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PARASITOLOGIA HUMANA – HELMINTOS ASCARIS LUMBRICOIDES - LOMBRIGA MORFOLOGIA OVOS - Férteis: contém célula germinativa não segmentada envolvidos por uma casca grossa de três camadas medem em média 60 x 45 µm... - Inférteis: Não possui célula germinativa, não desenvolve larvas - mais alongados e citoplasma mais granuloso, medem de 80 a 90 µ m de comprimento LARVAS L1 e L2 – Rabditoide: possui esôfago com duas dilatações, uma em cada extremidade e uma constrição no meio. L3 – Filarióide: esôfago retilíneo. VERMES ADULTOS Longos, cilíndricos, com extremidades afiladas - Fêmeas: maiores e mais grossas que os machos (30 a 40 cm), põem 200.000 ovos por dia durante 1 ano - Machos: enrolamento ventral espiralado na extremidade caudal (15 a 30 cm), boca cercada por três lábios para fixação na mucosa. ASPECTOS BIOLÓGICOS HABITAT 90% localizam – se no jejuno presos à muscosa, devido a maior quantidade de nutrientes, o restante esta presente no íleo. Obs.: Podem fazer migrações, quando as infestações são intensas, tomando todo o instestino delgado. Movem –se contra a corrente peristaltica Migrações Se alimentam de materiais semi – digeridos da luz intestinal Monoxênico – apenas o homem como hospedeiro. PATOGENIA Mecanismo que o parasita utiliza para desenvolver a doenças. LARVAS Focos hemorrágicos Necrose Reação inflamatória Aumento de volume do fígado Infiltrado eosinofílico Febre Pneumonia Quadro pneumônico com edemaciação dos alvéolos VERMES ADULTOS Ação expoliadora: consumo de lipídios, carboidratos, proteínas e vitamina C Ação tóxica:reação Ag-Ac: edema, urticária e convulsões Ação mecânica:irritação na parede intestinal, obstrução intestinal (novelos), peritonite. - Canais pancreáticos (pancreatite) - Colédoco (icterícias obstrutivas) SINTOMAS CLÍNICOS MIGRAÇÃOLARVÁRIA Depende do número de larvas, tecido e sensibilidade do hospedeiro Focos hemorrágicos e de necrose hepática Síndrome de Loeffler (febre, tosse e eosinofilia sanguínea) Sinais discretos de bronquite até broncopneumonia e pneumonia difusa bilateral VERMES ADULTOS Desconforto abdominal Anorexia Dor epigástrica e má digestão Emagrecimento Náuseas Irritabilidade Ranger dos dentes Obstrução intestinal Peritonite Apendicite aguda Pancreatite aguda Abscesso hepático TRANSMISSÃO Ocorre através da ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo L3. DIAGNÓSTICO CLÍNICO - Inespecifico PARASITOLÓGICO - Pesquisa de ovos nas fezes: Método de Hoffman (sedimentação espontânea) e método de Kato-Katz é recomentado para inquéritos epidemiológicos, quantificando os ovos e consequentemente estimando o grau de parasitismo dos portadores. - Fase pulmonar: presença de larvas no escarro MATERIAL DE ESTUDO – HELMINTOS CICLO BIOLÓGICO NO SOLO - Com condições adequadas: 1. Os ovos no ambiente juntamente com as fezes. L1 dentro do ovo é do tipo rabditoide. 2. L1 transforma – se em L2 e posteriormente em L3 infectante forma filarióide. Obs.: Essa forma permanece infectante no solo por vários meses podendo ser ingerida pelo hospedeiro. NO HUMANO - Ingestão de alimentos contaminados: 1. Ingestão de alimentos infectada por os ovos contendo a L3 2. Atravessam todo o trato digestivo e as larvas eclodem no intestino delgado. 3. As larvas, uma vez liberadas, atravessam a parede intestinal na altura do ceco, caem nos vasos linfáticos e nas veias e invadem o fígado. 4. Chegam ao coração direito, indo para os pulmões. Cerca de oito dias da infecção, as larvas sofrem muda para L4, rompem os capilares e caem nos alvéolos, onde mudam para L5. 5. Sobem pela árvore brônquica e traqueia, chegando até a faringe. São deglutidas, fixando-se no intestino delgado, aonde vão se transformar em vermes adultos, alcançando a maturação sexual e liberando ovos. FORMA INFECTANTE: LARVA NA FORMA L3 FORMA DIAGNÓSTICA: OVOS NÃO EMBRIONÁRIOS PRESENTES NAS FEZES MATERIAL DE ESTUDO – HELMINTOS ANCILOSTOMÍDEOS – AMARELÃO ESPÉCIES Ancylostoma duodenale Necator americanos Ambos realizam hematofagia (se alimentam de hemácias) MORFOLOGIA OVOS Parecidos entre as espécies NÃO DURA MUITO TEMPO NO AMBIENTE EXTERNO Ovóides ou elípticos ≠ dos outros ovos Casca fina e transparente contendo a célula-ovo (quatro, oito ou mais blastômeros) ou a larva. Ancylostoma duodenale gera 20.000 a 30.000 ovos por dia Necator americanos gera 9.000 ovos por dia LARVAS L1 e L2 - Rabditóide: 250 µm de comprimento a 500 – 700 µm no segundo estágio. Se alimentam de materiais orgânicos. L3 - Filarióide: larva embainhada e após 1 semana torna-se larva infectante para o homem. Não se alimenta, por isso precisa de um hospedeiro. VERMES ADULTOS - Pequenos vermes redondos que possuem cápsula bucal e bolsa copuladora características Ancylostoma (cápsula bucal com “dentes”) e Necator (cápsula bucal com placas cortantes) - Fêmeas: cilíndricas, medem 1 cm de comprimento, delgada na extremidade posterior - Machos: menores e possuem a extremidade posterior expandida (bolsa copuladora e dois espículos filiformes) PENETRAÇÃO DA LARVA NO HOSPEDEIRO FATORES QUE INFLUENCIAM: Geotropismo negativo: Tendência de deslocamento para a superfície do solo, em pontos mais elevados, acumulando- se como feixes de larvas nas extremidades de galhos, de folhas ou qualquer relevo do solo. Hidrotropismo positivo: Tendência das larvas em buscar solos úmidos, pois a dessecação da superfície faz com que voltem a enterrar-se, pois podem morrer desidratadas. Tigmotropismo positivo: tendência das larvas em aderir partículas sólidas ou mesmo à superfície cutânea do hospedeiro. Termotropismo positivo: Buscam temperaturas mais elevadas, pois ativam sistemas enzimáticos, facilitando sua penetração pela pele de um possível hospedeiro. FORMAS DE PENETRAÇÃO: Larva Necator americanus: só penetra pela pele Larva Ancylostoma duodenale: penetram via cutânea e cavidade oral PATOLOGIA: ANCILOSTOMÍASE SINTOMAS CLÍNICOS Depende da carga parasitária e da espécie INVASÃO CUTÂNEA Assintomática ou prurido e eritema edematoso MIGRAÇÃO DAS LARVAS Pneumonia difusa Tosse seca ou com expectoração PARASITISMO INTESTINAL Dilaceração e maceração de fragmentos da mucosa Espoliação sanguínea (10 a 30 ml/dia em uma parasitose de Anemia Hipoproteinemia Atrofia da mucosa intestinal Hiperplasia eritrocítica na medula óssea Dilatação e hipertrofia cardíaca Congestão e esteatose hepática, Lesões renais (albuminúria e hematúria) MATERIAL DE ESTUDO – HELMINTOS DIAGNÓSTICO CLÍNICO: - Inespecífico PARASITOLÓGICO: - Pesquisa de ovos nas fezes CICLO BIOLÓGICO 1. Larvas filarióides infectantes penetram através da pele, indo para a circulação, coração,p ulmões 2. No pulmão para de L3 para L4 e posteriormente em L5 3. Chegam na traquéia, faringe, são deglutidas 4. Chegam ao intestino e transformam – se em vermes adultos (machosefêmeas), que copulam e as fêmeas põem ovos embrionados que são eliminados para o meio externo 5. Forma-se a larva rabditoide no interior do ovo (18horas) 6. Eclodem 1 a 2 dias se houver oxigênio, umidade e temperatura adequada 7. Evolui até larva filarióide, infecta outro indivíduo (4–5 semanas no A.duodenalee7–8 semanas no N.americanus) Obs.: As larvas filarióides de Ancylostomaduodenale podem ser ingeridas e desenvolverem-se até verme adulto diretamente no intestino. FORMA INFECTANTE: LARVA NA FORMA L3 FORMA DIAGNÓSTICA: OVOS PRESENTES NAS FEZES MATERIAL DE ESTUDO – HELMINTOS ENTEROBIUS VERMICULARIS MORFOLOGIA OVOS Forma de infecção Medem 50 a 60 µm de comprimento por 20 a 30 µm de largura Achatados de um lado e a superfície refringente, casca espessa contendo a larva no seu interior. Necessita da exposição ao oxigênio para o amadurecimento de 4 a 6 horas a 30 ºC Obs.: Liberação de ovos pelo rompimento da fêmea na região perianal VERMES ADULTOS - Fêmeas: fusiformes com cauda afilada, maiores que os machos (1 cm x 0,4 cm) 5.000 a 16.000 ovos cada (vivem 35 a 50 dias) - Machos: medem 3 a 5 mm x 2 mm e tem extremidade posterior enrolada Obs.: O macho morre assim que copula e a fêmea morre assim que postula os ovos na região anal. ASPECTOS BIOLÓGICOS HABITAT Machos e fêmeas vivem aderidos às mucosas ou livres na região cecal do intestino grosso Monoxênico – apenas o homem como hospedeiro. PATOGENIA Prurido anal (infecção bacteriana) Mucosa intestinal - reação inflamatória, com exsudato catarral e hemorrágico. Infecções intensas Colite crônica com diarreia Falta de apetite e emagrecimento Complicações: Apendicite Invasão da mucosa Formação de granulomas. SINTOMAS CLÍNICOS Ação patogênica irritativa e mecânica no intestino Cada 20 crianças parasitadas 1 apresenta sintomas Prurido anal (noturno) escoriações na pele e infecções secundárias Crises de urticária Perturbações do sono Nervosismo Irritabilidade DIAGNÓSTICO CLÍNICO: - Prurido anal noturno e continuado PARASITOLÓGICO: - Método de Graham (fita adesiva) ou sedimentação (Hoffmann) CICLO BIOLÓGICO HETEROINFECÇÃO OU UMA AUTOINFECÇÃO 1. Contaminação por mãos, alimentos, bebidas, roupas infectados, sujeira – sã o levados a boca fazendo a deglutição dos ovos. Podendo ser também por autoinfecção (coça os anus com ovos presentes e leva a prova) 2. Dentro do organismo o ovo começa a sofrer maturação, até que se diferencia entre macho e fêmea. 3. Macho e fêmea copulam – macho morre. 4. Fêmea produz os ovos que serão liberados na região anal após a morte da fêmea. 5. Ovos saem junto às fezes que pode contaminar o solo, as mãos quando não lavadas e posteriormente alimentos e bebidas, pode ocorrer também do sujeito coçar a região anal e levar a boca, causando uma autoinfecção. Obs.: NÃO OCORRE MIGRAÇÃO PARA O PULMÃO!!! FORMA INFECTANTE: OVOS EMBRIONÁRIOS FORMA DIAGNÓSTICA: OVOS COM LARVAS PARASITOLOGIA HUMANA – HELMINTOS TRICHURIS TRICHIURA MORFOLOGIA OVOS Forma de barril (50-55 µm por 22 -23 µm) Três cascas e polos salientes (opérculo) VERMES ADULTOS Medem 3 a 5 cm de comprimento Parte anterior delgada mais longa (chicotes) encontra-se a boca e segue formando o esticossomo (esôfago) - Machos: extremidade posterior em espirale com um espículo Vivem no ceco do intestino com a porção anterior mergulhada na mucosa (vivem 6 a 8 anos) - Fêmeas: 3000 a 7000 ovos/dia PATOLOGIA: TRICURÍASE SINTOMAS CLÍNICOS Maioria dos pacientes assintomáticos Pouco processo inflamatório Alterações na motilidade e funções de absorção do intestino grosso por irritação nas terminações nervosas Nervosismo Insônia Perda do apetite Eosinofilia sanguínea Diarréia Desidratação Dor abdominal, Febre Prolapso retal DIAGNÓSTICO CLÍNICO: - Inespecífico PARASITOLÓGICO: - Pesquisa de ovos nas fezes CICLO BIOLÓGICO 1. Ovos embrionários são ingeridos 2. Larvas eclodem no intestino delgado 3. Desenvolvem-se em macho e fêmea 4. Macho e fêmea copulam liberando ovos não embrionários nas fezes 5. Os ovos vão se desenvolver, em vão ficar na forma embrionária até que encontrem um parasita. Obs.: Co - infecção – associado a Ascaris FORMA INFECTANTE: OVOS EMBRIONÁRIOS FORMA DIAGNÓSTICA: OVOS NÃO EMBRIONÁRIOS PARASITOLOGIA HUMANA – HELMINTOS SCHISTOSSOMA MANSONI MORFOLOGIA OVO Mede cerca de 150 μm de comprimento e 60 μm de largura, formato oval; Espículo na parte mais larga voltada para trás; A presença do miracídio formado caracteriza o ovo maduro (fezes). MIRACÍDEO (LARVA) Forma cilíndrica, tegumento recoberto por cílios e medidas semelhantes a do ovo. 180 μm x 64 μm Extremidade anterior: terebratorium Células germinativas - que dá continuidade ao ciclo no caramujo São atraídos pela luz (fototropismo +) e a secreção da Biomphalaria excita o movimento do mesmo (quimiocinese) – fixação ao caramujo (glândulas adesivas). CERCÁRIA Forma infectante Mede 500 μm Cutícula com espinhos Duas ventosas VERME ADULTO - Macho: 1 cm, cor esbranquiçada, tegumento recoberto por projeções (tubérculos). Extremidade anterior: Ventosa oral e ventral (acetábulo) Extremidade posterior: Canal ginecóforo – 7 a 9 massas testiculares. Não possui órgão copulador. - Fêmea: 1,5cm, cor mais escura, tegumento liso. Extremidade anterior: Ventosa oral e ventral (acetábulo) – vulva, útero e ovários. Extremidade posterior: Glândulas vitelogênicas (vitelina) e o seco. TRANSMISSÃO Através da penetração ativa das cercárias na pele e mucosas Áreas mais atingidas: pés e pernas Locais de maior transmissão: Valas de irrigação, açudes e pequenos córregos HABITAT VERMES ADULTOS - Sistema porta do homem MIRACÍDEO - Hospedeiro intermediário – caramujo CERCÁRIA - Hospedeiro definitivo - homem Heteroxênico H.D. = Homem H. I.= Moluscos do gênero Biomphalaria glabata – principal do Brasil. DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLÓGICO CLÍNICO - Fase da doença - Anamnese PARASITOLÓGICO: - Pesquisa de ovos nas fezes: Método Kato - Katz IMUNOLÓGICO: - Intradermoreação, - IFI - ELISA - hemaglutinação PROFILAXIA SANEAMENTO BÁSICO Educação sanitária Tratamento dos doentes Combate ao molusco presentes nos focos peridomiciliares através de moluscocidas. MOLUSCOS TRANSMISSORES DA ESQUISTOSSOMOSE MANSONICA Biomphalaria glabrata – Mais comum no Brasil Biomphalaria tenagophila Biomphalaria straminia (Ceará) PARASITOLOGIA HUMANA – HELMINTOS PATOGENIA ESQUISTOSSOMOSE FASE AGUDA CERCÁRIA Assintomática Dermatite cercariana/dermatite do nadador. Reação imunoinflamatória à penetração das cercárias. É mais intensa nas reinfecções (hipersensibilidade). Fase pré-postural: 10 - 35 dpi Febre Mal estar Tosse Fase pós-postural: 50 - 120 dpi Fase toxêmica com febre Desconforto abdominal Hepatite aguda Calafrios Diarréia Tenesmo Hepatoesplenomegalia discreta. Granuloma - resposta inflamatória do hospedeiro à presença do ovo (antígenos solúveis). Diminui a elasticidade do fígado comprometendo a circulação no órgão. Responsável por efeitos como obstrução venosa, lesão tecidual, hemorragia, hepatoesplenomegalia e ascite (barriga d’água). VERME ADULTO Os vermes adultos habitam o sistema porta, com a maturação sexual migram para a veia mesentérica inferior onde se acasalam e iniciam a postura dos ovos.ESQUISTOSSOMOSE FASE CRONICA INTESTINO Diarréia mucossangüinolenta Hemorragias Edemas Fibrose diminui peristaltismo constipação intestinal FÍGADO Ovos no espaço porta granuloma fibrose periportal obstrução ramos hepáticos Hipertensão portal: Ascite Esplenomegalia Varizes esofagianas CICLO BIOLÓGICO MEIO AMBIENTE FAVORÁVEL PARA O DESENVOLVIMENTO DO MIRACÍDEO Temperatura Oxigênio Luminosidade 1. Macho e fêmea migram para as vênulas mesentéricas do intestino/reto, lá depositam ovos que circulam para o fígado e caem para as fezes (pode, também, encontra - lós na urina). 2. Nas fezes os ovos eclodem e liberam miracídeos 3. Os miracídeos penetram nos tecidos do caramujo 4. No caramujo se multiplicam – se assexualmente os esporocistos (unicelular), depois esses amadurecem e se transformam em cercarias (pluricelular). 5. As cercarias são liberadas pelo caramujo, para a água e nadam livremente. 6. Quando encontram o hospedeiro definitivo (homem), penetram na pele ou mucosas. 7. As cercarias perdem a cauda durante a penetração e transformam – se em esquistossomos 8. Cai na circulação 9. Migra para o sangue portal do fígado e lá ocorre o amadurecimento da forma adulta 10. Macho e fêmea migram para as vênulas mesentéricas do intestino/reto, lá depositam ovos que circulam para o fígado e caem para as fezes (pode, também, encontra - lós na urina). FORMA INFECTANTE: CERCÁRIA FORMA DIAGNÓSTICA: OVOS
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