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BIOQUÍMICA CELULAR Estudo das Proteínas • Como as sequências de aminoácidos especificam a conformação e, logo, a função das proteínas? • Como as proteínas individuais se ligam a substratos específicos e a outras moléculas? • Como medeiam a catálise e transduzem energia e informação? Proteínas Ampla gama de funções • Milhares de proteínas • Enovelamentos tridimensionais característicos • Interação com uma grande quantidade de moléculas • Purificação da proteína de interesse (solubilidade, tamanho, carga e propriedades de ligação) Avaliar a estrutura e função da proteína sem efeito de contaminantes • Determinação da sequência de aminoácidos sequenciamento automatizado de peptídios, utilização de métodos de DNA recombinante (sequências de proteínas deduzidas a partir das sequências de genomas), utilização de bancos de dados (a determinação de um trecho permite a identificação da proteína correspondente no banco de dados), espectrometria de massa (identificação por meio da comparação de massas) • Determinação da função em um contexto fisiológico Localização e quantificação in vivo por meio de anticorpos • Os peptídios e as proteínas podem ser quimicamente sintetizados, fornecendo ferramentas para a pesquisa, e, em alguns casos, proteínas altamente purificadas são usadas como medicamentos. • Elucidação da estrutura tridimensional para determinação da função (cristalografia por raios X e a espectroscopia de ressonância magnética (RM)). Estudo das proteínas Purificação de proteínas Como um bioquímico é capaz de isolar uma proteína em particular de uma mistura complexa de proteínas? A mistura impura do material inicial é submetida a uma série de separações baseadas nas propriedades físicas da proteína, como tamanho e carga. Monitoramento do sucesso da purificação: o bioquímico precisa de um teste para alguma propriedade característica única que identifique a proteína. Ensaio absorve luz a 340 nm Medida da atividade enzimática: observação da capacidade absortiva de luz que a amostra desenvolve em um dado período de tempo A quantidade de proteína presente na mistura do ensaio também deve ser analisada para saber se o esquema de purificação está funcionando Purificação de proteínas Como um bioquímico é capaz de isolar uma proteína em particular de uma mistura complexa de proteínas? • Com estes dois dados experimentais – atividade enzimática e concentração proteica – podemos então calcular a atividade específica – a razão da atividade enzimática e a quantidade de proteína na mistura. • Idealmente, a atividade específica aumenta à medida que a purificação continua, e a mistura de proteínas do ensaio é cada vez mais constituída pela lactato desidrogenase. • O objetivo geral da purificação é maximizar a atividade específica. Para uma enzima pura, a atividade enzimática específica terá um valor constante Centrifugação diferencial As proteínas podem ser purificadas de acordo com a solubilidade, tamanho, carga e afinidade de ligação • As misturas de proteínas são submetidas a uma série de separações, cada uma baseada em uma propriedade diferente. • Em cada etapa da purificação, a preparação é ensaiada e sua atividade específica, determinada. • Uma variedade de técnicas de purificação está disponível. Precipitação (salting out). A maioria das proteínas são menos solúveis em altas concentrações de sal, um efeito conhecido como salting out. A concentração de sal na qual uma proteína precipita difere de uma proteína para a outra, de modo que esta técnica pode ser utilizada para fracioná-las. Diálise pode ser usada para remover o sal. Purificação de proteínas Cromatografia de filtração em gel. Tem como base o tamanho das proteínas, Uma mistura de proteínas em um pequeno volume é aplicada a uma coluna preenchida com grãos porosos. Como proteínas grandes não podem ter acesso ao volume interno dos grãos, elas emergem antes que as pequenas. Purificação de proteínas Cromatografia de troca iônica: Separa as proteínas principalmente por sua carga total Purificação de proteínas A proteína ligada pode ser eluída (liberada) pelo aumento da concentração de cloreto de sódio no tampão de eluição; os íons de sódio competem com os grupos com carga positiva na proteína pela ligação à coluna. Cromatografia de afinidade: Se aproveita da alta afinidade que muitas proteínas exibem a grupos químicos específicos. Purificação de proteínas A cromatografia de afinidade da concanavalina A (mostrada em amarelo) em um suporte sólido contendo resíduos de glicose (G) covalentemente ligados. Usada para o isolamento de fatores de transcrição – proteínas que regulam a expressão gênica ao se ligarem a sequências específicas do DNA. Uma mistura de proteínas é percolada por uma coluna contendo sequências específicas de DNA ligadas à matriz; as proteínas com alta afinidade pela sequência se ligarão e serão retidas. Neste caso, o fator de transcrição é liberado lavando-se a coluna com uma solução com alta concentração de sal Purificação de proteínas • Os materiais das colunas são muito mais bem divididos e, como consequência, possuem mais sítios de interação e assim têm mais poder de resolução. • Um detector que monitora a absorbância do material eluído em um comprimento de onda em particular é colocado imediatamente após a coluna. • As proteínas são detectadas ajustando o detector a 220 nm (o comprimento de onda característico de absorbância da ligação peptídica). Cromatografia líquida de alta pressão (HPLC, do inglês high-pressure liquid chromatography): versão melhorada das técnicas de colunas. A filtração em gel pelo HPLC define proteínas individuais porque tem maior poder de resolução: (1) tireoglobulina (669 kDa), (2) catalase (232 kDa), (3) albumina sérica bovina (67 kDa), (4) ovoalbumina (43 kDa), e (5) ribonuclease (13,4 kDa). Como podemos dizer se um esquema de purificação é eficiente? • Aumento da atividade específica a cada etapa da purificação. • Dimuição do número de proteínas diferentes em cada a cada etapa de purificação: eletroforese As proteínas podem ser separadas por eletroforese em gel e reveladas Com uma micropipeta, soluções de proteínas nos pequenos “poços” da lâmina O complexo SDS (dodecil sulfato de sódio)–proteínas, negativamente carregado, migra na direção do anodo, na base do gel A ação filtradora do gel poroso de poliacrilamida separa as proteínas de acordo com o tamanho, com as menores se movendo mais rapidamente Uma tampa é então disposta em cima da câmara do gel e a voltagem é aplicada. As proteínas podem ser separadas por eletroforese em gel e reveladas As proteínas no gel podem ser visualizadas por meio da coloração com prata ou corantes como o azul de Coomassie. As proteínas também podem ser separadas eletroforeticamente de acordo com seus conteúdos relativos de resíduos ácidos ou básicos método de separação de proteínas de acordo com seus pontos isoelétricos. Ponto isoelétrico (pI): pH no qual a carga total da proteína é zero. As proteínas formam bandas que podem ser retiradas e usadas para experimentos adicionais Focalização isoelétrica Um gradiente de pH é estabelecido em um gel antes da utilização da amostra A amostra é colocada e a voltagem, aplicada. As proteínas migram para seu pH isoelétrico, o local onde elas não têm carga elétrica líquida (posição no gel na qual o pH é igual ao pI da proteína) Eletroforese bidimensional em gel Uma amostra de proteína é fracionada em uma dimensão pela focalização isoelétrica O gel da focalização isoelétrica é então acoplado ao gel de SDS- poliacrilamida e a eletroforeseé executada na segunda dimensão, perpendicular à separação original As proteínas com o mesmo pI são agora separadas com base em sua massa. As proteínas foram inicialmente separadas de acordo com seu pH isoelétrico na direção horizontal e então por sua massa aparente na direção vertical Alterações nos níveis de proteína detectadas pela eletroforese bidimensional em gel Análise eletroforética da purificação de uma proteína As sequências de aminoácidos das proteínas podem ser determinadas experimentalmente • O peptídio é hidrolisado em seus aminoácidos ,que podem ser separados pela cromatografia de troca iônica. • A identidade de cada aminoácido é revelada por seu volume de eluição, que é o volume de tampão usado para remover o aminoácido da coluna, e sua quantidade é revelada pela reação com um corante indicador como ninidrina ou fluorescamina. • Após a conjugação com o indicador, o aminoácido exibe uma cor com a intensidade proporcional a sua concentração. Composição de aminoácidos do peptídio. Cliva o resíduo aminoterminal de um peptídio sem desfazer as ligações peptídicas entre os outros resíduos de aminoácidos Sob condições levemente ácidas, um derivado cíclico do aminoácido terminal é liberado, o que deixa intacto o peptídio encurtado em um aminoácido O fenil isotiocianato reage com o grupo aminoterminal não carregado de um peptídio para formar um derivado feniltiocarbamoil. Degradação de Edman Por meio de degradações de Edman repetitivas, a sequência de aminoácidos de cerca de 50 resíduos em uma proteína pode ser determinada. • Os PTH-aminoácidos podem ser rapidamente separados por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC). • Um aminoácido desconhecido pode ser identificado por sua posição de eluição, em comparação com aqueles conhecidos. Sequenciadores automatizados As proteínas podem ser fragmentadas em pequenos peptídios para facilitar sua análise Quebram o arcabouço proteico em resíduos de aminoácidos específicos, de uma maneira conhecida As proteínas podem ser fragmentadas em pequenos peptídios para facilitar sua análise A imunologia fornece técnicas importantes para a investigação das proteínas Ensaio enzimático imunoabsorvente (ELISA, do inglês enzyme-linked immunosorbent assay) Western blotting possibilita a detecção de proteínas separadas por eletroforese em gel Marcadores fluorescentes tornam possível a visualização de proteínas celulares Os espectrômetros de massa operam por meio da conversão das moléculas de analitos em formas gasosas, carregadas (íons em fase gasosa). Por meio da aplicação de potenciais eletrostáticos, a razão de massa de cada íon e sua carga (a razão massa-paracarga, ou m/z) pode ser medida. Espectrômetros de massa Espectrometria de massa sequencial (tandem) Peptideos sintéticos Elucidação da estrutura tridimensional
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