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apostila de fundações pag 22 a 25

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5 – TIPOS DE FUNDAÇÕES
	Devido à grande diversidade de solos e seus comportamentos, foram sendo desenvolvidas, ao longo do tempo, diferentes técnicas de fundação do modo a proporcionar estabilidade às estruturas em diferentes condições de apoio. Deste processo surgem diferentes elementos destinados à fundação de estruturas, como por exemplo:
Sapatas isoladas: elementos de concreto armado dimensionados de forma que as tensões de tração geradas não sejam resistidas pelo concreto e sim pelo aço;
Sapatas associadas: sapata comum a vários pilares cujos centros gravitacionais não estejam situados no mesmo alinhamento;
Sapatas corridas: sapata sujeita a ação de uma carga distribuída linearmente; 
Radiês: fundação superficial que abrange todos os pilares de uma determinada obra ao mesmo tempo; 
Vigas de fundação: elemento de fundação comum a vários pilares cujos centros gravitacionais estejam situados no mesmo alinhamento; 
Blocos: elementos de concreto simples, ou ciclópico dimensionados de forma que as tensões de tração geradas sejam resistidas unicamente pelo concreto;
Tubulões: elemento de fundação em que a carga é transmitida pela base (resistência de ponta) que em qualquer fase de sua execução haja descida de operário; 
Estacas: elementos de fundação executada inteiramente por ferramentas ou equipamentos, não ocorrendo descida de operário em qualquer de suas fases de execução.
5.1 – CLASSIFICAÇÃO DAS FUNDAÇÕES
5.1.1 – QUANTO À TRANSMISSÃO DE CARGAS
Fundações diretas
A transmissão das cargas é feita através da base do elemento estrutural da fundação, considerando apenas o apoio da peça sobre a camada do solo, sendo desprezada qualquer outra forma de transferência das cargas.
Fundações indiretas
São aquelas que transmitem as cargas por efeito de atrito lateral do elemento estrutural com o solo e por efeito de ponta. As fundações indiretas são sempre profundas, devido à forma de transmissão de cargas ao solo (atrito lateral) que exige grandes dimensões dos elementos de fundação.
5.1.2 – QUANTO À PROFUNDIDADE DA COTA DE APOIO
Fundações rasas
Elementos de fundação que têm sua profundidade de assentamento, em relação ao terreno adjacente, inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. Na NBR 6122 temos ainda que nas fundações rasas a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base da fundação.
Fundações profundas
Elementos de fundação em que a profundidade de assentamento é igual ou maior a duas vezes a menor dimensão da fundação e no mínimo 3 m.
5.2 – ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO
Vários são os aspectos a serem considerados na escolha do tipo de fundação, podendo-se destacar: 
Distribuição e grandeza das cargas atuantes nas fundações dos edifícios; 
Características de resistência e deformabilidade dos maciços de terra; 
Características geométricas das fundações; 
Limitações construtivas; 
Importância das obras projetadas; 
Presença da água, etc. 
Apesar dos critérios empregados na escolha dos diferentes tipos de fundações, na tabela abaixo é possível se ter uma visão geral de quando e onde um particular tipo de fundação pode ser empregado.
6 – BLOCOS DE FUNDAÇÃO
	Segunda a definição da NBR 6122, item 3.3, bloco é um elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura.
	Trata-se de elementos estruturais de grande rigidez que suportam predominantemente esforços de compressão simples provenientes das cargas dos pilares. Geralmente usa-se blocos quando a profundidade da camada resistente do solo está entre 0,5 m e 1,0 m de profundidade.
	Os blocos de fundação podem ser executados em concreto simples ou ciclópico, alvenaria de tijolos comuns, pedra de mão (argamassadas ou não) entre outros materiais.
O dimensionamento dos blocos consiste na definição das suas dimensões em planta e da sua altura.
6.1 – DIMENSIONAMENTO DA BASE
A base do bloco de fundação deve ter uma área suficiente para que a tensão distribuída, proveniente do carregamento e do peso próprio do bloco, não ultrapasse a tensão admissível do solo. Desta forma pode-se escrever:
Na figura abaixo, as dimensões “a” e “b” representam as dimensões do bloco; “a0” e “b0” representam as dimensões do pilar que se apoia sobre o bloco. Sempre que possível, as dimensões dos lados do bloco devem ser escolhidos de modo que os balanços em relação às faces do pilar sejam iguais nas duas direções.
							a – a0 = 2d
							b – b0 = 2d
							→ a – a0 = b – b0
6.2 – DIMENSIONAMENTO DA ALTURA
Para que as tensões geradas sejam resistidas pelo concreto, o bloco deve apresentar a altura h, calculada pela expressão apresentada na figura abaixo, em função da dimensão do pilar e do ângulo α, obtido a partir do gráfico que segue:
	No gráfico, a tensão σs é a tensão admissível do solo e σt é a resistência do concreto à tração, cujo valor é obtido por:
EXEMPLO 6.1
Dimensionar um bloco de fundação executado com concreto C15, submetido a uma carga de 1700 kN proveniente de um pilar com dimensões 35 x 60 cm. Considerar solo com tensão admissível de 0,4 MPa e desprezar o peso próprio do bloco.
EXEMPLO 6.2
Dimensionar um bloco de fundação executado com concreto C20, submetido a uma carga de 500 kN proveniente de um pilar com dimensões 20 x 30 cm. Considerar solo com tensão admissível de 0,5 MPa e desprezar o peso próprio do bloco.
7 – SAPATAS DE FUNDAÇÃO
A sapata é definida pela NBR 6122, item 3.2, como o elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim. 
Na NBR 6118, item 22.6.1, sapata é definida como as estruturas de volume usadas para transmitir ao terreno as cargas de fundação, no caso de fundação direta.
 O valor da tensão de tração que atua na superfície correspondente à base da sapata supera a resistência do concreto à tração, trazendo a necessidade de uma armadura resistente.
Quando o próprio concreto é capaz de resistir às tensões de tração atuantes, a armadura não é necessária e neste caso tem-se o elemento chamado bloco, visto anteriormente.
Quanto ao dimensionamento, as fundações superficiais devem ser definidas por meio de dimensionamento geométrico e de cálculo estrutural.

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