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SISTEMA NERVOSO 2(1)

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SISTEMA NERVOSO 
Professora Fabiola Ferreira da Silva
Conceito
Conjunto de formações anatômicas, responsáveis pela coordenação de todas as atividades orgânicas. Ele permite a interação do corpo no meio ambiente como também elabora os fenômenos da consciência. 
Sistema Nervoso 
Recebe essa denominação porque os órgãos que compõe esse sistema ocupam a parte central do corpo. Os órgãos ocupam propriamente duas cavidades centrais, uma inferior que é o conduto raquidiano e outra superior que é a cavidade craniana. 
Sistema Nervoso Central
Está constituído pelos nervos raquidianos e cranianos. Recebe essa denominação de periférico porque este sistema está constituído por formações que partem de órgãos centrais e vão para a periferia. Os gânglios nervosos também fazem parte desse sistema. 
Sistema Nervoso Periférico 
É o sistema nervoso da vida vegetativa. A sua ação é exclusivamente involuntária, isto é, o indivíduo não participa de sua ação. 
Sistema Nervoso Autônomo 
 
A medula espinhal é uma massa cilíndrica de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem entretanto ocupa-lo completamente. No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher.
Limites: Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clinica e no adulto situa-se geralmente em L2.
Medula Espinhal 
A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-posterior. Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações denominadas de intumescência cervical e intumescência lombar.
 Estas intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem conexão com as grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à inervação dos membros superiores e inferiores respectivamente.
Forma e Estrutura da Medula
A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem em toda a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior.
Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior que se situa entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior.
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.
Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta, ou de um “H”. Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula.
Secções da Medula Espinhal 
A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões:
Funículo Anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior.
Funículo Lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior.
Funículo Posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este ultimo ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim distribuídos:
8 cervicais
12 torácicos
5 lombares
5 sacrais
1 coccígeo
Raízes Nervosas
A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas meninges, que são: Dura-máter, Aracnoide e Pia-máter.
A Dura-máter e a mais espessa e envolve toda a medula, como se fosse uma luva, o saco dural.
A Aracnoide espinhal se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto justaposto à dura-máter.
A Pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. 
Envoltórios da Medula 
É a parte do Sistema Nervoso Central que é constituída de baixo pra cima, pelo Bulbo Raquidiano, pela Ponte e pelo Mesencéfalo. 
Tronco Encefálico 
O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor continua caudalmente com a medula espinhal.
O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no contorno deste órgão, sulco bulbo-pontino, que corresponde à margem inferior da ponte.
Bulbo (Medula Oblonga) 
No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a regulação do ritmo respiratório. Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do vômito. A presença dos centros respiratórios e vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão particularmente perigosas.
Ponte é a parte do tronco encefálico interposto entre o bulbo e o mesencéfalo. Esta situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenoide.
Ponte
A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde emerge de cada lado , a partir da linha mediana, o VI, o VII e o VIII par craniano.
Função: é um condutor nervoso. Como centro nervoso funciona como controlador da tosse e do riso. 
O mesencéfalo, localizado em seguida ao tálamo e hipotálamo e superior a ponte, está envolvido na recepção e coordenação de informações sobre o grau de contração e coordenação de informação sobre o grau de contração dos músculos e sobre a postura corporal.
Mesencéfalo 
Tecto do mesencéfalo: em vista dorsal o tecto mesencefálico apresenta quatro eminências arredondadas denominadas colículos superiores e inferiores, separados por dois sulcos perpendiculares em forma de cruz. Na parte anterior do ramo longitudinal da cruz, aloja-se o corpo pineal, que pertence ao diencéfalo. Caudalmente a cada colículo inferior, emerge o IV par craniano, o nervo troclear. Cada colículo se liga a uma pequena eminência oval do diencéfalo, o corpo geniculado, através de um feixe superficial de fibras nervosas que constitui o seu braço.
O cerebelo fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo. 
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo, uma porção ímpar e mediana, o vérmis, ligado a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares.
Cerebelo 
Quarto ventrículo: está situado entre o bulbo e a ponte em sua face posterior e ventralmente ao cerebelo. Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto cerebral, cavidade do mesencéfalo que comunica o III e o IV ventrículo. A cavidade do IV ventrículo se prolonga de cada lado para formar os recessos laterais, situados na superfície dorsal do pedúnculo cerebelar inferior.
O assoalho de IV ventrículo ou fossa romboide: é formado pela parte dorsal da ponte e pela porção aberta do bulbo.
Tecto do IV ventrículo: a metade cranial do tecto do IV ventrículo é constituída por uma fina lamina de substância branca, o véu medular superior, que se estende entre os dois pedúnculos cerebelares superiores
O IV ventrículo comunica-se superiormente com o terceiro ventrículo através do aqueduto cerebral. Inferiormente o a IV ventrículo comunica-se com o conduto central da medula. Comunica-se também com o espaço sub-aracnóide através de dois forames laterais, denominados de forames de Luschka e de um mediano denominado de Mangendie. 
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro. O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo.
Diencéfalo 
Tálamo
 consiste em duas massas ovuladas
pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de substância branca em seu interior. 
Funções: 
Sensibilidade;
Motricidade;
Comportamento Emocional;
Ativação do Córtex;
Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta.
Hipotálamo
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral.
Funções 
Controle do sistema nervoso autônomo;
 Regulação da temperatura corporal;
 Regulação do comportamento emocional;
 Regulação do sono e da vigília;
 Regulação da ingestão de alimentos;
 Regulação da ingestão de água;
 Regulação da diurese;
 Regulação do sistema endócrino;
 Geração e regulação de ritmos circadianos.
Epitálamo
Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal, glândula endócrina de forma piriforme, ímpar e mediana, que repousa sobre o tecto mesencefálico.
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo, os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro. 
Telencéfalo 
Sulcos e Giros
Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em ascendente, anterior e posterior.
Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central. As áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a SENSIBILIDADE.
Lobos Cerebrais
Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação aos ossos do crânio. Portanto, temos cinco lobos:Frontal, Temporal, Parietal, Occipital e o Lobo da Ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral.
Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal.
De acordo com o Componente Funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em Motores, Sensitivos e Mistos.
Nervos Cranianos 
Os Motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos látero-posteriores do pescoço.
São eles:
III – Nervo Oculomotor
IV – Nervo Troclear
VI – Nervo Abducente
XI – Nervo Acessório
XII – Nervo Hipoglosso
Os Sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato).
Os sensoriais são:
I – Nervo Olfatório
II – Nervo Óptico
VIII – Nervo Vestibulococlear
Os Mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro:
V – Trigêmeo
VII – Nervo Facial
IX – Nervo Glossofaríngeo
X – Nervo Vago
O sistema nervoso visceral ou da vida vegetativa relaciona-se com a inervação das estruturas viscerais. Compreende uma pare aferente e uma parte eferente. Apenas a parte eferente recebe a denominação de Sistema Nervoso Autônomo, este por sua vez, se divide em Simpático e Parassimpático. 
Sistema Nervoso Visceral
É a divisão tóraco-lombar do sistema nervoso autônomo, sendo dividida em Parte Central e Parte Periférica. 
Parte Central: Está representada pela coluna lateral da substância cinzenta da Medula Espinhal. Na referida coluna encontram-se os neurônios pré-glanglionares. 
Parte Periférica: Acha-se representada pelos Gânglios, que são conjuntos de corpos neuronais fora do sistema nervoso central, pelas Fibras pré e pós Glanglionares e pelos Plexos Torácicos e Abdominais. 
Sistema Nervoso Autônomo (Simpático) 
É a divisão crânio-sacral do sistema nervoso autônomo, morfologicamente dividido em Parte Central e Parte Periférica. 
Parte Central: Representada por núcleos localizados no tronco encefálico e relacionado com nervos cranianos pela coluna médio-ventral da substância cinzenta da medula espinhal relacionados com os nervos espinhais S2, S3 e S4 (Parassimpático Sacral) 
Parte Periférica: Está representada pelos Gânglios e Fibras
Sistema Nervoso Autônomo (Parassimpático) 
Modo de Ação dos sistemas Simpático e Parassimpático: Esses dois sistemas atuam paralelamente, mas se antepõem fisiologicamente. Enquanto um acelera o outro inibe a ação de um determinado órgão. Havendo uma certa tensão de equilíbrio entre os dois. 
Sentido da Audição:
 Está constituído por um conjunto de formações anatômicas, destinadas a perceber os sons nas suas mais diversas formas de intensidade e tímbre. 
A audição compreende: Ouvido Externo, Ouvido Médio, Ouvido Interno. 
Órgãos dos Sentidos
Ouvido Externo: A orelha externa é formada pelo pavilhão auditivo (antigamente denominado orelha) e pelo canal auditivo externo ou meato auditivo.  
O canal auditivo externo estabelece a comunicação entre a orelha média e o meio externo, tem cerca de três centímetros de comprimento e está escavado em nosso osso temporal. É revestido internamente por pêlos e glândulas, que fabricam uma substância gordurosa e amarelada, denominada cerume ou cera.
O canal auditivo externo termina numa delicada membrana - tímpano ou membrana timpânica - firmemente fixada ao conduto auditivo externo por um anel de tecido fibroso, chamado anel timpânico. 
Ouvido Médio: O ouvido médio começa na membrana timpânica e consiste, em sua totalidade, de um espaço aéreo – a cavidade timpânica – no osso temporal. Dentro dela estão três ossículos articulados entre si, cujos nomes descrevem sua forma: martelo, bigorna e estribo. Esses ossículos encontram-se suspensos na orelha média, através de ligamentos.
Ouvido Interno: chamado também de  labirinto, é formada por escavações no osso temporal, revestidas por membrana e preenchidas por líquido. Limita-se com a orelha média pelas janelas oval e a redonda. O labirinto apresenta uma parte anterior, a cóclea ou caracol - relacionada com a audição, e uma parte posterior - relacionada com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo e pelos canais semicirculares.
Sentido da Gustação: 
A língua é o principal órgão do sentido da gustação. É uma formação anatômica altamente musculosa. Encontra-se fazendo parte do assoalho da cavidade bucal. 
Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários, aos quais chamamos sensações gustativas primárias: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.
Sentido da Visão: 
A visão consiste na percepção das imagens dos objetos como eles realmente se apresentam através de estímulos luminosos. Compreendem o globo ocular e formações anexas. 
Os raios luminosos atravessam a córnea, o cristalino, o humor aquoso e o humor vítreo e atingem a retina onde a imagem é projetada. 
Sentido da Olfação:
Consiste na percepção dos odores. O sentido da olfação está localizado no teto da cavidade nasal, numa mucosa especializada denominada de mucosa olfativa. Nessa mucosa encontram-se neurônios que são as células olfativas.

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