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Princípio da Legalidade dos Delitos e das PenasDireito PenalCesare BeccariaFichamento
Fichamento - Dos Delitos e das Penas
Cesare Beccaria.
INTRODUÇÃO - Os homens geralmente abandonam as importantes resoluções de Cesare Beccaria, pois elas se opõem às leis mais sábias. (p 39.) - Tais leis, por natureza, tornam as vantagens universais, e resistem às pressões que privilegiam a poucos (p 39.) - Só após terem passado por muitos erros nas coisas essenciais à vida e à liberdade, dispõem-se a remediar as desordens e reconhecer as verdades. (p 39.) - Assim como confirma a história, pode-se notar que as leis, não passaram de instrumentos de paixões de uns poucos ou nasceram de necessidades dos mesmos. (p 39.) - Não foram ditadas por um examinador da natureza humana, que seria capaz de juntar ações de vários homens e considera-las um único ponto de vista. (p 40.) - Felizes são as nações que não esperam a lenta evolução que conduzisse ao bem após ter atingido o mal extremo. (p 40.) - Merece a gratidão dos homens, aqueles filósofos que não mantiveram suas ideias e verdades mais úteis apenas em seus gabinetes, mas também as lançaram às multidões (p 40) - Verdadeiras relações entre súditos e soberanos e entre as diversas nações, prosperou o comércio, a imprensa e a filosofia neste século. (p 40.) - Poucos foram os que examinaram e combateram a crueldade das penas e os procedimentos criminais irregulares (p 40.) - Beccaria seguiu, em partes, os passos de Montesquieu, que discorreu rapidamente sobre tais assuntos (p 41.)
CAPÍTULO II - Ao menos que tenha sua origem nos sentimentos indeléveis do coração do homem, não cabe a moral política proporcionar vantagens duráveis a sociedade. (p. 42) - Impossibilitados de viver sem o medo constante de se deparar com inimigos aos redores, coube ao homem abrir parte da sua liberdade para ter mais segurança, formando assim a soberania da nação: declarando-se um soberano aquele responsável por leis e cuidados administrativos do povo. (p. 42) - A soma de todas as pequenas liberdades vai resultar no direito da pena. Se o exercício do poder se afastar dessa base é abuso, não direito.(p. 42)
CAPÍTULO III - Como conseqüência desses ideais, somente as leis podem regrar as penas dos crimes, sendo esse direito focado somente nas mãos dos legisladores, que conforme um contrato social representa a sociedade por completa. (p. 44) - Cabe somente ao soberano fazer leis gerais, as quais os demais devem acatar, não fazendo parte de a sua responsabilidade julgar os infratores. (p.44)
CAPÍTULO IV - O juiz está proibido de interpretar as leis, deve somente fazer um silogismo perfeita sendo a maior a lei geral e a menor a consequência. (p. 45) - O homem enxerga as coisas de maneiras diferentes, em épocas diferentes, de modo que se o juiz interpretasse a lei, o condenado poderia sofrer um julgamento errôneo, pois sua pena estaria a mercê dos crédulos do juiz, de suas relações pessoais. Logo, se este fosse julgado em um diferente tribunal, ou em um outro tempo, seria possível que este recebesse uma pena diferente. Tudo isso em função a falsa interpretação do juiz. (p. 45) - Se as leis forem executadas conforme suas devidas penas, o homem poderá assim calcular as conseqüências de uma ação criminosa, sendo isso um mecanismo para evitar o crime. Ele terá condições para aproveitar seus bens com liberdade pura, sendo isso justo em um convívio em sociedade. (p. 46)
CAPÍTULO V - As normas devem estar escritas em um texto vigente, atual, e esse livro deve ter tamanha importância quanto uma bíblia, para assim as leis não se tornarem obscuras e os cidadãos não dependerem de uma pequena parcela da sociedade para interpretá-las. Quanto maior conhecimento das leis, menor serão os crimes cometidos pela sociedade. (p. 48)
CAPITULO VI - A lei deve estabelecer com exatidão que o acusado pode ser submetido a um interrogatório e prisão. (p. 50) - Indícios como a vontade pública, confissões privadas, o depoimento do cúmplice, ameaças relativas ao acusado, corpo delito existente podem gerar a prisão de um acusado.(p. 51)
CAPÍTULO VII - Quando as provas de uma ação depender umas das outras, ou especificamente de uma só, essas possuem pouco valor. Porém, se provas forem independentes, quanto mais numerosas forem, mais provável será o delito. (p. 52) - Há duas distinções de provas, denominadas provas perfeitas e provas imperfeitas. As perfeitas são as que comprovam a impossibilitando do réu ser inocente. As imperfeitas são as que deixam dúvida na inocência do acusado. (p. 52) - Lei sábia cujos efeitos são felizes e garanta o julgamento de cada um por seus iguais. (p. 53)
CAPITULO VIII - E preciso em uma boa legislação que seja determinada com exatidão o grau de confiança que se deve dar a testemunhas as provas para se concluir um réu culpado. (p. 54) - A lei não admite como testemunhas as mulheres, por serem francos, e condenados, morrem na esfera civilmente, ou pessoas com notas de infâmia. (p. 54) - Dar-se as testemunhas um crédito mais circunspectos quanto mais atrozes forem os crimes que elas depõem. (p. 55) - É infinitamente mais fácil criar uma calunia sobre discursos do que sobre ações. (p. 57)
CAPITULO IX - Pode-se considerar um abuso de manifesto as acusações secretas, apesar de serem legítimas em diversos governos. (p. 56)
CAPITULO X - Os interrogatórios sugestivos são proibidos conforme as nossas leis, pois só se pode questionar sobre como ocorreu o crime e as circunstâncias que o acompanharam. (p. 59) - O criminoso que permanecer em silêncio perante o juiz quando interrogado representa para a sociedade um escândalo e uma ofensa à justiça. (p. 59)
CAPÍTULO XI - Exigisse do acusado um juramento com a verdade – como se algum homem fosse ser honesto para sua condenação. (p. 60) - Juramentos se tornam em uma simples formalidade, sem nenhuma conseqüência de fato. (p. 60)
CAPITULO XII - A utilização da tortura em um réu enquanto se faz o processo, seja para conseguir uma confissão, para esclarecer as condições que se encontra ou para descobrir seus cúmplices pode ser considerada uma barbárie em muitos governos. (p. 60) - O réu inocente afirmará culpa se preciso para fazer acabar as pesadas torturas, de modo que esse emprego para distinguir culpados de inocentes será ineficaz. (p. 61) - Outro motivo que faz um cidadão suposto de culpa aceitar a culpa é a esperança de esclarecer as próprias contradições concebidas durante a etapa do interrogatório. (p. 61) - Não é esperto fazer um criminoso sobreviver a tortura para admitir ou segundo crime cometido pois assim a lei o fará cumprir pena por crimes que ele não cometeu, por crimes que ele poderia ter comido e crimes futuros. (p. 61) - Com o tempo, tribunais romanos, ingleses e suecos deixaram de usar essa ferramenta após comprovar que essa técnica era ineficaz. (p. 61)
CAPÍTULO XIII - Ao constatar o delito e as provas corretamente, é justo conceder ao acusado tempo para a investigação das evidencias e para trabalhar na sua defesa. (p. 62) - Não devem ser prolongados o tempo da investigação e da prescrição devido a gravidade dos crimes pois enquanto não se comprovar mais atroz e menos verossímil ele é, podendo ser possível diminuir o tempo dos processos e aumentar os das prescrições. (p.62) - Um acusado liberado por falta de provas não é condenado ou absolvido: este pode ser preso novamente pelo mesmo crime e submetido a exames antes do termino da prescrição. (p. 63) - Os crimes difíceis de provar como o adultério, como o adultério, são os mais prováveis a admitirem presunções como as semi-provas, tendo ao homem o status de semi-culpado ou semi-inocente. (p. 63) - Os grandes crimes nem sempre são a prova da decadência de um povo. (p. 63)
CAPÍTULO XIV - Leis não podem punir as intenções, no entanto uma ação inicial que resulta em um crime ou a própria vontade de cometê-lo merecem um castigo Essa punição é de caráter fundamental pois previne as primeiras tentativas de crime. (p. 64) - Pode haver a impunidade ao cúmplice traidor dos companheiros, pois assimtribunal se familiariza com o crime. No entanto, podem-se prevenir grandes crimes e reanimar o povo. (p.64)
CAPITULO XV - Penas não tem a intenção de atormentar ou afligir o homem, muito menos desfazer o crime cometido. (p.67) - Quanto mais ferozes forem as penas, mais audaciosos serão os culpados para evita-las. Acumulará os crimes, para subtrair à pena merecida primeiro. (p. 67) Para o castigo produzir o efeito necessário, é preciso que o mal ultrapasse o bem que o culpado retirou do crime. (p. 68) - O rigor das penas deve ser relativo ao estado atual da nação. (p. 68)
CAPÍTULO XVI - A pena de morte não é de fato um direito, mas sim uma guerra declarada a um cidadão pela nação, que julga isso algo útil. (p. 69) - A morte só pode ocorrer em dois momentos: quando a nação teme pela sua liberdade ou em tempos confusos, ou seja, apesar de ter sua liberdade limitada, cidadão ainda consegue por suas conexões atentar ao público. (p. 69) - A pena de morte não diminui índices de criminalidade, pois o homem é um ser sensível de modo que fomos mais abalados por algo mais constante e ligeiro do que algo violento mas passageiro. (p. 69) - Cabe ao legislador impor limites as penas para evitar que o suplicio se torne um espetáculo ocupando a força ao invés de puni-lo. (p. 69) - Defende a escravidão perpétua à pena de morte pois o sofrimento nos presídios é eterno, enquanto que a morte acontece brevemente. (p. 69) - A sociedade tira vantagem com a pena de escravidão porque essa amedronta mais a testemunha do que o réu. (p. 69) - Guerra ensina a espalhar sangue, logo caberia as leis suavilizar os costumes diminuindo essa barbárie. (p. 69) - Esse sentimento de horror reside na nossa mente, deixando em evidencia que o homem não tem nenhum direito legítimo sobre a vida de outro. (p. 69) -Felicidade seria se o homem recebesse leis. (p. 69)
CAPÍTULO XVII - Pode-se excluir ou banir aquele que perturba a harmonia pública, não obedece as normas, ou ainda viola as condições sob quais os demais se sustentam. (p. 69) - A perda dos bens é uma maior pena do que o próprio banimento. O uso das confiscações põe a prêmio a cabeça do infeliz sem defesa. (p.70)
CAPÍTULO XVIII - Infâmia pode ser denominada como um gesto de desaprovação pública. (p. 71) - Como não é destinada por lei, é como se fosse uma vergonha a partir da moral pública contra indivíduo. (p.71) - As penas infamantes devem ter natureza rara, pois o uso freqüente enfraquece a própria força da opinião. (p. 72)
CAPÍTULO XIX - A pena poderá ser considerada mais justa e útil quando essa decorrer de prontidão e mais próxima do delito. (p. 72) - As sanções dos crimes cometidos devem ter características impressionantes e sensíveis para que as demais testemunhas. (p. 73) - A punição pública dos pequenos delitos comuns causará uma impressão salutar, os afastado dos grandes males ilícitos. (p. 74)
CAPÍTULO XX - O homem sente temor aos pequenos males quando se encontra em situações impossíveis de evitá-los. (p. 75) - Quando penas se tornarem menos cruéis, o pedido de perdão e a clemência terão menor incidência. (p. 75) -O soberano que muito se preocupa com a felicidade pública julgando contribuir para esta, termina se elevando sobre o código penal. (p. 76)
CAPÍTULO XXI - Por toda a extensão do território nacional deve prevalecer às mesmas normas, como uma sombra segue um corpo. (p. 77) - Os asilos representam uma forma de escape para as penas severas, convidando mais ainda para o crime ao invés de evitá-los. (p. 77) - Um delito deve ser punido no país em que foi cometido, pois somente ali os indivíduos são obrigados a reparar suas ações. (p. 78)
CAPÍTULO XXII - Se o criminoso ainda se encontra no território onde cometeu o delito, o Estado demonstra fraqueza a colocar sua cabeça a prêmio. (p. 79) - Ademais disso, ao colocar uma cabeça em premio o Estado anula todas os seus ideais de virtude e moral. (p. 79) - As nações só estarão felizes quando a sã moral estiver totalmente ligada com a política. (p. 79)
CAPÍTULO XXIII - Injúrias pessoais contrárias à honra, devem ser punidas com a infâmia, que é um sinal da pública reprovação. (p 84.) - É necessário que esta infâmia que a lei inflige seja a mesma das relações entre as coisas, da moral universal e da moral particular. (p 85.) - Se elas diferem uma da outra, ou a lei perde a veneração pública ou as ideias de moral e de integridade se extinguem. (p 85.) - As penas de infâmia não devem ser nem muito frequentes, nem recair sobre um grande numero de pessoas ao mesmo tempo. Porque os efeitos que são frequentes demais, atenuam a força de opinião da mesma e porque a infâmia de muitos acaba se tornando a infâmia de ninguém (p 85.) - Penas corporais e dolorosas não devem ser aplicas à delitos que são fundados no orgulho, a estes convém o ridículo e a infâmia. (p 85.) - O sábio legislador anula a admiração e a surpresa despertadas no povo por um falso principio que costuma a ser ocultado do povo por suas bem deduzidas consequências. (p 85.) - Não apenas as belas-artes têm por princípio universal a fiel imitação da natureza, a própria política também está sujeita a essa máxima geral, pois ela é a arte de melhor dirigir e fazer cooperar o sentimento dos homens. (p 86.)
CAPÍTULO XXIV - Aquele que perturba a tranquilidade pública e que não obedece às leis, deve ser excluído da sociedade. (p 86.) - Governos sábios não toleram o ócio político, que muitas vezes foi confundido com a ociosidade das riquezas acumuladas pela indústria. (p 86.) - A ociosidade política é aquela que não contribui para a sociedade nem com trabalho, nem com riqueza. (p 86.) - O banimento deveria ser imposto àqueles que são acusados de um delito desumano e com grande probabilidade de serem julgados culpados. Mas deve dar-lhes o direito de provar sua inocência. (p 87.) - Maiores deviam ser os motivos contra um nativo e contra um acusado pela primeira vez. (p 87.)
CAPÍTULO XXV. -Uma pergunta muito comum era se, aquele eu é banido para sempre da sociedade deveria ser privado de seus bens. (p 87.) - A perda total deve ocorrer quando o banimento previsto pela lei determine o rompimento de todos os laços com a sociedade, morre o cidadão e permanece o homem, que deverá produzir os mesmo efeitos que a morte natural. (p 87.) - Alguns dizem que os confiscos dos bens era um freio às vinganças e o autoritarismo privado. Não percebem que as leis nem sempre são justas, pois para isso precisam ser necessárias. (p 88.) - Beccaria reprova o confisco dos bens pois colocam a prêmio a cabeça dos fracos: a pena dos culpados acaba recaindo sobre inocentes, como por exemplo sua família, deixando-os com a necessidade de cometer outros delitos. (p 88.)
CAPÍTULO XXVI - Algumas injustiças nas leis, foram aprovadas pelos homens mais esclarecidos e praticadas pelas republicas mais livres, pois consideravam a sociedade uma união de famílias e não uma união de homens. (p 88.) - Como as leis e costumes são efeitos dos sentimentos habituais dos membros da república, dos chefes de família e o espirito da monarquia ira introduzir-se pouco a pouco nesta república. (p 89.) - O espírito de família é um espírito de detalhes e limitado a fatos pequenos. O espírito regulador das repúblicas vê os fatos e os situa nas classes mais importantes para o bem da maioria. (p 89.) - Na república das famílias, os filhos permanecem sob o poder do chefe, enquanto ele viver. E só após sua morte vivem dependendo unicamente das leis. (p 89.) - Quando a república é de homens, a família não é uma subordinação de comando e sim de contrato. E quando a idade os subtrai da dependência natural, os filhos se tornam livres membros da cidade, sujeitando à autoridade dos chefes de família. (p 89.) - Tais contradições entre as leis de família e as leis fundamentais da república são fontes de muitas outras contradições entre a moral domestica e a moral púbica. (p 90.) - Tantos contrastes levam os homens a desdenhar os caminhos da virtude, considerando-os confusos e distantes. (p 90.) - Conforme a sociedade aumenta, cada homemse sente uma parte menor de um todo e assim seu sentimento republicano também diminui, se as leis não cuidarem de reforçá-lo. (p 90.) - Uma república, quando muito grande, somente se salva do despotismo se for subdividida em diversas repúblicas confederadas. (p 91.) - É sob o despotismo mais forte que as amizades são mais duráveis, e as virtudes de família se tornam mais comuns, senão as únicas. (p 91.)
CAPÍTULO XXVII - Um dos maiores freios ao delitos não é a crueldade das penas, como se pensa, mas sim sua infalibilidade, que causa a vigilância dos magistrados e a severidade do juiz. (p 91.) - A certeza de um castigo mesmo que seja moderado, causará a impressão mais intensa que o temor de outro mais severo, aliado sempre à esperança de impunidade. (p 92.) - A atrocidade da pena faz com que se tente evita-la com mais ousadia do que antes, e leva as pessoas a cometer outros delitos para escapar da mesma. (p 92.) - Para que uma pena surta efeito, basta que o mal que ela mesma inflige exceda o bem que nasce do delito. (p 92.) - Da crueldade das penas derivam duas outras consequências funestas: 1) Não é fácil preservar a proporção essencial entre os delitos e as penas. 2) A impunidade nasce da atrocidade dos suplícios. (p 93.)
CAPÍTULO XXVIII - Beccaria resolve analisar se em um governo bem organizado é realmente útil e justa a pena de morte. (p 94.) - A soberania e as leis são as somas de porções mínimas de liberdades privadas de cada um, a vontade geral. (p 94.) - A pena de morte não é um direito, e sim uma guerra da nação contra um cidadão, o qual ela julga útil ou necessário destruir. (p 95.) - A morte só pode ser considerada necessária por dois motivos: 1) Quando ainda privado de sua liberdade ele conserva poder e relações que podem afetar a segurança nacional; 2) Quando sua existência pode produzir uma revolução perigosa para a forma de governo estabelecida. (p 95.) - A morte de um cidadão é necessária quando a nação recupera ou perde a sua liberdade ou em tempos de anarquia. (p 95.) - Sob um reinado tranquilo das leis, uma forma de governo que une os votos da nação, bem amparada externa e internamente e que o comando é de um verdadeiro soberano, não há a necessidade de destruir um cidadão. (p 95.) -A pena de morte só se torna justa e necessária quando é a única forma de impedir o cometimento de delitos. (p 95.) - Não é a intensidade da pena que produz o maior efeito, mas sim a sua extensão. Pois a sensibilidade do homem é mais afetada por impressões mínimas, porém renovadas. (p 96.) - A pena de morte produz uma impressão que, mesmo sendo forte, acaba não inibindo o rápido esquecimento, natural dos homens. (p 96.) - A pena de morte torna-se uma espetáculo para a maioria das pessoas, e um misto de compaixão e desdém. Enquanto nas penas moderadas e contínuas o sentimento que domina é o ultimo. (p 97.) - Para uma pena ser justa, deve ter apenas graus de intensidade que sirvam para tirar os homens dos delitos. Portanto a intensidade da escravidão perpétua substitui a pena de morte basta para dissuadir até o mais determinado dos homens. (p 97.) - Com a pena de morte, cada exemplo dado supõe um delito. Já com a escravidão perpétua um único delito da muitos e duradouros exemplos. (p 98.) - A vantagem da pena de escravidão é que ela amedronta mais quem a vê do que quem a sofre, o primeiro considera a soma de todos os momentos infelizes e o segundo é distraído da infelicidade futura, pela presente. (p 98.) - Aquele que tem diante de si longos anos na escravidão, fará uma comparação disso com a incerteza do êxito de seus delitos, cujos frutos aproveitará por pouco tempo. (p 99.) - A pena de morte também não é útil pelo exemplo de atrocidade que oferece aos homens. (p 99.) - É um absurdo que as leis, expressão da vontade pública, que abominam e punem o homicídio, o cometam elas mesmas. (p 100.) - Leis verdadeiras e úteis são as que todos desejariam propor e observar. (p 100.) - Sentimento geral sobre a pena de morte é a indignação e desprezo de cada pessoa a ver o executor da vontade pública. (p 100.) - Os homens sempre acreditaram que a sua vida não podia estar nas mãos de ninguém, a não ser da necessidade. (p 100.) - Os sacrifícios humanos foram comuns a quase todas as nações, mas a história da humanidade nos dá a ideia de um imenso oceano de erros. (p 101.) - A humanidade seria feliz se lhe fossem ditadas leis por monarcas benfeitores e promotores das virtudes pacíficas, ciências e artes, destruindo o despotismo intermediário. (p 102.)
CAPÍTULO XXIX - Erro comum e contrário ao fim social é deixar ao magistrado o arbítrio de prender um cidadão inimigo sob pretextos inúteis e deixar um amigo impune apesar da culpa.(p 103.) - A prisão é uma pena que deve preceder a declaração do delito. E somente a lei pode determinar os casos em que um homem merece a pena. (p 103.) - A medida que as penas forem moderadas, que a compaixão e a humildade entrarem nas prisões, as leis poderão contentar-se com indícios cada vez mais fracos para a prisão. (p 103.) - Perduram ainda no povo, em seus costumes e leis as barbaras impressões dos antepassados. (p 104.) - Algumas pessoas afirmam que, onde quer que se cometa um delito ele possa ser punido como se fosse com um escravo. (p 104.) - O lugar da pena é o lugar do delito. (p 104.) - Os réus de delitos menos graves costumam ser punidos na escuridão de uma prisão ou enviados a dar exemplo a nações que não ofenderam. (p 105.) - A pena pública de uma infração grave será considerada pela maioria como estranha ou impossível de lhes acontecer. A pena pública de delitos mais leves, causará uma impressão que os afastará ainda mais dos delitos graves. (p 105.) - As penas devem ser proporcionais entre si, às forças dos delitos e à forma de aplicação. (p 105.) - O direito te punir é de todos os cidadãos e do soberano. (p 105.)
CAPÍTULO XXX - Conhecidas as provas e tendo a certeza do delito, é necessário conceder ao réu tempo e meios oportunos para o réu justificar-se. (p. 106) - Os perigos aumentam para os inocentes com os defeitos da legislação. (p. 106) - As leis devem estabelecer um prazo tanto para a defesa do réu como para as provas dos delitos. (p. 106) - Os crimes atrozes, uma vez provados, não merecem prescrição em favor do réu. Já os delitos menores e duvidosos a prescrição deve pôr fim à incerteza do cidadão. (p. 106) - Uma vez que provada a utilidade das penas moderadas, as leis que aumentam ou diminuem o tempo da prescrição chegarão a estabelecer a divisão de poucas penas suaves para um grande numero de delitos. (p. 106 e 107) - Tais prazos não aumentarão na proporção da atrocidade dos delitos, sua probabilidade está na razão inversa de sua atrocidade. (p. 107) - Penas iguais podem ser dadas a delitos desiguais. (p. 107) - Duas classes de delitos: 1) Delitos atrozes: homicídio e ulteriores atos facinorosos. 2) Delitos menores. (p.107) - Tal distinção de delitos não seria admissível se o risco de impunidade diminuísse na proporção da probabilidade do delito. (p.108)
CAPÍTULO XXXI - Os delitos mais atrozes ou improváveis são provados pelas conjecturas e provas mais frágeis e equívocas. (p. 108) - Certos delitos são ao mesmo tempo frequentes e difíceis de serem provados. A dificuldade da prova vale como probabilidade da inocência. (p. 109) - O adultério e a homossexualidade eram considerados delitos de difícil prova, e acolhiam presunções tirânicas: as quase-provas e as semi-provas, onde a tortura exercia seu cruel império sobre o acusado. (p.109) - O adultério é um delito que encontra sua força e seu direcionamento nas leis variáveis dos homens e a forte atração entre sexos opostos. Ele nasce de uma exigência constante e universal de toda a humanidade. (p. 110) - A fidelidade conjugal é proporcional ao número e à liberdade dos casamentos. (p.110) - Em cada delito que, por natureza, deve ficar impune, a pena torna-se um incentivo. (p. 111) - O homossexualismo é muito severamente punido pelas leis e submetido a tormentos que vencem a inocência. Fundamenta-se menos nas necessidadesdo homem e retira sua força de uma educação que começa por tornar os homens inúteis a si mesmos e uteis aos outros homens. (p. 111) - O aborto também é resultado de uma contradição inevitável, na qual cai uma pessoa que tenha cedido por fraqueza ou violência. (p. 112) - A melhor maneira de prevenir esse delito é a proteção com leis eficazes contra a tirania. (p.111) - Não se pode chamar de justa a pena de um delito, enquanto a lei não tenha aplicado os melhores meios
CAPÍTULO XXXII - O suicídio é um delito que não parece não admitir uma pena, pois esta recairia sobre inocentes, ou sobre um morto. (p. 112) - Quem teme à dor obedece às leis, mas todas as fontes dessa dor se extinguem na morte. (p. 113) - Toda lei que não preveja sanções ou que a natureza das circunstâncias torne insubsistentes não deve ser promulgada. (p. 113) - Os sentimentos dos homens são limitados, e quanto maior a veneração dos objetos estranhos às leis, menor será a veneração das próprias leis. (p. 114.) - Uma lei no sentido de fazer do Estado uma prisão seria inútil, pois seria impossível fechar todos os pontos da fronteira de um país, não daria para vigilar os vigilantes. (p. 114) - Punir um delito por antecipação seria punir a vontade dos homens. (p.114) - A maneira mais segura de reter os cidadãos na pátria é aumentar o bem estar relativo de cada um, é importante que a nação seja feliz. (p.115) - Os prazeres do luxo não são os principais elementos da felicidade, são um remédio necessário para a desigualdade, que aumenta em razão do progresso da nação. (p.115) - Quando as fronteiras de uma nação aumentam mais que a sua população, o luxo favorece o despotismo. (p. 115) - Onde a população aumenta em proporção maior que as fronteira, o luxo opõe-se ao despotismo porque estimula a indústria e a atividade dos homens, e a necessidade oferece risco aos prazeres. (p. 115) - O comercio e a circulação dos prazeres do luxo começa com poucos e com poucos termina. São poucos os que têm acesso. (p. 115) - A segurança e a liberdade limitadas apenas pelas leis são a base principal da felicidade, com ela os prazeres do luxo e favorecem a população. (p.116)
CAPÍTULO XXXIII
- O contrabando é um delito que ofende o soberano e a nação, mas cuja pena não deveria ser infamante, pois quando cometido não produz infâmia na opinião pública. Tal delito nasce da própria lei, pois quando se aumentam as taxas, aumenta-se também a vontade de praticar o contrabando. (p. 116 e 117) - O confisco dos bens contrabandeados é justo, mas será eficaz quando menor for a taxa aduaneira, porque os homens só se arriscam se houver grandes vantagens. (p. 117) - Esse delito não gera infâmia para o autor porque os homens que usufruem desses bens não veem os danos que esta pode lhes causar, apenas enxergam o dano causado ao príncipe. (p. 117) - Mas não pode deixar impune quem comete esse crime, pois há contrabandos que interessam de tal forma à natureza do tributo, que então merece uma pena considerável, até mesmo prisão e servidão. (p. 118)
CAPÍTULO XXXIV - A boa-fé nos contratos e a segurança do comercio obrigam o legislador a assegurar o direito dos credores por meio da pessoa dos devedores falidos. Mas é importante distinguir os devedores dolosos dos devedores inocentes. (p.118) - Os devedores inocentes também devem ser condenados para experimentar as angustias dos culpados e arrepender-se mesmo assim. (p. 119) - Os homens amam leis cruéis, mesmo que quando sujeitos a elas deveriam querer que fossem mais moderadas, pois é maior o temor de ser ofendido do que a vontade de ofender. (p. 119) - Pode-se distinguir o dolo da culpa grave, a grave da leve e esta da inocência. E atribuir-lhes penas para cada uma em especifico. Mas as distinções devem ser feitas pela lei cega e imparcial e não pela prudência dos juízes, que é arbitraria e perigosa. (p. 120)
CAPÍTULO XXXV - Dentro da fronteira de um pais não deve existir nenhum lugar independente das leis, sua força deve atingir todos os cidadãos. Os asilos só diferem em grau, e convidam mais as pessoas aos delitos do que as penas os dissuadem deles. (p. 121) - Multiplicar os asilos é formar cada vez mais soberanias, onde as leis não imperam, tendo um espirito oposto ao da sociedade. (p. 121) - Dos asilos saíram grandes revoluções nos estados e opiniões dos homens. (p 121)
CAPÍTULO XXXVI - Outra questão importante é a utilidade ou não de colocar a premio a cabeça de um homem, notoriamente culpado. Ou o réu esta além fronteiras ou esta dentro delas (p. 122) - Ou o soberanos estimula os cidadãos a cometer um delito e o expõe ao castigo ou da mostras da própria fraqueza. (p. 122) - Com uma mão o legislador estreita os laços de família, de amizade e com outra premia quem os parte e quem os quebra. (p. 122) - Esses são os expedientes de nações fracas, cujas leis são meras restaurações momentâneas de um edifício em ruínas. (p. 122) - Conforme as nações crescem, são necessárias a boa-fé e a confiança recíproca, e cada vez mais tendem elas a confundir-se com a verdadeira política. (p. 122)
CAPÍTULO XXXVII - Não é porque uma lei não pune uma intenção que deixa de merecer uma pena um delito que comece com alguma ação que manifeste a vontade de o executar. (p. 123) - Como entre a tentativa e a execução pode haver um intervalo, reservar a pena maior ao delito consumado pode causar arrependimento (p. 123) - Quando vários homens se unem em um risco, tanto mais eles o procuram tornar igual para todos, será mais difícil achar quem se contente em ser executor, correndo um risco maior que os outros cúmplices. (p. 123) - Alguns tribunais oferecem impunidade àquele cumplice de delito grave o qual denuncie seus companheiros. O que tem seus inconvenientes e suas vantagens, pois a nação autoriza a traição, e o tribunal revela sua fraqueza, a incerteza da lei. (p. 124) - As vantagens disso consistem na prevenção de delitos importantes, que tem autores ocultos e efeitos evidentes, os quais aterrorizam o povo. (p. 124)
CAPÍTULO XXXVIII - As leis proscrevem os interrogatórios chamados “sugestivos”, ou seja, aqueles que interrogam sobre a espécie, e não sobre o gênero. (p. 125) - Os motivos desse método são ou não sugerir ao réu uma resposta que o acoberte da acusação. Ou porque parece contrario a natureza que um réu se acuse por si só. (p. 125) - Na tortura a dor sugerirá ao busto um silencio obstinado, para transformar a pena maior pela menor. Ao fraco sugerirá a confissão, para livrar-se do tormento presente. (p. 126) - Se um interrogatório especial levar um réu à confissão as dores o lograrão mais facilmente ainda. (p. 126) - Desde que o depoimento do réu condenado não chegue ao ponto de emperrar o curso da justiça, por que não conceder aos interesses da verdade à extrema miséria do réu, mesmo após a condenação. (p. 126) - As formalidades e a cerimonia são indispensáveis para a administração da justiça, porque nada deixam ao arbítrio de quem as administra. (p.126)
CAPÍTULO XXXIX - Foi omitido um gênero de delitos que cobriu a Europa de sangue humano e levantou funestas piras, onde corpos humanos serviam de alimento as chamas. (p. 127) - Os homens razoáveis verão que o lugar, o século e a matéria não permitem examinar a natureza de tal delito, pois seria tarefa demasiado longa e estranha provar a necessidade de uniformidade de pensamentos em um Estado. (p. 127) - Deve considerar-se que tudo esta provado pelas evidencias e conforme os verdadeiros interesses do homem, se existe quem o exerça com reconhecida autoridade. (p. 128)
CAPÍTULO XL - Uma fonte de erros e injustiças são as falsa ideias de utilidade concebidas pelos legisladores. A qual antepõe os inconvenientes particulares ao inconveniente geral, é a que comanda os sentimentos ao invés de estimulá-los (p. 128) - Falsa ideia de utilidade é que sacrifica vantagens reais a um inconveniente imaginário ou sem grandes consequências. (p. 128) - As leis que proíbem o porte de armas são dessa natureza pois só desarmam os que não tem determinação para o delito. (p. 129) - Falsa ideia de utilidadetambém é a que pretenderia dar a uma multidão de seres sensíveis a simetria e a ordem que a matéria bruta e inanimada tolera, descuidando de motivos presentes, para fortalecer os distantes. (p. 129) - E também é falsa ideia de utilidade a que, sacrificando a coisa ao nome, separa o bem público do bem particular. (p. 129) - Quanto mais o temor é solitário e doméstico, menos perigoso é pra quem faz dele o instrumento da sua felicidade. E quanto mais o bem se tornar público e atacar uma multidão, mais fácil será ver o imprudente forçar os homens a seguir seus fins. (p. 130)
CAPÍTULO XLI - É melhor prevenir os delitos do que puni-los, este é o escopo principal de toda boa legislação. Mas até agora os empregados tem sido, em sua maioria, falsos e contrários ao fim proposto. (p. 130) - Assim, como as leis da natureza não impedem que os planetas sofram perturbações em seus movimentos, as atrações infinitas e muito opostas do prazer e da dor não podem impedir as perturbações e desordem humana. (p. 131) - Para prevenis os delitos as leis devem ser claras, simples e que toda a força da nação se concentre em defende-las e nenhuma parte seja empregada para destruí-las. (p.131) - Os homens escravizados são os mais voluptuoso, mais libertinos e mais cruéis que os homens livres. (p. 131) - Se a incerteza da lei recai sobre uma nação voluptuosa, ela desperdiça a atividade dessas leis num grande numero de cabalas e intrigas, que espalham a desconfiança nos corações. (p. 132)
CAPÍTULO XLII - Para prevenir os delitos é necessário fazer com que as luzes acompanhem a liberdade, os males nascidos do conhecimento estão na razão inversa de sua difusão dos bens e da razão direta. (p. 132) - Os conhecimentos facilitam a comparação entre os objetos e multiplicam os pontos de vista. (p. 132) - As ciências não são sempre prejudiciais à humanidade. (p. 133)
CAPÍTULO XLIII - Outro meio de prevenir os delitos é o de interessar o colégio executor das leis antes pela observância delas pela corrupção. (p. 135) - Quanto maior o numero dos magistrados, menor é o perigo de usurpação das leis. (p. 135) - Se o soberano, com o aparato e com a pompa, temerem mais os magistrados do que as leis, estes últimos se aproveitarão mais desse temor do que com ele lucrará a segurança pública e particular. (p. 136) CAPÍTULO XLIV - Outro meio de prevenir os delitos é premiar a virtude. Se os prêmios destinados pelas academias aos descobridores das verdades mais uteis multiplicaram os conhecimentos. (p. 136) - A moeda da honra é sempre inesgotável e frutífera.(p. 136)
CAPÍTULO XLV - O meio mais seguro e mais difícil de prevenir os delitos é aperfeiçoar a educação. (p. 136) - Esta intimamente ligado à natureza do governo, razão para que seja sempre um campo estéril. (p. 136)
CAPÍTULO XLVI - À medida que as penas se tornam mais suaves, a clemência e o perdão tornam-se menos necessários. Feliz a nação onde eles são funestos. (p. 137) - A graça é a mais bela prerrogativa do trono e o mais desejável tributo da soberania. (p. 137) - Quando o príncipe concede a graça, ou seja, a segurança pública ele baixa um decreto público de impunidade. (p. 138) CONCLUSÃO - A grandeza das penas deve ser relativa ao estado da nação da mesma. (p. 138) - Mais fortes e sensíveis devem ser as impressões sobre os espíritos endurecidos de um povo. (p. 139)

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