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3 - Formação do Intestino (Fernanda)

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Embriologia
Intestino Médio
Os derivados do intestino médio são o duodeno distal, ceco, apêndice, colo ascendente e 2/3 do colo transverso. Todos esses derivados são supridos pela artéria mesentérica superior.
Com o alongamento do intestino delgado forma-se uma alça ventral em forma de U – a alça intestinal media – que se projeta para a porção inicial do cordão umbilical. Nesse estagio o celoma intra - embrionário se comunica com o celoma extra – embrionário. Esse movimento é chamado de hérnia umbilical fisiológica. A alça intestinal média comunica-se com o saco vitelino através do pedículo vitelino.
A hérnia umbilical ocorre por que não há espaço suficiente na cavidade abdominal para o alongamento do intestino. Essa escassez de espaço é causada principalmente pelo enorme tamanho do fígado (responsável por hematopoiese).
A alça intestinal tem um ramo cranial e um caudal e é suspensa na parede abdominal dorsal pelo mesentério alongado. O canal vitelínico esta ligado no ápice da alça onde seus dois ramos se comunicam. O ramo cranial cresce rapidamente formando as alças do intestino delgado, mas o ramo caudal sofre pouca alteração exceto pelo desenvolvimento do divertículo do ceco (primórdio do ceco e do apêndice).
Rotação da alça intestinal media – Enquanto ainda esta no cordão umbilical a alça intestinal roda 90 graus no sentido anti-horário em torno do eixo da artéria mesentérica superior. Isso leva o ramo cranial para a direita e o ramo caudal para a esquerda.
Durante a 10ª semana ocorre retorno da alça intestinal para o abdômen. Não se sabe a causa, mas a redução do tamanho do fígado e o aumento da cavidade abdominal são fatores importantes. O ramo cranial volta primeiro ocupando a parte central da cavidade. Quando o intestino grosso retorna, ele sofre uma rotação adicional de 180 graus no sentido anti-horário e mais tarde passa a ocupar o lado direito da cavidade abdominal.
O primórdio do ceco e do apêndice – divertículo cecal – é derivado do ramo caudal. Inicialmente o ápice desse divertículo não cresce tão rapidamente quanto o restante dele originando um apêndice. O apêndice aumenta em comprimento e é um tubo relativamente longo ao nascimento e esta sujeito a variáveis posições
Onfalocele congênita – Consiste na persistência dos componentes intestinais na porção inicial do cordão umbilical. A cavidade abdominal é proporcionalmente pequena quando ela ocorre
Hérnia umbilical – Nesse caso os intestinos retornam a cavidade abdominal, mas em seguida se herniam através de um umbigo imperfeitamente fechado. Na hérnia umbilical a massa protrusa é coberta de tecido subcutâneo e pele.
Gastrosquise – é um defeito da parede abdominal anterior. O defeito permite extrusão de vísceras sem o envolvimento do cordão umbilical. As vísceras saem e são banhadas por liquido amniótico. 
Anomalias do Intestino médio são normalmente por não rotações ou má rotações. Quando não ocorre rotação o ramo caudal retorna a cavidade abdominal antes de o ramo cranial e pode gerar inversão dos lados das vísceras.
Rotação Invertida – A alça intestinal ao invés de rodar no sentido anti- horário roda no sentido horário.
Ceco e apêndice sub-hepáticos – o ceco se adere a superfície inferior do fígado no seu retorno ao abdômen e será puxado para cima assim que o fígado diminuir de tamanho.
O intestino pode sofrer de oclusão parcial (estenose) e a oclusão total (atresia). São resultantes da falta do numero adequado de vacúolos necessários para promover a recanalização intestinal.
Divertículo Ileal – Remanescente da porção proximal do canal vitelínico. Normalmente parece uma bolsa digitiforme. Este divertículo pode estar conectado ao umbigo por um cordão fibroso (o que pode predispor uma obstrução intestinal) ou por uma fistula onfaloentérica.
Duplicação do intestino – causadas pela falta de recanalização normal e como resultado são formadas suas luzes.
Intestino Posterior 
Os derivados são: terço distal do colo transverso, colo descendente, sigmóide, reto e parte superior do canal anal. Também é derivado do intestino posterior o epitélio da bexiga e da maior parte da uretra.
Todos os derivados são supridos pela artéria mesentérica inferior.
Cloaca – é a porção terminal do intestino posterior na forma de uma câmara revestida por endoderma que esta em contato com o ectoderma superficial através da membrana cloacal. Essa membrana é constituída de endoderma da cloaca e de ectoderma do proctodeu ou fosseta anal. A cloaca recebe o alantóide ventralmente (divertículo digitiforme)
Septação da Cloaca - é septada em porção dorsal e ventral por uma projeção de mesênquima chamada de septo urorretal. Este septo se desenvolve no ângulo entre alantóide e intestino posterior. O crescimento do septo permite a divisão da cloaca em seio urogenital (ventralmente) e reto (dorsalmente). O septo urorretal se estende ate a membrana cloacal e também a divide em membrana anal e urogenital. A área de fusão do septo com a membrana cloacal é mostrada no adulto pelo corpo perineal.
Proliferações mesenquimais produzem elevações ao entorno da membrana anal determinando a formação do proctodeu ou fosseta anal. As membranas anais e urogenitais tendem a se romper.
Canal Anal – Os dois terços superiores são formados a partir do intestino posterior e o um terço inferior a partir do proctodeu.
A maior parte das anomalias do intestino posterior está relacionada ao não desenvolvimento do septo urorretal.
Megacolon congênito – Uma parte do colo apresenta-se dilatada em virtude da ausência de células ganglionares autônomas no plexo mioentérico. A doença resulta de uma falta de peristaltismo do segmento aganglionar (falta de migração de células da crista neural) o que impede a movimentação do conteúdo intestinal. Na maioria dos casos somente o reto e colo sigmóide estão envolvidos.
O não desenvolvimento do septo pode gerar fistulas entre o seio urogenital e reto. O ânus também pode se apresentar ectópico, se abrindo na vagina ou na uretra. O ânus pode se apresentar também em fundo cego.
Estenose anal é derivada de estreitamento dessa região por um deslocamento do septo mais posteriormente e como resultado o canal anal e membrana anal podem se tornar bem pequenos.
Atresia membranosa do ânus – uma delgada camada de tecido separa o canal anal do exterior. Essa anomalia ocorre pela falta de perfuração da membrana anal.
Atresia retal – canal anal e reto estão presentes, mas separados devido uma recanalização anômala.
Sistema urogenital
Desenvolve-se do mesoderma intermediário que se estende ao longo da parede dorsal do embrião. Esse mesoderma é deslocado ventralmente e perde sua comunicação com os somitos. Uma elevação longitudinal de mesoderma forma a crista urogenital em cada lado da aorta dorsal. A parte da crista que da origem ao sistema urinário é o cordão nefrogênico e a parte da crista que origina o sistema genital e a crista gonadal.
Sistema Urinário – começa a se desenvolver antes do genital e consiste em rins, ureteres, bexiga e uretra. Três conjuntos de rins se desenvolvem. O primeiro deles é o pronefro, rudimentar e com estruturas não funcionais. O segundo conjunto é o mesonefro que é bem desenvolvido e funciona brevemente. O terceiro é o paranefro que se tornam rins permanentes.
Pronefro – estruturas bilaterais transitórias e não funcionais. São representadas por grupos de células e estruturas tubulares na região do pescoço. Os ductos pronéfricos dirigem-se caudamente e abrem-se na cloaca. O pronefro rudimentar logo degenera, mas a maior parte dos ductos pronéfricos persiste e é utilizada pelo outro conjunto do rim. 
Os ductos pronéfricos não têm característica tubular, são na verdade uma condensação mesenquimal. É a partir da região caudal que ocorre diferenciação epitelial e canalização. Os nefrotomas (estruturas rudimentares do pronefro) induzem a formação da segunda estrutura renal e induz a porção mais caudal a sofrer canalizaçãoe diferenciação. Quando os nefrotomas caudais estão se formando os mais cervicais estão se degenerando. A formação do ducto mesonéfrico e mesonefro ocorre quando todos os nefrotomas degeneram.
Mesonefro – São grandes e alongados e funcionam como rins provisórios. Esses rins consistem de glomérulos e túbulos mesonéfricos. Os túbulos se abrem nos ductos mesonéfricos e estes se abrem por sua vez na cloaca. O mesonefro depois degenera e seus túbulos persistem como dúctulos eferentes dos testículos.
Metanefro – é o primórdio dos rins permanentes. Os rins permanentes se desenvolvem a partir da formação do divertículo metanéfrico (broto uretérico) e da massa metanéfrica de mesoderma intermediário (blastema metanefrogênico).
O divertículo metanéfrico é uma evaginação do ducto paramesonéfrico próximo a sua entrada na cloaca e a massa de mesoderma intermediário é formada pela parte caudal do cordão nefrogênico. 
O divertículo penetra na massa de mesoderma intermediário e o pedículo desse divertículo passa a ser chamado de ureter. A extremidade cranial do divertículo passa por intensos processos de ramificação. As primeiras quatro gerações de túbulos do divertículo formam os cálices maiores e as quatro gerações posteriores formam os cálices menores e o restante se torna túbulo coletor.
A extremidade de cada túbulo induz grupos de células mesenquimais do blastema a formarem pequenas vesículas metanéfricas que se fusionam e alongam os túbulos metanéfricos. Eles se desenvolvem ate sua porção proximal ser invaginada pelo glomérulo. Esses túbulos se transformam em túbulos contorcidos distais e proximais, alça de Henle e determinam a formação de um néfron.
Um túbulo urinífero consiste em duas partes: um néfron formado pelo blastema e um túbulo coletor derivado do divertículo metanéfrico. 
A ramificação do divertículo depende da indução do blastema e a diferenciação do blastema em néfrons depende da indução pelo divertículo, ou seja, a indução é recíproca.
O aumento do rim após o nascimento deve-se, sobretudo pelos alongamentos de túbulos contorcidos. 
Mudança na posição dos rins – Inicialmente ficam próximos um do outro na pelve, ventral ao sacro, mas conforme a pelve cresce, os rins passam a se posicionar no abdômen e se afastam um do outro. Esta ascensão ocorre principalmente devido ao crescimento do embrião na região caudal ao rim. Conforme o rim “ascende” seu hilo gira medialmente quase 90 graus. Quando os rins entram em contato com as glândulas supra - renais sua ascensão pára.
Os rins mudam seu suprimento sangüíneo durante sua formação e ascensão, logo, artérias supranumerárias ou acessórias são comuns e quando passam anteriormente ao ureter podem causar hidronefrose.
Agenesia renal unilateral pode ser causada por não desenvolvimento do ducto mesonéfrico, do divertículo mesonéfrico ou mesmo por não formação do blastema metanefrogênico. O outro rim sofre hipertrofia compensatória. 
A agenesia renal bilateral é associada a oligoidramnio por que nenhuma urina é excretada na cavidade amniótica. Incompatível com a vida.
Rotação anormal dos Rins - A não rotação deixa o hilo voltado anteriormente. A rotação excessiva deixa-o posteriormente. Se o hilo esta lateral houve uma rotação lateral ao invés de medial.
Rins Ectópicos – A maioria dos casos está na pelve e resulta da não ascensão do rim. Rins pélvicos ficam muito próximos um do outro e podem se fundir formando rim em panqueca. A ectopia renal também pode ser cruzada (ele ascende para o lado oposto).
Rim em ferradura – Os pólos dos rins estão fusionados, geralmente são os pólos inferiores que se fundem. Rim em ferradura não apresenta sintomas, pois normalmente seu sistema de túbulos se desenvolveu.
Duplicações do trato urinário – Duplicações de ureter ou de pelve renal são comuns pela divisão do divertículo metanéfrico. 
Ureter Ectópico – Acontece quando o ureter não é incorporado a parte posterior da bexiga. Geralmente se incorpora na uretra e é responsável por inúmeras queixas de incontinência urinaria. 
Doença cística do rim autossômica recessiva– inúmeros cistos que levam a insuficiência renal. Necessário transplante.
Doença renal multicística displásica – alterações que ocorrem durante o desenvolvimento renal. São observados menos cistos que na autossômica recessiva.
Desenvolvimento da bexiga urinaria
O seio urogenital é dividido em três partes: uma parte vesical cranial que forma a maior parte da bexiga e é continua com o alantóide, uma parte pélvica mediana que se torna a uretra (sendo toda a uretra na mulher e só a parte prostática no homem) e a parte fálica caudal que cresce em direção ao tubérculo genital e será o primórdio do pênis e do clitóris.
A parte vesical da bexiga é derivada do seio urogenital, entretanto sua região de trígono é formada pelas regiões caudais dos ductos mesonéfricos. O epitélio da bexiga é derivado do endoderma do seio urogenital e suas outras camadas são derivadas do mesoderma esplâncnico ao redor.
A bexiga esta em continuação com o alantóide que sofre constrição e torna-se um cordão fibroso, o úraco (primórdio do ligamento umbilical mediano). Conforme a bexiga aumenta as porções distais dos ductos mesonéfricos são incorporadas em sua parede dorsal. A incorporação dos ductos permite que os ureteres se abram na bexiga urinaria, e os ductos também contribuem para a formação de tecido conjuntivo do trígono vesical.
Os orifícios do ducto mesonéfrico penetram na parte prostática da uretra e as extremidades caudais desses ductos determinam a formação de ductos ejaculatórios. Nas mulheres a extremidades distais dos ductos degeneram. A bexiga só se torna um órgão pélvico na puberdade.
Anomalias do úraco – a parte inferior do úraco pode permanecer dilatada e formar um seio do úraco que se abre na bexiga, assim como a dilatação pode ser superior e determinar um seio do úraco que se abre no umbigo. Quando ele permanece toda aberta forma a fistula do úraco que permite que urina escape pelo orifício umbilical.
Extrofia de bexiga – Caracteriza-se por exposição e protrusão da parede posterior da bexiga. O trígono da bexiga e orifícios dos ureteres ficam expostos e a urina goteja na bexiga invertida. Causado pelo fechamento incompleto da parede abdominal anterior em sua parte inferior.
Desenvolvimento de uretra
O epitélio da maior parte da uretra masculina e toda a uretra feminina é derivado do endoderma do seio urogenital. A parte distal da uretra masculina é derivada de um cordão de células ectodérmicas que cresce a partir da extremidade da glande e se encontra com a uretra esponjosa, logo este epitélio é derivado do ectoderma superficial. O tecido conjuntivo e o músculo liso da uretra nos dois sexos são derivados do mesoderma esplâncnico.
Desenvolvimento de glândulas supra-renais (Endócrino)
O córtex e medula possuem origens diferentes. O córtex se desenvolve a partir do mesênquima e a medula se diferencia a partir de células da crista neural. As células da crista neural formam uma massa medial ao córtex fetal. Essa massa é envolvida pelo córtex e se diferencia em inúmeras células secretoras da medula supra-renal. Células do córtex fetal dão origem ao córtex permanente. No feto essas glândulas são muito mais pesadas que no adulto e são grandes em comparação com os rins mas depois elas tendem a regredir de tamanho.
Hiperplasia Adrenal Congênita
Crescimento anormal de células do córtex que promove excessiva produção de androgênio durante o período fetal. No sexo feminino, isto causa masculinização de sua genitália externa e aumento do clitóris. Mais tarde, em ambos os sexos, o excesso de androgênio leva ao desenvolvimento esquelético rápido.
Sistema Genital
O período inicial do desenvolvimento genital é indiferenciado e é referido como estágio indiferenciado do desenvolvimento sexual.
Desenvolvimento de gônadas – São derivadas de três fontes: o mesotélio que reveste a parede abdominal posterior e o mesenquima subjacente e célulasgerminativas primordiais.
Gônadas Indiferenciadas – Uma área espessada de mesotélio se desenvolve medial ao mesonefro. A proliferação deste epitélio e do mesenquima subjacente produz uma saliência medial ao mesonefro chamada de crista gonadal. Cordões epiteliais digitiformes – cordões sexuais primários – penetram no mesenquima. A gônada indiferenciada consiste de um córtex externo e de uma medula interna. Complexos cromossômicos XX permitem o desenvolvimento do córtex em ovário e a medula regride. Complexos cromossômicos XY fazem o contrario, sendo a medula diferenciada em testículo.
Células Germinativas Primordiais – Células sexuais grandes e esféricas entre as células endodérmicas do saco vitelino, próximo a origem do alantóide. Células germinativas migram ao longo do mesentério dorsal ate o intestino posterior e por fim ate as cristas gonadais. Essas células penetram no mesenquima e são incorporadas nos cordões celulares das gônadas.
Determinação do Sexo – Requer um cromossomo Y que apresenta o gene SRY que determina a produção de FDT (fator determinante de testículo). E este FDT que determina a formação dos testículos. Sob influencia deste os cordões sexuais primários diferenciam-se em cordões seminíferos. A ausência de cromossomo Y determina a formação de ovário. O tipo de gônada formada então determina o que ocorre nos ductos genitais e genitália externa. A testosterona, por exemplo, produzida pelo testículo fetal e o hormônio antimulleriano determinam a diferenciação masculina normal. A diferenciação feminina não é dependente de hormônio e ocorre mesmo se os ovários estiverem ausentes.
Desenvolvimento dos Testículos – O FDT estimula os cordões sexuais a se condensarem e penetrarem no mesenquima onde se ramificam e se anastomosam formando a rede testicular. A conexão desses cordões sexuais dá origem aos cordões seminíferos. O epitélio de superfície é perdido quando este se torna uma densa capsula chamada de túnica albugínea.
O testículo em crescimento se separa do mesonefro sendo então sustentado pelo seu próprio mesentério chamado de mesorquidio.
Os túbulos seminíferos são separados por um mesenquima que se diferencia e da origem as células intersticiais de Leydig. Estas células são responsáveis pela produção de testosterona e androstenediona que induzem a diferenciação masculina dos ductos mesonéfricos e da genitália externa.
Alem da testosterona, o testículo fetal produz o hormônio antimulleriano que suprime o desenvolvimento dos tubos paramesonéfricos (formam primórdio uterovaginal e tubas uterinas). O AMH é produzido por células de sustentação ou células de Sertoli.
Os túbulos seminíferos são maciços ate a puberdade quando a luz começa a se desenvolver. As paredes dos túbulos passam a ser compostas de dois tipos de células: células de Sertoli e espermatogônias (derivadas das células germinativas primordiais).
A rede testicular torna-se continua com os ductos eferentes formados pelo mesonefro e estes estão conectados ao ducto do epidídimo.
Desenvolvimento dos Ovários – O desenvolvimento das gônadas ocorre mais lentamente em embriões femininos. Os cordões sexuais primários não se tornam proeminentes, mas penetram na medula formando uma rede ovariana rudimentar, que logo degenera e desaparece. Os cordões corticais se estendem da superfície do ovário adjacente para o mesenquima. Esses cordões crescem em tamanho e incorporam células germinativas primordiais. Os cordões começam a se romper formando grupos isolados de células – folículos primordiais – cada um contendo uma ovogonia (também derivada de célula germinativa primordial). Não se formam ovogônias após o nascimento. Estas ovogônias crescem e se tornam ovócitos primários. No córtex o epitélio da superfície fica separado dos folículos por uma fina capsula fibrosa, túnica albugínea. Conforme o ovário separa-se do mesonefro ele fica sustentado por seu mesovario.
Desenvolvimento dos Ductos – Ductos paramesonefricos desenvolvem-se laterais as gônadas e aos ductos mesonéfricos. Os ductos se formam a partir de invaginações do mesotélio que logo se comunicam formando o ducto. Suas extremidades craniais abrem-se na cavidade peritoneal. Esses ductos seguem caudamente e chegam ate a pelve onde se aproximam e se fundem formando o primórdio uterovaginal. Esta estrutura se projeta na parede dorsal do seio urogenital e produz uma elevação chamada de tubérculo do seio.
Ductos genitais masculinos – A testosterona cuja produção é estimulada pela hCG estimula ductos mesonefricos a formarem ductos genitais masculinos enquanto o AMH permite que os ductos paramesonefricos regridam. A parte proximal do ducto forma o epidídimo. Alguns túbulos mesonefricos que persistiram dão origem aos ductos eferentes. Distalmente o ducto se transforma em ducto deferente.
Glândulas seminais – Uma evaginação lateral distal do ducto dá origem a vesícula. Produz secreção que nutre os espermatozóides. A parte dos ductos mesonefricos entre o ducto da glândula e uretra é o ducto ejaculatório.
Próstata – Múltiplas evaginações endodérmicas surgem da parte prostática da uretra e penetram no mesenquima circundante. O epitélio glandular diferencia-se a partir destas células endodérmicas e o mesenquima associado diferencia-se em estroma denso e no músculo liso da próstata.
Glândulas Bulbouretrais – Desenvolvem-se de evaginações da parte esponjosa da uretra. Fibras musculares e estroma se formam do mesenquima subjacente.
Ductos Genitais femininos – Os ductos mesonefricos regridem pela falta de testosterona. Os ductos paramesonefricos se desenvolvem na ausência de AMH. As tubas se formam a partir da extremidade não fusionada dos ductos. A porção caudal fusionada forma o primórdio uterovaginal. O estroma endometrial e o miométrio são derivados do mesenquima. A fusão dos ductos também une uma prega peritoneal que forma o ligamento largo e dois compartimentos peritoneais: escavação retouterina e vesicouterina.
Glândulas Genitais auxiliares nas mulheres
Brotos crescem da uretra penetrando no mesenquima subjacente e formam glândulas uretrais e parauretrais (corresponde a próstata no homem). Evaginações do seio urogenital formam glândulas vestibulares maiores (homologas as glândulas bulbouretrais).
Desenvolvimento do útero e da vagina – A parede fibromuscular da vagina desenvolve-se do mesenquima circundante. O contato do primórdio uterovaginal com o seio genital se faz através do tubérculo do seio que induz a formação de um par de projeções endodérmicas que são os bulbos sinovaginais. Estes se fundem para formar a placa vaginal. Células centrais dessa placa se desintegram formando a luz da vagina e as células periféricas formam o epitélio vaginal. A luz da vagina é separada da cavidade do seio urogenital por uma membrana – hímen – que se rompe durante o período perinatal e permanece como uma fina membrana sobre o orifício externo da vagina.
Remanescentes de ducto mesonéfrico no homem – a extremidade caudal pode persistir como apêndice do epidídimo e a porção caudal aos ductos eferentes pode persistir como um corpo denominado de paradídimo.
O colículo seminal é uma elevação na uretra prostática que é derivado adulto do tubérculo do seio e é homologo ao hímen na mulher.
Desenvolvimento de genitália Externa
O mesenquima em proliferação produz o tubérculo genital em ambos os sexos na extremidade cranial da membrana cloacal. Ao lado da membrana cloacal logo se desenvolvem as intumescências labioescrotais e pregas urogenitais. O tubérculo genital se alonga e forma o falo primordial. Entre as pregas urogenitais esta o sulco urogenital tampado pela membrana urogenital. Esta membrana se rompe assim como a membrana anal, dando origem ao orifício urogenital e anal. Na mulher vagina e uretra saem pelo mesmo canal que é o vestíbulo da vagina.
Genitália externa masculina – Induzida pela testosterona. O falo se alonga e vai dar origem ao pênis. As pregas urogenitais formam as paredes laterais do sulcouretralna superfície ventral do pênis. Este sulco é revestido por proliferação de células endodérmicas. As pregas fundem-se uma com a outra na superfície ventral do pênis dando origem a uretra esponjosa. O ectoderma de superfície funde-se no plano mediano dando origem a rafe peniana. Na extremidade da glande do pênis uma invaginação de ectoderma forma um cordão ectodérmico celular que cresce em direção a raiz do pênis e funde com a uretra esponjosa.
Uma invaginação circular de ectoderma forma-se na periferia da glande peniana e quando esta invaginação se rompe forma o prepúcio. Corpos cavernosos e esponjosos se desenvolvem a partir do mesenquima do falo primordial. As intumescências labioescrotais crescem uma em direção a outra e se fundem formando o escroto, sendo a linha de fusão a rafe escrotal.
Desenvolvimento da genitália externa feminina – O primórdio do falo se torna o clitóris. As pregas urogenitais não se fundem, exceto na parte posterior onde elas dão origem ao frênulo dos pequenos lábios. As partes não fusionadas dão origem aos pequenos lábios. As pregas labioescrotais formam comissura labial anterior e posterior em suas fusões anterior e posterior. As partes não fusionadas formam os grandes lábios. Da fusão anterior também se forma o monte pubiano.
Erros na determinação e diferenciação sexual ocasionam vários graus de sexo intermediário (hermafroditismo). O hermafroditismo é uma discrepância entre morfologia das gônadas e genitália externa.
Hermafroditas verdadeiros – Constituição genética mosaica e apresenta tanto tecido testicular quanto ovariano. Nesse caso tanto o córtex quanto a medula da gônada indiferenciada se desenvolvem.
Pseudo – hermafroditismo verdadeiro – Constituição cromossômica XX, mas o feto é submetido a um excesso de androgênios o que causa sua virilização da genitália externa. A causa é uma Hiperplasia adrenal congênita.
Pseudo – hermafroditismo masculino – Constituição cromossômica XY. Causada por produção inadequada de testosterona ou AMH e o desenvolvimento testicular varia de rudimentar a normal. Virilização da genitália externa masculina pela ausência hormonal estimulante.
Síndrome de Insensibilidade Androgênica – Constituição XY, mas a genitália externa é feminina, pois existe resistência a ação da testosterona no tubérculo genital, pregas urogenitais e intumescências labioescrotais. Ocorre desenvolvimento de mamas, mas a menstruação não ocorre. A orientação dessas pessoas é totalmente feminina.
Hipospádia – Anomalia bem comum. Na hipospádia de glande o orifício externo da uretra vai estar na superfície ventral da glande. Na hipospádia de pênis ele vai estar na superfície ventral do pênis. Na hipospádia pênis escroto ele vai estar entre essas duas estruturas e na perineal as pregas labioescrotais não se fundem e ele se abrira nessa região. Resultam de produção inadequada de androgênios ou localização imprópria de receptores de androgênio.
Epispádia – A uretra se abre na superfície dorsal do pênis.
Útero duplo - Resulta da não fusão das partes inferiores dos ductos mesonefricos e pode estar associado a uma vagina única ou dupla também. Se a duplicação envolve apenas a parte superior do corpo do útero forma-se um útero bicórneo.
Ausência de vagia e útero – Falta de desenvolvimento dos bulbos sinovaginais para formar a placa vaginal. Se não há bulbo sinovaginais não há útero, pois e este que estimula o seu desenvolvimento.
Atresia Vaginal – falta de recanalização da placa vaginal e a falta de perfuração da extremidade inferior da placa vaginal resulta em hímen imperfurado.
Desenvolvimento de Canal Inguinal- Formam vias pelas quais os testículos descem da posição intra abdominal para o escroto. Com a degeneração do mesonefro um ligamento – gubernáculo – desce em cada lado do abdômen a partir do pólo inferior da gônada. O gubernáculo passa pelo futuro canal inguinal e se prende na superfície interna das intumescências labioescrotais. O processo vaginal, uma evaginação de peritônio desenvolve-se ventralmente ao gubernáculo e forma uma hérnia através da parede abdominal ao longo do trajeto do ligamento. As extensões desse processo formam as paredes do canal inguinal. No homem estas camadas também formam os envoltórios dos testículos. O processo vaginal promove a abertura na fáscia transversal da parede abdominal anterior formando o anel inguinal profundo. A abertura na aponeurose do obliquo externo forma o anel inguinal superficial.
Complexos cromossômicos sexuais anormais – o numero de cromossomos X não interfere. A presença do Y determina masculinização
Descida dos Testículos – Esta associada a: aumento dos testículos e atrofia do ducto mesonéfrico, atrofia dos ductos paramesonefricos, aumento do processo vaginal que guia os testículos em sua descida.
A mudança de posição ocorre devido ao aumento da pelve fetal e alongamento do tronco do embrião. O processo de descida dos testículos é controlado por androgênios. A passagem dos testículos pelo canal inguinal pode ser auxiliada pelo aumento da pressão intra-abdominal devido ao crescimento das vísceras abdominais. Após os testículos passaram o canal inguinal se contrai em torno do cordão espermático. O processo vaginal da origem a túnica vaginal que recobre o testículo.
Descida de Ovários – Descem da parede abdominal posterior ate a região inferior da borda da pelve. O gubernaculo se prende ao útero na junção tuba-uterina e sua parte caudal dá origem ao ligamento redondo do útero e a parte cranial dá origem ao ligamento ovariano. Os ligamentos redondos passam pelos canais inguinais e terminam nos grandes lábios. O processo vaginal na mulher se oblitera.
Criptorquidia ou testículos não descidos – pode ser unilateral ou bilateral. Se persistirem dentro da cavidade abdominal pode resultar em esterilidade ou mesmo tumores em células germinativas. Podem estar na cavidade abdominal ou em qualquer local de seu trajeto de descida. Um fator para isso é a produção ineficiente de androgênios.
Testículos ectópicos – Ocorre quando o gubernáculo passa em uma localização diferente. São raros.
Hérnia inguinal congênita – A comunicação entre túnica vaginal e cavidade peritoneal não se fecha formando um processo vaginal persistente por onde uma alça intestinal pode herniar.
Hidrocele – o processo vaginal persiste, mas é muito pequeno para gerar herniação, entretanto o liquido da cavidade peritoneal passa e forma hidrocele de testículo.
Endócrino 
Glândula Suprarrenal já foi discutida.
Glândula Paratireóide – A faringe primitiva é derivada do intestino anterior. Os arcos faríngeos são formados lateralmente a essa região a partir da migração de células da crista neural. Esses arcos são formados por um eixo de mesenquima recoberto externamente por ectoderma e internamente por endoderma. A maior parte do mesenquima é derivada de células da crista neural. A terceira bolsa faríngea se expande e forma uma parte dorsal bulbar e uma parte ventral oca. Sua conexão com a faringe é reduzida por um ducto estreito que logo degenera. O epitélio da porção bulbar dorsal começa a se diferenciar em paratireóide inferior. O epitélio da porção ventral oca prolifera e oblitera sua cavidade o que então vai originar o timo. Os primórdios tanto do timo quanto da paratireóide perdem suas conexões com a faringe. Mais tarde as paratireóides se separam do timo e vão se localizar na superfície dorsal da tireóide. A quarta bolsa também se expande em uma porção ventral oca e uma porção dorsal bulbar. A conexão com a faringe também é perdida. A parte dorsal se desenvolve em paratireóide superior, que se situa na superfície dorsal da tireóide. As paratireóides inferiores derivadas da terceira bolsa passam a se localizar mais inferiormente, pois elas têm um trajeto de descida juntamente com o timo
Paratireóides Ectópicas – A localização delas é altamente variável. Paratireóides inferiores podem não descer ou podem acompanhar o timo para dentro do tórax.
Tireóide – é a primeiraglândula endócrina a se desenvolver a partir de um espessamento endodérmico no assoalho da faringe primitiva. Esse espessamento forma uma saliência que é o primórdio da tireóide. Com o crescimento do embrião a tireóide desce ate a região do pescoço, mas permanece conectada a língua pelo ducto tireoglosso. O primórdio da tireóide é oco, mas logo se torna maciço e se divide em lobos esquerdo e direito separados por um istmo. Quando atinge sua posição definitiva perde a comunicação com a língua pela degeneração do ducto tireoglosso.
Tireóide Ectópica – Pode se situar em qualquer local de sua descida sendo o tecido tireoidiano lingual o mais comum.
Tireóide Acessória – Pode aparecer no timo, abaixo da tireóide. Este tecido pode ser funcional, mas não mantem a função normal se a tireóide for removida.
O não desenvolvimento de estruturas que vão dar origem a tireóide pode gerar agenesia da tireóide.
Hipófise – Tem origem ectodérmica e se origina de duas fontes: uma evaginação do teto ectodérmico do estomodeu (divertículo hipofisario) e uma invaginação do neuroectoderma do diencéfalo (divertículo neurohipofisario). 
A origem embriológica dupla explica por que a hipófise é constituída de dois tecidos diferentes: a adenohipófise derivada do divertículo hipofisario e a neurohipófise derivada do divertículo neurohipofisario. O divertículo hipofisario projeta-se do teto do estomodeu e se torna adjacente a parede ventral do diencéfalo. Essa projeção se alonga e sofre constrição que a separa do epitélio oral. Nesse estagio essa projeção entra em contato com o infundíbulo (derivado neurohipofisario) uma invaginação ventral do diencéfalo.
Células da parede anterior do divertículo hipofisario dão origem a parte distal da hipófise. Uma extensão tuberal cresce em torno da haste do infundíbulo e dará origem a zona tuberal. As células da parede posterior dão origem a parte intermédia. O divertículo hipofisario da origem a adenohipofise que se constituirá de parte distal, tuberal e intermédia.
A parte da hipófise que se origina do neuroectoderma é a neurohipofise. O infundíbulo dará origem a eminência media, a haste infundibular e a parte nervosa. O infundíbulo em sua extremidade distal vai se tornando maciço pela proliferação de células neuroepiteliais que mais tarde se diferenciam em pituicitos. Fibras nervosas penetram na parte nervosa vindas da área hipotalâmica a qual a haste infundibular esta ligada.
Resquício da haste do divertículo hipofisario pode gerar hipófise faríngea no teto da orofaringe.

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