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urbanístico - acessibilidade

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A calçada é a parte da via destinada à circulação de pedestres, instalação de mobiliários ou equipamentos urbanos, áreas de estar, vegetação, entre outros. Deve oferecer condições plenas de acessibilidade, para garantí-las, devem-se considerar: Pisos e texturas; Área de circulação livre - passeio; Área de implantação de equipamentos e mobiliários urbanos; Guias rebaixadas para pedestres; Guias rebaixadas para veículos; Sinalização e comunicação. 	
	Os pisos das calçadas e passeios devem ser regulares, firmes, estáveis eantiderrapantes sob qualquer condição climática; a colocação do piso deve procurar respeitar o tipo já existente em frente às edificações vizinhas, mantendo a unicidade do passeio público. 
	A utilização de diferentes tipos de texturas e cores podem oferecer ao pedestre maior conforto e segurança, além de promover diferenciação entre os espaços e ambientes. Os percursos podem ser demarcados com pisos diferentes para cada situação, criando identidade e qualificando os espaços públicos.
	Em todo o país existem decretos e leis municipais que regulamentam a padronização de calçadas. Há certas diferenças entre eles, porém todos determinam que o passeio público deve oferecer trafegabilidade, manutenção fácil, qualidade urbana e acessibilidade para deficientes.
	Caso a calçada esteja irregular, o proprietário e até mesmo o inquilino podem ser multados. Em São Paulo, por exemplo, tanto faz se a calçada só está fora do padrão em apenas um trecho, a multa será aplicada sobre sua extensão total.
	Muitos estudiosos afirmam que a qualidade de urbanização de uma cidade encontra o seu ponto crucial nas calçadas, ou seja, as calçadas são um parâmetro para se medir o nível de desenvolvimento de uma cidade. As cidades deveriam ser planejadas para as pessoas, as quais primordialmente caminham. 
	A acessibilidade das calçadas, portanto, é uma questão de extrema importância, não só para que as pessoas com deficiência consigam utilizá-las, mas, na verdade, para toda a população, sejam crianças, jovens, adultos, idosos. Quando as calçadas não estão adequadas, todos sofrem, principalmente idosos e pessoas com mobilidade reduzida.
	Deve-se destacar que é enorme o número de acidentes por causa de problemas em calçadas. Por isso, é necessário que os pavimentos sejam bem nivelados, sem buracos e dotados de rebaixamentos bem feitos para o acesso por cadeiras de rodas. As calçadas precisam ter largura suficiente e, de preferência, serem dotadas de arborização, para que as pessoas possam se proteger do sol, e de boa iluminação para aqueles que a usam no período noturno. 
	Outro detalhe importante é a presença de equipamentos que tornem o caminhar mais agradável, como bancos e jardins, e mais seguro, a exemplo de faixas de travessia, semáforos especiais, placas de sinalização, entre outros.
	Para orientar pessoas com deficiência visual, é importante também colocar piso tátil de alerta e direcional. Dessa forma, é possível garantir autonomia e segurança para que essas pessoas possam circular pelas calçadas. Piso Tátil é o piso diferenciado com textura e cor sempre em destaque com o piso que estiver ao redor. Deve ser perceptível por pessoas com deficiência visual e baixa visão.
	Pode parecer abstrato para as pessoas que enxergam, mas para o deficiente visual e a pessoa com baixa visão este piso é fundamental para dar autonomia e segurança no dia a dia! Existem dois tipos de piso tátil: piso tátil de alerta e piso tátil direcional. O piso tátil de alerta é conhecido popularmente como “piso de bolinha”. Sua função, como o próprio nome já diz, é alertar. Por isso é instalado em início e término de escadas e rampas; em frente à porta de elevadores; em rampas de acesso às calçadas ou mesmo para alertar quanto a um obstáculo que o deficiente visual não consiga rastrear com a bengala.
	Já a função do piso tátil direcional é direcionar e orientar o trajeto, em locais amplos onde não tem ponto de referência que seja detectado com a bengala, o piso tátil direcional serve como guia direcional, como mostra a foto abaixo. O excesso deste piso ou a colocação em locais inadequados pode confundir e atrapalhar a locomoção.
	O próprio plano diretor, instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, é de competência explicitamente municipal, como define o art. 182, da Carta Magna. Calçada, então, é matéria típica de códigos de obras ou de edificações, os quais, por serem complementares à legislação de uso e ocupação do solo urbano, inserem-se claramente na esfera de competência municipal.
	Nesse contexto, o Brasil adota legislação que coloca a construção e manutenção das calçadas como responsabilidade dos proprietários dos imóveis, observando as condições faladas anteriormente. 
	Em nosso plano diretor, no art 42, XV está disposto que: 
Art. 42 São diretrizes da Política Municipal de Mobilidade Urbana:
XV - favorecer os deslocamentos não motorizados, por meio da ampliação da rede cicloviária, melhoria da qualidade das calçadas, paisagismo, iluminação e sinalização, observadas as normas estabelecidas no Código de Posturas do Município de Belém e na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
	Já o decreto lei 5296 de dezembro de 2004, regulamenta as leis de acessibilidade e, em seu art. 15, §1° dispõe:
Art. 15. No planejamento e na urbanização das vias, praças, dos logradouros, parques e demais espaços de uso público, deverão ser cumpridas as exigências dispostas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. 
§ 1o Incluem-se na condição estabelecida no caput: 
I - a construção de calçadas para circulação de pedestres ou a adaptação de situações consolidadas; 
II - o rebaixamento de calçadas com rampa acessível ou elevação da via para travessia de pedestre em nível; e 
III - a instalação de piso tátil direcional e de alerta. 
	Além destes dispositivos, há o projeto de lei, já aprovado pela câmara dos deputados, N° 8331/15, do Senado que padroniza as calçadas de forma a melhorar a circulação em espaços públicos de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
	O projeto modifica a Lei da Acessibilidade (Lei 10.098/00) e estabelece que as calçadas devem ser divididas em duas faixas. Destinada exclusivamente ao trânsito de pedestres, a faixa livre deve ter largura mínima de 1,20 metros, superfície antiderrapante e ser livre de obstáculos permanentes ou temporários. Já a faixa de serviço, que dará lugar a canteiros de flores, lixeiras e pontos de ônibus, deve medir no mínimo 70 centímetros. As calçadas devem ser revestidas de faixas de piso tátil, com cores e texturas realçadas, para orientar pessoas com deficiência visual, como falado.

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