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Fisioterapia Aplicada a Pediatria/Bobath.pdf 06/11/2012 1 Método Bobath Fisioterapia Aplicada a Pediatria Definição do Conceito Bobath • É uma técnica de reabilitação neuromuscular que utiliza os reflexos e os estímulos sensitivos para inibir ou provocar uma resposta motora. • Propõe levar o paciente à experiência sensório-motora normal dos movimentos de base, solicitando uma resposta ativa do paciente para que o mesmo possa aprender a sensação do movimento. Definição do Conceito Bobath • Ensina ao paciente: – A sensação do movimento tornando-o independente – Reações automáticas de proteção – Reações automáticas de endireitamento – Reações automáticas de equilíbrio • Inibe padrões anormais para que normais se estabeleçam O termo Tratamento Neuroevolutivo (NDT) pode ser usado como sinônimo de Conceito Bobath História do Método • Karel Bobath Neurologista • Berta Bobath Fisioterapeuta Anos 70: desenvolveram uma filosofia inovadora direcionada a reduzir a espasticidade • Berta Bobath: trabalhava com crianças com lesões neurológicas desenvolvendo protocolos e técnicas • Karel Bobath: estudava a literatura para estabelecer bases teóricas dos resultados de sua esposa História do Método • Iniciaram um trabalho, tendo como base o controle motor e os modelos de neurociências disponíveis na época • Propulseram: Alterações musculares reflexos posturais Tratamento precoce Conceito de Vida Conceito Bobath • O conceito Neuroevolutivo Bobath é uma abordagem terapêutica de solução de problemas para a avaliação e tratamento de indivíduos com distúrbios de função, do movimento e tônus muscular causados por uma lesão do S.N.C.. • O tratamento é caracterizado por procurar soluções para aspectos motores, que interferem na execução de uma atividade. Para isso há a necessidade da participação ativa do indivíduo. 06/11/2012 2 Afirmações Teóricas Chaves • Organização do Comportamento Motor Comportamento motor humano Indivíduo Meio ambiente Tarefas a serem executadas • Focalizar mais o objetivo principal do que os componentes de movimento usados para realizar a tarefa. – Exemplo: Marcha • O aprendizado e a adaptação das habilidades motoras envolvem um processo associado à prática e experiência. Afirmações Teóricas Chaves • Disfunção do movimento Indivíduos com problemas de controle motor resultantes de patologia do S.N.C. diferentes mudanças na estrutura e função corporal, podendo limitar a habilidade funcional. A inabilidade da função e a adoção de estratégias de adaptação incorretas ou comportamento impróprios Mudanças secundárias Diminuição da função Afirmações Teóricas Chaves • Intervenção Inicia com a avaliação da performance funcional do indivíduo O envolvimento ativo do indivíduo é essencial para determinar suas necessidades e expectativas. Ao assistir o indivíduo a readquirir suas habilidades motoras funcionais, os terapeutas que seguem o Conceito Bobath focalizam os componentes de movimento para realizar a tarefa e a atividade funcional em si, de maneira a atingir seus objetivos. Objetivos do Conceito Bobath • Edificar reações posturais normais e tônus postural normal para manter a posição ereta contra a gravidade e permitir o controle dos movimentos. • Opor-se ao desenvolvimento de reações posturais erradas e de tônus postural anormal. • Dar à criança o sentimento de manipulação e jogo e ajustar os padrões funcionais de que ela precisa para alimentar-se, lavar-se, vestir-se, etc, a fim de tornar-se independente. • Impedir contraturas e deformidades Conceito Bobath Espasticidade alta o suficiente para: Não tão alta que: Suportar o peso Mover contra a gravidade Impeça o movimento Indicações do Método • Variar posturas • Aumentar o controle sobre determinadas posturas • Simetria do corpo • Alongamento • Propriocepção • Aumentar ou diminuir tônus muscular • Estimular reação de proteção e equilíbrio • Estimular extensão/flexão de cabeça, tronco e quadril • Suporte de peso para as mãos • Trabalhar as rotações do tronco • Trabalhar transferências de peso adequada • Trabalhar a dissociação de cintura pélvica e escapular, facilitando a marcha 06/11/2012 3 Tratamento • Anamnese Controle motor do indivíduo Qualidade do tônus muscular Funcionalidade de seus músculos • Tratamento baseia-se no conhecimento do movimento normal e a anatomia humana, utilizando todos os recursos possíveis para facilitar os movimentos e as posturas corretas que venham a aumentar a qualidade da função Tratamento Caso o terapeuta tenha um conhecimento bem formado de quais padrões de movimento deveriam ser facilitados Novos padrões anormais se formariam Sra Bobath, percebeu: Se os padrões anormais de movimento não fossem interrompidos Era possível atingir um padrão normal Tratamento • O paciente é deslocado e mantido por pontos precisos de modo a reagir ativamente como se deseja. • É um método ativo e requer participação ativa do paciente Só o movimento ativo proporcionará sensações essenciais para a aprendizagem dos movimentos voluntários. • O terapeuta deve usar um manuseio específico e graduá-lo de acordo com a resposta do paciente, tendo como objetivo sua independência. Fisioterapia Aplicada a Pediatria/Quebra de Padroes.pdf 06/11/2012 1 Aula Prática Manuseios Fisioterapia Aplicada a Pediatria Manuseio Correto 06/11/2012 2 Manuseio Incorreto Manuseio Correto 06/11/2012 3 Manuseio Correto Manuseio Correto 06/11/2012 4 Manuseio Incorreto Manuseio Correto Manuseio Incorreto 06/11/2012 5 Manuseio Correto Manuseio Incorreto Manuseio Correto 06/11/2012 6 Manuseio Incorreto Manuseio Correto Manuseios Corretos 06/11/2012 7 Manuseios Corretos Manuseios Corretos Manuseios Corretos 06/11/2012 8 Manuseio Correto Carregar Incorreto Carregar Correto 06/11/2012 9 Carregar Incorreto Carregar Correto Carregar Incorreto – Criança pesada Carregar Correto – Criança pesada 06/11/2012 10 Carregar Correto Carregar Incorreto – Tônus baixo Carregar Correto – Tônus baixo Carregar Correto 06/11/2012 11 Carregador de bebês Wilkinet Disposição do quarto - ???? Comprometimento do lado Esquerdo Comprometimento do lado Esquerdo Disposição do quarto - ???? Disposição do quarto - ???? Comprometimento do lado Esquerdo 06/11/2012 12 Dormir – Crianças Espásticas Dormir – Crianças Hipotônicas Dormir –Crianças Com Espasticidade Severa Fisioterapia Aplicada a Pediatria/(Artigo) Avaliaçao Respiratoria do Neonato.pdf AAAAAvaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediato Evaluación de la función respiratória del recien-nacido en el periodo neonatal inmediato Assessment of the newborn respiratory function in the immediate neonatal period Amélia FAmélia FAmélia FAmélia FAmélia Fumikumikumikumikumiko Kimurao Kimurao Kimurao Kimurao KimuraIIIII, Ana Paula Moracci Y, Ana Paula Moracci Y, Ana Paula Moracci Y, Ana Paula Moracci Y, Ana Paula Moracci YoshitakoshitakoshitakoshitakoshitakeeeeeIIIIIIIIII, Mariana Bueno, Mariana Bueno, Mariana Bueno, Mariana Bueno, Mariana BuenoIIIII, Maria Aparecida de Jesus Belli, Maria Aparecida de Jesus Belli, Maria Aparecida de Jesus Belli, Maria Aparecida de Jesus Belli, Maria Aparecida de Jesus BelliIIIIIIIIIIIIIII RESUMORESUMORESUMORESUMORESUMO O objetivo do estudo foi Identificar os fatores preditivos e os sinais de taquipnéia transitória neonatal valorizados por enfermeiras de unidade neonatal e alojamento conjunto ao avaliar a função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediato. Estudo transversal realizado em duas instituições hospitalares públicas da cidade de São Paulo. Participaram do estudo 28 enfermeiras que responderam um questionário estruturado relacionado às práticas de avaliar a função respiratória do neonato. As enfermeiras consideram relevantes conhecer a evolução do trabalho de parto, parto e o Apgar ao avaliar a função respiratória do neonato. Com relação aos sinais clínicos valorizam o monitoramento da freqüência respiratória, ausculta pulmonar, avaliação do nível de desconforto respiratório utilizando o Índice de Silverman- Andersen, além desses, as enfermeiras de unidade neonatal valorizaram o monitoramento da saturação de oxigênio. DescritoresDescritoresDescritoresDescritoresDescritores: Enfermagem neonatal; Exame físico; Medição de risco. ABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACT The aim of the study was to identify the predictive factors and the signals of transient tachypnea of the newborn valued by the nurses who work at neonatal ward and rooming-in when they assess the newborn respiratory function during the immediate neonatal period in the first six hours after birth. A cross sectional study carried out at two public hospitals of São Paulo city. The sample consisted of 28 nurses who replied a structured questionnaire about the newborn respiratory function assessment practices. Data showed they valuated to know the evaluation of labor, delivery and Apgar score when they evaluate the newborn respiratory function. About the signals of respiratory distress they valued to evaluate the respiratory rate and auscultation, evaluation of the respiratory distress using the Silverman-Andersen Index besides, the neonatal nurses valued to evaluate de oxygen saturation. Descriptors:Descriptors:Descriptors:Descriptors:Descriptors: Neonatal nursing; Physical examination; Risk assessment. RESUMENRESUMENRESUMENRESUMENRESUMEN El objectivo del estudio fue identificar los factores predictivos y los señales de tachypea transitoria del niño valorado por las enfermeras de unidad neonatal y alojamiento conjunto al evaluar la función respiratoria del recién-nascido en el período de neonatal inmediato. Estudio transversal conducido en dos hospitales públicos de la ciudad de São Paulo. Participaran del estúdio 28 enfermeras que responderan un cuestionario estructurado sobre la práctica de evaluar la función respiratorio del niño. Las enfermeras consideran relevante conocer la evolución del trabajo del parto, parto y el escore de Apgar del recién-nacido. Con relación a los señales clinicos, las enfermeras valoraram el monitoramiento de la frecuencia respiratoria, ausculta pulmonar y evaluación de disfunción respiratoria utilizando el Index de Silverman- Andersen. Las enfermeras neonatales también valoraram el monitoramiento de la saturación de oxígeno. Descriptores:Descriptores:Descriptores:Descriptores:Descriptores: Enfermería neonatal; Exame fisico; Medición de riesgo. Submissão: Submissão: Submissão: Submissão: Submissão: 07/08/2008 AprAprAprAprAprovação:ovação:ovação:ovação:ovação: 19/11/2009 PESQUISAPESQUISAPESQUISAPESQUISAPESQUISA Revista Brasileira de Enfermagem REBEn 850850850850850 Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-deznov-deznov-deznov-deznov-dez; 6; 6; 6; 6; 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... IUniversidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica. São Paulo, SP IIHospital Municipal Márcia Braido. São Caetano do Sul, SP IIIUniversidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Curso de Obstétrica. São Paulo, SP CorCorCorCorCorrespondência:respondência:respondência:respondência:respondência: Amélia Fumiko Kimura. Escola de Enfermagem da USP – Depto ENP - Av. Dr Enéas Carvalho de Aguiar, 419. Cerqueira César. CEP: 05403-000. São Paulo, SP. AAAAAvaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediato 851851851851851RevRevRevRevRev Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez; 6 6 6 6 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO As primeiras 24 horas de vida do recém-nascido (RN) são marcadas por uma série de modificações e adaptações de diversos órgãos e sistemas, necessários para uma adequada transição da vida intra-uterina para a extra-uterina. Na maioria dos neonatos considerados saudáveis ou de baixo risco, tais modificações e adaptações, principalmente dos sistemas respiratório e cardiovas- cular, ocorrem sem intercorrências. No entanto, a taquipnéia transitória neonatal (TTN) é uma dificuldade adaptativa comum em neonatos de termo nas primeiras horas de vida. Trata-se de um distúrbio benigno que acomete de 1% a 2% dos RN vivos(1,2). Caracteriza-se por desconforto respiratório precoce com taquipnéia, gemido expiratório, leve retração subcostal e intercostal, dilatação nasal ou batimento de asa de nariz e cianose(1-3). Embora seja caracterizada como um evento benigno, a TTN prolonga o período de internação do RN e está associada ao desenvolvimento de asma durante a infância(3,4), o que acentua a importância da prevenção, detecção precoce e tratamento adequado. Atualmente, dois modelos de atendimento ao RN são adotados pelas maternidades públicas no Brasil, a primeira é a internação do neonato em unidade neonatal no qual mãe e filho permanecem separados e se encontram apenas nos períodos das mamadas e o outro, denominado Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), no qual ambos permanecem juntos durante o período de internação na maternidade. Em ambos os modelos, os neonatos devem ser monitorados em suas condições clínicas, cabendo à equipe de enfermagem esta atribuição. Um número crescente de hospitais e maternidades do Brasil vem adotando a IHAC hegemonicamente quando se trata de RN a termo que nascem em boas condições clínicas, uma vez que este modelo foi instituído pelo Ministério da Saúde do Brasil em 1992, visando humanizar a assistência e incentivar o aleitamento materno(5): A finalidade de se adotar este modelo de atendimento como uma política pública do Programa de Saúde da Criança do Ministério da Saúde era a redução das taxas de morbidade e mortalidade infantil, em especial da morbidade e mortalidade neonatal por meio do incentivo ao aleitamento materno. Ambos os modelos apresentam vantagens e limitações. Entretanto, a atribuição de avaliar e monitorar as condições clínicas do RN cabe à equipe de enfermagem devendo assim, estar capacitada para detectar e intervir adequadamente frente as intercorrências que acometem os neonatos no período neonatal precoce. O fato de a maioria dos RN a terno nascerem em boas condições de vitalidade e serem considerados saudáveis clinicamente, não dispensa os profissionais de avaliá-los e acompanhá-los no período imediato ao parto. Considerando que a IHAC é uma proposta do Ministério da Saúde que vem sendo paulatinamente adotada pela maioria das as maternidades públicas do Brasil e este modelo recomenda a permanência dos RN a termo permanecerem em alojamento conjunto contínuo, é necessário analisar o conhecimento e a capacitação dos profissionais de enfermagem no que diz respeito à avaliação e condutas adotadas frente às intercorrências mais comuns que acometem os neonatos no período de transição neonatal, visto que é atribuição da equipe de enfermagem monitorar e favorecer a rápida adaptação do neonato nas primeiras horas de vida. Levantamento realizado nas bases bibliográficas eletrônicas Medline e SciELO constatou-se escassez de publicações acerca de estudos relacionados aos fatores preditivos e abordagem assistencial na detecção e intervenção com neonatos que apresentam dificuldade na adaptação da função respiratória quando utilizado o descritor taquipnéia transitória neonatal (TTN). Assim, este estudo visa obter subsídios para contribuir na capacitação de enfermeiros no que diz respeito à avaliação da função respiratória de recém-nascidos a termo no período transitivo neonatal. O objetivo do presente estudo foi o de identificar os fatores preditivos e os sinais de TTN valorizados por enfermeiras na avaliação da função respiratória de RN no período neonatal imediato. MÉTODOMÉTODOMÉTODOMÉTODOMÉTODO Tratou-se de um estudo transversal. O estudo foi realizado em duas instituições hospitalares públicas, uma delas (H1), trata-se de um hospital de ensino, de atendimento secundário, situado na região oeste da cidade de São Paulo que atende a uma média de 370 partos mensais, em fase de implantação do Programa IHAC e conta com unidade de Alojamento Conjunto (AC), Berçário e Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal. A outra instituição (H2), é uma maternidade filantrópica, com média de atendimento mensal de 900 partos, campo de capacitação de profissionais de saúde em atendimento ao parto normal, localizada na zona sudeste da cidade de São Paulo, conta com leitos de AC para puérperas e RN em condições clínicas estáveis e berçário para internação de neonatos com intercorrências clínicas. Participaram do estudo os enfermeiros das unidades de AC e berçário (UN) com tempo de experiência profissional em atendimento neonatal por no mínimo três meses que consentiram sua participação no estudo. Não foram convidados a participar do estudo os enfermeiros que estavam de férias ou afastados por licença médica no período da coleta de dados. O período da coleta de dados se deu no período de julho a novembro de 2006. Elaborou-se um questionário composto por duas partes, a primeira destinada ao registro de dados de caracterização dos sujeitos da pesquisa como idade, tempo de atuação e formação profissional. A segunda parte constitui-se de enunciados relacionados a fatores de risco obstétricos e perinatais preditivos de ocorrência de TTN e indicadores utilizados para avaliar a função respiratória do RN nas primeiras seis horas de vida. Abaixo de cada enunciado declarativo cinco atributos, a saber: Totalmente relevante, Relevante, Indiferente, Parcialmente relevante e Não relevante. Anexo ao questionário foi distribuído um lembrete contendo instruções de preenchimento do questionário orientando as participantes a assinalarem somente uma alternativa por enunciado, aquela que estivesse em acordo com a sua conduta assistencial ao avaliar a função respiratória do RN no período transitivo neonatal (primeiras seis horas de vida do RN). Os enunciados declarativos foram elaborados com base nos fatores preditivos de ocorrência de TTN e nos sinais clínicos descritos na literatura(6-8). O prazo concedido para o preenchimento do questionário foi de duas semanas e os questionários respondidos foram 852852852852852 Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-deznov-deznov-deznov-deznov-dez; 6; 6; 6; 6; 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... Kimura AFKimura AFKimura AFKimura AFKimura AF, et al., et al., et al., et al., et al. acondicionados separadamente dos Termos de consentimento Livre e Esclarecido, a fim de se preservar o anonimato da identidade dos participantes. Os dados obtidos com os questionários foram armazenados e tabulados eletronicamente e, em seguida, realizou-se análise estatística descritiva. O projeto de pesquisa obteve autorização da diretoria clínica das instituições envolvidas, foi analisado e aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (Processo 550/2006/CEP-EEUSP) e do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (Processo 665/06 CEP- HUUSP). A coleta de dados teve início após a emissão da carta de aprovação nas duas instituições envolvidas..... RESULRESULRESULRESULRESULTTTTTADOSADOSADOSADOSADOS Considerando a totalidade de enfermeiras que atuavam nas unidades AC e UN das duas instituições hospitalares, 28 enfermeiras constituíram a população do estudo, das quais 22 eram enfermeiras do H1 e seis do H2. Participaram do estudo 24 (85,7%) enfermeiras, 21 (87,5%) profissionais do H1 e três (12,5%) do H2. Das 21 enfermeiras do H1, 12 (57,1%) atuavam no AC e nove (42,8%) na UN. Das três enfermeiras do H2 que participaram do estudo, uma (33,3%) atuava no AC e duas (66,7%) na UN. Das 13 enfermeiras que trabalham nas unidades de AC, oito (61,5%) atuavam há pelo menos 15 anos na área e das 11 enfermeiras de UN, oito (72,7%) trabalhavam na área há, no mínimo há 10 anos. A Tabela 1 apresenta dos dados referentes ao valor atribuído por enfermeiras de AC e UN aos fatores preditores de ocorrência da TTN, relacionados à saúde materna e ao nascimento, ao avaliar a função respiratória do RN no período neonatal imediato. Conforme mostram os dados da Tabela 1, diferente da maioria das enfermeiras de UN que consideram a condição clínica materna como totalmente relevante e relevante (n=5), a maioria das Tabela 1. Fatores maternos e perinatais valorizados por enfermeiras de AC e UN na avaliação respiratória do RN. São Paulo, 2006. Tabela 2. Sinais de desconforto respiratório valorizados por enfermeiras de AC e UN na avaliação da função respiratória do RN. São Paulo, 2006. Atributo Batimento de aletas nasais Retração esternal Retração intercostal Gemido expiratório Cianose external Cianose central Enfermeiras de AC (n=13) n n n n n n Totalmente relevante 9 9 9 9 6 8 Relevante 4 4 4 4 6 5 Indiferente - - - - - - Parcialmente relevante - - - - 1 - Não relevante - - - - - - Enfermeiras de UN (n=11) Totalmente relevante 9 9 9 9 6 10 Relevante 1 2 2 1 5 1 Indiferente - - - - - - Parcialmente relevante - - - - - - Não relevante 1 - - 1 - - Atributo Condição clínica Materna Evolução do TP e tipo de parto Drogas usadas no TP e parto APGAR Enfermeiras de AC (n= 13) n n n n Totalmente relevante 2 4 6 5 Relevante 3 8 7 7 Indiferente 4 - - - Parcialmente relevante 3 1 - 1 Não relevante 1 - - - Enfermeiras de UN (n=11) Totalmente relevante 3 6 7 7 Relevante 5 4 3 3 Indiferente - - - - Parcialmente relevante 2 - - 1 Não relevante 1 1 1 - 853853853853853RevRevRevRevRev Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez; 6 6 6 6 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... AAAAAvaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediato Tabela 3. Métodos de aferição de sinais vitais e uso de instrumentos de avaliação de disfunção respiratória, (BSA), valorizados por enfermeiras na avaliação da função respiratória do RN. São Paulo, 2006. Atributo FR FR em intervalosregulares Monitorar SatO2 FR, FC e SatO2 Ausculta BSA Enfermeiras de AC (n=13) n n n n n n Totalmente relevante 7 4 - 1 4 3 Relevante 3 3 3 5 6 6 Indiferente - - 2 1 - 1 Parcialmente relevante 1 4 5 5 2 2 Não relevante 2 2 3 1 1 1 Enfermeiras de UN (n= 11) Totalmente relevante 5 2 3 4 5 6 Relevante 4 7 4 6 4 4 Indiferente - - 1 1 - 1 Parcialmente relevante 2 2 2 - - - Não relevante - - 1 - 1 - Sem resposta - - - - 1 - Siglas: (FR) - freqüência respiratória, (FC) - freqüência cardíaca, (SatO2) - saturação de oxigênio, (BSA) - Boletim de Silverman-Andersen. enfermeiras de AC considera essa variável como relevante, indiferente e parcialmente relevante (n=3). No que se refere à evolução do trabalho de parto e o tipo de parto, o uso de drogas durante o trabalho de parto e o índice de Apgar, as respostas foram concordantes entre os dois grupos de enfermeiras. Com relação aos sinais clínicos a serem observados no RN durante o período neonatal precoce, os dados obtidos a partir dos questionários estão apresentados na Tabela 2. Para a maioria das profissionais entrevistadas, tanto atuantes em AC quanto em UN, a observação da ocorrência de batimento de asa de nariz, retração de esterno e intercostal, gemido expiratório e cianose periférica e central é considerada como relevante ou totalmente relevante. Na Tabela 3 os dados apresentados demonstram a relevância apontada pelos enfermeiros de AC e UN, respectivamente, para diversos métodos de avaliação da adaptação da função respiratória do RN nas primeiras horas de vida. A maioria das enfermeiras considera a verificação de freqüência respiratória, a avaliação do parâmetro em intervalos regulares, a verificação de saturação de oxigênio, freqüência respiratória e cardíaca, ausculta pulmonar e uso do BSA como relevantes ou totalmente relevantes na avaliação da função respiratória neonatal, durante as primeiras seis horas de vida. DISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃO A TTN é um distúrbio pulmonar autolimitado resultado do retardo da reabsorção e clearence do fluido fetal pulmonar cuja resolução do quadro ocorre nas primeiras 24 a 72 horas de vida(9). Caracteriza-se por taquipnéia leve ou moderada de início precoce (até as primeiras seis horas após o nascimento) e involução rápida, entre o segundo e quinto dia de vida(3) e é uma das dificuldades adaptativas mais comumente observadas no período de transição(10). Durante a vida intra-uterina, os pulmões do feto são preenchidos por líquido, secretado pelo próprio epitélio pulmonar, rico em cloreto e pobre em bicarbonato e proteínas. No decorrer do trabalho de parto e nascimento, parte do líquido é expelida (durante as compressões torácicas que ocorrem, principalmente, na passagem do feto pelo canal vaginal, durante o parto normal) e parte é reabsorvida, uma vez que ocorre dilatação dos vasos linfáticos pulmonares (por ação de prostaglandinas específicas), bem como o aumento da circulação sangüínea pulmonar ao nascimento(10,11). Ademais, o início da respiração depende da estimulação do centro respiratório, que ocorre como resultado de uma combinação de estímulos químicos, térmicos e sensoriais, além de estimulação mecânica dos pulmões(10). Somente após o nascimento, portanto, os pulmões passam a ser preenchidos por ar e a desempenhar sua função de trocas gasosas. Na vigência da TTN, a eliminação e a reabsorção do líquido pulmonar são lentificadas ou incompletas, causando aumento da resistência de vias aéreas e redução na complacência pulmonar, com conseqüente aumento do trabalho respiratório(1,3). O acúmulo de fluido ocasiona dificuldade ventilatória e prejudica as trocas gasosas. Não há causa estabelecida para a TTN. Contudo, diversos são os fatores favorecem sua ocorrência: tais fatores podem estar associados a causas maternas, ao trabalho de parto e à condição clínica do neonato ao nascimento. Asma, diabete materno, parto cesárea eletiva e parto pélvico, trabalho de parto prolongado, retardo na ligadura do cordão umbilical, uso de drogas durante a gestação e uso de sedativos de modo excessivo na mãe durante o trabalho de parto, asfixia perinatal, macrossomia fetal e baixo peso ao nascer podem ser considerados como condições associadas à TTN(3,6,11). A ocorrência desses eventos durante a gestação, o trabalho de parto e nascimento pode acarretar atraso ou dificuldade na absorção e excreção do fluido pulmonar durante o parto e ao nascimento (o que ocorre, por exemplo, na realização de cesárea eletiva), ou ainda dificultam o início das incursões respiratórias pelo neonato, prejudicando o estabelecimento da função ventilatória, necessária à vida extra-uterina, 854854854854854 Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-deznov-deznov-deznov-deznov-dez; 6; 6; 6; 6; 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... Kimura AFKimura AFKimura AFKimura AFKimura AF, et al., et al., et al., et al., et al. que pode ser observado mediante o uso de sedativos em excesso durante o trabalho de parto e também na asfixia perinatal. A maioria das profissionais entrevistadas considerou as variáveis relacionadas à mãe, ao trabalho de parto e nascimento como totalmente relevantes ou relevantes, exceto pelas enfermeiras de AC, já que a maioria considerou a condição clínica materna como relevante, indiferente ou parcialmente relevante. Conhecer esses fatores parece ser medida necessária, uma vez que possibilita o estabelecimento plano de cuidados de enfermagem adequado e individualizado ao neonato susceptível ao desenvolvimento da TTN, favorecendo, por esse motivo, a detecção e a intervenção precoces. Revisão de literatura realizada com nove estudos analisou a relação entre o parto cesárea eletiva e a morbidade respiratória em RN de termo e pré-termos limítrofes, conclui haver um aumento no risco de morbidade respiratória em todos os estudos analisados e a magnitude desta relação parece apresentar dependência com a idade gestacional, havendo uma diminuição da morbidade com idade gestacional maior que 37 semanas(12). Estudo de caso controle com 67 (casos) neonatos com TTN e 167 (controles) neonatos que não tiveram diagnóstico de TTN apresentou conclusão semelhante. Análise multivariada revelou que apenas a idade gestacional (menor que 38 semanas e maior ou igual a 38 semanas) e o tipo de parto, independentemente e significantemente mostraram associação com risco para desenvolver TTN(9). Sexo do RN (masculino), prematuridade e parto cesárea sem ter tido trabalho de parto foram os maiores fatores de risco apontados em estudo retrospectivo realizado em um hospital da Turquia com 95 RNs com diagnóstico de TTN. Embora os sintomas usualmente regridam nas primeiras 48 horas, em alguns neonatos, a TTN pode se prolongar até o quinto dia de vida. Os autores recomendam a avaliação da freqüência respiratória nas primeiras 36 horas por se tratar de uma medida útil para predizer a evolução da TTN, uma vez que pode evoluir para um quadro de maior severidade requerendo suporte ventilatório visto que o diagnóstico da TTN pode se confundir com a pneumonia congênita(12). No exame físico do neonato com distúrbio ventilatório os sinais que caracterizam este quadro são a apnéia, taquipnéia e cianose(11) sendo fundamental na identificação da TTN. Embora essa patologia apresente, na maioria das vezes, uma evolução benigna, sua ocorrência não deve ser subestimada, visto que neonatos podem evoluir para um quadro de hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca(2). Além da taquipnéia, que é sua principal manifestação(13), são considerados como sinais característicos da TTN: batimento de asa de nariz ou dilatação nasal, retrações esternais, retrações intercostais, presença de gemido expiratório e cianose(2,3,11,14). Corroborando com os sinais clínicos descritos na literatura, a maioria das profissionais entrevistadas considerou como relevante e totalmente relevante a avaliação da presença desses eventos no RN, durante o período neonatal precoce. Assim, tanto as profissionais de AC quanto de UN parecem conhecer os sinais clínicos da patologia, além de considerar importante sua observação. Somente uma profissional, atuante em AC, considerou como parcialmente relevante a observação de cianose de extremidades. Isso se explica, possivelmente, porque no período neonatal precoce esse achado está também relacionado à vasoconstrição periférica resultante de hipotermia, não sendo, portanto, específico para caracterização da TTN. No entanto, a despeito de ser considerado como sinal específico de distúrbios respiratórios no RN(3), a presença de gemido expiratório foi considerada não relevante por uma enfermeira de UN. Pelo exposto, pode-se inferir que a maioria das enfermeiras entrevistadas considera importante a avaliação física na abordagem ao neonato portador de TTN. Essa avaliação permite detectar precocemente a ocorrência de TTN e deve ser preocupação da equipe de enfermagem no que tange os cuidados prestados ao neonato durante o período transitivo neonatal precoce. Monitorizar parâmetros vitais torna-se medida relevante e deve ser prescrita no plano assistencial de enfermagem. Essa monitorização pode ser realizada periodicamente, a cada 30 ou 60 minutos, de acordo com a apresentação clínica do RN, objetivando acompanhar a evolução da patologia. A maioria das profissionais que participaram do estudo considerou relevante ou totalmente relevante a verificação de freqüência respiratória e sua aferição a intervalos regulares. Já a monitorização de saturação de oxigênio também foi considerada como relevante e totalmente relevante pela maior parte das enfermeiras de UN. A necessidade de oferta de oxigênio suplementar ao neonato portador de TTN baseia-se no grau de desconforto respiratório, mensurado por intermédio do BSA(2). A aplicação deste escore, por sua vez, requer avaliação clínica acurada de parâmetros já discutidos anteriormente: retração intercostal (superior e inferior), retração esternal, batimento de asa de nariz e gemido expiratório (audível com ou sem estetoscópio). Assim, além da avaliação clínica, a monitorização de parâmetros vitais, a ausculta pulmonar e a aplicação do BSA foram pontos considerados importantes pelas enfermeiras que participaram do estudo. A maioria das enfermeiras considerou o uso do BSA e a ausculta pulmonar como medidas importantes na avaliação do neonato nas primeiras horas de vida. A assistência ao RN no período de transição requer equipe adequadamente treinada e apta a identificar quaisquer sinais de desconforto respiratório, destacando-se, nesse estudo, os relacionados à TTN. As enfermeiras devem empregar critérios sistematizados para avaliar as necessidades do neonato que apresenta distúrbio ventilatório e desenvolver diagnósticos de enfermagem de acordo com as demandas das necessidades identificadas(15). Ao se considerar a assistência ao RN com quadro de desconforto respiratório, os diagnósticos de enfermagem mais apropriados parecem ser “Padrão respiratório ineficaz” e “Troca de gases prejudicada”(15). Para ambos, destacam-se as seguintes intervenções de enfermagem, que podem ser implementadas a neonatos: identificação de fatores de risco ou fatores associados, ausculta pulmonar, avaliação do padrão ventilatório, monitorização de sinais vitais, avaliação de resultados laboratoriais e radiológicos, oferta de oxigênio suplementar, adequação de posicionamento no leito. Os resultados esperados incluem o restabelecimento de ventilação pulmonar eficaz, melhora na oxigenação, com oferta adequada aos tecidos, além de ausência de sintomas de sofrimento respiratório(16). Com relação aos problemas colaborativos associados ao diagnóstico médico da TTN esses não estão incluídos no diagnóstico de enfermagem(16), entretanto, na prática clínica, a assistência ventilatória e a monitoração contínua da função respiratória constituem-se em intervenções de enfermagem(17). Assim, a atuação do enfermeiro deve permear a elaboração de 855855855855855RevRevRevRevRev Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez; 6 6 6 6 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... AAAAAvaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediato plano de cuidados individualizado, apropriado para a condição clínica do neonato, capaz de direcionar a assistência. A identificação de neonatos com risco para desenvolvimento da TTN, bem como a identificação precoce da condição é uma medida relevante que pode favorecer a assistência neonatal durante o período adaptativo. A elaboração de protocolos de avaliação e monitoração da função respiratória do RN nas primeiras horas de vida é de suma importância, tendo em vista que é freqüente a ocorrência distúrbios respiratórios durante o período adaptativo neonatal, em especial a TTN. Protocolos de atendimento podem atuar como um instrumento definidor e unificador das ações dos profissionais da equipe enfermagem e contribuir para a sistematização da assistência, repercutindo na melhora qualidade do atendimento prestado e na redução tempo de internação dos RN. CONCLCONCLCONCLCONCLCONCLUSÃOUSÃOUSÃOUSÃOUSÃO A maioria das enfermeiras atuantes em AC considera como relevante e totalmente relevante a evolução do trabalho de parto, tipo de parto, uso de drogas durante o trabalho de parto, índice de APGAR, observação de sinais clínicos, verificação de FR (inclusive em intervalos regulares), ausculta pulmonar e aplicação do Boletim de Silverman-Andersen. Já as enfermeiras de UN, além dos dados considerados como relevantes e totalmente relevantes pelas enfermeiras atuantes em AC, consideram ainda a condição clínica materna e a verificação não somente de FR, mas também de saturação de O2 e FC. CONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAIS As publicações de enfermagem referentes ao tema são escassas, embora esses profissionais sejam responsáveis por grande parte da assistência ao neonato que apresenta TTN. Entretanto, os profissionais conhecem os fatores associados à ocorrência da patologia, bem como os sinais clínicos e as formas de avaliação do RN, conforme descrito no presente estudo. O desenvolvimento de protocolos de atenção, com base não somente em dados consagrados da literatura, mas também considerando aspectos observados na prática clínica podem favorecer a prática de enfermagem, no que se refere à identificação precoce da patologia, na monitorização e no acompanhamento clínico adequados. Dessa forma, a equipe de enfermagem ofereceria melhor atendimento ao RN que desenvolve TTN durante suas primeiras horas de vida. REFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIAS 1. Lawson ME. Taquipnéia transitória do recém-nascido. In: Cloherty JP, Stark AR. Manual de neonatologia. São Paulo (SP): Msdsi; 2000. p. 388-90. 2. Miyoshi MH, Yada M. Síndrome do pulmão úmido. In: Kopelman BI, Santos AMN, Goulart AL, Almeida MFB, Myioshi MH, Guinsburg R. Diagnóstico e tratamento em neonatologia. São Paulo: Atheneu; 2004. p. 79-84. 3. Asenjo M. Transient tachypnea of the newborn. 2003. [cited 2008 Feb 8]. Available from: http://www.emedicine.com/radio/ topic710.htm 4. Birnkrant DJ, Picone C, Markowitz W, El Khwad M, Shen WH, Tafari N. Association of transient tachypnea of the newborn and childhood asthma. Pediatric Pulmonology 2006; 41(10): 978-84. 5. Ministério da Saúde (BR). [citado 2008 Fev 29]. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saudevisualizar_texto. cfm?idtxt=24229 6. Gomella TL, organizador. Neonatologia: manejo, procedi- mentos, problemas no plantão, doenças e farmcologia neonatal. Porto Alegre: Artmed; 2006. 7. Melson K A, Jaffe MS, Kenner C, Amlung S. Enfermagem materno-infantil: planos de cuidados. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso; 2002. 8. Tamez RN, Silva MJP. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. 9. Riskin A, Abend-Weinger M, Riskin-Mashiah S, Kugelman A, Bader D. Cesarean section, gestacional age and transient tachypnea of the newborn: timing is the key. Am J Perinatol 2005; 22(7): 377-82. 10. Askin DF. Complications in the transition from fetal to neonatal life. JObstet Gynecol Neonatal Nurs 2002; 31(3): 318-27. 11. Hermansen CL, Lorah KN. Respiratory distress in the newborn. Am Fam Physician 2007; 76(7): 987-94. 12. Kasap B, Duman N, Özer E, Tatli M, Kumral A, Özkan H. Transient tachypnea of the newborn: predictive factor for prolonge tachypnea. Pediatr Int 2008; 50(1): 81-4. 13. Hansen AK, Wisborg K, Uldbjerg N, Henriksen TB. Elective caesarean section and respiratory morbidity in the term and near-term neonate. Acta Obstetr Gynecol Scand 2007; 86 (4): 389-94. 14. Zanardo V, Simbi AK, Franzoi M, Soldá G, Salvatori A, Trevisanuto D. Neonatal respiratory morbidity risk and mode of delivery at term: influence of timing of elective caesarean delivery. Acta Paediatr 2004, 93 (5): 643-7. 15. Armitage G. Nursing assessment and diagnosis of respiratory distress in infants by children’s nurses. J Clin Nurs 1999; 8(1): 22-30. 16. Carpenito-Moyer LJ. Manual de diagnósticos de enfermagem.10ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2006. 17. McCloskey JC, Bulecheck GM. Classificação das intervenções de enfermagem (NIC). 3ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2004. Fisioterapia Aplicada a Pediatria/Enfermidades InfanoJuvenis.pdf 06/11/2012 1 Enfermidades e Distúrbios Infanto- juvenis Fisioterapia Aplicada a Pediatria Campo de atuação da Fisioterapia Pediátrica: • Portadores de: – Distúrbios neurológicos; – Malformações congênitas; – Afecções dos ossos, das articulações, dos músculos e da pele; – Doenças do aparelho respiratório. • Ambiente de trabalho: – Hospitalar, Ambulatorial e Domiciliar. Importância da Fisioterapia Pediátrica • Auxilia no DNPM; • Evita ou minimiza deformidades e incapacidades; • Proporciona uma melhor qualidade de vida à criança. Objetivos Gerais: • Avaliar e identificar as principais limitações funcionais na criança; • Traçar um programa de tratamento adequado; • Fazer um prognóstico do paciente; • Orientar aos pais/cuidadores sobre as atenções domiciliares. Princípios básicos: • Introdução ao DNPM; – Teoria Neuromaturacional – Teoria dos Sistemas Dinâmicos • Filogênese e Ontogênese do sistema nervoso; • DNPM normal; • Alterações do DNPM; Desenvolvimento neuropsicomotor • Teoria neuromaturacional: Todas as aquisições motoras são resultado da maturação do SNC; O ambiente tem papel secundário no desenvolvimento; Desenvolvimento: direção céfalo caudal proximal distal movimento primitivo e reflexo voluntário e controlado a seqüência de movimentos constante Milestones 06/11/2012 2 Desenvolvimento neuropsicomotor • Teoria dos sistemas dinâmicos: Estágio de maturação do SNC + outros subsistemas = desenvolvimento de habilidades Visão holística Tarefa funcional ambiente bebê Desenvolvimento das habilidades Filogênese do Sistema Nervoso Filogênese do Sistema Nervoso • Neurônios aferentes (sensitivos) • Neurônios eferentes (motores) • Neurônios de Associação • Tendência a centralização do corpo do neurônio sensitivo • Arco reflexo simples • Arco reflexo intrasegmentar • Arco reflexo intersegmentar Arco reflexo • Arco Reflexo Ontogênese do Sistema Nervoso • Ontogênese – série de transformações sofridas pelo ser vivo desde a fecundação do ovo até o ser perfeito, seguindo a seqüência filogenética. 06/11/2012 3 Ontogênese recapitulando a filogênese • Seres unicelulares. • Seres pluricelulares. • Organização de tecidos, órgãos e sistemas ou aparelhos. • Temos o nosso desenvolvimento na água • Ganhamos e perdemos vários marcos da evolução das espécies. • Nascemos • Trazemos como herança aptidões encontradas nas outras famílias do reino animal DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO Concepção Gestação Recém Nascido 1º Ano de vida Pré escolar Escolar Adolescente Maturidade DNPM Normal • Funções motoras, funções sensitivas, funções sensoriais • Ato motor = percepção + motivação + meio ambiente • Milestones (Marcos do desenvolvimento) Parâmetro para avaliação, Nível de funcionalidade. DNPM Normal • Ação da gravidade (limitante e estimuladora); • Tônus muscular (expressão de um conjunto neuromuscular); • Comprimento muscular (alongamento axial e apendicular); • Distribuição homogênea do peso; • Mão, boca, os olhos, nariz e ouvidos. Reflexos Primitivos ou Arcáicos • Sucção • Busca ou voracidade ou 4 pontos cardeais • Preensão palmo plantar • Moro • RTCA (Esgrimista) • Marcha automática Marcos do desenvolvimento (Milestones) • Sustentando a cabeça • Rolando • Sentando • Engatinhando • Ficando de pé • Andando • As mãos : as pegadas de bloco até a pinça, comparar com chipanzé. 06/11/2012 4 PRIMEIRO MÊS PRIMEIRO MÊS ☞ ATITUDE ASSIMÉTRICA ☞ HIPOTONIA CERVICAL. ☞ HIPERTONIA FLEXORA GERAL. ☞ MÃOS FECHADAS, POLEGAR ADUZIDO ☞ REFLEXOS ARCAICOS. ☞ CHORO INARTICULADO. ☞ FIXA O OLHAR SEGUNDO MÊS ☞ POSTURA SIMÉTRICA. ☞ TONUS CERVICAL MOMENTÂNEO. ☞ HIPERTONIA GERAL LEVE. ☞ PERDE ESGRIMISTA. ☞ SORRI ESPONTÂNEAMENTE. ☞ ACOMPANHA OBJETOS NO SEU CAMPO VISUAL. ☞ INÍCIO DA LALAÇÃO. QUARTO MÊS ☞ APOIO NO ANTEBRAÇO ☞ TONUS CERVICAL COMPLETO. ☞ ROLA. ☞ PREENSÃO PALMAR VOLUNTARIA. ☞ PERDE MARCHA REFLEXA E MORO INCONSTANTE ☞ ESTABILIZA A LALAÇÃO. SEXTO MÊS ☞ AJUDA AO SENTAR-SE. ☞ SENTA-SE COM APOIO. ☞ PERDE O MORO, A PREENSÃO PALMAR, ☞ TRANSFERE OBJETOS DE MÃO. ☞ LEVA OBJETOS À BOCA ☞ PROCURA SONS COM A CABEÇA NONO MÊS ☞ SENTA-SE SEM APOIO. ☞ PODE ENGATINHAR. ☞ HIPOTONIA FISIOLÓGICA. ☞ PERDE SUCÇÃO E PREENSÃO PLANTAR. ☞ PRIMEIRAS PALAVRAS. ☞ PERDA DA LALAÇÃO. ☞ PEGADA EM PINÇA. ☞ RESPONDE DIFERENTEMENTE AS PESSOAS. DÉCIMO SEGUNDO MÊS ☞ DE PÉ E MARCHA COM APOIO. ☞ PREDOMINA A HIPOTONIA FISIOLÓGICA. ☞ FIM DOS REFLEXOS ARCÁICOS. ☞ PRIMEIRAS PALAVRAS COM SENTIDO(MAMÃE) ☞ DÁ TCHAU, BATE PALMAS, NÃO. 06/11/2012 5 APARTIR DO DECIMO SEGUNDO MÊS ATÉ O DECIMO OITAVO. ☞ REFLEXOS DE ADULTOS. ☞ ANDA SEM APOIO. ☞ PEGADA EM PINÇA. ☞ COMBINA 2 OU MAIS PALAVRAS. ☞ TIRA PEÇAS DE ROUPAS. 2 anos de idade • Corre; • Monta torre com 6 cubos; • Imita linha circular com lápis; • Usa frases; • Compreende ordens simples; • Começa controle de esfincteres (diurese e evacuação). 4 anos • Salta sobre um pé; • Desenha bem; • Usa conjugações verbais; • Consegue lavar e enxugar o rosto; • Dá recados e brinca em grupos. 5 anos • Permanece com o calcanhar em contato com a ponta do outro pé, olhos abertos, 10”; • Pula de um pé só uma distância de 5 m, com o pé dominante; • Anda para frente com o calcanhar em contato com a ponta do outro pé; • Copia um círculo/quadrado; • Toca a extremidade dos dedos com o polegar; • Conhece e nomeia todas as cores; • Consolidação do controle esfincteriano; 6 anos • Permanece com o calcanhar em contato com a ponta do outro pé, olhos fechados, 10”; • Pula de um pé só uma distância de 5 m, com o pé não dominante; • Anda para trás com o calcanhar em contato com a ponta do outro pé; • Bate com o pé esquerdo e o indicador alternando com o direito; • Tem noção de direita e esquerda; “ O conhecimento do estado patológico não se pode obter antes do conhecimento do estado normal” Claude Bernard 06/11/2012 6 Quais os Principais Sinais de um Desenvolvimento Neuropsicomotor Atípico????? • manutenção dos reflexos arcaicos além do tempo; • Alteração de tônus; • perímetro cefálico; • não aquisição dos marcos de desenvolvimentos. DNPM Atípico • Primeiro Trimestre: – Pouco interesse aos estímulos visuais e auditivos; – Exagero de hipertonia flexora (mãos cerradas+polegar aduzido); – Hiperexcitabilidade; • Segundo Trimestre: – Hipotonia de tronco e pescoço (dificuldade para manter a cabeça); – Diminuição da atividade espontânea; – Hipertonia extensora de MMII; DNPM Atípico • Terceiro Trimestre: – Alterações segmentares (tono e movimento); – Manuseio pobre; – Dificuldade de equilíbrio de tronco; • Quarto Trimestre: – Melhor definição das alterações dos trimestres anteriores; – Dificuldade para engatinhar; – Ausência de comunicação pela fala; – Esteriotipias; DNPM Atípico • Dois anos: – Atraso na aquisição da marcha e da fala; • Três anos: – Transtornos da comunicação e da conduta, hiperatividade; • Cinco anos: – Dificuldades na coordenação no equilíbrio e na atenção; • Sete anos: – Dificuldades na percepção do esquema corporal, coordenação, atenção e aprendizagem; Referências Bibliográficas BURNS,Y; DONALD,J. Fisioterapia e crescimento na infância.1ª ed.Santos: São Paulo,1999 FLEHMING, INGE. O Desenvolvimento Da Criança Normal E Com Atraso.Ed. Atheneu, São Paulo,2000 MOURA, E. W.; SILVA, P. A.C. Aspectos Clínicos e Práticos da Reabilitação. Ed. Artes Médicas, São Paulo, 2005 (AACD) TECKLIN,J.S.Fisioterapia pediátrica.3ª ed.Artmed.Porto Alegre,2002 Fisioterapia Aplicada a Pediatria/Aprendizado Motor.pdf 06/11/2012 1 Aprendizado Motor Fisioterapia em Pediatria Introdução • Indivíduo portador de lesão do sistema neuromuscular ou ósseo ADNPM Algum problema adquirido Doença do sistema osteomuscular Fisioterapia Auxiliar na execução de atos da vida cotidiana de forma ativa com a melhor eficiência possível Introdução • Lactente ou criança que apresente distúrbio motor Organizar as partes de seu corpo para poder atingir determinada meta • Desempenho do lactente semelhante ao do adulto • Métodos de intervenção levam em conta: Biomecânica dos movimentos Características dos músculos Contexto ambiental Introdução • Exemplo: Introdução • Exemplo: Aprende a controlar os músculos extensores dos MMII´s de forma sinérgica Aprende a produzir força muscular apropriada no momento adequado • Sempre que possível, deve-se treinar este ato independente Inicialmente: com auxílio das mãos Aprendizado Motor • Atos motores básicos Maturação do SNC Crescimento Ambiente 06/11/2012 2 Aprendizado Motor • Aprendizado e controle dos movimentos Inibição progressiva da atividade muscular indesejável • Treinamento dos atos motores Adaptar a produção de força Adaptar o padrão de ativação dos músculos às necessidades da tarefa em questão Interação voluntária e Eficiente com o ambiente Controlar ativa e independentemente Contração de seus músculos Movimentos dos segmentos de seu corpo Aprendizado Motor • Feedback Informações que provêm de fontes internas e externas, através dos olhos, do labirinto, da pele e da musculatura, levando-nos a conhecer o desempenho e os resultados È indispensável à aprendizagem Cuidados a serem tomados Aprendizado Motor • Identificação do Objetivo Tarefas concretas X Tarefas abstratas Movimento é parte integrante de um ato e não apenas um processo independente Amplitude e qualidade do movimento dependem da prática, do interesse e da qualidade das informações disponíveis Tarefas concretas acompanham de um maior número de informações sobre o ambiente Aprendizado Motor • Demonstração e Instrução São importantes instrumentos de ensino na clínica Instruções: devem restringir-se ao mínimo possível, para não sobrecarregar a criança com informações Aprendizado Motor • Direcionamento Manual Movimentos passivos Restrição física • Prática A criança aprende o padrão do movimento Modifica esse padrão de acordo com as necessidades Aumenta a força muscular 06/11/2012 3 Treinamento da Motricidade • Da posição sentada para posição de pé Ficar em pé é indispensável para a realização independente de outros atos Posição em pé: exige a capacidade de extensão das articulações dos MMII´s sobre uma base de apoio fixa A capacidade de empregar os MMII´s para propulsionar a massa corporal Exige a combinação com a flexão do tronco, a fim de projetar o centro de gravidade do corpo para a frente Sentada para de pé • Funções dos MMII´s Propulsão Apoio Equilíbrio • Lactente com distúrbio motor: treiná-lo a passar para de pé • Treinar passar da posição de cócoras para a posição de pé e depois retornar Padrão motor que pode desaparecer se não for treinado Sentada para de pé • Falta de prática deste movimento Encurtamento da panturrilha Encurtamento dos flexores de quadris e joelhos • Criança que não desenvolveu os ajustes posturais Dificilmente consegue ficar em pé sem usar as mãos Não conseguirá se manter na posição bípede independente • Colocar-se em pé, exige: Manter o equilíbrio enquanto o centro de gravidade se desloca de uma base de apoio larga para pequena Sentada para de pé • Fase de pré-extensão Deslocar os pés para trás de uma linha vertical imaginária Tronco desloca-se para a frente ao nível dos quadris Ombro descreve trajetória horizontal e depois vertical Flexão do tronco faz com que as coxas se movimentem para a frente Flexão de joelhos DF dos tornozelos Sentada para de pé • Fase de extensão Começa ao nível dos joelhos (coxas se elevam) Seguem-se depois Extensão do quadril FP • Componentes indispensáveis Posicionamento dos pés A flexão do tronco para frente ao nível dos quadris (coluna em extensão) Deslocamento horizontal do joelho para a frente acompanhado de DF Extensão de joelho, quadril e tornozelo Sentada para de pé • Distúrbio Motor Dificuldade para a produção de força dos músculos extensores dos MMII´s Deslocamento deficiente dos pés para trás Encurtamento do músculo solear 06/11/2012 4 Sentada para de pé • Distúrbio Motor Incapacidade para deslocar a metade superior do tronco em grau suficiente para frente Comportamentos motores adaptativos • Comportamentos motores adaptativos Hemiplegia: produz força com a perna normal; centro de gravidade desvia para o lado Força insuficiente dos extensores do MMII: uso das mãos, balançar os braços para frente e para cima Sentada para de pé Sentada para de pé • Treinamento Finalidade: adquirir prática Repetição é necessária Melhorar o aprendizado Fortalecer a musculatura Sentada para de pé Assento de altura adequada Cadeira sem braços Primeiras sessões Demonstração Execução passiva Movimento ativo é indispensável Sentada para de pé • Treinamento Condução manual: assegurar o posicionamento correto dos pés Pés exercem pressão para baixo Joelhos são trazidos p/ frente com o objetivo de assegurar a DF Sentada para de pé Cuidado: não executar a extensão passiva do joelho precocemente Tornozelos permanecem em DF por um bom tempo depois das coxas se levantarem do assento Feedback Dispositivos eletrônicos (pressão) Dispositivos auditivos 06/11/2012 5 Sentada para de pé • Treinamento Criança c/ dificuldades na contração dos músculos extensores Interromper o movimento em vários pontos Necessidade: alongamento da panturrilha Mudança do ambiente Tornar o assento mais alto ou mais baixo Apoiar os braços em uma mesa diante dela Treinamento da Motricidade • Deambulação Marcha: fase de apoio e fase de movimento Fase de sustentação Apoio Equilíbrio Propulsão Absorção da energia mecânica Fase de movimento Trajetória Deambulação • Fase de sustentação Calcanhar em contato com o solo Tornozelo em DF e extensão do quadril Tornozelo em FP Discreto movimento de Flexão do joelho Corpo se desloca para frente RI quadril • Fase de locomoção Elevação dos artelhos Tornozelo em DF associado à flexão do joelho Extensão do quadril Deambulação • Distúrbio motor Falta de flexão do joelho (incapacidade para tirar o pé do solo) Incapacidade de estender o joelho Deambulação Incapacidade de realizar a DF Deambulação • Distúrbio motor Falta de extensão no quadril e DF no tornozelo Passos curtos com a perna em movimento Falta de controle do joelho Joelho entra em hiperextensão Mantém em flexão de alguns graus Deficiência de flexão do joelho Levanta a pelve no lado que corresponde à perna em movimento Déficit dos ajustes posturais Base de apoio larga Manter os braços em abdução 06/11/2012 6 Deambulação • Treinamento Lactente apresenta ou corre risco de apresentar atraso do desenvolvimento Estimular a posição bípede precocemente Deambulação • Treinamento – Posição bípede Posicionamento dos pés Corpo ligeiramente inclinado para frente Pés afastados Talas: caso o lactente não consiga manter os joelhos em extensão Deambulação • Treinamento – Dando passos Marcha lateral Marcha para frente Primeiras tentativas: apoio (suspenso gradativamente) Apoio em mãos Nos ombros e metade superior do tronco Apoio no quadril Deambulação Deambulação • Modificação do ambiente Dificuldade na flexão de quadril e joelho Trajeto com obstáculos, de tal forma que a criança tenha que passar por cima deles Pés muito próximos um do outro Colocar uma viga entre os pés Base muito larga Andar dentro de limites sobre o solo Treinamento da Motricidade • Preensão Principal função do MS: deslocar a mão para ela poder atuar Ato mais importante do braço: estender-se Principal finalidade da mão: interação c/ o ambiente Metade superior do corpo também participa 06/11/2012 7 Preensão • 2 fases Componente de transporte Componente de manipulação • Braço e mão funcionam como uma unidade • Extensão da mão p/ frente Flexão em nível do ombro com certo grau de RE Abertura da mão entre o polegar e os dedos Extensão do corpo Prono-supinação adequada à orientação do objeto Preensão • Preensão Extensão dos dedos e abdução do polegar Fechamento do polegar e dedos em torno do objeto • Distúrbio motor Desvio do trajeto normal Deficiências no tocante à velocidade do movimento Falhas na escolha do momento certo p/ estabelecer o contato c/ o objeto Ex.: Criança PC hemiplégica • Distúrbio motor Lesões no córtex motor ou nas vias corticomotoras Perda do controle sobre os movimentos delicados dos dedos Postura anormal Flexão ou extensão persistente dos dedos Flexão do punho Pronação do punho Desvio ulnar Preensão Preensão Preensão • Treinamento Objetivo Movimentos delicados Função de apoio Vantagens do treino precoce Desenvolver a coordenação olhos-mão e objeto-mão Controle dos músculos externos dos olhos Interações com o ambiente Preensão • Treinamento Aprende a incorporar os ajustes posturais necessários à preensão e manipulação Mão hemiplégica É necessário imobilizar a mão normal 06/11/2012 8 Preensão É preciso treinar atividades bimanuais Polegar aduzido Posicioná-lo na tala Treinamento da Motricidade • Equilíbrio sentado e em pé Depende dos ajustes posturais Finalidade: estabelecer a ligação intersegmentar, mantendo o corpo firme • Distúrbio motor Ausência das reações de endireitamento Realização de ajustes posturais precários sobre uma base de sustentação fixa Equilíbrio sentado e em pé • Distúrbio motor Problemas encontrados Incapacidade p/ realizar ajustes preparatórios eficazes na posição sentada e em pé Incapacidade c/ os ajustes posturais durante os movimentos Movimentos incoordenados Comportamentos motores compensatórios Alargamento da base de sustentação Uso das mãos para se apoiar Manutenção do corpo rígido Equilíbrio sentado e em pé • Treinamento Evitar comportamentos motores compensatórios Ajustes posturais são específicos em relação à tarefa e ao contexto Cuidado!!!!! • Sinais de hiperestimulação Alterações de cor Sudorese Rubor das orelhas Choro Outros equipamentos utilizados • Caixa de tato • Tábua geométrica para encaixe • Parapodium • Cadeiras para posicionamento • Andadores Fisioterapia Aplicada a Pediatria/Paralisia Cerebral.pdf 06/11/2012 1 Paralisia Cerebral Fisioterapia em Pediatria Definição É definida como “uma desordem do movimento e da postura devido a um defeito ou lesão do cérebro imaturo” (Bax, 1964). A lesão cerebral não é progressiva e provoca debilitação variável na coordenação da ação muscular, com resultante incapacidade da criança em manter posturas e realizar movimentos normais (BOBATH, K.). “Designa um grupo de distúrbios cerebrais de caráter estacionário que são devidos a alguma lesão ou às anomalias do desenvolvimento ocorridas durante a vida fetal ou durante os primeiros meses de vida (SHEPHERD, R.B.). Revisão Histórica • Numerosos métodos de tratamento ao longo dos anos • Maioria baseavam-se na observação clínica das teorias de neurofisiologia da época • Sempre houve dificuldades para demonstrar que melhora do paciente resultou de um ou outro método • Parece não haver dúvidas que a intervenção ativa por parte do paciente é essencial Etiologia Causas Pré-Natais A – Genéticas e/ou hereditárias B – Maternas Circulatórias Eclâmpsia Hemorragias Desprendimento prematura da placenta Má posição do cordão umbilical Infecções Tóxicos C – Físicas Etiologia Causas perinatais Asfixia Hemorragia intracraniana Prematuridade e baixo peso Icterícia grave Infecções pelo canal do parto Causas pós-natais Meningencefalites bacterianas e virais TCE Síndromes epiléticas Prevenção • Pré-natal regular • Evitar drogas e álcool • Tratamento da Icterícia neonatal – Fototerapia ou exsangüíneotransfusão – Uso de imuglobulina anti-D após o parto Vacinas antes da gravidez 06/11/2012 2 Neuropatologia • Lesões antes da 20a semana de IG: ulegíria, esquizencefalia e polimicrogíria • Lesões entre a 26a e 30a semana: substância branca periventricular (leucomalácia periventricular) • Lesões no 3o trimestre de gestação ou RN pré- termo: córtex e gânglios da base Topografia Sinais clínicos: Espástica (75% dos casos) Atetósica (18% dos casos) Hipotônica (2 a 3% dos casos) Atáxica (2 % dos casos) Mista (2% dos casos) Comprometimento motor Tetra ou quadriplegia/paresia Hemiplegia/paresia Diplegia/paresia Monoplegia/paresia Paraplegia/paresia Descrição dos quadros clínicos FORMA HIPOTÔNICA Característica do grupo atetóide Flacidez extrema Incapacidade de produzir a força muscular p/ se movimentar Movimentos espontâneos escassos Cabeça cai para traz quando puxada para sentar Quando segurada na posição sentada é incapaz de manter a cabeça e o tronco Em DV, não faz a suspensão Apresenta dificuldades respiratórias – respiração superficial Dificuldade para beber e alimentar-se Posição típica: membros em abdução, flexão e rotação externa Descrição dos quadros clínicos FORMA ESPÁSTICA • Hipertonia acentuada de MMSS´s e MMII´s • Hipotonia dos eretores da cabeça • Quando suspensa, atitude em tesoura • Persistência de reflexos • Atividades limitadas • Movimentos associados • Adaptações do comportamento • Pode desenvolver contraturas e deformidades • Dificuldade de deglutir e mastigar • Sialorréia • Alterações na estrutura do crânio • Freqüentes infecções pulmonares • Formas graves: não seguem as etapas do desenvolvimento Descrição dos quadros clínicos FORMA ATETÓSICA “sem posição fixa” Associada a icterícia grave neonatal (bilirrubínica) Tônus postural instável e flutuante (mais baixo que o normal) Movimentos involuntários da face durante o repouso e/ou movimentos intencionais Movimentos espasmódicos, incontrolados e de amplitude extrema Deficiente controle da cabeça – afetar visão Não conseguem manter uma posição estável contra a gravidade Mobilidade exagerada nas articulações Difícil mastigação e deglutição Fala disártrica Descrição dos quadros clínicos FORMA ATÁXICA Rara Dificuldades para controlar a velocidade, a amplitude, a direção e a força de seus movimentos Tônus postural baixo Incoordenação cinética Alterações movimentos finos da mão (coordenação fina) ADNPM “Marcha do bêbado” Fala disártrica 06/11/2012 3 Descrição dos quadros clínicos QUADRIPLEGIA ESPÁSTICA Incapaz de retificar a cabeça Incapaz de manter seu equilíbrio em qualquer posição ou usar os braços e as mãos. Supino: forte retração do pescoço e ombros; a rotação da cabeça para o lado pode desencadear o RTCA; incapaz de rolar de supino para o DL e para prono; ausência de rotação sobre seu eixo; incapacidade para levantar a cabeça, impedindo passar para sentada; espasticidade extensora no quadril dificulta passar para sentada Descrição dos quadros clínicos QUADRIPLEGIA ESPÁSTICA Prono: não eleva a cabeça; não usa os braços e mãos para apoio; quadris e joelhos podem estar flexionados ou se estendidas no quadril, as pernas rodam para dentro e aduzem; pés em FP Sentada: base estreita; equilíbrio precário; não consegue usar os braços para apoio; algumas poderão assumir a postura em flexão total Deformidades: Escoliose ou cifoescoliose Deformidade flexoras do quadril e joelhos Pés eqüino Subluxação de quadril Descrição dos quadros clínicos DIPLEGIA ESPÁSTICA Durante os 4 ou 6 meses: pode parecer normal Leve comprometimento da cabeça e MMSS´s: pode conseguir girar para o lado, mas terá dificuldades em rolar para prono MMII´s tornam-se rigidamente estendidos Engatinhar torna-se impossível à medida que a espasticidade extensora dos MMII´s fica mais forte; passa a arrastar Sentar: será difícil ou impossível Descrição dos quadros clínicos DIPLEGIA ESPÁSTICA • De pé: estende a cabeça e os ombros para assumir e manter a postura ereta apesar da insuficiente flexão do quadril, isso resulta no aumento da lordose lombar; fazem uso excessivo de qualquer reação de retificação e equilíbrio presente “acima da cintura”. • Deformidades – Hipercifose – Hiperlordose lombar – Subluxação dos quadris – Adução e rotação interna das pernas – Pés eqüino Descrição dos quadros clínicos HEMIPLEGIA ESPÁSTICA Descoberta é tardia Inicialmente o lado afetado parece ser “mole” ADNPM Tendência em cair para o lado comprometido Se orienta pelo lado sadio Irá rolar de supino para prono sobre o lado afetado Sentado: o lado afetado se retrai Lado afetado poderá ser negligenciado pelos pais Não aprenderá a engatinhar e preferirá arrastar-se sentado Descrição dos quadros clínicos HEMIPLEGIA ESPÁSTICA De pé: apoiará seu peso na perna sadia. A perna afetada parecerá ser “fraca”, e tenderá a cair se tiver que sustentar seu peso sobre ela Marcha: perna e pé se enrijecerão gradualmente para sustentar o peso; somente conseguirá sustentar seu peso na perna afetada com ajuda da espasticidade extensora. Deformidades: Deformidades flexoras do cotovelo e punho com pronação do antebraço e desvio ulnar do punho Adução do polegar Escoliose Pés eqüino 06/11/2012 4 Deficiências Funcionais Preensão • Desenvolvimento precário dos movimentos habilidosos das mãos • Pega objetos com a mão inteira, lentamente, com força em excesso • Deficiências em adaptar a força muscular à carga Deficiências Funcionais Ato de sentar no chão • Diplégica – Postura em “W”: flexão do tronco acompanhada por extensão do pescoço, coxas em rotação interna – Pernas estendidas para frente: flexão de joelhos e flexão insuficiente dos quadris, flexão da metade superior do seu tronco Deficiências Funcionais Sentado na cadeira Rotação interna de quadris Flexão insuficiente dos joelhos Flexão plantar nos tornozelos Coxas em relativa extensão Flexão da metade superior do tronco Deficiências Funcionais Levantando da posição sentada para a posição em pé • Incapacidade de colocar os pés ou o pé do membro inferior afetado o suficiente para trás • Diminuição da amplitude e da velocidade da flexão do tronco em nível dos quadris Deficiências Funcionais Marcha Diplégica: caminhar lento e cambaleante, passos curtos Hemiplégica: amplitude dos passos varia e a marcha é claudicante Encurtamento da panturrilha: redução da extensão de quadril e DF tornozelo Joelhos são mantidos em hiperextensão Adutores encurtados: quadris em tesoura Braços podem estar abduzidos Velocidade da marcha pode estar afetada Deficiências Funcionais Ajustes posturais • Dificuldade na coordenação cronológica das respostas motoras do MMII afetado, diante das alterações da área de sustentação 06/11/2012 5 Deficiências Associadas ADNPM Deficiências cognitivas e de percepção Surdez Defeitos da visão Disfagia Convulsões Alterações da fala e distúrbios da comunicação O Reconhecimento Precoce da PC Sinais anormais aparecerão É frequentemente muito difícil estabelecer um diagnóstico definido de PC antes dos 4 meses Pais procuram atendimento porque os filhos não alcançaram os estágios normais do DNPM História devem ser encontrados um ou mais fatos Forma como a mãe segura ou apóia o filho pode indicar uma anormalidade O Reconhecimento Precoce da PC Testes em Supino Hipertonia extensora máxima, com retração de cabeça, pernas aduzidas e estendidas, braços fletidos no cotovelo, mãos fechadas. Não consegue erguer a cabeça, nem flexionar os quadris e coluna Não consegue mover os braços para frente, nem tocar o corpo e suas mãos não se abrem para agarrar um objeto. Se puxado para sentado, ocorre a “queda da cabeça”; quadris resistem à flexão (cifose compensatória) Reflexos patológicos presentes O Reconhecimento Precoce da PC Testes em Prono • Hipertonia flexora máxima, cabeça é mantida na linha média (não libera as vias aéreas), ombros protraídos com braços aduzidos. • Reação de Landau: não consegue levantar a cabeça, braços fletidos e pernas estendidas e aduzidas. O Reconhecimento Precoce da PC Testes na posição sentada Não consegue sentar Hipertonia flexora dos braços impede as reações de proteção Deficiente controle de cabeça Posição de pé Pernas estendidas e abduzidas Deficiente controle de cabeça Pés em FP Objetivos da Fisioterapia • Anatômicos – Manutenção da elasticidade das partes moles – Melhora do crescimento e desenvolvimento do sistema de locomoção 06/11/2012 6 Objetivos da Fisioterapia • Ligados ao comportamento – Aumentar as oportunidades da criança de treinar os movimentos ativos – Prevenir a intensificação de comportamentos motores indesejáveis Objetivos da Fisioterapia • Fisiológicos – Aumentar as oportunidades do lactente de selecionar os estímulos importantes – Influenciar e favorecer os processos de maturação e recuperação do sistema nervoso Equipamentos Adaptativos • Para auxiliar o posicionamento – Posicionadores laterais – Sistemas adaptativos para posição sentada e vertical – Bancos para banheira – Cadeiras adaptadas – Assentos de carro – Pulseiras de chumbo Equipamentos Adaptativos • Dispositivos para auxílio na marcha – Andadores anteriores e posteriores – Muletas canadenses e axilares – OBS: andadores infantis – “disquinhos” • Equipamento para mobilidade – Cadeiras de rodas manual ou elétrica Intervenções Neuroclínicas Intervenções neuroclínicas Relaxantes musculares: diazepam, dantroleno e baclofeno Bloqueadores neuromusculares: álcool, fenol e a toxina botulínica (BOTOX) Intervenções neurocirúrgicas Rizotomia dorsal seletiva Estimuladores da medula espinhal Infusão contínua de baclofen intratecal Cirurgia Ortopédica • Medida corretiva, logo após seguido de reabilitação –Óssea (osteotomia) –Muscular (alongamento do músculo/tendão) QUADRIL • Subluxação/ deslocamento – Fisioterapia no P.O. • exercícios de ADM do quadril • fortalecimento dos músculos • posicionamento apropriado 06/11/2012 7 Cirurgia Ortopédica QUADRIL Deformidade em adução Fisioterapia no P.O. Alongamento contínuo Fortalecimento dos músculos da cintura pélvica Treino funcional Deformidade em flexão Fisioterapia no P.O. Alongamento em extensão do quadril Fortalecimento dos extensores e abdutores do quadril Deformidade em rotação interna Fisioterapia no P.O. Exercícios de ADM Fortalecimento dos músculos da cintura pélvica Cirurgia Ortopédica JOELHO • Deformidade em flexão do joelho – Fisioterapia no P.O. • Exercícios ativos e passivos de extensão do joelho • Fortalecimentos de extensores e flexores do joelho • Exercícios de ADM do quadril • Uso noturno de órteses em extensão Cirurgia Ortopédica PÉ E TORNOZELO
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