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Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 1 Testes de Histocompatibilidade Tipagem HLA Moléculas HLA: o Fazem parte do complexo major da histocompatibilidade (MHC = “ Major Histocompatinility Complex”). o São glicoproteínas presentes na membrana das células que controlam a resposta imune, atuando como Ag de histocompatibilidade. o Possuem um papel essencial no controlo do auto-reconhecimento e, assim, na defesa contra microorganismos. o São responsáveis pela rejeição de tecidos e órgãos transplantados. o Estrutura: o Localização cromossómica: Do complexo MHC fazem parte os genes que codificam os Ag leucocitários humanos (HLA) e outros genes. o Contribuição e função do complexo MHC Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 2 o Complexo HLA: HLA-I: Tem como função o processamento e apresentação de Ag intracelulares a linfócitos T citotóxicos e TCD8 através da via citosólica levando à síntese de proteínas do sistema complemento. Tem apenas 1 “perninha” Existe o HLA – A, HLA - B, HLA – C HLA – II Possuem 2 “perninhas” Tem como função o processamento e apresentação de proteínas extracelulares a linfocitos T CD4+ ou CD8 atraves da via endocitica Existe HLA – DR, HLA – DQ, HLA – DP Diversidade dos Ag HLA: As sequências de genes HLA diferem de individuo para individuo. Cada sequência corresponde a um alelo diferente O polimorfismo beneficia a humanidade porque aumenta a probabilidade de pelo menos alguns indivíduos serem capazes de apresentar AGs novos do agente patológico encontrado, ajudando a garantir a sobrevivência da espécie. Porém, conduz à dificuldade de histocompatibilidade nos transplantes Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 3 Alguns Ag HLA: Hereditariedade HLA: Os alelos HLA são herdados em bloco “haplotipos” Cada pessoa tem diferentes conjuntos de alolos HLA Importância da tipagem HLA: Associação com doenças Testes de paternidade (método mais fidedigno) Genética de populações Reprodução (abortos de repetição) Transplantes Métodos de tipagem de HLA: Métodos serológicos: o Utilizam soros específicos para identificação dos Ag presentes nas membranas dos linfócitos. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 4 o Citotoxicidade dependente do complemento (CDC): Isolamento dos linfócitos do sangue periférico por gradiente de ficoll. Incubação dos linfocitos viáveis com Ac específicos de HLA. Se o Ag estiver presente na célula, o Ac vai ligar-se Incubação com soro de coelho (fonte de complemento). Se o anticorpo anti-HLA estiver ligado ao Ag HLA na superfície da célula, o complemento é ativado, danificando a membrana celular, tornando-a permeável a corantes vitais. Adição de um corante vital, geralmente um fluorocromos (ex: brometo de etídio). O brometo de etídio entra na célula (danificada) e liga-se ao seu DNA. Leitura num microscópio de fluorescência. o Resumo: Tirar sangue Separar linfócitos Colocar em caixas de Petri Adicionar Ag Formação de imunocomplexo Adicionar soro com proteínas e complemento Verificar se há formação de poros no linfócito, se houver temos um resultado positivo. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 5 Adição de corante, que quando entra e se liga ao DNA emite fluorescência. Vantagens: Facilmente executado Não requer equipamento caro Dura aproximadamente 3h Desvantagens: Requer um grande volume de sangue Requer linfócitos viáveis Dificuldade de encontrar anti-soros para Ag HLA raros. Método de baixa resolução Métodos moleculares: o RFLP (“Restriction Fragment Lengh Polymorphism”) Baseia-se no Western-blot 1º Metodologia com base em DNA implementada para tipagem HLA, em associação com a técnica de Southern-Blot Baseado na existência, no alelo em causa, de locais específicos reconhecidos com a técnica se Southern-Blot. Técnica de Southern-Blot A clivagem de DNA pelas enzimas de restrição gera fragmentos de DNA que são separados por eletroforese em gel de agarose Os fragmentos de DNA são transferidos do gel para uma membrana de nylon. Para identificar o alelo HLA, sondas de cDNA marcadas radioactivamente especificas para aquele alelo são hibridas com os fragmentos de DNA gerados presentes na membrana de nylon. O padrão de hibridação é visualizado numa chapa de raio-x e o alelo HLA é identificado Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 6 Com o crescente nº de alelos HLA a serem caraterizados, esta metodologia tornou-se inadequada devido à falta de enzimas de restrição especificas do alelo. o SSP (“Sequence Specefic Priming”): primer especifico da sequencia PCR utilizando primers específicos para a amplificação seletiva do DNA correspondente a: Alelo especifico Grupo de alelos Nota: cada tubo contém um par de primers para um gene que se sabe ser expresso (controlo interno). Eletroforese em gel de agarose: O produto de PCR é depositado num gel de agarose contendo brometo de etídio. O DNA migra de acordo com o seu tamanho: quanto maior o tamanho, menor a distancia de migração. Os resultados são visualizados num transiluminador de UV e digitalizados ou fotografados. Interpretação de Resultados: Cada amostra deverá ter um produto de DNA com tamanho idêntico ao do controlo interno e, caso o alelo esteja presente, uma banda especifica desse alelo Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 7 o SSOP (“Sequence Specific Oligonucleotide Probes”): Principio: Sondas especificas do alelo são ligadas a um a membrana. O produto de PCR (contendo o locus HLA) é incubado com a membrana, hibridando com as sondas correspondentes. Um sinal colorimétrico é ligado à reação Procedimento: Isolamento do DNA Amplificação do DNA de interesse com primers biotinilados que flanqueiam todo o exão do gene em causa (o PCR amplifica todos os alelos no exão) Hibridação: O produto do PCR é desnaturado (separação das duas cadeias) e adicionado a uma membrana de nylon e incubado com tampão de hibridação. Ligadas às membranas estão sondas (“probes”) de sequencias complementares que hibridam com o produto de PCR. O excesso de produto é removido por excessivas lavagens. Incubação das membranas com uma enzima (HRP) conjugada com estreptavidinaque, dessa forma, se liga à biotina do produto de PCR (os primers usados são biotinilados) Adição do substrato da enzima Visualização dos resultados: as amostras com o produto de PCR tornam-se azuis. As strips têm controlos internos para garantir que o teste funcionou. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 8 Resumo: o Amplificação de um fragmento de todas as amostras (PCR controlo em todos) o Adição de primers de sequencias especificas que procuro. o Se ocorrer amplificação temos um resultado positivo. o Por desenho o Procura-se os alelos que queremos pelo peso molecular. o SBT (“Sequence Based Typing): Isolamento de DNA Amplificação do gene de interesse por PCR Sequenciação do DNA (determinação da sequência de bases de DNA). A sequência é depois comparada com uma base de dados para o gene em causa para encontrar sequencias comparáveis com alelos previamente identificados. Estemétodo permite a deteção de novos alelos. Metodo de elevada resolução Métodos com base em PCR: o Mais fiáveis, uma vez que há possibilidade de amplificar o DNA nas zonas de interesse (genes HLA). o Utilizam primers específicos para amplificação de segmentos de DNA correspondentes a genes HLA Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 9 o Procedimento: o A amplificação é exponencial, os vários ciclos originam 2n de DNA (n=numero de ciclos).
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