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Síntese Idade Moderna

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
MARIANA CARNIEL FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNTESE DA IDADE MODERNA 
Da Queda de Constantinopla à Revolução Francesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cachoeira do Sul 
2017 
Em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turco-otomanos após o 
declínio do Império Bizantino, iniciou-se o período histórico denominado Idade 
Moderna. A partir deste período, o mundo ocidental passa por grandes 
transformações nos aspectos econômico, social, político, religioso, filosófico, 
bem como significativas mudanças no âmbito do direito, até que em 1879, com 
a Revolução Francesa, fica marcada a transição para a Idade Contemporânea. 
Ainda na Idade Média, o cerceamento dos feudos por vilas 
especializadas em trocas comerciais denominadas burgos, faz surgir aos poucos 
uma nova ordem social de extrema importância para a Idade Moderna - a 
burguesia. Esta nova classe econômica e o crescimento das cidades afloram na 
sociedade medieval desgastada uma mudança na mentalidade das classes 
dirigentes e nas relações sociais do período, possibilitando no princípio da Idade 
Moderna o Renascimento Científico, Artístico e Cultural. 
Com o movimento renascentista ocorreu a retomada do conhecimento, 
os textos da Antiguidade Clássica tornaram a ser lidos, proporcionando o 
abandono dos métodos tradicionais de ensino proporcionados pela Igreja e 
substituindo o teocentrismo pelo antropocentrismo. A busca pelo saber científico 
levou à troca de conhecimento com outros povos, tornando possível também a 
expansão marítima à procura de novas rotas comerciais para satisfazer o 
aumento progressivo do comércio e a busca de novos consumidores, marcando 
o início do mercantilismo e das grandes navegações. 
Em meio a toda inovação ocorrida no período de transição entre a Idade 
Média e a Moderna, a aquisição de concepções aristotélicas e os estudos do 
direito romano e do corpus iuris civilis, surgiu a necessidade de uma nova ordem 
política e dessa maneira nasce a figura do Estado Moderno, um organismo 
político-administrativo com território e direito próprios. A manifestação do 
individualismo e a superação da hegemonia da Igreja no século XV 
fundamentam o desenvolvimento institucional que culminam na ascensão do 
absolutismo através das teorias contratualistas a partir do século XVI. 
O rei era o centro do absolutismo, configurava a autoridade máxima que 
detinha o poder a fim de manter a burocracia do Estado. O monarca possuía o 
controle da economia, o poder de elaboração das leis, bem como o dever de 
manutenção da justiça exercida pelo Tribunal Real, formado pela nobreza 
tradicional, ocupando um lugar superior aos tribunais locais. Esta concentração 
de poder tinha por objetivo caracterizar um Estado forte, aumentando a 
capacidade de expansão econômica através do mercantilismo e consequente 
acúmulo de riquezas, afinal o período é de ascensão do capitalismo. 
O crescimento das navegações comerciais levou aos Estados o 
conhecimento de novas terras, iniciando o processo de colonização. A inserção 
das colônias no mercado econômico aconteceu principalmente de duas 
maneiras: exploração e povoamento. Através da exploração eram retiradas as 
matérias primas para serem manufaturadas e assim retornarem ao mercado e 
serem consumidas pela população, aumentando o ciclo capitalista e fomentando 
mudanças que, posteriormente, culminariam na Revolução Industrial. 
Porém, esse sistema de exploração, incluindo altas taxas e impostos, 
supervalorização da nobreza e da realeza e os remanescentes privilégios da 
Igreja, começou a causar uma revolta na burguesia, classe social predominante 
e responsável pelo crescimento econômico. Com isso, surgiu com base nos 
preceitos renascentistas o Iluminismo, corrente filosófica que buscava a 
racionalidade, o saber científico e os direitos do ser humano. 
O movimento iluminista, impulsionado por Locke, Rousseau, Voltaire e 
Montesquieu, trouxe à luz da sociedade princípios fundamentais para o 
tratamento do ser humano. O resultado desta corrente iluminista do século XVIII 
foi o início dos movimentos liberais, iniciando-se com a independência das treze 
colônias em 1783 e atingindo seu ápice na Revolução Francesa em 1789, 
marcando o fim da Idade Moderna e o início da racionalidade e evolução do 
direito dos Estados da Idade Contemporânea. 
 Outras importantes transformações originaram-se através do 
iluminismo, como o constitucionalismo a partir da aprovação da Constituição dos 
Estados Unidos da América em 1787, a Declaração Universal do Direito dos 
Homens e do Cidadão em 1789 na França, definindo os direitos individuais e 
coletivos dos homens; e o Código Civil Francês de Napoleão Bonaparte em 
1804, baseado no direito romano e no corpus iuris civilis, influenciando todo o 
direito ocidental e sendo fundamental para o surgimento do Positivismo Jurídico.

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