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Carboidratos Alimentares Glicose Glicose-6-fosfato Glicose-1-fosfatoGlicogênio Glicólise(via Embdeneyerhof) Ácido Pirúvico Ciclo de Krebs Cadeia respiratória Produção de CO2 e H 2O e ENERGIA (ATP) Glicose Glicogênio= Glicogenossíntese Glicogênio Glicose = Glicogenólise Metabolismo de Carboidratos Via Glicolítica Quebra Controlada Duas fases: Preparação: coleta de hexoses até GAP Investimento divisão Pagamento 1ª Enzima - Hexocinase Esta enzima, presente em todas as nossas células, apresenta diferentes isoformas no nosso organismo e é o primeiro ponto de regulação da glicólise. De uma maneira geral, independentemente da isoforma considerada, a sua massa é de cerca de 100kDa. É uma enzima que estruturalmente pode ser dividida em duas metades com bastante homologia, a metade N-terminal e a metade C-terminal. Devido a esta característica, pensa-se que o gene desta enzima possa ter surgido por duplicação de um gene ancestral. A estrutura 3D da hexocinase pode ser comparada à concha de um bivalve... Existem 4 isoformas principais da hexocinase (I-IV), sendo que a quarta pode também ser designada por glucocinase (ou hexocinase D), e é encontrada essencialmente no fígado. A glucocinase apresenta propriedades cinéticas e regulatórias significativamente diferentes das restantes isoformas. As hexocinases I-III possuem uma afinidade muito elevada para a glucose (Km para a glucose é de cerca de 0,1mM), sendo que para valores normais de concentração de glucose (4-5mM) a enzima encontra-se saturada com substrato. Isto é, a quantidade de substrato disponível é suficiente para que a enzima possa funcionar à sua velocidade máxima. Por outro lado, a glucocinase apresenta um Km muito superior (10mM), o que significa que em condições normais a enzima está longe da saturação com substrato. Podem estar neste momento a perguntar: "Qual é o interesse desta situação? Era muito mais vantajoso ter uma enzima a funcionar à sua velocidade máxima!" A resposta a essa questão é muito simples... A função da glucocinase é de produzir glucose-6-P que depois será principalmente desviada para a síntese de glicogénio hepático. Ora, só faz sentido nós sintetizarmos glicogénio quando temos muita disponibilidade de glucose. Portanto, a glucocinase só vai começar a funcionar a uma velocidade superior se existir um aumento da disponibilidade do substrato. Por outras palavras, ao contrário do que acontece com as restantes hexocinases, quando mais elevada for a concentração de glucose maior a velocidade de actuação da glucocinase. O principal substrato da hexocinase é a D-glucose, mas também pode usar como substrato outras hexoses, como é o caso da D-frutose e D-manose. No entanto, o valor de Km para esses substratos é superior, ou seja, a enzima pode utilizá-los mas apresenta menos afinidade para os mesmos. Esta situação ocorre principalmente paras as hexocinase I-III, sendo que a glucocinase é mais específica para a glucose. O mecanismo de actuação da hexocinase é designado por Random Bi Bi, no qual a enzima forma um complexo ternário com a glucose e com o Mg2+-ATP, antes da reacção ocorrer. Efectua uma catálise por efeito de proximidade. 2ª Enzima - Fosfohexose isomerase Esta enzima apresenta uma actividade extremamente dependente do pH, o que sugere um mecanismo de actuação envolvendo cadeias laterais carregadas de aminoácidos no seu centro activo. De facto, a presença de um glutamato e de uma lisina no centro activo da fosfohexose isomerase é indispensável para a actividade catalítica da mesma. Esta enzima é altamente esteroespecífica. 3ª Enzima - Fosfofrutocinase-1 (PFK-1) A PFK-1 é a segunda enzima regulatória da glicólise, sendo o seu principal ponto de regulação. Apresenta uma certa analogia com a hexocinase, pois a reacção que catalisa é idêntica à primeira reacção da glicólise. A nível estrutural, apresenta-se como um homotetrâmero. Existe uma outra PFK, a PFK-2, que não actua directamente na glicólise, mas é fundamental para a sua regulação, pois controla os níveis de frutose-2,6-bisfosfato, um importante activador da PFK-1 4ª Enzima - Aldolase Esta enzima é altamente esteroespecífica. Apresenta 3 diferentes isoformas (A, B e C), cuja expressão varia durante o desenvolvimento do organismo. A principal isoforma nos humanos é a A. Na glicólise, a aldolase catalisa uma reacção designada por retro-condensação aldólica. Existem 2 resíduos de aminoácidos indispensáveis para a actuação da enzima, uma lisina e uma cisteína. 6ª Enzima - Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase Esta enzima, muitas vezes abreviada de GAPDH, apresenta-se sob a forma de um tetrâmero. Cada subunidade possui cerca de 35,9kDa (331 aminoácidos) e apresenta como cofactor uma molécula de NAD+. As subunidades são designadas por O, P, Q e R e são independentes umas das outras. Ou seja, cada subunidade catalisa a sua reacção sem a intervenção das restantes. Tal como descrito no post sobre as reacções da fase payoff, a reacção que esta enzima catalisa é dupla, envolvendo uma oxidação e uma adição de um grupo fosfato. É uma enzima que pode ser afectada pela presença de arsénio no nosso organismo, levando a que o rendimento da glicólise passe a ser nulo. O seu mecanismo de actuação envolve simultaneamente uma catálise covalente e ácido-base. Para tal, é indispensável a participação da cisteína 149 e da histidina 176 para os dois tipos de catálise, resectivamente. O substrato liga-se covalentemente à cisteína, formando um hemitioacetal. A nível laboratorial esta enzima é amplamente utilizada (eu também a utilizo...) como um controlo positivo em técnicas como immunoblotting ou RT-PCR, pois de uma maneira geral a sua expressão é constante em quase todos os tipos celulares. Por isso, é possível determinar alterações na expressão de determinado gene ou na presença de determinadaproteína, comparando-acom os níveis de GAPDH. Esta enzima necessita de Mg2+ para efectuar a sua actividade catalítica. O nome da enzima deriva da reacção no sentido reverso, que ocorre durante a fixação fotossintética de CO2. É a responsável pela produção das primeiras moléculas de ATP na glicólise. A sua sequência de aminoácidos apresenta-se extremamente conservada em diferentes organismos. A enzima é monomérica, composta por dois domínios de tamanhos equivalentes, que corresponde às metades N- e C-terminal. O substrato (1,3- bisfosfoglicerato) liga-se à primeira metade, enquanto que o ADP se liga à segunda. Apresenta um mecanismo de cinética sequencial, em que a catálise de dá por efeitos de proximidade. 7ª Enzima - Fosfoglicerato cinase A fosfoglicerato mutase é dimérica, sendo que cada uma das suas subunidades tem cerca de 32kDa. Conforme o nome indica, esta enzima é uma mutase, ou seja, catalisa a transferência de grupos fosforilo dentro de uma molécula. Por outras palavras, muda os grupos fosforilo de posição. Na realidade, a enzima encontra-se fosforilada (é uma fosfoenzima), e vai ceder o seu grupo fosforilo ao carbono 2 do substrato, originando um intermediário com 2 grupos fosforilo (2,3-bisfosfoglicerato). 8ª Enzima - Fosfoglicerato mutase Só depois desse passo ocorrer é que o grupo fosforilo que se encontrava inicialmente no substrato (na posição 3) é removido, regenerando a forma inicial (fosforilada) da enzima. A fosfoglicerato mutase possui 3 diferentes isoformas (isozimas, ou isoenzimas), sendo que uma delas é predominantemente encontrada no músculo cardíaco, outra no músculo esquelético e a terceira nos restantes tecidos. Os 2 ions Mg2+ necessários para a atividade catalítica são fundamentais na neutralizaçãode cargas negativas. Esta enzima apresenta um pH óptimo de cerca de 6,5, e pode ser também designada por fosfopiruvato desidratase. Foi incialmente descoberta em 1934, pelos investigadores Lohmann e Meyerhof. Tal como aconteceu com a enzima anterior, a enolase também possui 3 isoformas diferentes, sendo que uma é predominantemente encontrada no tecido muscular, outra nos neurónios e outra nas restantes partes do organismo. A enolase é inibida pelo ião fluoreto, sendo que este facto é explorado, por exemplo, quando se fazem colheitas de sangue para análise. Nesse caso, quando é importante inibir a glicólise (para manter a concentração de glucose sanguínea inalterada), o sangue pode ser recolhido em tubos que contêm fluoreto. 9ª Enzima - Enolase A enolase é uma metaloenzima dimérica, sendo que cada subunidade possui cerca de 40- 50kDa. Essas subunidades apresentam uma orientação antiparalela, interatuando uma com a outra através de 2 pontes salinas, envolvendo uma arginina e um glutamato cada. O domínio N- terminal das subunidades possui 3 alfa-hélices e 4 folhas beta. O domínio C-terminal possui 2 folhas beta e 2 alfa-hélices, sendo que termina com um barril composto por folhas beta e alfa-hélices alternadas. Esta enzima é responsável pela segunda produção de ATP na glicólise e é a terceira enzima regulatória dessa via metabólica. Necessita de 2 iões metálicos para funcionar: K+ e Mg2+ (ou Mn2+). Apresenta 4 diferentes isoformas, uma predominantemente localizada no fígado, outra nos glóbulos vermelhos, outra no músculo esquelético e cardíaco e cérebro e a última é essencialmente encontrada em tecidos fetais. É uma enzima tetramérica, sendo que cada subunidade apresenta cerca de 500 aminoácidos. 10ª Enzima - Piruvato cinase Investimento. Divisão. Pagamento Respiração e fermentação Via aeróbica Piruvato acetil-CoA CO2 e ATP Via anaeróbica Fermentação alcoólica Fermentação lática Inibidores 2-deoxi-glicose Reagentes sulfidrila (Hg) Gap-DH Fluoreto: Enolase Arsenato Estratégias regulatórias para o metabolismo da glicose 1 – Regulação da transcrição da enzima = [E]t 2 - Isozimes: Hexokinase e Glucokinase 3 – Modulação alostérica 4 – Modulação Covalente 5 - proteólise 06.4.5 26 Regulação da Glicólise Nas reações consideradas irreversíveis no sentido da glicólise: 3 reações mais exergônicas PFK (ou PFK-1): reação de etapa limitante. Regulação da glicólise Hexoquinase: inibida pelo produto Glicoquinase: não inibida pelo produto Figure 2. Regulation of glucokinase and hexokinase Glucose-6-phosphate Hexokinase ADP ATP Hexose e.g.,glucose, fructose, galactose induced by Insulin in liver Feedback inhibition by glucose-6-P Glucose (liver; pancreas) Glucokinase Fosfofrutocinase (PFK-1) Perpetua a glicólise Efetores alostéricos (-) ATP, Citrato, H+ (pH ácido); (+) AMP, Frutose 2, 6 difosfato, Pi ATP, AMP e Pi = estado de energia; Ambiente interno (pH) Citrato é sinal de combustíveis alternativos. Frutose 2,6 difosfato (razão insulina /glucacon Teorema do croosover Efeito Paster (sobre a PFK-1) Anaeróbico: velocidade da glicólise (20x) Aeróbico: inibição da via glicolítica pela presença do O2. [ATP] inibi a glicólise? Não no nível esperado; pois [ATP] no músculo cardíaco c/ e s/ O2 é de 4,7 e 5,6 mol/g. [ATP], [ADP] e [Pi] = cte Reação: 2ADP ATP + AMP (nucleosídeo monofosfato) Keq = [ATP][AMP]/[ADP] 2 ; [AMP]=keq[ADP] 2/[ATP]; Pequeno aumento do ATP leva a mais significativa diminuição do AMP (desativando a enzima).. AMP excelente sinal estado de energia celular para PFK-1 Efeito do pH Diminuição da fermentação o pH (menor [H+]). Retirando a inibição por H+ da PFK-1 Então na presença de O2 a velocidade da glicólise também aumente. Lactato é exportado (antiporte) com OH- e (simporte) com H+. Modo de aumentar a velocidade da glicólise Papel da frutose 2, 6 difosfatos (Fru2,6P2) na regulação da PFK-1 PFK-2 (Fosfofrutocinase-2) Fru-6P + ATP -> Fru2,6P2 + ADP PFK-2 ativado alostericamente por Fru-6P Fru-6P alta concentração durante a alimentação PFK-2 enzima ativa = defosforilada Insulina induz a fosfatase Glucagon (cAMP) activa Cinase para inativar PFK-2 ativa => [F2,6P2] => ativa PFK-1 => glicólise velocidade. Enzima bifuncional: tem PFK-2 e frutose difosfato fosfatase-2 (FBPase) na mesma estrutura. De-fosforilada: ativa PFK-2 e inibi a FBPase Fosforilada: inibi a PFK-2 e ativa a FBPase Piruvato cinase (PyrK) Indução de síntese PyrK e glicocinase: síntese induzida por alta concentração de insulina e portanto de carboidratos. Portanto, quando aumenta glucagon ocorre degradação desta enzimas. Inibidores da glicólise 2-deoxi-glicose: inibidor competitivo da hexocinase. O produto não é usado na próxima reação. Metais pesados e alquilantes reagem com o grupamento SH do sítio ativo da GAPDH. Fluoreto inibe a enolase: formação de complexo iônico com Mg2+ e Pi que inbi o sítio de ligação do substrato: Mg2+ e 2-PG Arsenato: imita Pi (na reação da GAPDH) e o substitui formando um intermediário instável. Líquida glicólise so produz 2ATPs. Arsenato também reage com cofator ácido lipóico (inibe irreversívelmente PDH, e outras Arsenato também reage com cofator ácido lipóico (inibe irreversívelmente PDH, e outras Caso especial: oxidação alcoólica Álcool desidrogenase (citossolica) Etanol + NAD+ acetaldeido + NADH + H+ Acetaldeido desidrogenase Acetaldeido + NAD+ ácido acético + NADH + H+ Capacidade de oxidar etanol ligada às lançadeiras. Vai ser consumido nas lançadeiras mitocondriais apenas. Atravessa a MIM Formação de glucoronideos UDP-glucorônico usado para conjugar com compostos a serem eliminados, tais como medicamentos, bilirrubina; pois formam compostos solúveis. UDP-glucorônico + R-OH R-O-glucorônico + UDP. UDP-glicose + 2 NAD+ + H2O UDP- glucorônico + NADH + H+ Misturar álcool e drogas produção de NADH acima da capacidade das lançadeiras Barbituricos x alcoólatras. Ambos efeito sobre o SNC Morte certa! Etanol inibe a degradação do barbitúrico pois inibe a hidroxilação deste em sistema específico de transporte de elétrons que utiliza NADPH. Prolonga a estadia do barbitúrico. O alcoólatra sóbrio menos sensível ao Barbitúrico. O etanol deixa o SNC insensível e aumenta a cadeia de transporte de elétrons que utiliza NADPH.
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