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Roteiro de estudos Estou supondo que os matriculados nessa turma ja´ tenham assistido aulas de Ca´lculo III. Assim, este guia de leitura do livro e´ baseado nessa concepc¸a˜o. A ideia da integral dupla em coordenadas cartesianas na˜o deve apresentar dificuldades: e´ basicamente a mesma ideia utilizada ao se definir a integral no Ca´lculo I. Da Sec¸a˜o 15.1 precisamos fundamentalmente das propriedades da integral dupla. (Note que todas elas sa˜o “naturais”, de modo que elas na˜o precisam ser decoradas: simples aplicac¸a˜o de bom senso.) A Sec¸a˜o 15.2 apresenta integrais iteradas e, com isso, o Teorema de Fubini. Veja, no Exem- plo 1, como o Teorema de Fubini para func¸o˜es contı´nuas em um retaˆngulo e´ simples. Estude enta˜o, pela ordem os Exemplos 2, 3 e 4. (Em geral, os exemplos do livro do Stewart sa˜o muito bem escolhidos e apresentam grau crescente de dificuldade. Nunca deixe de estudar os exemplos desse livro.) Agora vem a passagem para regio˜es gerais, isso e´, regio˜es que na˜o sa˜o retaˆngulos, na Sec¸a˜o 15.3. Vou fazer uma pequena narrativa, incorreta historicamente, mas muito elucidativa: su- ponhamos novamente que queremos integrar em um retaˆngulo, mas sem supor que a func¸a˜o integrada f (x, y) e´ contı´nua em todo o retaˆngulo. Neste caso, foram encontrados exemplos mostrando que o teorema de Fubini e´ falso, isto e´, contraexemplos. Estudando mais profun- damente esses contraexemplos, enta˜o se percebeu que, se a func¸a˜o f (x, y) fosse descontı´nua em um nu´mero finito de curvas bem comportadas (na˜o vou dizer qual e´ o significado de curva bem comportada!), o Teorema de Fubini era va´lido. Mas como enta˜o passar para regio˜es limitadas gerais? Vamos supor que tenhamos uma regia˜o geral D e que o integrando f (x, y) seja contı´nuo, exceto talvez em um nu´mero finito de curvas bem comportadas que esta˜o dentro de D. A resposta de nossa pergunta e´ surpreendentemente simples: se essa regia˜o geral D for de- limitada por uma curva bem comportada (em termos de engenharia, todas as curvas “pra´ticas” sa˜o bem comportadas), enta˜o basta envolver essa regia˜o por um retaˆngulo R suficientemente grande e definir uma nova func¸a˜o F: F(x, y) = { f (x, y), se (x, y) ∈ D, 0, se (x, y) ∈ R \ D. Ou seja, a nova func¸a˜o F e´ exatamente igual a` func¸a˜o f nos pontos da regia˜o D e igual a 0 nos pontos de R que na˜o esta˜o em D. Onde essa func¸a˜o F e´ descontı´nua? Certamente em todos os pontos em que f ja´ era descontı´nua, isso e´, em um nu´mero finito de curvas bem comportadas. E onde mais? Pos- sivelmente em todos os pontos da fronteira de D, que e´ uma curva bem comportada por hipo´tese. Ou seja, temos um nu´mero finito k de curvas dentro de D em que f (e portanto F) e´ descontı´nua e, ale´m disso, uma curva formada pela fronteira de D, em que F pode ser descontı´nua! Ou seja, temos o nu´mero finito k + 1 de curvas onde F pode ser descontı´nua, todas essas curvas sendo bem comportadas! Enta˜o o Teorema de Fubini pode ser aplicado a` func¸a˜o F. Fazendo isso, chegamos ao resultado que podemos aplicar o Teorema de Fubini a` func¸a˜o f , pois ∫∫ D f (x, y)dxdy = ∫∫ R F(x, y)dxdy. (Veja a discussa˜o sobre regio˜es do tipo I e II para que este ponto fique mais claro.) Estude os exemplos 1 a 5 da Sec¸a˜o 5.3 e passe os olhos nas propriedades da integral dupla, dando especial importaˆncia a`quela numerada por 10:∫∫ D 1dA = A(D), a a´rea de D. Ou seja, integrais duplas calculam a´reas! Para o estudo de integrais duplas em coordenadas polares, fac¸a antes uma revisa˜o ra´pida de coordenadas polares. Para isso, antes de mais nada, esboce o gra´fico de r = 2 cos θ, estabe- lecendo a variac¸a˜o de r e θ. Feito isso, comece a estudar a Sec¸a˜o 15.4. Veja a justificativa da expressa˜o do elemento de a´rea em coordenadas polares: dA = rdrdθ (essa ordem sempre sera´ mantida). Estude enta˜o, cuidadosamente, os Exemplos de 1 a 5. Da Sec¸a˜o 15.5 so´ queremos o primeiro tema: densidade e massa ou, o que e´ o mesmo, densidade e carga. Na˜o estudaremos momentos, centro de massa etc. Essa e´ a mate´ria da primeira prova.
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