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Atividade 1 MECÂNICA DOS SOLOS

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Atividade 1
Descreva o histórico do surgimento da mecânica dos solos no mundo e no brasil e apresente os nomes dos autores que foram responsáveis pelos avanços alcançados nesta área até os dias atuais.
Conforme apresentado por Bueno e Vilar (1979), a mecânica dos solos já era empregada pelos povos das antigas civilizações, mesmo que de forma empírica, em obras colossais e consagradas como grandes feitos da engenharia tais como as pirâmides do Egito, os palácios da Babilônia, os aquedutos romanos e mesmo, em tempo mais recente, a muralha da China. Notadamente, é de se esperar que a aplicação da mecânica dos solos nas citadas obras, seja como elemento de fundação seja como material de construção, tenha sido baseada no empirismo e nas experiências comparativas com aplicações similares à época.
O primeiro trabalho científico de fato reconhecido na história da mecânica dos solos é creditado ao engenheiro francês Charles Coulomb no ano de 1776. Coulomb enunciou o princípio da resistência ao cisalhamento dos solos por meio da caracterização dos parâmetros de resistência dos solos, a saber, coesão e ângulo interno de atrito – ainda hoje empregada na Engenharia com a utilização da teoria clássica de Coulomb. 
Notadamente, em anos seguintes, outros pesquisadores de renome no meio científico também contribuíram para a evolução da mecânica dos solos. Podemos destacar as contribuições do engenheiro francês Henry Darcy em 1856, com o estabelecimento da lei que define o movimento da água em meios porosos – importante conceito utilizado no estudo de percolação da água através dos solos. Ainda, no mesmo ano, podemos destacar também as contribuições do engenheiro escocês William Rankine, com a formulação de equações para análise de estabilidade de maciços terrosos. Já em meados do século XX, no ano de 1908, o químico sueco Albert Atterberg apresentou ao meio científico a definição de limites de consistência para solos argilosos, conhecidos hoje na mecânica dos solos como os limites de Atterberg. Anos depois, em 1914, o engenheiro alemão Otto Mohr aplicou aos solos sua teoria de ruptura de materiais através do conceito de curvas envoltórias. Tal proposição que, posteriormente veio a associar-se com a teoria de Coulomb, estabeleceu o critério de resistência conhecido como Critério de Resistência de Mohr-Coulomb – teoria mais utilizada ainda hoje na mecânica dos solos. Adiante, em 1922, o engenheiro sueco Wolmar Fellenius desenvolveu uma metodologia de análise de estabilidade de taludes com a consideração de uma superfície circular de escorregamento. Pelo apresentado fica evidente que a mecânica dos solos, como ciência, teve sua evolução e desenvolvimento a partir de meados do século XX. 
A pedra fundamental da ciência mecânica dos solos deu-se com a publicação da obra Erdbaumechanik auf bodenphysikalisher grundlage – Mecânica das construções de Terra baseada na física dos solos – de autoria do célebre engenheiro austríaco Karl von Terzaghi no ano de 1925. Segundo Bueno e Vilar (1979), “Terzaghi preocupou-se em enfatizar a importância do estudo das tensões e deformações nos solos. Estabeleceu a diferença entre pressões totais efetivas e neutras. Criou a teoria do adensamento, aplicada a solos saturados. Concebeu e esquematizou ensaios e a respectiva aparelhagem e, sobretudo, fez sugestões para a interpretação dos resultados conseguidos e sua aplicação aos diferentes problemas práticos enfrentados pela mecânica dos solos”. Pelas meritórias contribuições, Terzaghi é considerado o pai da mecânica dos solos e da engenharia geotécnica definindo-a como: “A mecânica dos solos é a aplicação das leis da mecânica e da hidráulica aos problemas de engenharia relacionados com os sedimentos e outros depósitos não consolidados de partículas sólidas produzidas pela desintegração mecânica ou química das rochas, prescindindo do fato de conterem ou não elementos constituídos por substâncias orgânicas”.
Apresente os principais tipos de solos e rochas encontrados no brasil separados pela região. Apresente também a classificação de solos definida pela EMBRAPA.
O Brasil, em decorrência da sua grande extensão territorial, possui diversos tipos de solo. Se observamos diferentes paisagens brasileiras, verificaremos que os solos do país apresentam cor e textura diferentes em cada lugar observado. De acordo com o novo sistema de classificação de solos proposto pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil possui treze tipos de solo. São eles:
Argissolos: Caracterizam-se pelo acúmulo de argila no Horizonte B (uma das camadas do solo). Possuem certa variação de cores (vermelhos a amarelos) e baixa concentração de matéria orgânica. Depois dos latossolos, são o tipo de solo mais encontrado no país, com ocorrência em todos os estados, em áreas planas ou inclinadas (vertentes). Dependendo do material de origem, podem ser férteis ou pobres para a agricultura. Apresentam grande suscetibilidade para erosão, principalmente em áreas mais inclinadas.
Cambissolos: São solos que ainda não completaram seu estágio de formação, por isso, geralmente são rasos e com um horizonte B pouco desenvolvido. São muito comuns em todas as regiões do Brasil, principalmente em áreas mais inclinadas. Como são rasos e muito comuns em áreas inclinadas, também são muito suscetíveis à erosão.
Chernossolos: Solos muito férteis e com uma camada superficial (Horizonte A) muito rica em matéria orgânica e nutrientes para as plantas, como cálcio, magnésio e potássio. Em virtude da alta concentração de matéria orgânica, é comum encontrarmos exemplares desse tipo de solo com uma coloração preta. São comuns em regiões com grande disponibilidade de matéria orgânica e com grande quantidade de rochas ricas em cálcio, magnésio e potássio, como na região sudoeste dos Pampas.
Espodossolos: São solos arenosos, geralmente ácidos e sem muitos nutrientes para plantas em sua camada superficial, visto que o horizonte rico em matéria orgânica nesse tipo de solo é o B. São muito encontrados na Amazônia Ocidental, Centro-Sul de Roraima e em algumas regiões litorâneas, principalmente nos estados de Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
Gleissolos: Muito comuns em regiões costeiras e áreas de planícies fluviais do Brasil inteiro, como na região de Cáceres, Mato Grosso, que é banhada pelo Rio Paraguai. Os gleissolos caracterizam-se pela coloração acinzentada, que advém da lixiviação (“lavagem”) de minerais em virtude do constante contato com a água de rios, lagos ou da chuva.
Latossolos: São os solos mais abundantes no país, recobrindo cerca de 50% de toda a extensão territorial do Brasil. São muito antigos e intemperizados, de grande profundidade, porosos e permeáveis. Muito comuns em áreas planas, com práticas de adubação e calagem (aplicação de cal no solo para corrigir a acidez), os latossolos podem ser muito produtivos.
Luvissolos: Solos rasos e pouco profundos, com alta concentração de nutrientes (alumínio, cálcio, potássio, magnésio e sódio) e argila, além de serem, geralmente, revestidos por pedregulhos. São muito comuns no sertão nordestino ou em áreas de clima mais seco. Em virtude da alta concentração de sódio e da baixa quantidade de água, esse solo pode ficar com um aspecto endurecido, dificultando, assim, a penetração das raízes.
Neossolos: Solos jovens, pouco profundos e com baixa concentração de matéria orgânica. Apresentam grandes quantidades de cascalho e rochas não intemperizadas. São muito comuns na maior parte das áreas muito inclinadas do país e possuem um baixo potencial agrícola, em virtude do alto declive e da grande quantidade de cascalho.
Nitossolos: Solos profundos, bem drenados (com quantidade de água ideal) e uma grande quantidade de argila. São formados a partir de rochas magmáticas (basalto e diabásio), calcárias e, em alguns casos, por gnaisses e charnoquitos. Ocorrem em todos os estados do país, sendo muito encontrados na região Sul. No Paraná, são muito férteis; mas, em outros estados, necessitam de correçãode acidez e adubagem.
Organossolos: São solos geralmente ácidos que possuem alta concentração de matéria orgânica e alta saturação de água (está presente em áreas que podem permanecer alagadas durante grande parte do ano ou somente na época chuvosa). Em consequência de sua grande concentração de matéria orgânica, a cor desse solo varia entre preto, cinza muito escuro ou marrom. No Brasil, esse tipo de solo é muito encontrado em áreas alagadas (várzeas, banhados). Um dos lugares em que esse solo pode ser encontrado é na região de Macaé-RJ.
Planossolos: São solos pouco profundos que possuem uma camada superficial (horizonte A) arenosa e o seu interior (horizonte B) é rico em argila compactada. São muito comuns em áreas planas e em depressões ou várzeas. No Brasil, esse tipo de solo é muito encontrado no Rio Grande do Sul, no Pantanal e no Nordeste.
Plintossolos: Solos com grande concentração de ferro e ácido e típicos de zonas muito quentes e úmidas. Esse tipo de solo é encontrado nas regiões central e norte do Brasil, no Piauí e no Maranhão.
Vertissolos: Solos com alto teor de argila, pouco permeáveis e com uma alta concentração de nutrientes para as plantas. Ocorrem em áreas com pouca disponibilidade de água e caracterizam-se pela presença de rachaduras quando muito secos. São muito comuns em áreas de relevo plano a ondulado do Nordeste do Brasil, Sudeste do Rio Grande do Sul e em algumas áreas do Pantanal.
SILVA, Thamires Olimpia. “Principais tipos de solo no Brasil” Alunos on line. Disponível em < http://alunosonline.uol.com.br/geografia/principais-tipos-solo-brasil.html>. Acesso em 17 de agosto de 2017. 
Faça um resumo sobre “Origem e formação dos solos”
Os solos são materiais que resultam do intemperismo ou meteorização das rochas por desintegração mecânica ou decomposição química.
Por desintegração mecânica, através dos agentes como água, temperatura, vegetação e vento formam-se os pedregulhos e areias (solos de partículas grossas) e até mesmo os siltes (partículas intermediarias), e somente em condições especiais, as argilas (partículas finas).
Por decomposição química entende-se o processo em que há modificações químicas ou mineralógicas das rochas de origem. O principal a gente é a água e os mais importantes mecanismos de ataque são a oxidação, hidratação, carbonatação e os efeitos químicos da vegetação. As argilas representam o último produto do processo de decomposição.
Caputo, Homero Pinto, 1923-1990
Mecânica dos solos e suas aplicações, volume 1: fundamentos / Homero Pinto Caputo. – 6 ed.
Quais as principais patologias encontradas em uma obra relacionada ao solo. Apresente estudo de caso.
Quais os principais solos “problemáticos” encontrados na bahia / região metropolitano.
Os principais são manguezal que fica em ambiente de baixa energia, tem elevada quantidade de matéria orgânica e sais solúveis em decorrência do contato com o mar, tem cor acinzentada ou preta com predominância de frações mais finas como silte e argila. É um solo fraco consolidamente o solo de massapê que também tem grande predominância na Bahia é formada pela decomposição de rochas, como gnaisse escuro, calcários e filitos tem elevada presença de argila e cor escura e bastante fértil excelente para agricultura, porem considerado ruim para construção civil, por ser considerado solo mole. 
Estude e descreva a falha geológica encontrada entre a cidade baixa e a cidade alta em Salvador.
O movimento que formou o desnível de salvador ocorreu a mais ou menos 145 milhões de anos, no início do período cretáceo e as rochas que se deslocaram são datadas do período pré-cambriano. A falha geológica da cidade mede cerca de seis mil metros, considerando a baia de todos os santos e as camadas mais profundas. O desnível entre cidade alta e cidade baixa é uma grande falha geológica e ocorreu com mais destaque na borda da bacia do recôncavo. Para unir as áreas geologicamente separadas foram constituídas as ladeiras como as da Montanha, da Preguiça e da agua brusca e graças a engenharia e todos os avanços surgiram os guindastes dos padres, transformado no plano inclinado Gonçalves, o elevador do Taboão e elevador Lacerda, facilitando o deslocamento e o plano da falha é atravessado pelo túnel Américo.
Fonte:365 Salvador / blog cidade alta e baixa (endereços eletrônicos) 
Leia o artigo: patologias das fundações e apresente um resumo. Autor Thiago dias ribeiro.
O artigo busca mostrar as principais patologias encontradas nas fundações da construção civil, demonstrando cada tipo de solo adequado para cada fundação. O artigo em questão enfatiza a falta de controle na execução, sondagem de solo insuficiente e fundações inapropriadas podem captar a obra como um todo e foram as principais situações em que foram encontradas as patologias.
As fundações podem ser rasas ou profundas, depende das cargas que pretendem colocar ao solo, fazendo-se necessário projetos com a topografia da área, dados geotécnicos, dados da estrutura e construir e dados da estrutura vizinha para a partir desses dados definir fatores de segurança a serem aplicados as diferentes cargas.
O artigo fala também de recalque e seus efeitos, classificando-os entre danos estruturais, arquitetônicos e funcionais, avaliando assim o que pode ser admissível nas fundações nas fundações. As causas de recalque também são avaliadas e entre elas estão: rebaixamento do lençol freático, solos colapsáveis, escavações em áreas adjacentes a fundação, vibrações e escavações de tuneis. Diante do estudo é possível perceber que as fundações são responsáveis por rachaduras, fissuras ou trincas e outras lesões em prédio e o problema mais comum é o recalque diferencial que ocorre apresentando o desnível do edifício que começa a ficar fora do prumo.
O material apresenta os principais tipos de patologias decorrente da fundação e busca demonstrar como podem ser evitados, reduzindo o custo final da obra e aumentando a confiabilidade desta etapa.
Fonte: Artigo de Thiago Dias Ribeiro 
Apresente as fases em que é necessária investigação do subsolo ao realizar uma obra desde sua fase inicial até sua fase final.
Na fase inicial ocorre a análise preliminar determinando parâmetros que forneceram uma perspectiva do comportamento que o solo apresentara ao receber os esforços vindos da edificação.
Os métodos disponíveis para definição de características do solo (subsolos) são sondagens a trado, sondagens rotativas, refração sísmica, indução magnética, peças e soleiras.
Um dos mais utilizados atualmente é o SPT, onde ocorre a perfuração do solo até a profundidade estabelecida em projeto ou até encontrar um material de resistência elevada como a rocha é necessária medir a resistência da camada analisada e coletar amostra para analise em laboratório a cada metro durante a perfuração.
Fonte: engenharia em foco
Apresente a relação dos principais minerais encontrados na Bahia
Os principais minerais encontrados na Bahia são: ferro, níquel, ouro, bauxita, além de ser o maior produtor de uranio, cromo, sal-gema, Magnesita, talco e barita. Tem destaque também na produção de cobre, grafite e prata, ocupando segundo lugar nacional e terceiro maior produtor nacional de ouro, rochas ornamentais e gás natural.
Atualmente o estado conta com 340 empresas que atuam na mineração (isto em 2013).
Fonte: ibram 
Disponível em <https://www.passeidireto.com/arquivo/1196118/investigacao-geotecnica> acessado em 18 de agosto de 2017.

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