacascomoumateoriaunificadoradaGeo- logia; e (3) asmudançasdo sistemaTerraao longodo tempogeológico.Estecapítuloofereceráumaamplavi- são de comoos geólogospensam.Ele começacom o métodocientífico,_ouseja, a abordagemobjetivado universofísiconaqual todainvestigaçãocientíficaébaseada.Com estelivro,você veráométodocientíficoemaçãoàmedidaquedescobrircomoosgeólogosobtêm einterpretamasinformaçõessobreonossoplaneta.Depoisdestaintrodução,des- creveremosasexplanaçõescientíficasgeralmentemaisaceitasdecomoa Terrafoi formadaedepor queelacontinuaa mudar. Veremosquenossoplanetatrabalhacomoumsistemademuitoscomponentesin- terativossobsuasuperfíciesólida,emsuaatmosferae emseusoceanos.Muitosdes- sescomponentes- porexemplo,abaciaatmosféricadeLos Angeles,osGrandesLa- gos,o vulcãoMaunaLoa, noHavaí,e asflorestastropicaisbrasileiras- são,por sua vez,subsistemascomplexos.ParaentenderasváriaspartesdaTerra,costumamoses- tudarseussubsistemasseparadamente,comosecadaumdelesexistissesozinho.En- tretanto,paraobterumaperspectivacompletadecomoaTerrafunciona,precisamos entenderosmodoscomoseussubsistemasinteragementresi- porexemplo,comoos gasesdeumvulcãopodemocasionarmudançasclimáticasoucomoosorganismosvi-vospodemmodificaraatmosferae,porsuavez,seremafetadosporessasmudanças. Devemosentender,também,comoosistemaTerraevoluiuaolongodotempo.Você iráperceberque,enquantolêestaspáginas,suaidéiadetempocomeçaráamudar.Uma visãogeológicadotempodeveacomodarintervalostãovastosquenós,àsvezes,temos dificuldadesdecompreendê-Ios.OsgeólogosestimamqueaTerratemcercade4,5bi- lhõesdeanos.Antesde3bilhõesdeanosatrás,célulasvivasdesenvolveram-sesobrea e aspráticasm.odernasda Ge.ol.ogia27 "Eu digoàminhaesposaquea águafrescaemseucopo nãoêiãojrescaássim.Seusátomostêmnadamenosdo2e que14~ifhõesdeanos." eee ••··.,2., ASTRÔNOMO ANDY MCWILLIAM .origemd.on.oss.osistema planetári() 28 A Terraprimitiva:f.ormaçã.odeum planehlemfamadas 30 ATerracom.oumsiÜemade c.omp.onentesinterativ.os36 A Terraa.oI.ong.od.otemp.oge.ológic.o39 ~ ParaEntender a Terra V Outras teorias \j Outras hipóteses Sim TEORIA Observaçõese ~p";r~~C:~d;P;d'd') ...e umconjuntode hipóteseseteoriastorna- seummodelocientífico. Umahipótese- oumúltiplas hipóteses- podeacumular confirmaçõessuficientes parasetornarumateoria. 11~ +Teoriastambémsão modificadas,confirmadas, revisadasoudescartadas... A hipótesepodeserrevisa- daou novamentetestada. Mudançasrepetidasda hipóteseporoutros cientistas... Descobertasventurosase aoacaso- serendiptosas- podemajudara motivar umahipótese. Observaçõese experimentosfornecem dadosparaumahipótese. sorese contemporâneos,quepareceserquaseumprodutoim- pessoaldesuageração". Pelo fatodeesselivre intercâmbiointelectualpoderestar sujeitoaabusos,umcódigodeéticafoi desenvolvidoentreos cientistas.Eles devemreconhecerascontribuiçõesdetodos osoutroscientistascujostrabalhosconsultaram.Tambémnão devemfabricaroufalsificardados,utilizaro trabalhodeter- ceirossemfazerreferências,ou, deoutromodo,serfraudu- lentosemseutrabalho.Devem,ainda,assumiraresponsabili- dadedeinstruirapróximageraçãodepesquisadoreseprofes- sores.Tão importantesquantoqualquerumdessesprincípios sãoosvaloresbásicosdaCiência.BruceAlberts,o presiden- tedaNationalAcademyof SciencedosEstadosUnidos,apro- priadamentedescreveuessesvalorescomosendoosde"ho- Figura 1.1 Umesboçodo métodocientífico. Modeloscientíficos _ "mbém"O mOd;~ I O processocientíficoé umacontínuadescobertae compartilhamentodeevidênciasparaconfirmar,descartar ou revisarhipóteses,teoriase modelos. método científico O objeti"odetodaaCiênciaé explicarcomoo Universofun- ciona.O métodocientífico,quetodocientistaadota,éumpIa- nogeraldepesquisabaseadoemobservaçõesmetodológicase experimentos(Figura 1.1). Os cientistasacreditamque os eventosfísicos têmexplicaçõesfísicas,mesmoquandoestão alémdanossacapacidadeatualdeentendimento. Quandooscientistaspropõemumahipótese- umatentativa deexplicaçãobaseadaemdadoscoletadospormeiodeobserva- çãoeexperimentação-, elesasubmetemàcomunidadecientífi- caparaquesejacriticadaerepetidamentetestadacontranovos dados.Umahipótesequeéconfirmadaporoutroscientistasob- témcredibilidade,particularmentesepredizoresultadodenovos experimentos. Umahipótesequesobreviveuarepetidasmudançaseacumu- lou umsignificativocorpodesuporteexperimentaléelevadaà condiçãodeteoria.Emboraa forçaexplanatóriae preditivade umateoriatenhasidodemonstrada,elanuncapodeserconside- radadefinitivamenteprovada.A essênciadaCiênciaé quene- nhumaexplicação,nãoimportao quãoacreditadaouatraente,é exatamenteconcordantecomoproblema.Seevidênciasnovase convincentesindicamqueumateoriaestáerrada,os cientistas podemmodificá-Iaoudescartá-Ia.Quantomaistempoumateo- ria resisteatodasasmudançascientíficas,tantomaisconfiável elaseráconsiderada. Um modelocientíficoé a representaçãodealgumaspecto danaturezacombaseemumconjuntodehipóteses(incluindo, geralmente,algumasteoriasbemestabelecidas).A comparação entreasprediçõesdomodeloeasobservaçõesfeitaséumama- neiraeficazdetestarseashipótesesdiscutidaspelomodelosão mutuamenteconsistentescomele.Atualmente,osmodeloscos- rumamserformuladosemtermosdeprogramascomputadori- zado . queprocuramsimularocomportamentodesistemasna- rurai pormeiodecálculosnuméricos.As simulaçõescompu- tadorizadasãoimportantes,porpermitiremqueseentendam aspeto docomportamentodesistemasdelongaduraçãoque nemasobser"açõesdecamponemosexperimentoslaborato- riais ozinho poderiamelucidar. Paraen orajara discussãode suasidéias,os cientistasas omparti1hamomseuscolegas,juntamentecomosdadosem queelas e baseiam.Elesapresentamsuasdescobertasemen- contro profi ionais.publicam-nasemrevistasespecializadase explicam-nasem con"ersaçõesinformaiscomseuspares.Os cientistaaprendemcomo trabalhosdosoutrose,também,com asdescobertasfeitasnopassado.A maioriadosprincipaiscon- ceitosdaCiência,quesurgemtantoa partirdeumlampejoda imaginaçãocomodeumaanálisecuidadosa,éfrutodeincontá- veisinteraçõesdessanatureza.AlbertEinsteinassimsereferiu sobreessaquestão:"Na Ciência(...) o trabalhocientíficodoin- divíduoestátãoinseparavelmenteconectadoaodeseusanteces- Terra,masnossaorigemhumanaocorreuháapenaspoucosmi- lhõesdeanos- mero centéimo percentuaisdetodaaexistên- ciadaTerra.As escalasquemedemasvidasdosindivíduosem décadasemarcamperíodosdaHistóriahumana,escritaemcen- tenasoumilharedeanos. ãoinadequadasparaestudaraTerra. Os geólogo de"emexplicareventosqueevoluíramemdezenas demilhares.enrenasdemilharesoumuitosmilhõesdeanos. CAPíTULO 1 • Estruturando um Planeta ~ preservadanasrochasoriginadasemváriostemposdalongahis- tóriadaTerra. No séculoXVIII, o médicoe geólogoescocêsJamesHut- tonantecipouumprincípiohistóricodaGeologiaquepodeser assimresumido:"opresenteéachavedopassado".O conceito deHuttontornou-seconhecidocomoo princípio douniformi- tarismo,o qualconsideraqueosprocessosgeológicosqueve- mosatuanteshojetambémfuncionaramdemodomuitoseme- lhanteaolongodotempogeológico. O princípiodouniformitarismonãosignificaquetodofenô- menogeológicoocorredeformalenta.Algunsdosmaisimpor- tantesprocessosocorremcomoeventossúbitos.Um meteorói- degrandequeimpactaaTerra- umbólido- podeescavaruma vastacrateraemquestãodesegundos.Um vulcãopodeexplo- dir seucumee umafalhapoderacharo solo numterremoto muitorapidamente.Outrosprocessosocorremdemaneiramais lenta.Milhõesdeanossãonecessáriosparaquecontinentesmi- grem,montanhassejamsoerguidaseerodidas,e sistemasflu- viaisdepositemespessascamadasdesedimentos.Osprocessos geológicosocorremnumaextraordináriagamadeescalastanto noespaçocomonotempo(Figura 1.2). ,-sidade,respeitopelasevidênciase abertura ::opinjões". ase as práticasmodernas gla .'"ourrasciências,aGeologiadependedeexpe- ~ :;i;)oratóriose simulaçõescomputacionaispara _ _ ~riedadesfísicase químicasdosmateriaister- osprocessosnaturaisqueocorremnasuperfí- ~ _daTerra.Entretanto,aGeologiatemseupróprio Ir' . ular.Ela é uma"ciênciadecampo"quese - - observaçõeseexperimentosorientadosnolocal .:..c :=,.""3doecoletadospordispositivosdesensoriamen- _ ~ odesatélitesorbitais.Especificamente,osgeó- asobservaçõesdiretasdosprocessos,naforma ~ no mundoatual,comaquelasqueinferemapar- geológico.O registrogeológicoé a informação DDurante milhõesde anos, camadas de sedimentos acumularam-se sobre aquelas rochas.A camada mais recente - o topo - tem cerca de 250 milhõesde anos. As rochasda basedo GrandCanyontêmde1,7 a 2,0 bilhões de anos. Há cerca de 50 mil anos, o impacto explosivo de um meteorito (talvez pesando 300 mil toneladas) criou esta cratera de 1,2 km de diâmetro em apenaspoucos segundos. '" Os fenômenosgeológicospodemestender-sedurantemilharesde séculosou ocorrercom -:"5bl:upendas.(Esquerda)O GrandCanyon,no Arizona(EUA). [JohnWang/PhotoDisc/Getly Images] - ::i2:erado Meteorito,Arizona(EUA). [JohnSanford/Photo Researchers] :>Zf2 :: "tendera Terra oprincípiodouniformitarismonãoimplicaqueosúnicosfe- - -meno-geológico significativossãoaquelesqueobservamos ocorrerhoje.Algunsprocessosnãotêmsidodiretamenteobser- \<ldono últimosdoisséculosemeiodesdequeHuttonformu-lou seufamosoprincípio,emboranãohajadúvidadequeeles --o importantesparao atualsistemaTerra.No registrohistórico, o humanosnuncapresenciaramo impactodeumgrandebólido, massabemosquetaiseventosacontecerammuitasvezesnopas- adogeológicoequecertamenteacontecerãodenovo.O mesmo podeserditodevastosderramesvulcânicos,quecobriramcom la\asáreasmaioresqueoTexasleenvenenaramaatmosferaglo- balcomgases.A longaevoluçãodaTerraépontuadapormuitos e\entosextremos,aindaqueinfreqüentes,envolvendomudanças rápidasnosistemaTerra. DesdeaépocadeHutton,osgeólogostêmobservadootra- balhodanaturezae utilizadoo princípiodo uniforrnitarismo parainterpretarfeiçõesencontradasemformaçõesgeológicas antigas.Apesardo sucessodessaabordagem,o princípiode Huttonémuitolinútadoparamostrarcomoaciênciageológica é praticadaatualmente.A modernaGeologiadeveocupar-se comtodoo intervalodahistóriadaTerra.Como veremos,os violentosprocessosquemoldaramaprimitivahistóriadaTerra foramsubstancialmentediferentesdaquelesqueatuamhoje. --igem donossosistema'~etário A buscadaorigemdo Universoe denossaprópriaepequena partecontidaneleremontaàsmaisantigasmitologiasregistra- das.Atualmente,aexplicaçãocientíficamaisaceitaé a teoria da GrandeExplosão(Big Bang), a qualconsideraquenosso Universocomeçouentre13a 14bilhõesdeanosatrásapartir deuma"explosão"cósmica.Antesdesseinstante,todaamaté- ria eenergiaestavamconcentradasnumúnicopontodedensi- dadeinconcebível.Emborasaibamospoucodoqueocorreuna primeirafraçãodesegundoapóso iníciodotempo,osastrôno- mosobtiveramumentendimentogeraldosbilhõesdeanosque e seguiram.Desdeaqueleinstante,numprocessoqueainda continua,o Universoexpandiu-seediluiu-separaformargalá- xiase estrelas.Os geólogosaindaanalisamos últimos4,5bi- lbõe deanosdessavastaexpansão,umtempoduranteoqualo no o istemasolar- a estrelaquenóschamamosdeSol e os planetasquenelaorbitam- formou-seeevoluiu.Mais especi- fi amente,osgeólogosexaminamaformaçãodosistemasolar paraentenderaformaçãodaTerra. A hipótesedanebulosa Em 175-, o filósofoalemãoImmanuelKantsugeriuqueaori- gemdosi temasolarpoderiasertraçadapelarotaçãodeuma nuvemdegásepoeirafina.Descobertasfeitashápoucasdéca- daslevaramos astrônomosdevoltaaessaantigaidéia,agora chamadadehipótesedanebulosa.Equipadoscomtelescópios modernos,elesdescobriramqueo espaçoexterioralémdosis- temasolarnãoestávaziocomoanteriormenteerapensado.Os Figura1.3 Evolução do sistema solar Planetesimal • " q>.. •. : 'c::i - 1 km CAPíTULO 1 • Estruturando um Planeta ~ externasmenosdensas.Umavezformado,o discocomeçoua esfriaremuitosgasescondensaram-se.Ou seja,elesmudaram para suasformaslíquidasou sólidas,assimcomo o vapor d'águacondensaemgotasnaparteexternadeumcopogelado eaáguasolidificaemgeloquandoesfriaatéopontodeconge- lamento.A atraçãogravitacionalcausouaagregaçãodepoeira e materialcondensadopor meiodecolisões"pegajosas"em pequenosblocosouplanetesimaisde1km.Por suavez,esses planetesimaiscolidiram e se agregaram,formandocorpos maiores,como tamanhodaLua. Numestágiofinal deimpac- tos cataclísmicos,uma pequenaquantidadedessescorpos maiores- cujaatraçãogravitacionalé tambémmaior- arras- touosoutrosparaformarosnossosnoveplanetasemsuasór- bitasatuais. Quandoosplanetasseformaram,aquelescujasórbitases- tavammais próximasdo Sol desenvolveram-sede maneira marcadamentediferentedaquelescomórbitasmaisafastadas. A composiçãodosplanetasinterioresémuitodiferentedaque- la dosplanetasexteriores. • OsplanetasinterioresOs quatroplanetasinteriores,emor- dem de proximidadedo Sol, são:Mercúrio,Vênus,Terrae Marte(Figura 1.4).Eles tambémsãoconhecidoscomoplane- tasterrestres("parecidoscomaTerra").Em contrastecomos planetasexteriores,osquatroplanetasinterioressãopequenos e constituídosderochasemetais.Elescrescerampróximosao Sol, ondeascondiçõesforamtãoquentesquea maioriados materiaisvoláteis- aquelesquesetomaramgasese evapora- ramemtemperaturasrelativamentebaixas- nãopôdeserreti- da.O fluxoderadiaçãoematériaprovenientedoSol impeliua maiorpartedohidrogênio,dohélio,daáguae deoutrosgases e líquidoslevesquehavianessesplanetas.Metaisdensos,como o ferroe outrassubstânciaspesadasconstituintesdasrochas queformaramosplanetasinteriores,foramdeixadosparatrás. A partirdaidadedosmeteoritos,queocasionalmentegolpeiam aTerrae sãotidoscomoremanescentesdoperíodopré-plane- tário,deduzimosqueosplanetasinteriorescomeçaramaacres- cerhácercade4,56bilhõesdeanos.Cálculosteóricosindicam queelesteriamcrescidoatéo tamanhodeplanetanuminterva- lo detempoimpressionantementecurto,demenosde 100mi- lhõesdeanos. __-:;uarammuitasnuvensdomesmotipo daque - denominadoasmesmasdenebulosas.Eles ':::::rramosmateriaisqueformamessasnuvens. - :._nominantementehidrogênioe hélio,os dois -rimemtudo,excetoumapequenafraçãodo 'culasdotamanhodopó sãoquimicamente ·-eriai encontradosnaTerra. nossosistemasolarterficadocoma forma _ - detalnuvem?Essanuvemdifusaemrotação _-:~deYidoàforçadagravidade,aqualresultada _ ~s porcausadesuasmassas(Figura 1.3).A :::nayez,acelerauarotaçãodaspartículas(exa- : patinadoressobreo gelo,quegirammaisrá- :ontraemos braços)e essarotaçãomaisrápida ::-mnaformadeumdisco. Sol Sobaatraçãodagravidade,amatériacome- -:~paraocentro,acumulando-secomoumaprato- orado nossoSol atual.Comprimidosobseu o materialdo prato-Soltornou-semaisdensoe - -~peraturainternadoproto-Solelevou-separarni- - :mciando-seentãoumafusãonuclear.A fusãonu- "o e ontinuaatéhoje,éamesmareaçãonuclearque bombadehidrogênio.Emambososcasos,áto- '=~niosobintensapressãoe em altatemperatura -:~ fundem-se)paraformarhélio.Nesseprocesso, ~ - -- é onvertidaemenergia.Essaconversãoérepre- famosaequaçãodeAlbertEinstein,E = me2, na _ =: -o.~tidade deenergiaemitidapelaconversãodemas- = :: ~ Yelocidadeda luz. Comoe é umnúmeromuito _ __ de 300.000kmJs)e e2 é imensa,umapequena - ~ massapodegerarumagrandequantidadedeener- ~[e partedessaenergiacomoluz; umabomba-H, ='- deexplosão. •- dosplanetas Emboraa maiorpartedamatéria - originaltenhasidoconcentradanoproto-Sol,res- degásepoeira,chamadodenebulosasolar,en- - . A nebulosasolar tomou-sequentequandose - :armadeumdiscoe ficou maisquentenaregião _~maismatériaseacumulou,do quenasregiões Os quatroplanetasexterioresgigantese suasluassãogasososcomnúcleosrochosos. _ .4 O sistemasolar.A figuramostrao tamanhorelativodos planetase o - ~- ce as eróidesqueseparaos planetasinterioresdos planetasexteriores. Figura 1.5 Ilustraçãode umasimulaçãocomputadorizadada origemda Luapor meiodo impactode um corpo do tamanhode Marte. (SolidEarthSciencesandSociety,NationalResearchCouncil,1993.) 3 ~ :.n:en eraTerra • Osp/miease:rrerioresoigantesA maioriadosmateriaisvolá- ~s \ .do daregiãodosplanetasinterioresfoi impelidaparaa :- ..emaisexternaefriadanebulosa.Issopossibilitouaosistema solarformaro planetasexterioresgigantes,constituídosdegelo egases- Júpiter,Saturno,UranoeNetuno-, e seussatélites.Os planetaSgigantes,suficientementegrandese comforteatração _ útacional,varreramosconstituintesmaislevesdanebulosa. .-\5 imoemboratenhamnúcleosrochosos,eles(comoo Sol)são ompostospredominantementeporhidrogênioehélio,alémde outrosconstituinteslevesdanebulosaoriginal. Essemodelo-padrãodaformaçãodosistemasolardeveriaser consideradosomentepeloqueé:umaexplicaçãotentativaque muitoscientistaspensamestarmaisbemajustadaaosfatosco- nhecidos.Talvezo modeloaproxime-sedaquiloquerealmente tenhaacontecido.Entretanto,maisimportanteaindaéo fatode queessemodelonosofereceumamaneiradepensarsobreaori- gemdo sistemasolarquepodesertestadapelaobservaçãode nossosplanetasepeloestudodeoutrasestrelas.Sondasespaciais ame11canaserussasobtendoprovasplanetáriastêmtransmitido dadossobreanaturezae composiçãodasatmosferase superfí- ciesdeMercúrio,Vênus,Marte,Júpiter,Saturno,Urano,Netuno edaLua.Umaimpressionantedescobertafoi adequeemnosso sistemasolar,queconsisteemnoveplanetasepelomenos60sa- télites,nãohásequerdoiscorposquesejamiguais! OutrossistemassolaresDuranteanos,cientistase filósofostêmespeculadoquetalvez hajaplanetasaoredordeoutrasestrelasquenãoapenaso nosso Sol.Nadécadade1990,usandograndestelescópios,osastrôno- mosdescobl1ramplanetasorbitandopróximosaestrelasseme- lhantesaoSol.Em 1999,aprimeirafamíliadeexoplanetas- os sistemassolaresdeoutrasestrelas- foi identificada.Essesplane- tastêmluzmuitofracaparaseremvistosdiretamentepelosteles- cópios.Porém,suaexistênciapodeserinferidaapartirdeuma leveatraçãogravitacionaldaestrelaemqueorbitam,causando nelamovimentosdevaivémquepodemsermedidos.Atualmen- te,maisde90exoplanetasjá foramidentificados.A maioriade- lesédotamanhodeJúpiterouaindamaior,eorbitampróximos dasestrelas-mães- muitosa umadistânciaabrasante.Planetas dotamanhodaTerrasãomuitopequenosparaseremdetectados poressatécnica,masosastrônomospodemsercapazesdeen- Duranteosestágiosintermediáriose finaisdo acres· cimentodaTerra,hácercade4,5 bilhõesdeanos, umcorpodotamanhodeMarteimpactouaTerra... contrá-losutilizandooutrosmétodos.Porexemplo,numprazode cercade10anos,sondasespaciaisforadaatmosferadaTerrapo- deriamsercapazesdeprocurarporumesmorecimentodaluzde umaestrela-mãe,exatamentenomomentoemqueumplaneta emsuaórbitapassasseemsuafrente,interceptandoalinhadevi- sadaparaaTerra. Somosfascinadospelossistemasplanetáriosdeoutrasestre- laspeloqueelespodemviranosensinarsobrenossaprópriaori- gem.Nossoredobradointeresse,todavia,residenaprofundaim- plicaçãocientíficaefilosóficacontidanaquestão:"Existemais alguémforadaqui?".Dentrode20anos,umasondaespacialde- nominadaDescobridoradaVida(LifeFinder)poderiaestarequi- padacominstrumentosparaanalisarasatmosferasdeexoplane- tasemnossagaláxianabuscadeindíciosdapresençadealgumti- podevida.Tendoemvistaoqueconhecemossobreosprocessos biológicos,avidaemumexoplanetaseria,provavelmente,basea- daemcarbonoeprecisariadeágualíquida.As temperaturasbran- dasquedesfrutamosnaTerra- nãotãoafastadasdointervaloen- treospontosdecongelamentoeebuliçãodaágua- parecemser essenciais.Umaatmosferaénecessáriaparafiltrararadiaçãopre- judicialdaestrela-mãeeoplanetadevesergrandeosuficientepa- raqueseucampogravitacionalimpeçaaatmosferadeescaparpa- ra o espaço.Paraqueexistaumplanetahabitávele comvida avançadacomonósaconhecemos,sãonecessáriascondiçõesain- damaislimitantes.Porexemplo,seo planetafossemuitogrande, organismosdelicados,taiscomooshumanos,seriamfrágeisde- maispararesistirasuavigorosaforçagravitacional.Essesrequi- sitossãomuitorestritivosparaqueavidaexistaemalgumoutro lugar?Muitoscientistaspensamquenão,considerandoaexistên- ciadebilhõesdeestrelassemelhantesaoSolnanossagaláxia. ~ :' ~.~r'4\ ~1:~rraprimitiva:formação de umplanetaem camadas Como,a partirdeumamassarochosa,aTerraevoluiuatéum planetavivo, comcontinentes,oceanose umaatmosfera?A respostaresidenadiferenciação:a transformaçãodeblocos aleatóriosdematériaprimordialnumcorpocujointeriorédivi- dido emcamadasconcêntricas,quediferemumasdasoutras ...e o impactogiganterapidamenteejetou parao espaçoumachuvadedetritostanto do corpoimpactantecomodaTerra. CAPíTULO 1 •Estruturando um Planeta ~ Começa a diferenciação EmboraaTerraprovavelmentetenhainiciadocomoumamistu- ranão-segregadadeplanetesimaiseoutrosremanescentesdane- bulosa,elanãomanteveessaformadurantemuitotempo.Uma fusãodegrandeproporçãoocorreucomoresultadodeumgigan- tescoimpacto.Algunstrabalhossobreessetemaespeculamque cercade30a65%daTerrafundiram-se,formandoumacamada externadecentenasdequilômetrosdeespessura,aqualchama- ramde"oceanodelava"(rochaderretida).Da mesmaforma,o interioraqueceu-seatéumestado"leve"(menosdenso),noqual seuscomponentespodiammover-sedeumladoparaoutro.O materialpesadomergulhouparao interiorparatomar-seo nú- cleoeo materialmaisleveflutuouparaasuperfícieeformoua crosta.A emersãodomaterialmaislevecarregouconsigocalor internoparaa superfície,deondeelepoderiairradiar-separao espaço.Dessaforma,aTerraresfriou-seegrandepartedelasoli- dificou-seefoi transformadaemumplanetadiferenciadoouZQ- neadoemtrêscamadasprincipais:umnúcleocentraleumacros- taexternaseparadosporummanto(Figura1.6).Umresumodos períodosdetempoquedescrevemaorigemdaTerraesuaevolu- çãonumplanetadiferenciadoémostradonaFigura1.12. NúcleodaTerra O ferro,queémaisdensoquea maioriados outroselementos,correspondiaacercadeumterçodomaterial doplanetaprimitivo.O ferroeoutroselementospesados,como o níquel,mergulharamparaformaro núcleocentral.Oscientis- tasconsideramqueo núcleo,o qualcomeçanumaprofundidade decercade2.900krn,é líquidonaparteexterna,massólidonu- maregiãochamadadenúcleocentral,queseestendedesdeuma profundidadedecercade5.200krnatéocentrodaTerra,acerca de6.400krn.O núcleointernoésólidoporqueapressãonocen- tro é muitoaltaparao ferrofundir-se(a temperaturaemque qualquermaterialsefundeeleva-secomo aumentodapressão). CrostadaTerra Outrosmateriaislíquidosemenosdensosse- pararam-sedassubstânciasgeradorasflutuandoemdireçãoà emcalor.O calorradioativoteriacontribuídoparaaquecere fundirmateriaisdaentãojovemTerra.Elementosradioativos, emboraapenaspresentesempequenasquantidades,tiveramum efeitoconsiderávelnaevoluçãodaTerraecontinuamamanter o calorinterior. ~ amente.A diferenciaçãoocorreunos - . dahistóriadaTerra,quandoo planetaad- - _ ~Ie parasefundir. e fusão da Terra primordial , e truturaemcamadasdaTerra,devemos ~IDqueelafoi expostaaosviolentosimpac- . edecorposmaiores.O movimentodeob- =-~a inemáticaoudemovimento.(Penseno _ =-~~.adomovimentocomprimeumcarronuma etesimalcolidindocomaTerranumaveloci- -O kmJs liberaráumaenergiaequivalentea _ oemTNT.2 Quandoplanetesimaisecorpos :mIcomaTerraprimitiva,amaiorpartedaener- : . conyertidaemcalor,umaoutraformadeener- _ -::z impactodeumcorpo,comaproximadamente o deMarte,colidindocomaTerraseriaequi- . "áriostrilhõesdebombasnuclearesdeI me-. _ de I milhãodetoneladasdeTNT ou1.015cal; - -~rríveisbombasdestruiriaumagrandecidade). - _'enteparaejetarnoespaçoumagrandequantida- - egerarcalorsuficienteparafundiramaiorparte _Qa Terra. _ ~ri tasagorapensamquetalcataclismodefato -~o estágiostardiosdeacrescimentodaTerra.O -:o riouumachuvadedetritostantodaTerraco- impactante,quesepropalouparao espaço.A Lua ~-?ffi1irdessesdetritos(Figura 1.5).A Terrateriase ~omoumcorpoemgrandepartefundido.Esse impactoacelerouavelocidadederotaçãodaTer- _ =~ueixorotacional,golpeando-odaposiçãoverti- :'i aoplanoorbitaldaTerraparasuaatualinclina· ::-udo issohácercade4,5bilhõesdeanos,entreo _ _'000de acrescimentodaTerra(4,56bilhõesde ~dasrochasmaisantigasdaLua (4,47bilhõesde ~ pelosastronautasdaApollo. - impactocolossal,umaoutraforçadecalorteria _ - ·-0nosprimórdiosdahistóriadaTerra.Váriosele- :- '0.porexemplo)sãoradioativos,o quesignifica -egramespontaneamentecomaemissãodepartícu- . Como essaspartículassão absorvidaspela - entorno,suaenergiademovimentoé transformada Rochasda lua com 4,47 bilhões de anos, trazidas pelos astronautasda Apol/o, confirmaram essa hipótese do impacto. 3_ ~ c -::-e der a Terra Durantea diferenciação,o ferro afundouemdireção ao centroe o materialmaisleveflutuou paracima... ...de modo que aTerrase apresenta como umplanetazoneado. Figura 1.6 A diferenciaçãoda Terra primitivaresultounumplanetazoneadocom umdenso núcleode ferro,umacrostade rochaslevese ummantoresidualentre ambos. superfíciedooceanodemagma.Aí resfriaram-separaformara crostasólidadaTerra,umafinacamadaexternacomcercade 40kmdeespessura.A crostacontémmateriaisrelativamentele- vescomtemperaturasdefusãobaixas.A maioriadessesmate- riais,quefacilmentesefundem,écompostadeelementosdesi- lício,aluITÚnio,ferro,cálcio,magnésio,sódioepotássiocombi- nadoscomoxigênio.Todoseles,comexceçãodoferro,estão entreoselementossólidosmaisleves.(OCapítulo3discutiráos elementosquímicoseoscompostosqueelesformam.) Recentemente,nooestedaAustrália,umfragmentodomine- ral zircãofoi datadocoma idadede4,3a4,4bilhõesdeanos, constituindo-senomaisantigomaterialterrestrejá descoberto.Análisesquímicasindicamqueelefoi formadopróximoàsuper- fície,napresençadeágua,sobcondiçõesrelativamentefrias.Se essadescobertaforconfirmadapordadoseexperimentosadicio- nais,podemosconcluirqueaTerrapodeterresfriadoo suficien- teparaformarumacrostasomente100milhõesdeanosdepois detersereconstituídodogigantescoimpacto. TERRA INTEIRA Outros «1 %) AI"mi"iO(l"%)~ Cálcio (1,1'70)~~ Enxofre(1,9%) ~~erro (35%)Níquel (2,4%) .~ Magnésio (13'70)~ . \ Silício Oxigênio (30'70Y ~~ Figura 1.7 A abundânciarelativados elementosda Terrainteira comparadacoma dos elementosda crostaé dadaempercentuais ee peso.A diferenciaçãocriouumacrostaleve,empobrecidade <erroe ricaemoxigênio,silício,alumínio,cálcio,potássioe sõdio. Manto daTerra Entreo núcleoeacrostaencontra-seomanto, umaregiãoqueformaamaiorpartedaTerrasólida.O mantoéo materialdeixadonazonaintermediáriadepoisquegrandequan- tidadedamatériapesadaafundoueamatéIiamaisleveemergiu. O mantoabrangeprofundidadesquevãodesde40até2.900km. Ele consisteemrochascomdensidadeintermediária,emsua maioriacompostosdeoxigêniocommagnésio,ferroesilício. Existemmaisdecemelementos,masasanálisesquímicas dasrochasindicamqueapenasoitoconstituem99%damassa daTerra(Figura 1.7).De fato,cercade90%daTerraconsis- temem apenasquatroelementos:ferro, oxigênio,silício e magnésio.Quandocomparamosa abundânciarelativados elementosconstituintesdacrostacomsuaabundânciaemre- laçãoatodaaTerra,podemosconstatarqueo ferrosoma35% damassadesta.Devidoà diferenciação,entretanto,hápouco ferronacrosta,ondeoselementoslevespredominam.Como sepodevernaFigura1.7,asrochascrustaissobreasquaises- tamossãoconstituídasporquase50%deoxigênio. CROSTA DA TERRA Alumínio (8%) Fer/%ro(6'70) Magnésio(4%) ~ / Cálcio (2,4%) . ,~potássiO (2,3%) y----5ódio (2,1%) Outros «1 %) Oxigênio (46'70) Apenasquatroelementosconstituemcercade 90% da Terra: ferro,oxigênio,silícioe magnésio.Observequeo oxigênio,o silícioe o alumínio,sozinhos,formammaisde 80% da crosta. A formação dos continentes, dos oceanos e da atmosfera da Terra A fusãoprimitivapromoveuaformaçãodacrostadaTerrae,for- tuitamente,doscontinentes.Elafezcomqueosmateriaismaisle- \'e: seconcentrassemnascamadasexternase permitiuquepelo menososgasesmaislevesescapassemdointerior.Essesgasesfor- maramgrandepartedaatmosferaedosoceanos.Atéhoje,rema- nescentesretidosdanebulosasolaroriginalcontinuamaseremi- tidoscomogasesprimitivosemerupçõesvulcânicas. ContinentesA feiçãomaisvisíveldacrostadaTerrasãooscon- tinentes.O crescimentodoscontinentescomeçoulogoapósadi- ferenciaçãoecontinuouaolongodotempogeológico.Tem-se, quandomuito,apenasumanoçãogeraldoquelevouàsuafor- mação.Imaginamosqueo magmapartiudointeriorderretidoda Terrae ascendeuàsuperfície,ondeesfrioue sesolidificoupara formaracrostarochosa.Essacrostaprimitivafundiu-seesolidi- ficou-serepetidamente,fazendocomqueosmateriaismaisleves eseparassemdosmaispesadoseascendessemaotopo,parafor- marosnúcleosprimitivosdoscontinentes.A águadachuvaeou- trosconstituintesdaatmosferaerodiramasrochas,levando-asa decomporem-seedesintegrarem-se.Água,ventoegelodespren- deram,então,osdetritosrochosose moveram-nosparalugares dedeposiçãomaisbaixos.Aí seacumularamemcamadasespes- sas,formandopraias,deltaseosassoalhosdosmaresadjacentes. A repetiçãodesseprocessodurantemuitosciclosestruturouos continentes. Oceanosea atmosferaAlgunsgeólogospensamqueamaior partedoare daáguadaTerraatualvieramdeforadosistema solarpormeiodemateriaisricosemvoláteisqueimpactaramo planetadepoisqueelefoi formado.Por exemplo,oscometas quevemossãocompostospredominantementede gelomais dióxidodecarbonoeoutrosgasescongelados.Incontáveisco- metaspodemterbombardeadoaTerranosprimórdiosdesua história,fornecendoáguae gasesque,subseqüentemente,de- ramorigemaosoceanose àatmosferaprimitivos. Muitosoutrosgeólogosacreditamqueosoceanoseaatmos- ferapodemtersuaorigemrastreadano"nascimentoúmido"da própriaTerra.Deacordocomessahipótese,osplanetesimaisque seagregaramparaformarnossoplanetatinhamgelo,águaeou- trosvoláteis.Originalmente,aáguaestavaaprisionada(quimica- menteligadacomooxigênioe hidrogênio)emcertosminerais trazidospelaagregaçãodosplanetesimais.De fonnasimilar,ni- trogênioecarbonotambémestavamquimicamenteligadosnos minerais.QuandoaTerraseaqueceueseusmateriaisfundiram- separcialmente,o vapord'águaeoutrosgasesforamliberadose levadosparaa superfíciepelosmagmas,sendolançadosnaat- mosferapelaatividadevulcânica. Os gasesemitidospelosvulcõeshácercade4 bilhõesde anosconsistiam,provavelmente,nasmesmassubstânciasque sãoexpelidasdosvulcõesatuais(emboranãonecessariamente namesmaquantidaderelativa):fundamentalmentehidrogênio, dióxidodecarbono,nitrogênio,vapord'águae algunsoutros gases(Figura 1.8).Quasetodoohidrogênioescapouparao es- paçoexterior,enquantoosgasespesadosenvolveramo planeta. Essaatmosferaprimitivaeradestituídadeoxigênio,elemento queconstitui21% daatmosferaatual.O oxigênionãofaziapar- tedaatmosferaatéqueorganismosfotossintéticosevoluíssem, comoserádescritoposteriormentenestecapítulo. CAPíTULO 1 • Estruturando um Planeta ~ Para a atmosfera Figura 1.8 A atividadevulcânicaprimitivacontribuiucomo lançamento,paraa atmosferae os oceanos,de grandes quantidadesde vapord'água,dióxidode carbonoe outrosgases e, paraos continentes,de materiaissólidos.A fotossíntesedos microrganismosremoveuo dióxidode carbonoe adicionou oxigênioà atmosferaprimordial.O hidrogênio,devidoà sua leveza,escapouparao espaçoexterior. A diversidade de planetas Hácercade4bilhõesdeanos,aTerratornou-seumplanetaintei- ramentediferenciado.O núcleoencontrava-semuitoquenteeem grandepartefundido,masomantoestavarazoavelmentebemso- lidificadoeumacrostapIimitivaeseuscontinentestinhamsede- senvolvido.Osoceanoseaatmosferahaviamseformado,prova- velmente,apartirdesubstânciaslançadasdointeriordaTerra,e osprocessosgeológicosquehojeobservamosestavaminiciando seufuncionamento. Mas o queocorreucomosoutrosplanetas?Tiveramames- mahistóriainicial?Informaçõestransmitidaspelassondases- paciaisindicamquetodososplanetasterrestressofreramdife- renciação,porém,seuscaminhosevolutivosvariaram. Mercúrio temumatênueatmosfera,predominantemente formadaporhélio.A pressãoatmosféricanasuasuperfícieé menorqueumtrilionésimodapressãonaTerra. ãoháaçãode ventosouáguaparaerodiresuavizarsuaantigasuperfície,que seassemelhacomadaLua:predominantementecrateriformee cobertaporumacamadadedetritos,osquaissãoosfragmentos remanescentesdebilhõesdeanosdeimpactosdemeteoritos. Devidoaofatodenãoexistirpropriamenteumaatmosferaees- tarmuitopróximodo Sol, a superfíciedo planetaseaquece comtemperaturasde467°Cduranteo diae esfriapara-173°C à noite.Essaé a maiorvariaçãodetemperaturaconhecidano 3 cf2 ün:nder a Terra Figura 1.9 Umacomparaçãodassuperfíciessólidasde Vênus, Terrae Marte,todas namesmaescala.A topografiade Vênus,que mostrao menorcontrastealtitúdico,foi medidaentre 1990e 1993por umaltímetrode radar,a bordo da sondaorbitadora Magellan(Magalhães).A topografiada Terra,dominadapelos continentese oceanose comcontrasteintermediário,foi sintetizadaa partirde medidasaltimétricasda superfíciedo solo, sistemasolar(alémdaquelaencontradano Sol,emcujasuper- fície háumavariaçãomuitomaisdrástica).Os cientistasestão intrigadoscomaorigemdoenormenúcleodeferrodeMercú- rio.Ele constitui70%desuamassa,umrecordedentreospla- netasdosistemasolar. Vênusevoluiuparaumplanetaemqueascondiçõessuperfi- ciaisultrapassama maioriadasdescriçõesdo inferno.Ele está envoltonumaatmosferapesada,venenosaeincrivelmentequen- te(475°C),compostasobretudopordióxidodecarbonoenuvens degotículasdeácidosulfúricocorrosivo.Um humanoqueper- manecesseemsuasuperfícieseriaesmagadopelapressão,cozi- dopelocalorecorroídopeloácidosulfúrico.Imagensderadar, quevêematravésdaespessacoberturadenuvens,mostramque pelomenos85%dasuperfíciedeVênussãocobertosporderra- mesde lavas.O restanteé predominantementemontanhoso- evidênciadequeoplanetatemsidogeologicamenteativo(Figu-ra 1.9).VênuségêmeodaTerraemmassaetamanho.Comopô- deevoluirnumplanetatãodiferentedonossoéumaquestãoque intrigaosgeólogosplanetários. Marte temsofridomuitosdosmesmosprocessosquetêm modeladoaTerra(Figura1.9),porémcontacomumafinaat- mosferacompostaquaseinteiramentededióxidodecarbono.A águalíquidanãoestápresentenasuasuperfícieatual- oplane- taétãofrio e suaatmosferatãodelgadaqueaáguaoucongela ouevapora.As redesdevalesecanaissecosderios,entretanto, indicamqueaágualíquidafoi abundantenasuperfíciedeMar- tehámaisde3,5bilhõesdeanos.Algumasdasrochasobserva- daspelorobômóvelSojourner,daMissãoExploradordeMar- te(MarsPathfinder)de 1997,mostraramevidênciasdeterem sidodesgastadaspelofluxodeágua.As sondasorbitadorasde Martetêmrecentementeencontradoevidênciasdequegrande quantidadedegelopodeestararmazenadaabaixodasuperfície e segregadanascapasdegelopolares.A vidapodeterexistido numplanetaMarteúmidodebilhõesdeanosatrásepodeexis- tirhojecomomicróbiossobasuperfície.A NASA estáproje- batimétricasdos oceanos,obtidaspor navios,e medidasdo campogravimétrico,obtidasda superfíciedo assoalho oceãnico por satélitesorbitaisda Terra.A topografiade Marte,quemostra o maiorcontraste,foi medidaentre 1998e 1999por meiode um altímetroa lasera bordo da sondaorbitadoraMars Global Surveyor(TopografiaGlobaldeMarte). [Cortesiade Greg Neumann/MITIGSFClNASA] tandoumasondaquepoderiaresponder,dentrodepoucosanos, aquestãodesehávidaemMarte! A maiorpartedasuperfíciedo planetatemmaisde3 bi- lhõesdeanos.Na Terra,emcontraste,grandepartedasuperfí- ciedemaisde500milhõesdeanosfoi obliteradapelaativida- degeológica.Oscapítulosseguintesvãodescrevercomoesses processosativostêmmodeladoafacedonossoplanetaaolon- godesuahistória. Além daTerra,aLua é o outrocorpomaisbemconhecido dosistemasolardevidoàsuaproximidadeeaosprogramasde exploraçãotripuladae não-tripulada.Comoexplicitadoante- riormente,a teoriamaisaceitasobrea origemdaLua propõe queelacoalesceucomoumgrandecorpofundidodepoisque umgigantescoimpactoejetousuamatériadaTerra.Emgeral, osmateriaisdaLua sãomaislevesqueosdaTerra,porquea matériamaispesadadogigantecorpocolidentee adeseual- vo primitivopermaneceramencravadasnaTerra.A Lua não tematmosferae, comoVênus,é predominantementemuito seca,tendoperdidosuaáguadevidoao calor geradopelo enormeimpacto.Há algumasevidênciasnovas,apartirdeob- servaçõesdesondasespaciais,dequepodeexistirgeloempe- quenasquantidadesemcraterasprofundasesombriasnospó- los norteesul daLua. A superfíciequevemoshojeéaqueladeumcorpomuitove- lhoegeologicamenteinativo.Dois terrenosdominamasuperfí- cielunar.O maisantigoéo dasterrasaltas,decoloraçãoclara. Essasregiõesrugosase intensamentecrateriformescobremcer- cade80%dasuperfície.As terrasaltassãoresultantesdosdetri- tosejetadospelosimpactosdosprimórdiosda histórialunar, quandoaLua foi bombardeadaporgrandesasteróides.Os res- tantes20%dasuperfíciesãoconstituídosporplaníciesescuras maisnovas,chamadasdemaria(quesignifica"mares"emlatim, poiséassimqueseparecemquandovistasdaTerra).Os"mares" foramformadosmaistarde,quandoasgrandesbaciasdeimpac- tosforamsubseqüentementepreenchidasporlavas. CAPíTULO 1 • Estruturando um Planeta ~ _ planetasexterioresougigantesgasosos- Júpiter,Satur- _-ranoeNetuno- permanecerãocomoumquebra-cabeça -:rito tempo.Essasimensasbolasdegasessãoquimica- -~tãodistintase tãograndesquedevemterseguidouma , 'a evolutivainteiramentediferentedaqueladospeque- erastelúricos.Entendemosmenosaindasobreo plane- _ - '- di tante,o minúsculoPlutão, umaestranhamistura ~ladadegás,geloerocha,sendoo únicoplanetaaindanão pornossassondasespaciais. mbardeamento vindo do espaço rfíciessalpicadasporcraterasdaLua,Marte,Mercúrioe - orpossãoevidênciasdeumimportanteintervalodahis- primordialdosistemasolar:operíododeBombardeamen- -:J.'5ado (verFigura1.3).Duranteesseperíodo,quedeveter c1 desdeaformaçãodosplanetasaté600milhõesdeanos :;.;,osplanetasvarreramecolidiramcomamatériaresidual paratrásnaépocaemqueforamagregados.A atividade anaTerraobliterouosefeitosdessebombardeamento. oespaçoestácheiodeasteróides,meteoróides,cometase outrosdetritosabandonadosdesdeo iníciodonossosistemaso- lar.Pequenosblocosdedetritosaqueceram-seevaporizaram-se naatmosferadaTerraantesdealcançarasuasuperfície,enquan- to blocosmaioresatravessaram-naporcompleto.Atualmente, cercade40mil toneladasdematerialextraterrestrecaemnaTer- raacadaano,sobretudocomopoeiraepequenosobjetosnãoob- servados.Emboraaatualtaxadeimpactoseja,emváriasordens demagnitude,menorqueaqueladoperíododeBombardeamen- toPesado,umgrandebloco,de I a2 kmdediâmetro,aindapo- decolidircomaTerraemintervalosaproximadosdepoucosmi- lhõesdeanos.Emborataiscolisõestenhamsetomadoraras,te- lescópiosestãosendoprogramadosparalocalizaros maiores corposnoespaçoe,assim,possibilitarquesejamosantecipada- menteadvertidosdapotencialidadedealgunsdelesvirema se chocarcomaTerra.Recentemente,osastrônomosdaNASA pre- viram, "com uma probabilidadenadanegligenciável"(uma chanceem300),queumasteróidede1kmdediâmetrocolidirá comaTetTaemmarçode2880.Um eventocomoesseconstitui- riaumaameaçaàcivilização. Última ocorrência Exemplo4 (emanos)EfeitosplanetáriosEfeitosna vida Eventode 4,45x 109FusãodoplanetaForteemissãodevoláteis; formaçãodaLua extinçãodavidanaTerra Plutão MaisdoqueFusãodacrostaExtinçãodavidanaTerra 4,3x 109 4VestaS(um CercadeVaporizaçãodosoceanosA vidapodesobreviversob grandeasteróide) 4,0 x 109 asuperfície Chiron(maior 3,8x 109VaporizaçãodotopodosCozimentosobpressãodo cometaem oceanosaté100mvapornazonafótica;apode movimento) cessarafotossíntese CometaHale- CercadeAquecimentodaatmosferaCauterizaçãodoscontinentes Bopp 2x 109edasuperfícieatécerca de727°C BólidodoKJT6; 65X 106Incêndios,poeira,escmidão;Extinçãodemetadedas 433Eros(o mudançasquímicasnooce-espécies;o eventoKff levou maiorasteróide anoenaatmosfera;grandeàextinçãodosdinossauros próximodaTerra) oscilaçãodetemperaturas Tamanho CercadeSuspensãodepoeiraemInterrupçãodafotossíntese; aproximadode 300miltodaaatmosferaindivíduosmorrem,mas 500asteróides durantemesespoucasespéciessãoextintas; próximosdaTerra ameaçaàcivilização EventodeTunguska 1908(ano)DerrubouárvoresnumrastroManchetesnosjornais;pôr- (Sibéria) dedezenasdequilômetros;do-solromântico;crescimento causoupequenosefeitos dataxadenatalidade hemisféricos;suspensão depoeiranaatmosfera . ,- Impactos de bólidos e seus efeitos na vida na Terra -;:l=queno >1 km _ édioR >10km 10 pequeno -:;> >100 m ~ ande ":'>-Okm de "::">"'Okm -:' .:c--odaTerraquerecebealuzdoSol,ouseja,aatmosferaeotopodosoceanosaté100m deprofundidade. ~: :\IodificadadeJ. D.Lissauer,Nature402:Cll-C14. 36 ParaEntenderaTerra Um impactoimportanteocorreuhá65milhõesdeanos.O bólido,compoucomaisde 10km,causouaextinçãodemeta- dedasespéciesdaTerra,incluindotodososdinossauros.Tal- "ez, esseeventotenhapossibilitadoqueosmamíferossetor- nassema espéciedominante,preparandoo caminhoparao homem.O Quadro1.1descreveosefeitosdeimpactosdevá- lias tamanhosem nossoplanetae na vida. O poetaRobert FrosttalveztenhapensadonavulnerabilidadedavidanaTerra quandoescreveu Algunsdizemqueo mundoterminaráemlabaredaquente, Outrosdizemqueemfrioenregelado. Do queeuproveido desejoardente Euconcordocomosquetorcempelofogoinclemente. Masseeutiverdeperecerdobrado, Euachoqueconheçobemo querermal Paradizerquea destruiçãodo gelodesapiedado É tambémcolossal Esuficientepromundoseracabado.? Emboraa Terratenhaseesfriadodesdeseuinício ardente,ela continuaumplanetainquieto,mudandocontinuamentepormeio deatividadesgeológicas,taiscomoterremotos,vulcõeseglacia- ções.Essasatividadessãogovemadaspordoismecanismostér- micos:umintemoe o outroextemo.Mecanismosdetaltipo- como,porexemplo,omotoragasolinadeumautomóvel-trans- formamcaloremmovimentomecânicooutrabalho.O mecani- mointemodaTerraégovemadopelaenergiatérmicaaprisiona-
Compartilhar