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REV 03 Relatório de Prática nº 1 Determinação do Teor de Álcool na Gasolina

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FACULDADE SALESIANA MARIA AUXILIADORA
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
 COM ÊNFASE EM ENGENHARIAINSTALAÇÕES MARÍTIMAS
QUÍMICA DO PETRÓLEO
A
JOÃO MARCELO RIBAS BARBOSA
LUIZ FELIPE COSTA DE SOUZA
PAULO VICTOR NEVES MACIEL
VICTOR ALEXANDRE
ATIVIDADE PRÁTICA NÚMERO 1 
 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA
PROF.ª PRISCILA BARROS, MSC.
MACAÉ
2017
LISTA DE ABREVIATURAS
CO – Monóxido de Carbono
m - Massa
mL– Mililitro
NaCl – Cloreto de Sódio
v – Volume
V’ – Volume da fase aquosa
V” – Volume do etanol
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	03
EXPERIMENTO
FINALIDADE	04
REAGENTES E EQUIPAMENTOS	04
EXPERIÊNCIA DE QUANTIFICAÇÃO DO ETANOL NA GASOLINA	04
DISCUSSÃO
DISCUSSÃO DA EXPERIÊNCIA DE QUANTIFICAÇÃO DO ETANOL NA GASOLINA 	05
CONCLUSÃO	06
INTRODUÇÃO
A gasolina é o segundo combustível mais consumido no Brasil, vindo logo atrás do óleo diesel.
Sua composição final depende da origem do petróleo, das correntes e dos processos de produção (destilação atmosférica, alquilação, hidrocraqueamento, craqueamento catalítico, entre outros). Os hidrocarbonetos presentes na gasolina pertencem, principalmente, às classes das parafinas (normal ou ramificadas), olefinas, naftênicos e aromáticos, formados por cadeias de 4 a 12 átomos de carbono, com pontos de ebulição variando de 30 ºC a 215 ºC.
As gasolinas comercializadas no país são: gasolina A, sem etanol, vendida pelos produtores e importadores de gasolina; e gasolina C, com adição de etanol anidro combustível pelos distribuidores, vendida aos postos revendedores e em seguida ao consumidor final.
No posto revendedor, o consumidor pode escolher entre a gasolina comum e a gasolina Premium. Essa última é mais cara e, em geral, destinada a veículos de alto desempenho, pois possui um maior número de octano (ou “octanagem”), permitindo que sejam submetidas a maiores taxas de compressão no motor. Há ainda a opção da gasolina com aditivos, destinados a uma melhora na manutenção de todo o sistema de injeção de combustível.
Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999
Resolução ANP nº 41, de 5 de novembro de 2013
RISCOS PARA O PRC (Posto Revendedor de Combustível)
COM O COMBUSTÍVEL ADULTERADO
 A comercialização de combustíveis fora das especificações da ANP, com vícios de qualidade, pode gerar a interdição de bicos e tanques do PRC, a lavratura de auto de infração, e multa que varia de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais). O PRC que for interditado terá seus equipamentos medidores lacrados e identificados pela ANP por meio de faixa contendo os dizeres: “INTERDITADO PELA ANP”.
PRINCIPAIS ADULTERAÇÕES E NÃO CONFORMIDADES NOS COMBUSTÍVEIS
Gasolina: a não conformidade mais comum na gasolina é provocada pela adição excessiva de etanol anidro combustível, sendo detectada pelo ensaio de teor de etanol anidro combustível – teste da proveta.
Fonte: Cartilha do Posto Revendedor de Combustíveis – 6ª Edição – ANP 
Este relatório contém a descrição da prática em laboratório para determinação, por extração, do teor de Etanol contido em Gasolina, segundo procedimento adaptado de norma NBR 13992 (procedimento próprio descrito na sequência). 
Palavras chave: Gasolina, Etanol, Combustíveis, Adulterado.
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1 - EXPERIMENTO
1.1 FINALIDADE
Determinar o teor de álcool na gasolina, a partir da diferença de solubilidade do álcool, e a polaridade das fases constituintes.	
1.2 REAGENTES E EQUIPAMENTOS
Foram utilizados para tal experimento os seguintes materiais:
Reagentes: Amostra de gasolina, iodo, permanganato de potássio.
Equipamentos e vidrarias: Proveta de 100 ml (1), proveta de 50 ml (1), bastão de vidro, béquer (2). 
1.3 EXPERIÊNCIA DE QUANTIFICAÇÃO DO ETANOL NA GASOLINA
De início, preparou-se 60 mL de solução saturada de NaCl (10%m/v) em um béquer, após colocou-se 50 mL de gasolina comum em uma proveta de 100 mL com tampa. Dando prosseguimento, colocou-se 50 mL da solução de NaCl (10%m/v) em uma proveta de 50 mL e transferiu-se para a proveta contendo a gasolina comum. Agitou-se com o bastão de vidro e aguardou-se, com a solução em repouso, até a separação das fases. Após, leu-se os volumes de ambas as fases e determinou-se o novo volume da fase aquosa V’. Em seguida subtraiu-se de V’ 50 mL e denominou-se este novo volume de V”, conforme a equação abaixo:
V” = V’ – 50 ml.
Inseriu-se os valores na equação e obteve-se o seguinte resultado.
V” = 62 mL – 50 mL → V” = 12 mL. 
Com isso, tem-se que V” corresponde à quantidade de etanol presente em 50 mL da amostra de gasolina, 12 mL.
Após a execução dos procedimentos descritos acima deu-se por encerrada a experiência.
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2 - DISCUSSÃO
2.1 DISCUSSÃO DA EXPERIÊNCIA DE QUANTIFICAÇÃO DE ETANOL NA GASOLINA
Após os cálculos percentuais concluímos que existia 24% de álcool na gasolina.
A conclusão é baseada na imiscibilidade e portanto, na nítida separação por densidade entre fases, das duas substâncias líquidas, a saber:
Fase 1: 62 ml formados pela mistura da solução salina, mais etanol;
Fase 2: 38 ml de Gasolina pura;
A linha de divisão entre fases pode ser observada visualmente e a imiscibilidade das fases pode ser explicada pelo fato da Gasolina, como todo hidrocarboneto, ser uma substância apolar, enquanto a solução salina ser bastante polarizada. No entanto, seria necessário que houvesse a mesma característica de polaridade entre as duas, para que houvesse a dissolução, ou seja, para que dois líquidos sejam miscíveis, é necessário que tenham a mesma característica de polaridade.
Já o etanol, este possui em sua molécula uma parte polar e uma parte apolar, podendo assim se dissolver tanto em substâncias polares (como água) quanto apolares (como gasolina). No entanto, o tipo de ligação com a água tem uma força maior e ainda é potencializada com a adição do cloreto de sódio, o que torna o processo de extração do álcool de sua solução em gasolina bastante eficiente: a parte polarizada das moléculas de álcool são atraídas à solução salina e formam uma nova solução nitidamente monofásica contendo água, cloreto de sódio e agora, álcool. Esta fase, imiscível com a gasolina pode ser medida e analisada em procedimentos como o presente.
 
 Parte Apolar Parte Polar 
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3 - CONCLUSÃO
Concluímos que a experiência foi bem sucedida, pois compreendemos perfeitamente suas aplicações e finalidades. Mais um fator contribuinte para determinar o sucesso experimental foi o fato de o percentual de álcool encontrado na amostra de 50 ml de gasolina comum ter correspondido à 24%, estando dentro do limite estabelecido pela legislação vigente.
BIBLIOGRAFIA
Nogueira Neto, A.C. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo: IBEP, 2005.
Usberco, João. Química Orgânica. São Paulo: saraiva, 2005
ANP. http://www.anp.gov.br/wwwanp/petroleo-derivados/155-combustiveis/1855-gasolina. Acesso em 27 de Outubro de 2017

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