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Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 PIB, TAXA SELIC E SUA INFLUÊNCIA SOBRE OS INVESTIMENTOS EM FORMAÇÃO DE CAPITAL FIXO NA ECONOMIA BRASILEIRA Área: 3 – Economia Edir Fernando Machado Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão – FECILCAM – edirfernando@bol.com.br Rosangela Maria Pontili Profª Assistente da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (FECILCAM) Endereço: Av. Guilherme de Paula Xavier, 295, Ap. 202 Campo Mourão/PR – CEP 87.302-050 E-mail: rpontili@yahoo.com.br Resumo A riqueza de um país é medida pelo seu PIB (Produto Interno Bruto). Essa produção é desenvolvida pelas empresas, que combinam mão-de-obra, capital e tecnologia para desenvolver a produção e tem a frente pessoas com capacidade inovadora e que assumem riscos para a realização de empreendimentos. Essas são características de indivíduos chamados de empreendedores, que se distingue um pouco do conceito do empresário que responde pelo bom desempenho da empresa. A produção depende de investimento, que se constitui em gastos que aumentam o estoque de capital, os quais são rodeados de incertezas, devido às expectativas quanto ao futuro. No Brasil, o nível de investimento é acentuado, tendo períodos de crescimento, estagnação e redução. Em vista disso, o presente trabalho mostra de que modo a taxa de juros e o PIB afetam o nível de investimento privado no Brasil. A metodologia utilizada baseou-se em representar o investimento pela Formação de Capital Fixo, desenvolvendo uma regressão linear múltipla, com o PIB e a taxa de juros Selic como variáveis explicativas. Os dados utilizados foram obtidos através do Ipeadata. Os resultados mostraram que o PIB afeta positivamente a formação de capital fixo. Além do mais, o investimento privado é influenciado negativamente pela taxa de juros, a qual é vista pelo empresário como um custo de oportunidade e pelo governo como ferramenta a ser utilizada no controle da inflação. A inclusão de uma variável binária no modelo mostrou que houve uma mudança no perfil do empresário após o Plano Real. Concluiu-se, assim, que os empresários brasileiros foram afetados pela incerteza frente a um novo plano econômico. Além do mais, o incentivo a novos investimentos deve levar em conta as variáveis que afetam a decisão do investidor. Palavras-chave: PIB, taxa de juros Selic, Formação de capital fixo. Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 1. INTRODUÇÃO Um país precisa de produção para obter riquezas. Essa riqueza é medida pelo PIB (Produto Interno Bruto), que depende de fatores como mão-de-obra, capital e tecnologia. Além disso, é necessário que haja pessoas capazes de inovar, assumir riscos na realização de empreendimentos. Essas características fazem parte do perfil do empreendedor, que segundo Schumpeter (1912) é um inovador costumaz que promove uma destruição criativa de modo a criar novos meios de produção, pois este tem forte necessidade de realização. Ele distingue o termo empreendedor do termo empresário, que compreende o indivíduo responsável pelo bom desenvolvimento da empresa e que tem a responsabilidade de criar novos empreendimentos, bem como de fazer novas combinações dos fatores de produção, promovendo assim inovações no processo produtivo. Essas inovações são necessárias para que aconteça o sucesso da empresa e o desenvolvimento da economia. Para isso, é preciso que haja o investimento, o qual é um dos principais determinantes do crescimento econômico de longo prazo e da performance da produtividade de um país. O investimento constitui-se de gastos que aumentam o estoque de capital, sendo que a maior parte dos investimentos é feita pelas empresas, já que as famílias investem em bens de consumo duráveis e no próprio capital humano. As principais áreas de gasto em investimento são: Investimento no imobilizado da empresa, que mede o valor gasto pelas empresas na estrutura física ocupada por uma fábrica ou por seu escritório; investimento em equipamentos, máquinas e veículos (Formação Bruta de Capital Fixo). As decisões sobre investimento estão permeadas de incertezas. A incerteza provém de mudanças de expectativas do futuro. Essas mudanças podem estar baseadas em evidências das condições dos negócios, até mesmo modelos de demanda do consumidor, pesquisas de opinião, alterações tecnológicas e da demanda observada, ou podem decorrer simplesmente de ondas de otimismo ou pessimismo que varrem a economia sem nenhum motivo aparente. Para os neoclássicos, o investimento está em função da produção que se espera da economia, a qual, através de incentivos do governo, pode ser maior ou menor. Eles também defendem a existência de uma relação negativa entre o investimento e a taxa de juros. Já para Keynes o investimento está ligado a expectativas futuras, do chamado “instinto animal” do investidor, ou seja, otimismo ou pessimismo do investidor, indicando que pode não haver nenhuma boa base para expectativas sobre a qual os investidores possam apoiar suas decisões. Se não há nenhuma boa base para expectativas, então elas poderiam mudar facilmente, sendo que o volume de investimento acompanharia as expectativas [(SCHUMPETER, 1982); (DORNBUSCH e FISCHER, 1991); (LEITE, 2000); (SACHS e LARRAIN, 2000); (MORANDI, 2007); (GRASEL, 1996)]. Historicamente os níveis de investimentos no Brasil são bem acentuados. A evolução positiva dos indicadores de investimento, principalmente em capital fixo, tem sido acompanhada por consideráveis ganhos de produtividade nos últimos anos. Entre 1900 e 1950 os investimentos em Formação de Capital Fixo (FCF) apresentam crescimento inferior aos comparados com o PIB, certamente devido a crises internacionais que se arrastaram de 1907 até 1930, e que causaram dificuldades de investimentos em máquinas importadas. Somente a partir de 1948 é que o investimento começou a apresentar tendência de crescimentos que podem ser comparados ao bom desempenho do PIB. Entre 1951 a 1980 tem - se aumentos no investimento paralelo ao aumento populacional, aumentos da construção civil, e aumentos no investimento privado. Porém a década de 80 começa com instabilidade no cenário econômico, devido a uma série de fatores que causaram, entre outras conseqüências, surtos Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 híperinflacionários na economia brasileira e uma desestabilização econômica. A partir de 1984, o cenário começa a melhorar, trazendo uma recuperação do consumo, gerando um tímido incentivo ao investimento, fazendo com que os investimentos superassem os níveis de consumo no ano de 1987, já com o Plano Cruzado. Na década de 1990, tem-se a abertura comercial, fato que faz com que o setor industrial passe por transformações, o que elevou o nível de investimento entre os anos de 1995 a 1997. Dado o acima exposto, o objetivo geral deste trabalho é demonstrar de que forma o PIB e a Taxa de juros Selic influenciam os Investimentos em Formação de Capital Fixo na economia brasileira. Sendo assim, os objetivos específicos são: i - Verificar de que modo a taxa de juros Selic afeta o nível de investimento privado no Brasil; ii - Verificar de que modo o PIB afeta o nível de investimento privado no Brasil; iii - Verificar se houve uma mudança na postura dos empresários com relação ao investimento autônomo, após o Plano Real. Assim, trabalha-se com as seguintes hipóteses: i - Um aumento na taxa de juros provoca uma redução no nível de investimento privado; ii - O nível de investimento acompanha o bom desenvolvimento do PIB. A metodologia utilizada para se chegar aos resultados baseou-se em um modelo de regressão linear múltipla, em que o nível de investimento privado foi considerado como a variável dependente e representado pela Formação de Capital Fixo. Escolheram-se comovariáveis explicativas as evoluções do PIB e da taxa de juros Selic, no período de 1979 a 2005. Tais dados foram obtidos através do Ipeadata. 2. METODOLOGIA E DADOS 2.1. Modelo Econométrico O modelo de regressão linear múltipla estuda o relacionamento entre a variável dependente e as diversas variáveis independentes. De acordo com Kmenta (1978), a maioria dos problemas sempre envolve mais de uma variável explicativa, que influenciam a variável dependente, sendo comuns essas relações na economia. Quando se transforma um modelo econômico com mais de uma variável explicativa em seu modelo estatístico correspondente, passa-se a designá-lo como modelo de regressão múltipla. De acordo com Gujarati (2006), o modelo mais simples é o de três variáveis, sendo uma variável dependente e duas variáveis explanatórias. Geralmente a equação que representa este modelo pode ser apresentada da seguinte forma: Yi = β1 + β2X2i + β3X3i + . . . βnXni + Єi (1) Onde Y é a variável dependente, X2 , X3, ... Xn são as variáveis explanatórias (regressoras), Є, é o termo do erro estocástico, e i, a iésima observação, no caso em que os dados se refiram a séries temporais. Os coeficientes β’s são desconhecidos e, portanto são formadas por n equações que podem ser representadas compactamente por um sistema matricial. Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 Na equação (17), β1 é o intercepto, ele vai dar o efeito médio sobre Y de todas as variáveis excluídas do modelo. Sua interpretação mecânica se trata do valor médio de Y quando X2, X3, ..., Xn são iguais a zero. Os coeficientes β2, β3, ... βn são chamados de coeficientes parciais de regressão. Dado um modelo econômico formulam-se as hipóteses a respeito dos parâmetros desse modelo. Para realizar os testes são utilizadas informações sobre um determinado parâmetro contida numa amostra, sua estimativa e seu desvio padrão. Em qualquer teste de hipótese devem estar presentes alguns elementos, sendo: uma hipótese nula, uma hipótese alternativa e um teste estatístico. 2.2 Modelo teórico O modelo usado neste trabalho será o Modelo de Regressão Linear Múltipla, assim, pretende-se estudar, através de dois modelos econométricos, o relacionamento entre a variável dependente e as variáveis independentes. Para tanto, serão apresentadas duas equações, sendo que, na primeira equação, calcular-se-á a variação percentual do investimento privado e do PIB da seguinte forma: 1º) I = a – b1.i + b2.PIB + c.d + Є (02) Onde: I = Variação percentual do Investimento privado - Formação de Capital Fixo i = Taxa de juros, representada pela Taxa Selic1. PIB = Variação percentual do PIB (Produção Interna da Economia) no tempo t d = Variável Dummy, para identificar mudança estrutural a , b1, b2 e c = Estimadores dos parâmetros (ou coeficientes da regressão) Є = Erro estimado Na segunda equação, utilizar-se-á o logaritmo natural das variáveis. Isto porque, ao utilizar os valores absolutos do investimento e do PIB, verificou-se que a análise econométrica não apresentou resultados satisfatórios. Isso ocorreu, certamente, porque o modelo não era linear. Para tornar possível essa estimativa por meio da regressão linear múltipla, proposta neste trabalho, aplicou-se o logaritmo natural na equação. Sendo assim: 2º) ln I = α - ++ PIBi ln.ˆ.ˆ 21 ββ لا. D + U (03) Onde: ln I = Logarítmo natural do Investimento - Formação de Capital Fixo ln PIB = Logarítmo natural do PIB (Produção Interna da Economia) no tempo t i = Taxa de juros, representada pela Taxa Selic D = Variável Dummy, para identificar mudança estrutural α , 21 ˆ,ˆ ββ ,لا = Estimadores dos parâmetros (ou coeficientes da regressão) U = Erro estimado 1 As definições de Taxa Selic e PIB serão devidamente apresentadas no capítulo 3. Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 Com os resultados obtidos, a partir destas equações, pretende-se discutir a relação entre a taxa básica de juros da economia brasileira e o nível de investimento em capital fixo. Além disso, pretende-se verificar como o PIB influencia o nível de investimentos. Pretende-se confirmar, ainda, a existência de mudança no perfil dos empresários com relação ao investimento após o Plano Real. 2.3 Dados Para fazer o modelo teórico proposto serão utilizadas as séries históricas anuais do PIB, da Formação de Capital Fixo e da taxa de juros Selic, no período de 1979 a 2005, extraídas da base de dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipeadata). 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Este capítulo tem por objetivo apresentar o modelo econométrico que tem a Formação de Capital Fixo como variável dependente, assim como a taxa de juros Selic e o PIB como variáveis explicativas. Antes, porém têm-se definições de PIB e da taxa de juros Selic. Faz-se, também, um apanhado do nível de investimento no Brasil, no período de 1900 a 2005, tendo como base a bibliografia existente sobre o assunto. 3.1 Definições do PIB O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores de uma economia. Ele demonstra o valor de toda a riqueza gerada no país, sendo o conjunto de todos os bens e serviços finais produzidos em um país durante certo período de tempo. O PIB só leva em conta para cálculo, os bens e serviços finais, para não calcular o mesmo item mais de uma vez (IBGE, 2007). Um dos fatores que influencia diretamente a variação do PIB é o consumo privado, ou seja, os gastos das famílias para a aquisição de bens ou serviços. Sendo assim, quanto mais as pessoas consomem, mais o PIB tende a crescer. Da mesma forma, uma queda no consumo pode limitar o crescimento, ou até mesmo levar o PIB a uma queda, dependendo também do comportamento de outros fatores. O consumo depende da renda, pois quanto mais uma pessoa ganha, mais ela pode gastar e, assim, uma elevação na renda leva a um aumento do consumo e, conseqüentemente, do PIB. Outro fator que influencia o comportamento do consumo é a taxa de juros, pois quanto maior o juro, mais pessoas estarão dispostas a deixar de consumir para guardar seu dinheiro e utilizá-lo no futuro. Os gastos do governo também contribuem para o PIB, uma vez que para fazer tal atividade, é necessário que haja emprego de mão-de-obra, compra de materiais entre outros gerando um volume de gastos que tem impactos positivos no crescimento econômico. A balança comercial também influencia o PIB, uma vez que ao exportar produtos para o exterior há entrada de divisas para o país. Da mesma forma, ao importar produtos do exterior ocorre a saída de divisas do país e isso causa impactos no PIB e no crescimento da economia (IBGE, 2007)2. 2http://www.ibge.gov.br. Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 3.2 Definição da Taxa de Juros Selic A Selic identifica a taxa de juros que reflete a média de remuneração dos títulos federais negociados com os bancos. Ela é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influencia sobre os juros de toda a economia. A Selic é uma espécie de teto para os juros pagos pelos bancos nos depósitos a prazo. A partir dela, os bancos também definem qual a taxa que vão cobrar de quem procura por empréstimos. Esta taxa é usada para operações de curtíssimo prazo entre os bancos, que, quando querem tomar recursos emprestados de outros bancos por um dia, oferecem títulos públicos como lastro, visando reduzir o risco, e, conseqüentemente, a remuneração da transação (BACEN, 2007)3. A meta da taxa Selic é definidaem reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária). Esse comitê é um colegiado formado por diretores do Banco Central (com direito a voto), assessores e chefes de departamento da instituição. As decisões para alterações na taxa de juros são tomadas com o objetivo de cumprir as metas de inflação, que são fixadas pelo próprio Banco Central. Se o Banco Central tem expectativas de que a inflação irá superar a meta, a tendência é que aconteça uma elevação na taxa de juros. Esse aumento dos juros vai ocasionar a restrição do consumo e dos investimentos. Com a redução no nível de consumo, tem-se uma redução dos preços dos produtos, isso causa uma redução nos índices de inflação, conduzindo à meta estipulada pelo Banco Central. Assim a Selic é usada pelo governo como instrumento monetário de combate a inflação. Desde 1999 o governo adotou um regime de metas inflacionárias para a economia brasileira, como referencial de política monetária. Cumprir essas metas é mostrar aos investidores que o país promove políticas econômicas coerentes com a realidade do país, mostrando que há estabilidade econômica que permite a realização dos investimentos. Para investidores do mercado financeiro que optam por investimentos a taxas pós- fixada, principalmente em fundos, o aumento da Selic é favorável, pois as taxas de juros seguem o aumento dessa taxa (Bacen, 2007)4. 3.3-Evolução dos Investimentos no Brasil Analisando o nível de investimento em capital fixo desde 1900 a 2005, pode-se verificar que o investimento em máquinas e equipamentos apresenta uma tendência secular de crescimento próxima ao nível de crescimento do PIB. O crescimento de investimentos em capital fixo apresenta variações acentuadas, isso se dá em virtude do conteúdo de importações que as tornam mais suscetíveis às flutuações e crises cambiais que marcaram a história econômica do século XX. A tendência de crescimento do investimento total tem diferença marcante entre os períodos analisados. Segundo Morandi (2007), de 1900 a 1947 tem-se uma tendência de crescimento que é inferior a observada pelo PIB. Nesse período têm-se fortes oscilações cíclicas e isso se dá em virtude das crises internacionais de 1907, 1914 e 1930. Essas crises interferiram na capacidade de investimento das empresas no que se refere às máquinas e 3 http://www.bcb.gov.br. 4 http://www.bcb.gov.br Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 equipamentos importados. Nesse período, a economia se deparou com um aumento do investimento em construção civil residencial e isso refletiu um processo acelerado de urbanização que ocorreu apesar das crises internacionais da época. No período de 1948 a 1979 tem-se uma tendência de elevação dos investimentos, sendo bem próximo ao crescimento do PIB. O período apresentou uma industrialização acelerada, sendo acompanhado pelo aumento, estabilização e convergência das taxas de crescimento nos diversos componentes do investimento, sob a liderança dos investimentos em construção civil das empresas. Uma característica do período foi o aumento das taxas de crescimento dos investimentos em máquinas e equipamentos, paralelos ao crescimento populacional. Com duas décadas de excelente desempenho da economia brasileira, os anos 80 começaram com uma grande instabilidade na taxa anual de crescimento econômico, comprometendo o desempenho dos investimentos nos primeiros anos desta década. Tal realidade foi seguida de uma tímida recuperação, que se iniciou no ano de 1985. Segundo Grasel (1996), de 1981 a 1990, houve uma redução na tendência de crescimento dos investimentos, ficando bem abaixo das taxas, também reduzidas que se observavam para o PIB. As causas para a carência de investimentos em capital fixo geralmente são resumidas em: insuficiência de demanda efetiva, restrições na disponibilidade de fundos para investir, reduzida capacidade de poupança, desenvolvimento incipiente de ciência e tecnologia, esgotamento do modelo de industrialização baseado na substituição de importações, cujas conseqüências foram os surtos hiperinflacionários recorrentes e a trajetória insustentável da dívida interna. Segundo Kupfer (2003) o quadro político atuou de forma direta sobre o estado de expectativas. A conjuntura econômica já tinha melhorado, porém a substituição do governo militar em 85 auxiliou na explicação do expressivo crescimento dos investimentos ocorrido no referido ano em relação ao ano anterior. Em 1986, com o Plano Cruzado, iniciou-se uma onda de otimismo, o que promoveu uma ampliação dos investimentos e do consumo. Isso levou a uma redução da capacidade ociosa da indústria até o ano de 1989. Iniciaram-se políticas voltadas ao controle do processo inflacionário, que causaram instabilidade econômica, provocando aumento no estado de incertezas da economia. Estes programas de estabilização, que foram todos frustrados, contribuíram para a redução dos salários reais e para a elevação da especulação financeira, desestimulando os investimentos em capital fixo. Isto porque o investidor assume uma posição de cautela diante de uma economia instável, mesmo dispondo de recursos próprios para fazer o investimento. Tal situação conduziu a estagnação no crescimento econômico, que se verificou no período de 1985 a 1990. Na visão de Kupfer (2003), com a década de 90, inicia-se no Brasil uma rápida liberalização econômica, causada por reformas institucionais no âmbito do comércio exterior, da inserção financeira internacional e do setor produtivo estatal. Essas reformas tiveram como conseqüência um cenário de competição industrial e isso fez as indústrias brasileiras movimentarem-se, causando um período de intensas transformações no setor. Tal fato elevou o nível de investimento no período de 1995 a 1997, superando a média entre dos anos de 1992 a 1993. A partir do ano de 1992 os empresários brasileiros mantiveram ampla preferência pelo investimento com recursos próprios, evitando endividamentos elevados. No período de 1993 a 1995 a taxa de investimento cresceu mais rápido do que o PIB. Em 1996 os investimentos ficaram estacionados, em função de crises internacionais, como a Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 crise mexicana, sendo que de 1997 a 1998 houve uma recuperação. A partir de então, a taxa de investimento tem redução progressiva, devido a incertezas que recaem sobre a economia brasileira, conduzidas pelas vulnerabilidades macroeconômicas que impossibilitam projeções de retornos futuros pelos investidores. Segundo Souza (2003), a década de 90 pode ser marcada pelo fato de que o setor privado tomou a frente dos investimentos, sendo maiores do que os níveis de investimento público. Em 1991, o setor privado respondeu por mais de 74% da formação bruta de capital fixo e, no ano de 2001, o percentual aumentou para mais de 76%. Essa redução da participação do governo no investimento em formação bruta de capital teve conseqüências nos setores de infra-estrutura, as quais se estendem até os dias atuais. 3.3.1 Análise Estatística Utilizando-se dos mesmos dados que farão parte da análise de regressão, fez-se uma análise estatística do investimento privado no Brasil, mostrada nas figuras 4 e 5. A figura 4 mostra a relação entre a variação percentual do PIB, e a variação percentual do investimento em capital fixo no período de 1979 a 2005. Pode-se notar que existe uma relação direta entre o PIB e o índice de investimento em capital fixo na economia brasileira. O PIB, que apresentava um crescimento positivo de 9,2% entre 1979 e 1980, no período de 1980 a 1981 apresentou um crescimento negativo (-4,25%). Essa variação influenciou o investimento em capital fixo, pois esta variável vinha de um crescimento positivo de 8,97% no ano de 1980 e teveum crescimento negativo de 7,17% em 1981. O investimento que a partir de 1983 começa a apresentar índices de crescimento negativo, em 1986 apresenta crescimento positivo de 2,71%. Em 1990, o PIB apresenta o menor índice de crescimento do período analisado (-4,35%). Isso faz com que o investimento apresente crescimento negativo de -0,60%. A partir de 2000, nota-se que a Formação de Capital Fixo segue uma tendência de crescimento positivo, sendo que em 2004 este crescimento foi de 2,14%, índice esse que sofreu influência do bom desempenho do PIB, que cresceu 5,71%. O melhor desempenho desde 1986. Essa trajetória pode ser observada na figura 4, a qual mostra o período de análise no eixo horizontal e, no eixo vertical, os valores do PIB e do investimento em Capital Fixo. Figura 4 – Relação entre a variação percentual do PIB e a variação percentual da Formação de Capital Fixo. -5,0000 0,0000 5,0000 10,0000 15,0000 20,0000 19 79 19 81 19 83 19 85 19 87 19 89 19 91 19 93 19 95 19 97 19 99 20 01 20 03 20 05 CAP. FIXO PIB FONTE: Ipea Data Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 A figura 5 mostra a relação entre a variação percentual do investimento em capital fixo e a taxa de juros no período de 1979 a 2005. Pode-se notar que existe uma relação negativa entre a taxa de juros e o nível de investimento. No período entre 1982 e 1985 acontece um aumento contínuo na taxa de juros, devido aos grandes índices de inflação. Esse aumento traz uma queda contínua nos investimentos em capital fixo por parte do setor privado. As altas taxas de juros observadas no ano de 1983 e 1985 fazem com que o nível de investimento tenha crescimento negativo. No final da década de 80, tem-se uma taxa de juros muito elevada na economia, taxa que vai levar a uma redução nos investimentos no curto e no médio prazo. A década de 90 começa com um crescimento negativo dos investimentos, sendo influenciado por elevadas taxas de juros. Em 1993 nota-se uma das maiores taxa de juros do período estudado e uma das menores taxas de investimento. Entre 1999 e 2005, tem-se um melhor ajuste na taxa de juros, sendo que as variações deixam de ser muito altas, isso faz com que o nível de investimento apresente crescimento positivo nesse período. Essa análise pode ser verificada na figura 5, a qual têm, no eixo horizontal, o período de análise e, no eixo vertical, os valores da taxa de juros Selic e da variação percentual do investimento em capital fixo. Figura 5 – Relação entre a variação percentual do Investimento em Capital Fixo e a Taxa de juros Selic -10,0000 0,0000 10,0000 20,0000 30,0000 40,0000 19 79 19 81 19 83 19 85 19 87 19 89 19 91 19 93 19 95 19 97 19 99 20 01 20 03 20 05 CAP. FIXO TAXA DE JUROS FONTE: Ipea Data 3.3.2 Análise Econométrica Em seguida, serão descritas as características e os resultados dos estudos econométricos, onde se leva em consideração os índices de investimento em capital fixo, o nível da taxa de juros e o PIB da economia brasileira no período de 1979 a 2005, dividindo-se o período em antes e após o Plano Real. Inicia-se a análise levando em conta o índice de investimento em capital fixo (estoque líquido de máquinas e equipamentos das empresas e famílias), em percentual, o índice do PIB, em percentual e o índice da taxa de juros Selic. O objetivo é verificar qual a influência Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 que a taxa de juros e o PIB causam sobre o investimento líquido em capital fixo no período considerado. Os resultados podem se vistos na tabela 1. Pode-se observar que o teste F, que testa o conjunto de todos os coeficientes ao mesmo tempo, apresentou um resultado significativo, podendo-se aceitar a hipótese alternativa, de que pelo menos um dos parâmetros mostrou resultado diferente de zero. Ou seja, ao menos uma das variáveis explicativas possui influência sobre a variável dependente e deve ser incluída no modelo. O valor do coeficiente de determinação (R-Quadrado) indica que as variáveis explicativas usadas na análise explicam 49,7% das possíveis mudanças na variável dependente (investimento em capital fixo). Os coeficientes mostraram resultados esperados para o estudo realizado. O coeficiente PIB apresentou resultado positivo e foi significativo a 5%. Isso mostra que, o aumento na produção interna da economia provoca um aumento no nível de investimento privado. O parâmetro estimado da taxa de juros apresentou resultado negativo, sendo significativo a 1%, mostrando que existe uma relação inversa entre a taxa de juros e os investimentos. Isso indica que o aumento na taxa de juros provoca redução no investimento privado da economia e uma redução da taxa de juros provoca aumento do investimento privado. O coeficiente da variável binária foi significativo ao nível de 10%, confirmando a existência de quebra estrutural no nível de investimento privado do Brasil. Ou seja, existe uma diferença na postura dos investidores comparando-se o período antes do Plano Real e depois do Plano Real. Neste caso, o sinal positivo indica que antes do Plano Real o nível de investimento privado no país era maior. Tabela 1 – Resultados da Regressão Linear Múltipla tendo-se a variação percentual da formação de capital fixo (estoque líquido de máquinas e equipamentos das empresas e famílias) como variável dependente. Variáveis Coeficientes Teste t Teste F R-Quadrado Intercepto 1,614638028 2,559892955 ** PIB 0,229178916 2,204880949 ** 7,5763679* 0,497038033 Taxa de Juros -1,15636712 -3,832624972 * Binária 1,681621192 2,00650135 *** Fonte: Resultados da pesquisa. Nota: * significativo a 1%, ** significativo a 5%, *** significativo a 10%. A segunda análise faz-se com o índice de investimento em capital fixo, (estoque bruto da administração pública), medido em percentual, o índice do PIB (Produto Interno Bruto) em percentual e o índice da taxa de juros Selic. Agora se faz uma nova análise, para verificar se a taxa de juros teve influência no investimento do setor público da mesma forma que influenciou o setor privado. Os resultados podem ser vistos na tabela 2. Na tabela 2, pode-se verificar que o coeficiente PIB apresenta resultado positivo, porém não é significativo como o demonstrado na tabela 1. O parâmetro da taxa de juros apresenta resultado negativo com nível de significância de 10%, resultado menos significativo do que a regressão 1. O tamanho do coeficiente também indica que a taxa de juros tem maior influências sobre os investimentos do setor privado (tabela 1), se comprado aos investimentos do setor público (tabela 2). O resultado do teste F mostra que se pode aceitar a hipótese Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 alternativa. O coeficiente de determinação apresentou um resultado melhor do que na primeira regressão, mostrando que as variáveis explicativas explicam 67,8% do modelo. O coeficiente da variável binária apresentou resultado positivo e foi significativo a 1%. Tabela 2 – Resultados da Regressão Linear Múltipla tendo-se a variação percentual da formação de capital fixo (estoque bruto Administração Pública), como variável dependente. Variáveis Coeficientes Teste t Teste F R-Quadrado Intercepto 1,39658167 5,244952304 * PIB 0,054883877 1,250788389 16,20403662 0,678825271 Taxa de Juros -0,030308166 -1,759702012 *** Binária 2,307585959 6,522254621 * Fonte: Resultados da pesquisa. Nota: * significativo a 1%, ** significativo a 5%, *** significativo a 10%. A terceira análise econométrica, traz os resultados obtidos com o índice de capital fixo, (estoque líquido de máquinas e equipamentos dasempresas e famílias) em logarítmo natural, o índice do PIB (Produto Interno Bruto) em logarítmo natural e o índice da taxa de juros Selic. Agora se introduz o logarítmo natural nas variáveis PIB e investimento, para verificar se confirmam os resultados obtidos na primeira análise. Os resultados podem ser vistos na tabela 3. Na tabela 3, verifica-se que o coeficiente da variável PIB foi, novamente, positivo e mais significativo que na primeira análise, tendo o tamanho de seu coeficiente também maior. Já a taxa de juros, com resultado novamente negativo, apresentou uma influência menor, sendo significativa a 10%. A binária positiva foi significativa a 5%. O resultado do teste F mostra que pelo menos uma variável tem valor diferente de zero. O coeficiente de determinação mostra que as variáveis independentes podem explicar 86,6% das possíveis variáveis no investimento, sendo este resultado mais expressivo do que o da regressão 1. Tabela 3 – Resultados da Regressão Linear Múltipla tendo-se o logaritmo da formação de capital fixo (estoque líquido de máquinas e equipamentos das empresas e famílias) como variável dependente. Variáveis Coeficientes Teste t Teste F R-Quadrado Intercepto 5,692530404 45,42260287 * PIB 0,528998378 8,009222496 * 49,84114623 0,866684781 Taxa de Juros -0,001227708 -1,712535614 *** Binária 0,07715627 2,785823064 ** Fonte: Resultados da pesquisa. Nota: * significativo a 1%, ** significativo a 5%, *** significativo a 10%. A quarta análise econométrica, traz os resultados obtidos com o índice de capital fixo, estoque líquido de máquinas e equipamentos em logarítmo natural, o índice do PIB (Produto Interno Bruto) em logarítmo natural e o índice da taxa de juros Selic. Com essa variável dependente, pretende-se mostrar com a introdução do logarítmo natural se a taxa de juros e o Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 PIB causam a mesma influência sobre o estoque líquido de máquinas e equipamentos. Os resultados serão apresentados na tabela 4. Na tabela 4, nota-se que os coeficientes são maiores do que as da regressão 1, exceto a binária. O coeficiente PIB foi significativo a 1% e apresentou resultado positivo. A taxa de juros apresentou resultado negativo, porém não mostrou índice de significância. A binária teve uma influência menor, porém mostra a quebra estrutural do nível de investimento no Brasil. O teste F apresentou aceitação da hipótese alternativa. Pode-se dar ênfase ao coeficiente de determinação que indicou que as variáveis explicativas usadas na análise explicam 88,7% das possíveis mudanças na variável dependente. Tabela 4 – Resultados da Regressão Linear Múltipla tendo-se o logaritmo da formação de capital fixo (estoque líquido de máquinas e equipamentos), como variável dependente. Variáveis Coeficientes Teste t Teste F R-Quadrado Intercepto 5,84089788 53,55692503 * PIB 0,49088252 8,540493126 * 60,39046321 0,887349545 Taxa de Juros -0,000752972 -1,206959841**** Binária 0,063160808 2,620591584 ** Fonte: Resultados da pesquisa. Nota: * significativo a 1%, ** significativo a 5%, *** significativo a 10%. 4. CONCLUSÃO No transcorrer deste trabalho, o objetivo era mostrar de que forma a taxa de juros e o PIB afetam o nível de investimento privado no Brasil. Pretendeu-se, também, verificar se aconteceu mudança na postura dos empresários com relação ao investimento autônomo após o Plano Real. Para isso, buscou-se auxílio nas idéias de Schumpeter para entender o perfil do empresário na busca de inovação para seu empreendimento, inovação esta, que exige investimento. Depois, voltou-se às teorias dos neoclássicos e de Keynes para entender o que é o investimento e o que pode influenciá-lo. De posse disso, buscaram-se dados sobre os índices de investimento, PIB e taxa de juros, para o Brasil. Com esses dados montou-se uma regressão linear múltipla para verificar de que modo o PIB e a taxa de juros, aqui representada pela taxa Selic, afetam o nível de investimento privado do país, o qual foi representado pela Formação de Capital Fixo. Pode-se verificar que o consumo privado de bens e serviços faz com que as empresas aumentem sua produção. Esse aumento de produção é possível através de expansão da capacidade produtiva, que é acompanhada por investimentos em Formação de Capital Fixo. Isso vai gerar emprego e renda na economia e movimentar outros setores econômicos. Todo esse movimento vai gerar riquezas para o país e um conseqüente aumento do PIB. Um PIB crescente e um cenário econômico favorável têm como conseqüência o aumento do investimento. De acordo com o estudo realizado neste trabalho, o desempenho do PIB tem influência no investimento, assim como as variações da taxa de juros. Por isso, a pesquisa baseou-se nas seguintes hipóteses: i - Um aumento na taxa de juros provoca uma redução no nível de investimento privado; ii - O nível de investimento acompanha o bom desenvolvimento do PIB. Cascavel – PR – 17 a 19 de junho de 2008 Os resultados das regressões mostraram que existe uma relação inversa entre a taxa de juros e o investimento privado. Isso confirmou a hipótese inicial, de que um aumento na taxa de juros provocaria uma redução no nível de investimento privado. Para o empresário, a taxa de juros é encarada como um custo de oportunidade, de obtenção de capital. Um empresário que pretende recorrer a empréstimos para fazer um investimento, neste caso, quanto maior a taxa de juros, menos atraente será para ele contrair o empréstimo, pois sua produção terá um custo mais elevado. Quanto aquele empresário que tem um capital financeiro aplicado e deseja fazer um investimento em uma nova máquina, a taxa de juros alta vai favorecer a permanência da aplicação financeira, pois pode ser que os ganhos obtidos com a nova máquina não superem os ganhos obtidos com a aplicação. Além do acima exposto, o resultado positivo do coeficiente PIB confirmou a hipótese de que o nível de investimento acompanha o bom desenvolvimento do PIB. Isso porque, um aumento no nível de consumo faz elevar a produção, provocando expansão da capacidade produtiva. Isso gera crescimento do PIB e, conseqüentemente, aumento do investimento. O Brasil já conviveu com o vilão da inflação, então para que esse vilão não venha a assombrar a economia novamente, usa-se como ferramenta de “combate” a mesma, a taxa de juros. Isso se por um lado inibe a inflação, por outro acaba por atrapalhar o desenvolvimento da economia, pois faz com que a economia trabalhe em um ritmo bem lento. Porém, nos últimos dois anos, tem-se uma redução na taxa básica de juros na economia brasileira e pode- se verificar que a trajetória de investimentos tem tido aumentos. O presente trabalho também mostrou através da introdução de uma variável binária no modelo, a quebra estrutural do nível de investimentos no Brasil, ou seja, o perfil do investidor mudou após o Plano Real. Tal fato levou a concluir que antes do Plano Real, o nível de investimento privado na economia era maior, diminuindo após a introdução do referido plano. Isso se deve, certamente, a incerteza, que levou os investidores a terem cautela com a entrada do novo plano econômico, visto que se depararam anteriormente com outros planos, os quais não tiveram sucesso. Então até que o Plano Real estivesse bem estabilizado, os investimentos aconteceram em níveis pequenos, quase estáveis. Como o plano econômico já esta estabilizado, a redução da taxa de juros, aliada a auxílios governamentais e infra-estrutura adequada, gera incentivos ao setor privado para a realização de investimentos. Assim, tem-se o aquecimento da economia e o crescimento econômico. 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