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Princípios básicos da Engenharia Química Karen Pontes karenpontes@ufba.br Curso Preparatório para Concurso Princípios básicos Balanco de massa Sistemas não-reativos Sistemas reativos Pressao de vapor Umidade Balanco de energia Sistemas abertos Sistemas fechados Sistemas não-reativos Sistemas reativos Conteúdo Programático Densidade Relativa Razão admensional Referência: água a 4oC Referência: Ar na CNTP (0oC e 1atm) Massa molecular Conversão massa / mol M = massa molar 1 mol (gmol) CO2 44 g CO2 1 kmol (kgmol) CO2 44 kg CO2 1 lbmol CO2 44 lb CO2 1 mol (gmol) CO2 1 mol C 12 g C 1 mol (gmol) CO2 2 mol O 32 g O Fração molar e fração mássica Fração molar A: Fração mássica A: Independente da unidade de massa adotada Conversão frações mássicas em frações molares Assumir uma base de cálculo (massa da mistura) Obter a massa de cada componente Converter massa em mol Obter as frações molares Exemplo: 16% O2, 4% CO, 17% CO2, 63% N2 (% massa) Base de cálculo: 100 g da mistura Conversão frações mássicas em frações molares Exemplo: 16% O2, 4% CO, 17% CO2, 63% N2 (% massa) Base de cálculo: 100 g da mistura Massa molecular média onde yi é a fração molar do componente i Massa molecular média onde xi é a fração mássica do componente i Massa específica média Mistura líquida ideal Fazendo: Tem-se: ou oAPI - materiais líquidos Na indústria de petróleo, é comum expressar a densidade em oAPI: Concentração Concentração mássica: Concentração molar: Molaridade (n-molar): Concentração Uma solução aquosa 0,5-molar de H2SO4 flui a uma vazão de 1,25 m3/min. A densidade relativa da solução é 1,03. Qual a concentração mássica de H2SO4 em kg/m3 ? Qual a vazão mássica de H2SO4 em kg/s ? Qual a fração mássica de H2SO4? (solução) (soluto) Daria no mesmo: Solução 0,5 molar => 0,5*98 = 49 g H2SO4 por litro de solução D=1,03 => 1L solução = 1,03 Kg ou 1030g x = 49/1030 = 0,0476 Concentração Concentraçaço de espécies em forma de frações Partes por milhão (ppm) Partes por bilhão (ppb) Exemplo: Líquidos: razões mássicas Gases: razões molares ppm Balanço de massa Se m1 ≠ m2 para cada substância: Consumo ou geração de substancias (houve reação química) Acúmulo (positivo ou negativo) de substancias dentro do sistema. Vazamento de substancias. Medição incorreta. Eliminando-se as duas últimas possibilidades, temos: Consumo ou geração de substancias. Acúmulo de substancias dentro do sistema. Balanços de Massa Equação geral de conservação para massa total No estado estacionário, Balanços de Massa Equação geral de conservação para uma espécie Balanços de Massa O que pode ser balanceado? massa total moles totais (sem reação) massa/moles de um composto massa /moles de uma espécie atômica No estado estacionário, Espécie não-reativa no estado estacionário: Balanços de Massa Volume Balanços de Massa Procedimento de cálculo Fazer esquema simplificado do processo, definindo a sua fronteira pelo traçado de uma envoltória. Identificar as vazões e composições das correntes envolvidas. Anotar todos os dados já disponíveis. Verificar que vazões e composições são conhecidas ou podem ser imediatamente calculadas. Selecionar base de cálculo conveniente. Balanços de Massa - Base de cálculo Se uma vazão é dada no problema, esta é usualmente tomada como base de cálculo. Se nenhuma vazão ou quantidade é estabelecida, é conveniente escolher uma corrente com composição conhecida. Se frações mássicas são conhecidas, adote uma base de cálculo mássica. É a quantidade (massa ou moles) ou vazão (mássica ou molar) de uma corrente do processo. Processos Físicos Não ocorre reação química Exemplos Destilação Absorção Extração Em um processo com C componentes C+1 balanços possíveis C balanços independentes Processos Físicos Recuperação Pode ser calculada em massa ou mol (quantidade de matéria) Balanços de massa em sistemas não reativos Exemplo 1: Uma mistura contendo benzeno e tolueno (40 % em moles de benzeno) é separada por destilação em duas correntes. Deseja-se recuperar 90 % de benzeno no destilado, cuja fração em moles de benzeno é de 92,5 %. Se o objetivo é produzir 500 kg/d de benzeno no destilado, calcule as vazões molares das correntes. Exemplo 1 b=40 % t=60 % b=92,5 % t=7,5 % b=? t=? Recuperação 90% F D B 500 kg/d benzeno Exemplo 1 Balanços de massa em sistemas não reativos Exemplo 2: Processo de condensação. Ar úmido é alimentado a um condensador no qual 95 % da água presente na alimentação é condensada e separada do ar. A vazão volumétrica de condensado é de 225 L/h. Determine a vazão de gás na saída e as frações molares de nitrogênio, oxigênio e água nesta corrente. Informação adicional: A alimentação contém 10 % em mol de água. Base de cálculo: 225 L/h de condensado. Exemplo 2 Reação restrições adicionais intrínsecas à estequiometria, ou seja, relações entre as quantidades de reagentes consumidos e quantidades de produtos gerados. Um balanço material em uma substância reativa (reagente ou produto) deve incluir os termos de geração e/ou consumo. Ex: 2SO2+O22SO3. Se 1600 kg/h de SO3 são produzidos: Balanços de massa em sistemas reativos Balanços de massa em sistemas reativos Reagente limitante Reagente que desapareceria primeiro, se a reação fosse completa, ou seja, está presente na reação em uma quantidade menor que a estequiométrica relativa aos demais componentes. Reagente em excesso Reagente presente em quantidade maior que a estequiométrica para reagir com a quantidade limitante Reagente em excesso Reagente limitante Balanços de massa em sistemas reativos Percentagem em excesso Balanços de massa em sistemas reativos Conversão Balanços de massa em sistemas reativos Conversão? Balanços de massa em sistemas reativos Grau de conclusão Conversão do reagente limitante Rendimento razão entre a quantidade de matéria de produto desejado e a quantidade de matéria deste, se não houvessem reações paralelas e todo o reagente limitante fosse consumido. Seletividade razão entre a quantidade de matéria de produto desejado e a quantidade de matéria de produto não desejado. Balanços de massa em sistemas reativos Exemplo 3: Processo de produção de eteno. A carga é alimentada continuamente a uma vazão de 100 kmol/h e com 91,4 % de etano e 8,6 % de inertes. O produto efluente do reator tem a vazão de 150 kmol/h, 25,8 % de etano, 33,8 % de eteno, 32,2 % de hidrogênio, 2,4 % de metano e 5,8 % de inertes. Determinar a % de conversão de etano. % de rendimento do eteno e a seletividade do eteno em relação ao metano. Exemplo 3 Balanços de massa em sistemas reativos Diferentes abordagens: Balanço nas espécies moleculares Extensão ou grau de avanço da reação Balanço nas espécies atômicas Balanços de massa em sistemas reativos Balanço nas espécies moleculares Estabelecer as equações de balanço para todas as espécies envolvidas. No caso de espécies reativas, devem ser incluídos os termos de geração e ou consumo. Não é correto fazer balanço total em mol !! Balanços de massa em sistemas reativos Extensão ou grau de avanço da reação Gerar expressões para cada uma das espécies termos da extensão de reação. Balanços de massa em sistemas reativos Quantidades iniciais: 20 kmol de acetileno, 50 kmol de hidrogênio e 50 kmol de etano. 30 kmol de hidrogênio reagem. Então: Balanços de massa em sistemas reativos Extensão ou grau de avanço da reação Múltiplas reações Balanços de massa em sistemas reativos Balanço nas espécies atômicas Espécies atômicas não podem ser geradas nem consumidas, logo: Balanços de massa em sistemas reativos Exemplo 4: mais de uma reação química. Metano é queimado com ar em um reator fornecendo uma mistura de monóxido de carbono, CO2 e água. A alimentação contém 7,8 % de metano, 19,4 % de O2 e 72,8 % de N2. A conversão do metano é de 90 % e o gás que saí do reator contém 8 mol CO2/mol CO. Calcule a composição molar do produto. Reator F= 100 mol 0,078 mol CH4/mol 0,194 mol O2/mol 0,728 mol N2/mol nCH4 nCO 8nCO nH2O nO2 nN2 Exemplo 4 Exemplo 4 Exemplo 4 Reator F= 100 mol 0,078 mol CH4/mol 0,194 mol O2/mol 0,728 mol N2/mol nCH4 nCO 8nCO nH2O nO2 nN2 Exemplo 4 Combustão Queima de combustíel gás de combustão ou gás de chaminé CO2, H2O, O2, N2, CO, SO2 Reações Combustão Análise de Orsat ou base seca Inclui todos os gases resultantes da combustão, exceto vapor d’água (base seca). Combustão Oxigênio teórico Qtd em moles ou a vazão molar de O2 necessária para combustão completa de todo o combustível, considerando que todo o carbono será oxidado a CO2 e todo o hidrogênio será oxidado a H2O. Ar teórico Qtd de ar que contém o oxigênio teórico. Ar em excesso Qtd de ar em excesso em relação à requerida ou teórica. A percentagem de ar em excesso é idêntica à percentagem de O2 em excesso. Combustão A quantidade de ar teórico para queimar um dado combustível não depende de como a combustão realmente ocorre. Sempre deve-se considerar combustão completa e produção APENAS de CO2. O valor da percentagem em excesso de ar depende somente da quantidade de ar teórico e da alimentação, não dependendo de como o O2 é consumido e do fato da combustão ser completa ou parcial. Combustão O gás de combustão deve conter combustível não reagido (se for o caso), O2 não reagido, água, CO2, CO e N2. Em geral se despreza a formação de compostos do tipo NOx (NO, NO2, N2O4) e, desta forma, o nitrogênio passa a ser um inerte. Para calcular a taxa de alimentação de oxigênio a partir da percentagem em excesso, primeiro deve-se calcular a quantidade de O2 teórico a partir da estequiometria. É conveniente a abordagem de balanço das espécies atômicas. Exemplo 5 - combustão Exemplo 5: Combustão do etano Etano é queimado com 50 % em excesso de ar. A conversão de etano é de 90 %. 25 % do etano reagido produz CO e o restante CO2. Determine a composição do gás em base seca e a razão molar de água em relação ao gás seco. Reator F= 100 mol C2H6 n1 (C2H4) n2 (O2) n3 (N2) n4 (CO) n5 (CO2) n6 (H2O) nO 0,21 O2 0,79 N2 50% excesso de ar Exemplo 5 Exemplo 5 Exemplo 6 - Combustão Exemplo 6: Combustão de um hidrocarboneto cuja composição é desconhecida Considere uma situação em que a análise em base seca forneceu 1,5 mol % de CO, 6 mol % de CO2, 8,2 mol % de O2 e 84,3 mol % de N2. Não há oxigênio no combustível. Obtenha a razão entre hidrogênio e carbono no gás combustível e calcule a percentagem em excesso de ar alimentado ao reator. Adote como base de cálculo 100 mol do gás seco Exemplo 6 - Combustão Reator nC (mol C) nH (mol H) nO2 = 0.082 nN2 = 0.843 nCO = 0.015 nCO2 = 0.060 nH2O na 0,21 O2 0,79 N2 Base seca Exemplo 6 - Combustão Exemplo 7: Combustão Um forno usa como combustível um gás contendo: CH4, C2H6 e H2. A análise de Orsat dos gases de combustão é: CO2 = 9,6%, O2 = 5,2% e N2 = 85,2% em base seca molar. Calcule: a) A % de excesso de ar usado b) A razão mássica ar/gás combustível c) A composição do gás combustível, sabendo que o teor de H2 é de 5,0% em base molar Combustão CH4 C2H6 H2 5% ar O2 = 21% N2 = 79% CO2 = 9,6% O2 = 5,2% N2 = 85,2% H2O F G Exemplo 7: Combustão Exemplo 7: Combustão Exemplo 7: Combustão Cálculo da razão mássica ar/gás combustível Exemplo 7: Combustão Combustão incompleta E se, no exemplo anterior, a análise de Orsat mostrasse que a combustão foi incompleta, como calcular o excesso de O2? Seria necessário desconsiderar do O2 restante a quantidade que seria utilizada para a queima do CO. Combustão incompleta Exemplo CO2 = 15%, CO = 1%, O2 = 4% e N2 = 80% Base de cálculo: 100 mol de G Combustão incompleta Se a combustão fosse completa: Logo, para 1 mol de CO, ½ mol de O2 seria consumido. Deve-se descontar esse valor do O2 no gás de chaminé para calcular o verdadeiro excesso: 4 – 0,5 = 3,5 mol O2 teórico: 21,3 – 3,5 = 17,8 mol Múltiplas unidades Processos Pontos de mistura Divisor / Separador Definir fronteiras do sistema Múltiplas unidades Frequentemente, a estratégia adotada consiste em fazer inicialmente os balanços materiais para o processo global, ignorando as conexões internas. Exemplo 8 Exemplo 8: Duas colunas de destilação. Deseja-se separar uma mistura de 3 componentes em 3 produtos enriquecidos cada um em um dos três componentes. O esquema mostra as composições e percentagens de recuperação em relação à carga global do processo. Determinar a composição das correntes efluentes do processo global (B1, D2 e B2). Exemplo 8 Quantas equações independentes pode-se escrever? 6 equações independentes !!!! Balanço Global !!! Exemplo 8 Possíveis envoltórias em um processo com reciclo Reciclo Não ocorre acréscimo ou perda de material dentro do processo ou na corrente de reciclo. Reciclo Exemplo 9 Ar fresco contendo 4 mol % de vapor d’água deve ser resfriado e desumidificado até chegar a um teor de água de 1,7 mol %. A corrente fresca é misturada com a corrente de reciclo. A corrente de mistura entra no processo com um teor de água de 2,3 mol %. Uma parte da água é condensada e removida. Uma fração do ar desumidificado que deixa o ar condicionado é reciclada. Calcule as quantidades da corrente fresca, da água condensada e do ar reciclado. Base de cálculo: 100 moles de ar final Exemplo 9 Conversão global Conversão por passe Reciclo com reação química Reciclo com reação química Considere o esquema a seguir onde ocorre uma reação AB e o processo de separação consegue recuperar todo o reagente não consumido na reação. Exemplo 10 Exemplo: Desidrogenação do propano. O processo é projetado para oferecer uma conversão global de 95 % de propano. Os produtos são separados em duas correntes: uma contém H2, C3H6 e propano (corrente de produto), e a segunda contém propano não reagido propeno (corrente de reciclo). Obter a composição do produto, a razão reciclo/carga fresca e a conversão em único passe. Exemplo 10 Exemplo 10 Exemplo 10 Apenas 10 % do propano que entra no reator é convertido em propeno em um único passo. Entretanto, cerca de 99 % do propano não reagido é recuperado no processo de separação e reciclado ao reator, tendo-se um resultado líquido de 95 % de conversão de propano em produto, sendo que 5 % é perdido na corrente de produto. conversão global de 95 % de propano By Pass e Purga Evitar acúmulo de componentes inertes, mas gera perda de material. A taxa de purga deve ser ajustada de modo que a quantidade de material purgado permaneça abaixo de um nível especificado. “Uma das situações em que se utiliza a purga em um processo químico é quando uma impureza gasosa é difícil de separar de reagentes gasosos” Purga Purga Ex: 2C2H4+O22C2H4O Corrente de purga existe para retirar o nitrogênio do sistema que não é consumido na reação Dois dos principais gases que podem ser gerados, sob condições adequadas a partir da combustão do carvão na presença de vapor são H2 e CO. Depois da limpeza esses gases podem ser combinados para formar metanol: CO+2H2CH3OH Considere um processo que compreende um reator e um separador e uma corrente de alimentação que inclui o metano (CH4). A conversão de CO no reator é de 18 %. A corrente de purga é usada para manter a concentração de CH4, na saída do separador, não superior a 3,2 mol %. Objetivo: obter moles de reciclo (R), produto (E) e purga (P) e a composição do gás de purga (x,y,z). Exemplo 11 Exemplo 11 Propriedades de Fluidos e Sólidos Propriedades de Fluidos e Sólidos Gás ideal distância média entre as moléculas é suficientemente grande tal que o efeito das forças intermoleculares e do próprio volume das moléculas possa ser desprezado. Equação de estado relaciona a quantidade molar e o volume de um gás com a temperatura e a pressão. A mais simples é a equação de estado de gás ideal Propriedades de Fluidos e Sólidos Volume molar: Densidade: Para no mol constante: Propriedades de Fluidos e Sólidos Exemplo: 10 ft3 de ar a 70oF e 1 atm é aquecido até 610oF e comprimido a 2,5 atm. Qual o volume final? Condições padrão Mistura de gases ideais Em uma mistura de diferentes gases, as moléculas de cada gás componente comportam-se independentemente, com se estivessem sozinhas, presentes no recipiente Pressão parcial de um componente i é a pressão exercida pelo próprio componente se este estivesse sozinho ocupando o mesmo volume, na mesma temperatura da mistura O volume do componente puro é o volume ocupado pelo componente se ele estivesse sozinho na mesma temperatura e pressão da mistura. LEIS DE DALTON E AMAGAT Leis de Dalton e de Amagat Pressão parcial do compenente i puro: Volume do compenente i puro: Lei de Dalton Lei de Amagat Fração volumétrica = fração molar (gás ideal) Diagrama de Fases Na curva LV: P é pressão de vapor e T é o ponto de ebulição Em P=1atm Ponto de ebulição normal Gás na iminência de condensar a 1a gota de líquido: gás saturado ou ponto de orvalho Líquido na iminência de vaporizar: ponto de bolha, líquido daturado Transformação LV: P ou T constante Vapor superaquecido e líquido subresfriado Estimativas para Pressão de Vapor Medida da volatilidade de uma espécie Equação de Clapeyron: Pressões baixas, gas ideal: Estimativas para Pressão de Vapor Equação de Clapeyron para pressões baixas, gas ideal: Tangente em T do gráfico Equação de Clausius-Clapeyron (integração a T cte): Gráfico (reta) para temperaturas próximas ! a T cte ! Exemplo 12 Estimativa da pressão de vapor usando a equação de Clausius-Clayperon. A pressão de vapor do benzeno é medida em duas temperaturas, com o sequinte resultado: Calcule o calor latente de vaporização e o parâmetro B da equação de Clausius-Calyperon e estime p* a 42,2oC usando esta equação. Exemplo 12 Inclinação do gráfico Coeficiente linear: Exemplo 12 Estimativa da p*: Observação: - Equação válida para temperaturas próximas à temperatura do modelo. Cuidado com a extrapolação. Estimativas para Pressão de Vapor Medida da volatilidade de uma espécie Equação de Antoine Carta de Cox: Embora p* x T não-linear, o gráfico é linear pois usa escala logarítmica. Carta de Cox Tabela de vapor saturado Tabela de vapor superaquecido Sistema gás-líquido (um componente condensável) Ar Água Ar Água Ar Água Contato: Ar + água Gás adquire moléculas do líquido Equilíbrio T, P T, P, pi T, P, pivap Gás saturado condensação P ou + líquido ao gás 1 2 3 Sistema gás-líquido (um componente condensável) Ar Água T, P, pi 2 Vapor superaquecido P condensação T pvap condensação Temperatura de orvalho: em um sistema gás-líquido condensável, é a temperatura em que o vapor começa a condensar quando resfriado à pressão constante. Sistema gás-líquido (um componente condensável) Observações: A qualquer temperatura, sempre haverá moléculas de líquido na fase vapor e o número de moléculas será maior, quanto maior for a temperatura. A uma dada temperatura, o limite máximo será atingido quando o vapor estiver saturado A saturação pode ocorrer com qualquer líquido, caso mais comum é ar+água Gás parcialmente saturado resfriado à pressão constante: o volume pode variar ligeiramente, mas a fração molar do gás e do vapor permanecem constantes até que o ponto de orvalho seja atingido. Quando este é atingido, mais água passa da fase vapor para a fase líquida. Quando o resfriamento é interrompido, o gás ainda está saturado em seu ponto de orvalho. Exemplo 13 Exemplo: Balanço em um condensador. Uma corrente de ar a 100 oC e 5260 mmHg contém 10 % de água em volume. Obtenha o ponto de orvalho, a percentagem de vapor que condensa, a composição final da fase gás se o ar é resfriado a 80 oC e pressão constante. Calcule a percentagem de condensação e a composição final da fase gás se o ar é comprimido isotermicam ente a 8500 mmHg. Exemplo 13 condensador Exemplo 13 condensador Umidade e Saturação Saturação: qualquer mistura gás-vapor Umidade: sistema ar-água Umidade relativa Umidade e Saturação Exemplo 14 Ar úmido a 75 oC, 1,1 bar e 30 % de umidade relativa é alimentado em um processo a uma vazão de 1000 m3/h. Determine as vazões molares de água, ar seco e oxigênio na entrada da unidade e a umidade molar, a umidade absoluta, a percentagem de umidade do ar e o ponto de orvalho. Exemplo 14 Exemplo 15 1000 m3 de ar úmido a 101 kPa e 22oC com um ponto de orvalho de 11 oC entram em um processo de umidificação. O ar deixa o processo a 98 kPa com um ponto de orvalho de 58oC. Quantos kg de vapor d’água são adicionados a cada quilograma de ar úmido que entra no processo ?? umidificador Exemplo 15 Cartas Psicrométricas Cartas Psicométricas Temperatura de bulbo seco: temperatura do ar Umidade absoluta: pode ser calculada pela fração mássica Umidade relativa: em Ur = 100% curva de saturação Ponto de orvalho ou temperatura de saturação: temperatura na qual o ar úmido fica saturado se resfriado a pressão constante (umidade constante) Volume úmido: volume do ar úmido Temperatura de bulbo úmido Entalpia do ar saturado (estado de referência) Desvio de entalpia: usada para cálculo da entalpia de ar úmido não saturado com auxílio da linha de temperatura de bulbo úmido Exemplo 16 Carta psicométrica Use a carta psicométrica para estimar a umidade absoluta, a temperatura de bulbo úmido, o volume úmido, o ponto de orvalho, a entalpia específica do ar úmido a 41oC e 10% de umidade relativa e a quantidade de vapor de água em 150m3 e ar nas mesmas condições. Exemplo 16 Observações Aquecer ou resfriar ar úmido a temperaturas acima do ponto de orvalho corresponde a um movimento horizontal, sendo a umidade absoluta a ordenada, que não muda enquanto não houver condensação. Se ar úmido superaquecido é resfriado a 1 atm, o sistema segue uma trajetória horizontal à esquerda da carta até atingir a curva de saturação (ponto de orvalho); daqui para frente, a fase gasosa segue a curva de saturação Já que a carta psicométrica mostra a razão mássica entre água e ar seco, é conveniente assumir uma quantidade de ar seco como base de cálculo. Balanço de Energia Definições Sistema Aberto: massa e energia atravessam os limites do sistema Fechado: massa não ultrapassa seus limites, embora energia possa atravessá-lo Isolado: massa e energia não cruzam seus limites Definições Propriedades de um sistema Extensiva: Depende do tamanho do sistema Exemplo: Massa, Volume Intensiva: Independe do tamanho do sistema Exemplo: Pressão, Temperatura Específica: uma quantidade intensiva resultante da divisão de uma propriedade extensiva pelo total de material. Exemplo: volume específico, entalpia específica. Se Z é uma propriedade extensiva e m é a massa total, então: Definições Estado de um sistema Conjunto de propriedades que caracterizam o sistema, independe da forma, da posicao no campo gravitacional e da velocidade do sistema. Pode ser definido a partir de suas propriedades intensivas tais como composição, temperatura e pressão. Propriedades ou funções de estado Depende apenas do estado do sistema, não dependendo de como o sistema alcançou este estado Definições Teorema das Fases Número de propriedades intensivas para caracterizar um sistema V: Grau de liberdade do sistema, ou seja, variáveis a serem especificadas C: componentes presentes no sistema F: fases presentes no sistema Formas de energia - Energias armazenadas Energia potencial (Ep) - associada à posição do sistema em um campo potencial Energia cinética (Ec) - associada à velocidade do sistema em relação a vizinhança em repouso Formas de energia - Energias armazenadas Energia interna (U) – associada a diferentes formas de energia: molecular, química, atômica Não se pode quantificar valor absoluto, logo é medida por P, T, V, composição Estado de referência Propriedade de estado Cv: calor específico a volume constante Formas de energia - Energias armazenadas Energia interna Gases ideais, líquidos, sólidos ou a volume constante: Formas de energia - Energias armazenadas Entalpia (H) – função termodinâmica Função de estado Gases ideais, líquidos, sólidos ou a pressão constante: Cp: calor específico a pressão constante Estado de Referência Energia Interna e Entalpia Não se pode medir o valor absoluto variações Referência: nas tabelas de vapor d’água, água líquida a 0oC e sua respectiva pressão de vapor. Cálculo de entalpia Valores tabelados Variação de temperatura Misturas (gases, líquidos, soluções diluídas) Exemplo 17 Considere uma mistura gasosa com a seguinte composição: CO2 (9,2 mol%), CO (1,5%), O2 (7,3%), N2 (82,0%). Qual a variação de entalpia associada à uma variação de temperatura de 550oF a 200oF ?? Formas de energia - Energia em Transição Troca de energia entre o sistema e as vizinhanças, depende da trajetória Trabalho (W) – força motriz não é DT, mas força, torque, tensão, p.e. Convenção de sinais W > 0 trabalho realizado pelo sistema sobre a vizinhança. W < 0 trabalho realizado pela vizinhança sobre o sistema. Formas de energia - Energia em Transição Calor (Q) – associada à diferença de temperatura Convenção de sinais Q > 0 calor transferido para dentro do sistema. Q < 0 calor transferido para fora do sistema. Q = 0 sistema adiabático Balanço de Energia Primeira Lei da Termodinâmica Sistemas fechados Balanço de Energia Primeira Lei da Termodinâmica Sistemas abertos Balanço de Energia Primeira Lei da Termodinâmica Sistemas aberto, estado estacionário Exemplo 18 Vapor a 10 bar e 190 oC de superaquecimento é alimentado a uma turbina a uma taxa de 2000 kg/h. A operação é adiabática e o efluente é vapor saturado a 1 bar. Determine o trabalho realizado desprezando os efeitos de energia potencial e cinética. 2000 kg/h 10 bar 190 oC de superaq. Turbina 1 bar vapor saurado Exemplo 19 Exemplo: Balanço de energia em um processo com dois componentes. Uma corrente de gás contendo 60 % em massa de etano e 40 % em massa de butano é aquecida de 150 K a 250 K a uma pressão de 5 bar. Determine o calor, por kilograma, necessário para aquecer a mistura usando dados tabulados de entalpia para o etano e o butano, considerando comportamento de gás ideal. Exemplo 19 Exemplo 20 Exemplo: Balanço de energia e massa simultâneos. Vapor d’água superaquecido a 600 K e 200 kPa é necessário como fluido de aquecimento em um trocador de calor a vazão volumétrica de 2 m3/s. Para produzir esta corrente, mistura-se vapor saturado a 200 kPa com vapor superaquecido a 200 Kpa e 650 K. Se o processo de mistura é adiabático, calcule as vazões mássicas de vapores. 200 kPa, saturado Misturador 2 m3/s 600 K, 200 kPa vapor superaquecido para ser usado numa turbina 650 K, 200 kPa vapor superaquecido 1 2 3 Exemplo 20 Variação de entalpia por processos hipotéticos Se H e U não estiverem tabelados? 1 2 3 4 caminhos hipotéticos Variação de entalpia por processos hipotéticos Mudança em P a T constante e no mesmo estado de agregação. Mudança em T a P constante e no mesmo estado de agregação. Mudança de fase a T e P constantes. Mistura de líquidos ou dissolução de um gás ou sólido em um líquido, a T e P constantes. Reação química a T e P constantes. 1 2 3 4 Variação de entalpia por processos hipotéticos Calor sensível Sistema fechado: Sistema aberto: Mudança em T no mesmo estado de agregação GI, sóido, líquido, gás real a V constante Variação de entalpia por processos hipotéticos Calor latente Mudança de fase Pouca variação com a pressão Entalpia padrão tabelada ou caminho hipotético Estado de referência: determinar fase e temperatura Mudança de fase a T e P constantes Exemplo 21 Uma corrente contendo 10 % de CH4 e 90 % de ar em volume é aquecida de 20oC a 300oC. Calcule a taxa de calor necessária se a vazão do gás é de 2 Nm3/min 2 Nm3/min, 20oC 10% CH4, 90% ar n (mol/min) aquecedor 300oC 10% CH4, 90% ar n (mol/min) Q Exemplo 21 Exemplo 22 Balanço em uma caldeira. Uma corrente de gás com 8 % (mol) de CO e 92 % de CO2 a 500oC alimenta um reboiler. O gás quente flui pelo casco. Água líquida a 25oC é alimentada nos tubos a uma razão de 0,2 mol de água/mol de gás quente. Calor é transferido do gás quente para a água de modo que a corrente de água é transformada em vapor saturado a 5 bar. O gás liberado é queimado no flare . A operação é adiabática. Qual a temperatura de saída do gás ?? 8 % (mol) de CO 92 % de CO2 500oC boiler 8 % (mol) de CO 92 % de CO2 T Água líquida a 25oC 0,2 mol de água/mol de gás quente 1 2 3 Vapor saturado 5 bar Exemplo 22 Exemplo 22 Exemplo 23 100 mol de benzeno líquido a 30oC são aquecidos e vaporizados a 200oC a pressão constante de 550 kPa. Desprezando o efeito da pressão, calcule a variação de entalpia ocorrida. B(L, 30oC, 550 kPa) B(L, 80,1oC, 100 kPa) B(v, 80,1oC, 100 kPa) B(v, 200oC, 550 kPa) 1 2 3 Exemplo 23 Exemplo 24 Exemplo – Vaporização parcial de uma mistura. Uma mistura líquida equimolar de benzeno e tolueno a 10oC é alimentada continuamente a um vaso onde a mistura é aquecida a 50oC. A corrente de líquido possui 40 % (fração molar) de benzeno e a corrente gasosa possui 68,4% de benzeno. Determine a taxa de transferência de calor por gmol de alimentação. . 10oC 0,5 B; 0,5 T no Aquecedor 50oC gás 0,684 B; 0,316 T nv 50oC líquido 0,4 B; 0,6 T nL Q Exemplo 24 Exemplo 24 Exemplo 25 Balanço de energia em uma turbina Uma turbina, acionada a vapor, opera adiabaticamente com uma potência de 3000 kW. O vapor que aciona a turbina com uma velocidade de 60 m/s é disponível a 2 MPa e 600 K e é descarregado saturado à pressão de 200 kPa e com velocidade de 300 m/s. Calcule a vazão mássica de vapor através da turbina. . 600 K, 2 MPa 60 m/s Turbina Tsat, 200 kPa 300 m/s Ws = 3000 kW Q = 0 realizado pelo sistema > 0 Exemplo 25 Calor ou entalpia de reação Quantidades estequiométricas de reagentes, a T e P, reagem completamente em uma única reação para formar produtos Depende do estado de agregação Depende da estequiometria Praticamente independente da pressão (se baixas a moderadas) Energia interna de reação Reator fechado a V constante Para reagentes sólidos e líquidos pode-se considerar que DHr = DUr na mesma T. Para reagentes e produtos gasosos, tem-se: Cálculo da entalpia de reação - Lei de Hess Entalpia de uma reação pode ser obtida pela soma algébrica das entalpias das etapas que compõem esta reação. Cálculo da entalpia de reação - Lei de Hess Entalpia de uma reação pode ser obtida pela soma algébrica das entalpias das etapas que compõem esta reação. Entalpia padrão de formação Reação de formação: formação de 1 mol do composto a partir dos seus elementos químicos na forma que se encontram na natureza Por convenção, a entalpia padrão de formação de qualquer elemento químico é zero Entalpia padrão de formação Com base na lei de Hess e na entalpia padrão de formação: Calor padrão de combustão do n-pentano: Calor padrão de combustão Definição: calor da combustão desta substância com O2 para formar CO2(g) e H2O (l), com reagentes e produtos a 25oC e 1 atm. Premissas: Todo o carbono é oxidado a CO2(g). Todo o hidrogênio é oxidado a H2O(L). Todo enxofre é oxidado a SO2(g). Todo nitrogênio não reage (ou vai para N2(g).) A entalpia padrão de combustão é sempre negativa já que a reação de combustão é exotérmica. Calor padrão de combustão Para o cálculo do calor de reação, o caminho hipotético compreende: reação de combustão com O2 de todos os reagentes reação reversa de combustão de todos os produtos Cálculo do calor de reação Entalpia padrão de formação Calor padrão de combustão Poder calorífico Valor absoluto (módulo) da entalpia padrão de combustão para combustíveis fósseis Combustíveis gasosos: moles Combustíveis líquidos e sólidos: massa PCS: poder calorífico superior água condensada Valor absoluto da entalpia padrão de combustão - tabelas PCI: poder calorífico inferior vapor d’água Normalmente é a situação real Exemplo 26 Poder calorífico Um gás contém 85% de metano e 15% de etano em volume. Os calores de combustão do metano e do etano, a 25oC e 1 atm, considerando água no estado vapor, são conhecidos. Determine o PCS da mistura. . Exemplo 26 Balanço de energia com reação Método do calor de reação Calor de reação padrão é conhecido adotar reagentes e produtos na condição padrão como referência Balanço de energia com reação Método do calor de formação Não é necessário calcular o calor de reação Estado de referência: espécies elementares na condição padrão logo, usar a entalpia de formação Reagentes Tin Produtos Tout Elementos 25oC Balanço de energia com reação Reagentes Tin Produtos Tout Elementos 25oC Método do calor de formação Método do calor de reação Exemplo 27 Balanço em um processo de combustão. 1000 kmol/h de CO disponível a 500 K são queimados completamente com 20 % de excesso de ar que está a temperatura de 25oC (298 K). Os gases da combustão saem a 600 K e pressão atmosférica. Determine a taxa de calor liberado. Considere ar com 20 % de O2. CO, 500K 1000 kmol/h Reator 600K, 1 atm CO2 (g), O2 (g), N2 (g) 20% excesso de ar, 25oC 20%O2 (g) 80% N2 (g) Exemplo 27 Exemplo 27 Exemplo 27 Exemplo 28 Balanços de energia e massa simultâneos. Na reação de desidrogenação do etanol, uma carga com 90% de etanol e acetaldeido entra no reator a 300oC e 150 kgmol/s. Calor é transferido ao reator a uma taxa de 2440 kW. A temperatura de saída é de 253oC. Determine a fração de conversão do etanol no reator. 150 kgmol/s 0,9 etanol 0,1 acet 300oC Reator 253oC n1 (etanol) n2 (acetal) n3 (hid) Q = 2440 kW P=1ata Exemplo 28 Exemplo 28 Exemplo 28 Conversão: X etOH = 135 – 125,3 / 135 = 0,07
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