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Int Faringeo e porcao caudal do int anterior

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INTESTINO ANTERIOR
	INTESTINO FARÍNGEO
Os arcos faríngeos, que são relevos formados pelo desenvolvimento do mesoderma, estão envolvendo a porção mais cefálica do intestino primitivo. Estes relevos são delimitados nas paredes do intestino primitivo tanto para fora quanto para dentro. Do lado externo o relevo é delimitado por depressões chamadas fendas que são revestidas por ectoderma e do lado interno, por depressões chamadas bolsas faríngeas revestidas por endoderma. Estas bolsas faríngeas, mais especificamente o endoderma que as recobre, são de extrema importância clínica pois geram estruturas importantes algumas das quais depois migrarão para outras regiões. Estas estruturas em formação serão nutridas pelos arcos aórticos presentes dentro dos arcos faríngeos.
	Primeira bolsa
Na formação destas estruturas observa-se que após o primeiro arco o mesoderma da primeira fenda diminui afinando a parede para formar o meato acústico externo cujas bordas crescem para formar as estruturas da orelha. A primeira bolsa, na mesma altura da primeira fenda irá formar o recesso tubotimpânico adjacente, que será a futura tuba auditiva. Assim a membrana do tímpano tem externamente revestimento de ectoderma e internamente revestimento de endoderma, com uma pequena quantidade de mesoderma entre eles.
Segunda bolsa
Mais adiante, o mesoderma do segundo arco cresce cobrindo os seguintes arcos e com isto ele aprisiona uma estrutura na região do ectoderma que vai formar o seio cervical que irá involuir, mas pode persistir provocando uma comunicação entre a segunda bolsa que irá formar um canal aberto no pescoço. Na parede interna, a segunda bolsa começa a se projetar para dentro do mesoderma e irá formar a tonsila palatina, uma área que será local de chegada dos linfócitos que se formam na medula. Assim o mesênquima desta região forma o tecido linfóide e o endoderma da segunda bolsa forma o epitélio da tonsila palatina.
	Terceira bolsa
	Na terceira bolsa é formada uma glândula denominada paratireóide 3 (paratireóide da terceira bolsa ou paratireóide inferior, para diferenciar da paratireóide 4, formada algum tempo depois na quarta bolsa). A paratireóide 3 migra junto com uma outra parte do epitélio da terceira bolsa irá formar o timo ao qual pode tornar-se adjacente, apesar desta glândula possuir uma grande variedade de locais onde pode ser encontrada, ela é mais comumente encontrada nos bordos inferiores da glândula tireóide e por isto é denominada paratireóide inferior. 
	Quarta bolsa
	Forma a glândula paratireóide 4, ou superior, que após formada migra até o bordo superior das glândulas tireóides.
	Quinta bolsa faríngea, ou corpo ultimobranquial 
	O corpo ultimobranquial se funde com a tireóide e suas células se dispersam dentro destas dando origem as células parafoliculares, que são as células produtoras de calcitonina.
	
Assim as estruturas císticas persistentes no pescoço podem ter duas origens: se forem medianas, elas têm sua origem no tecido tireoglosso (bolsas faríngeas) e se forem laterais, têm sua origem no seio cervical.
	PORÇÃO CAUDAL DO INTESTINO ANTERIOR
	Com o dobramento do embrião forma-se o intestino primitivo que é ligado pelo ducto vitelino ao saco vitelino, assim o intestino primitivo pode ser divido em três: o intestino anterior, até o início do duto vitelino, intestino posterior, após o final do duto vitelino e intestino médio, entre os dois. Estas linhas imaginárias que dividem os intestinos são chamadas de portal intestinal – superior e inferior- que com o alongamento do intestino vão ficando cada vez mais difíceis de serem percebidas, necessitando de outros fatores anatômicos para determinar o fim do intestino anterior, assim assume-se que o intestino anterior vai até os locais de formação do fígado e do pâncreas, que se formam bem na altura do portal intestinal superior.
	O intestino anterior também pode ser dividido em duas partes pelo broto respiratório: intestino faríngeo até o broto respiratório, mas incluindo-o, e depois do broto, a porção caudal do intestino posterior.
	Assim a porção caudal do intestino anterior vai do broto respiratório até o portal intestinal.
Intestino anterior se apresenta como um longo tubo que irá formar logo após o broto respiratório o esôfago que vai até onde começa a apresentar uma dilatação que irá formar o estômago. A seguir, notam-se alguns brotamentos que irão formar o pâncreas e o fígado assim como, posteriormente, os dutos destas glândulas para o intestino, mais especificamente na segunda porção do duodeno, o que significa que o duodeno é formado também pelo intestino anterior e também pelo intestino médio.
Vascularização do aparelho digestório
	 Após o fechamento do embrião, são formados os três grandes vasos que nutrem o sistema digestivo cujas funções anatômicas refletem as origens embrionárias. Assim são formados três grandes troncos: tronco celíaco que vai nutrir todos os derivados da porção caudal do intestino anterior (estômago, fígado, pâncreas e baço), artéria mesentérica superior que nutria a vesícula vitelina evolui para nutrir a parte do intestino onde esta porção foi incorporada sua parede, com isto, o duodeno recebe ramos tanto do tronco celíaco como da artéria mesentérica superior, demonstrando a sua dupla origem embrionária e, por fim, artéria mesentérica inferior que nutre as partes finais do intestino, assim como no exemplo do duodeno o colo transverso é nutrido tanto pela mesentérica superior como pela mesentérica inferior, demonstrando também, uma dupla origem embriológica.
	Origem do estômago
	O estômago se origina de uma área do intestino anterior que começa a apresentar dilatações. Após as dilatações esta área inicia um abaulamento e posteriormente uma rotação que irá definir o situs, ou seja o padrão de distribuição gênica capaz de fazer desenvolver o giro correto da alça gástrica. Este giro é provocado pelo crescimento da porção anterior do estômago que, com o crescimento, gira para a direita, empurrando a porção posterior para a esquerda, fazendo com que o estômago gire no sentido horário. Assim é importante notar que os nervos também giram, assim ao contrário de outras partes do aparelho digestório, no estômago não possui ramos “direito e esquerdo”, mas sim “anterior” e “posterior”.
	Uma vez que o estômago está preso à parede ventral pelo mesogástrico ventral (observe que, ao contrário de outros lugares do aparelho digestório, o meso aqui não degenera) e preso a parede dorsal pelo mesogástrico dorsal, estas estruturas também vão girar justo com o estômago. Ao girarem estas estruturas irão criar um recesso atrás do estômago que é denominada bolsa omental. 
	Em relação à histologia, o endoderma forma apenas o epitélio de revestimento da mucosa e as glândulas adjacentes, já o mesoderma parietal forma o peritônio parietal, a parede muscular do tubo e toda a estrutura do estômago, o peritônio visceral, e a membrana serosa, é formado pelo mesoderma esplâncnico. 
	O pâncreas e o fígado são estruturas glandulares formadas a partir do endoderma que crescem para dentro do mesogástrico acompanham seu giro, o fígado para o meso ventral além de também crescer para o septo transverso, e o pâncreas para o meso dorsal. O baço é uma estrutura de origem mesodérmica que cresce no meso dorsal e quando este gira, passa a se localizar na esquerda.
	O fígado cresce se dividindo em dois grandes troncos, o tronco hepático comum que logo se ramifica dando origem à vesícula biliar, e o tronco maior que irá formar a estrutura endodérmica do fígado. E quando cresce divide o meso ventral do estômago em duas paredes, uma que liga o estômago ao fígado (o ligamento hepato-gástrico e o ligamento hepato-duodenal que juntos formam o omento menor) e outra que liga o fígado à parede (ligamento falciforme). É importante notar também que o fato do fígado crescer também para dentro do septo transverso, faz com que ele não seja coberto todo pelo peritônio (área nua do fígado).O baço, por sua vez, divide o meso dorsal em dois também, um que vai do estômago ao baço (ligamento gastro-lienal) e outro que vai do baço à parede (ligamento lieno-renal)

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