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Resumo Semiologia 1

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SEMIOLOGIA 
Conceitos importantes 
 
1 - Sinais 
Sinal vem do latim “signalis”, que significa manifestação, indício ou vestígio. Os sinais 
são manifestações clínicas visíveis e perceptíveis pelo profissional, através de seus 
sentidos naturais. 
Exs.: Mobilidade dental, tumefação na face (abcesso, tumor), úlceras na mucosa bucal 
(aftas), mal hálito, etc. 
 
2 - Sintomas 
Sintoma origina-se do grego “sympitien”, que significa acontecer. São manifestações 
subjetivas percebidas pelo paciente e relatadas ao profissional. 
Ex.: dor, náusea, cansaço, prurido, dormência, etc. 
 
3 - Quadro clínico 
Representa um conjunto de sinais e sintomas presentes em uma determinada doença. 
Ex.: disfunção temporomandibular. 
 
- Sistemática do Exame Clínico 
 
O objetivo do exame clínico é a colheita de dados que constituirão a base do 
diagnóstico. Para um bom exame clínico exige-se: apuro dos sentidos, capacidade de 
observação, bom senso, critério e discernimento, além do conhecimento básico sobre a 
doença. É importante realizar de forma criteriosa o preenchimento da ficha clínica. 
 
- O exame clínico divide-se em: 
 
I - Anamnese 
II - Exame físico 
 
I - Anamnese 
 
O termo anamnese vem do grego “anamnésis”, que significa recordação, reminiscência 
e indica tudo o que se refere à manifestação dos sintomas da doença, desde suas 
manifestações prodrômicas (do início da doença) até o momento do exame. Deve ser 
realizada de maneira descontraída e de forma a criar vínculo entre o paciente e o 
profissional. Deve ser realizada em ambiente tranquilo com um diálogo em voz baixa e o 
profissional portando apenas ficha e caneta nas mãos. É importante ao profissional 
durante a anamnese: 
 
a) o diálogo franco entre examinador e o doente; 
b) a disposição para ouvir, deixando o paciente falar a vontade, interrompendo-o mínimo 
possível; 
c) demonstrar interesse não só pelos problemas do paciente, mas por ele, como pessoa; 
d) possuir conhecimento científico, controle emocional, dignidade, bondade, afabilidade 
e boas maneiras, a fim de obter um relato completo e poder chegar a um diagnóstico. 
 
Técnicas de anamnese 
Basicamente são duas as técnicas utilizadas na anamnese: 
 
- técnica do interrogatório cruzado: O examinador conduz as perguntas: sente dor? 
onde? há quanto tempo?, etc. 
Esta técnica procura identificar os sintomas. 
 
- técnica de escuta: O paciente tem a capacidade de relatar com as próprias palavras 
suas preocupações pessoais. 
 
Estas duas técnicas não são de todo independentes. Frequentemente se juntam e se 
justapõem. As diversas fases do interrogatório que constitui a anamnese são as 
seguintes: 
 
1 - IDENTIFICAÇÃO 
 
A identificação do paciente pode ser realizada tanto pelo profissional, como por pessoal 
auxiliar. É recomendado, sempre que possível, que os elementos de identificação sejam 
tomados por um auxiliar antes que o paciente entre em contato com o profissional. Tal 
prática permite que se tenha uma primeira noção de quem atenderá, facilitando 
entabular aquela conversa inicial tão importante para o relacionamento 
profissional/paciente. Na identificação, os seguintes elementos devem ser considerados: 
 
a) Nome: o nome completo do paciente, além de permitir o arquivamento do prontuário, 
estabelece uma relação afetiva e de confiança do paciente para com o examinador. 
 
b) Endereço: o endereço completo, inclusive com o telefone, é uma necessidade para 
garantir comunicação imediata com o paciente, em casos de complementação de 
informações, mudança de horário de consulta, cancelamento ou qualquer outro tipo de 
contato urgente. 
 
c) Idade: é importante o conhecimento da idade, pois existem certas doenças que 
incidem com maior frequência em determinadas faixas etárias. Por exemplo, a 
ocorrência de cárie dentária é mais frequente na infância e puberdade, ao passo que a 
doença periodontal é característica da idade adulta. 
 
d) Estado Civil: deve ser referido com veracidade o solteiro, o casado, o viúvo, o 
desquitado e o divorciado, principalmente no que diz respeito a problemática psicológica 
que poderá intervir conforme o estado civil. "Indivíduos de ambos os sexos, conforme o 
estado civil", poderão apresentar conflitos emocionais decorrentes de vida instintiva 
sexual ou erótica, e também, as decorrentes da vida intelectual em seus múltiplos 
aspectos: ideal, vocação, econômico-financeiro, relação com o meio familiar, social e 
profissional “Vieira Romeiro, J. - Semiologia médica ". 
 
e) Sexo: existe predileção de certas doenças por um dos sexos. O sexo feminino é mais 
predisposto à ulceração aftosa recorrente e ao hiperparatireoidismo; a 
paracocidioidomicose, ao contrário, predomina intensamente no sexo masculino. 
 
f) Cor: há determinadas afecções mais comuns de acordo com a raça. Carcinomas de 
pele são mais freqüentes em indivíduos de cor clara. As displasias fibrosas são mais 
comuns em negros. 
 
g) Profissão: Certas profissões podem predispor o indivíduo a determinadas doenças. 
Assim, os confeiteiros, em virtude da impregnação do ambiente por poeiras amiláceas, 
estão sujeitos a surtos de cáries atípicas que se instalam em regiões do dente 
relativamente imunes ao processo (cárie de confeiteiro). A queilite actínica e os 
carcinomas da pele da face são freqüentes em lavradores, marinheiros e pescadores, 
particularmente nos portadores de tez clara. 
 
h) Procedência: deve ser referida sempre, em razão da existência de zonas endêmicas 
ou epidêmicas de determinadas moléstias como a doença de Chagas, pênfigo vulgar 
etc. 
 
 
2 - QUEIXA PRINCIPAL (QP) OU MOTIVO DA CONSULTA (MC) 
 
Representa o motivo fundamental que levou o paciente à consulta e pode ser 
representada pela presença de indícios de anormalidade (um ou mais sinais e/ou 
sintomas), evolução não satisfatória de algum tratamento realizado que leva o paciente a 
procurar outro profissional ou, ainda, uma simples consulta de rotina sem sintomatologia 
presente. Sempre que possível o relato da queixa deve ser registrado com as próprias 
palavras do paciente, desde que razoavelmente inteligíveis e não excessivamente 
prolixas. 
 
3 - HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (H.D.A) 
 
É a parte mais importante da anamnese, e a mais difícil da propedêutica que o dentista 
aprende e aperfeiçoa durante toda a sua vida profissional. A H.D.A. resulta no histórico 
completo e detalhado de queixa apresentada em toda sua evolução temporal e 
sintomatológica. Abrange a doença desde o seu estado prodrômico, até o momento do 
exame. Os sintomas referidos sobre o problema principal (queixa) devem ser 
examinados, e algumas perguntas são quase sistemáticas, na grande maioria dos 
casos, e não podem ser omitidas pelo examinador. Assim temos: 
 
- tempo de evolução do processo, isto é, quando se iniciou a sintomatologia; 
- como eram no início os sinais e/ou sintomas; 
- ocorreram episódios de exacerbação ou remissão do quadro clínico; 
- recorde-se de algum fato que possa estar ligado ao aparecimento da doença; 
- no caso de lesões assintomáticas, como era quando percebeu sua existência em 
relação ao estado atual. 
São estes alguns exemplos de perguntas bastante comuns que se fazem aos pacientes. 
 
4 - HISTÓRIA BUCO-DENTAL 
 
Deve investigar todo antecedente estomatológico do paciente, compondo um completo 
histórico das ocorrências buco-dentárias. Nesta fase do exame clínico, é importante 
saber: 
- freqüência de visitas ao dentista; 
- experiências passadas, durante e depois da aplicação da anestesia local e de 
extrações dentais; 
- tratamentos realizados anteriormente - protéticos , periodontais, endodônticos, etc; 
- hábitos e dores na região da ATM; 
 
a) apertamento dos dentes; 
b) briquismo; 
c) mordedura de lábio, mucosa jugal ou língua; 
d) projeção lingual; 
e) respiração bucal; 
f) dificuldade em abrir a boca extensamente; 
g) movimentos alterados;h) sons articulares. 
 
5 - HISTÓRIA MÉDICA 
 
Visa à obtenção de informações detalhadas sobre todas as doenças de caráter 
sistêmico que acometeram o paciente desde o nascimento até a data atual. A 
importância desta etapa da anamnese se resume nos seguintes tópicos: 
 
a- Assegura que o tratamento dental não prejudique o estado geral do paciente nem seu 
bem estar; 
b -Averigua presença de alguma doença de ordem geral do paciente, ou fato do mesmo 
estar tomando algum medicamento destinado ao seu tratamento e que poderá prejudicar 
o correto atendimento odontológico; 
c - Auxilia no diagnóstico de uma doença ignorada que exija um tratamento especial; 
d - Representa um documento legal que pode ser útil em casos de reclamação judicial 
por incompetência profissional. 
Obs.: As perguntas que serão dirigidas ao paciente constam na ficha clínica. 
 
6 - ANTECEDENTES FAMILIARES 
 
Têm por objetivo a obtenção de informações sobre o estado de saúde, principalmente, 
de pais, irmãos, avós, esposa (o) e filhos, na busca de uma eventual doença herdada ou 
com tendência familiar. Esta fase da anamnese é importante frente à suspeita de 
diabetes, doença cardiovascular, tuberculose, distúrbios hemorrágicos, doenças 
alérgicas e nervosas. 
 
7 - HÁBITOS 
 
O conhecimento de hábitos adquiridos pelo paciente, freqüentemente, se constitui em 
elemento chave para elaborar o diagnóstico e fundamentar o prognóstico. Hábitos 
nocivos, como tabaco, ingestão de bebidas alcoólicas e drogas, devem ser 
minuciosamente determinados quanto ao tipo, tempo de uso, quantidade, variações ou 
interrupções. 
 
II - Exame físico 
 
Geralmente sucede a anamnese e objetiva a pesquisa de sinais presentes. No exame 
físico, utiliza-se fundamentalmente os sentidos naturais do profissional na exploração 
dos sinais. No exame físico devem ser respeitadas todas as manobras 
de biossegurança. As manobras clássicas são: inspeção, palpação, percussão, 
auscultação e o olfato. 
 
 É importante avaliar todas as estruturas anatômicas intra e extrabucais, que não 
sejam apenas dentesi e tecidos de suporte, o que é fundamental para a identificação 
de eventuais agravos à saúde. 
 Diagnóstico e consequentemente o tratamento adequado das lesões bucais só ocorre 
mediante um exame clínico minucioso. 
 Identificadas as lesões é importante descrever com a maior riqueza possível de 
detalhes. 
 
1) Inspeção: É a avaliação visual sistemática do paciente submetido ao exame. O 
examinador utiliza-se da inspeção a cada momento em que olha o seu paciente, 
observando os traços anatômicos, fisiológicos e psíquicos. Todas as características 
observadas e que se constituem em alterações da normalidade devem ser 
minuciosamente descritas no prontuário do paciente, tais como: localização precisa, 
dimensão, forma, cor, relações com estruturas normais, aspectos da superfície, etc. 
Sobre a inspeção, costuma-se dizer: “Não basta olhar, há que se ver, não basta ver, há 
que se analisar, não basta analisar, há que se compreender, não só uma parte, mas o 
todo”. 
 
2) Palpação: A palpação deve abranger todas as estruturas extra e intra-bucais sob a 
responsabilidade do C.D. e, inclusive as mais afastadas que possam apresentar 
alterações tributárias ou não dos tecidos bucais. Ela nos fornece informações a respeito 
da consistência, limites, sensibilidade, textura superficial, infiltração, pulsação, flutuação, 
mobilidade e temperatura das lesões. No exame dos dentes se utiliza da chamada 
palpação indireta através de sonda exploradora. De forma geral, as estruturas moles são 
examinadas pelo que se denominam de palpação bidigital, digital e dígito-palmar. 
 
 2.1 - Exame das cadeias linfáticas da face e pescoço 
 
As mais importantes cadeias linfáticas da cabeça são as seguintes: 
 
a) Parotídea: localizada na região anterior e inferior da orelha. É subdividida em nódulos 
pré-auriculares e infra-auriculares. Recebe drenagem das partes moles da região do 
couro cabeludo, face, parótida, conjuntivo, canto lateral do olho e lábio superior. 
 
b) Submandibular: sob a borda inferior interna da mandíbula. É dividida em nódulos 
préglandulares e intra-glandulares. Recebe drenagem de glândulas submandibulares, 
bochecha, gengiva, parte da mucosa bucal, partes laterais do nariz, do lábio superior e 
inferior, partes médias das pálpebras e bordas antero-laterais da língua. 
c) Submentoniano: abaixo e atrás do mento. Recebe drenagem do lábio inferior, parte 
anterior da gengiva e da mandíbula e é pouco comum serem envolvidos por metástases 
de tumores. Os linfonodos localizados na linha média da mandíbula, logo abaixo do 
queixo entre os ligamentos dos músculos digástricos anteriores, drenam também a parte 
anterior da língua e do assoalho da boca. 
 
d) Espinal acessória: segue o curso dos nervos espinais acessórios. Ela é dividida em 
nódulos superiores, médios e inferiores. Recebe drenagem da nasofaringe, parte do 
couro cabeludo, porção posterior do pescoço, pele da região e o grupo de gânglios 
superiores da cadeia jugular. 
 
e) Júgulo-carotídea: segue o curso da veia jugular e da artéria carótida, situando-se à 
frente e atrás do músculo esternocleidomastoideo. Os nódulos superiores e inferiores 
profundos encontram-se ao longo do trajeto da artéria carótida e veia jugular interna, 
situando-se atrás do músculo esternocleidomastoideo. Está dividida em: 
Superior: Drena parte posterior do pescoço, região occipital, partes do ouvido externo, 
amígdalas, língua, mucosa bucal, palato, nasofaringe, laringe e parte superior do 
esôfago. 
Média: Drena a laringe e porções inferiores da faringe. 
Inferior: Drena a tireóide, porção cervical do esôfago e algumas áreas abaixo da 
clavícula. 
 
 2.2 - Estudo clínico das linfadenopatias 
 
 A linfonodulite é uma inflamação e/ou infecção de um linfonodo e, geralmente, 
aparece em decorrência dos mesmos processos localizados em regiões drenadas pelos 
gânglios alterados. Pode ser dividida em aguda ou crônica, solitária ou múltipla, regional 
ou disseminada e específica ou inespecífica. Um linfonodo considerado normal tem o 
tamanho aproximado de uma ervilha, é indolor 
à palpação, liso, móvel e de consistência macia. Um nódulo inflamado ou infectado 
costuma apresentar-se aumentado de volume, pouco ou intensamente doloroso à 
palpação ou com a própria movimentação da cabeça ou pescoço do paciente, liso, 
temperatura aumentada e móvel. Nos processos crônicos, estes sinais e sintomas 
costumam aparecer atenuados e ocasionalmente, gerar o que é denominado de 
hiperplasia linfóide benigna com persistência do aumento do volume, mas, em muitos 
casos, assintomática. 
 Em condições agudas, eventualmente, o gânglio pode necrosar e supurar. Em 
contrapartida, os nódulos metastáticos se apresentam aumentados de volume, indolores 
na maioria dos casos, com superfície irregular, bastante duros à palpação e geralmente 
fixos, em decorrência da proliferação das células tumorais, romper sua cápsula e se fixar 
às estruturas próximas. No entanto, é de extrema importância lembrar que, inicialmente, 
todo gânglio metastático passa por um processo semelhante ao que ocorre na vigência 
de uma inflamação crônica ou aguda e que apenas em estádios posteriores apresenta 
as características citadas. 
 As lesões específicas que ocorrem no interior dos linfonodos são causadas 
principalmente por tuberculose, histoplasmose, sarcoidose e mononucleose infecciosa. 
Esta última atinge com mais freqüência os nódulos do pescoço. 
 
3) Percussão: É uma manobra clínica comumente utilizada em Medicina mas de uso 
restrito em Estomatologia. É um teste simples, aplicado principalmente no diagnóstico de 
odontalgias. Normalmente utiliza-se o cabo de um espelho dental batendo-o contra a 
coroa de um dente, em direção de seu longo eixo. 
 
4) Auscultação: Da mesma forma que a percussão, é pouco usadaem Estomatologia. 
No entanto, vem sendo cada vez mais valorizada sua utilização na ausculta de estalidos 
da A.T.M., principalmente quando se ampliam esses sons por meio de um estetoscópio. 
A auscultação é um recurso indispensável quando se mede a pressão arterial do 
paciente. 
 
5) Olfato: O odor exalado por determinadas lesões, bem como o hálito do paciente, 
podem ser de valor semiológico. Assim, pacientes portadores de pênfigo foliáceo, 
apesar de não apresentarem lesões bucais, exalam odor característico de “ninho de 
rato”; tumores malignos avançados conferem ao paciente um hálito putrefato 
significativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CLÍNICA 
 
ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO E VARIAÇÕES DA NORMALIDADE 
 
a) Toro Palatino e Mandibular 
 
Características gerais 
São formações ósseas nodulares, sésseis na linha média do palato. A etiologia é 
desconhecida, havendo provavelmente influências genéticas familiais. Algumas raças 
como a dos índios americanos e esquimós têm incidência muito maior que outras 
populações. São mais freqüentes a partir da terceira década de vida. O toro palatino 
aparece como uma protuberância na linha média do palato podendo ser uni ou 
multilocular. O toro mandibular é geralmente bilateral e se localiza na porção lingual. 
 
Tratamento 
A lesão não precisa ser removida a não ser em casos onde se deseja colocar prótese 
total ou parcial sobre a estrutura. 
 
b) Língua Fissurada 
 
Características gerais 
Esta malformação se manifesta por numerosos pequenos sulcos na superfície dorsal 
que se irradiam de um sulco central na linha média da língua. 
 
Tratamento 
A língua fissura é geralmente congênita e não necessita de tratamento. 
 
c) Língua Pilosa 
 
Características gerais 
É causada por uma hipertrofia das papilas filiformes da língua. A cor pode variar desde 
castanho até negro devido a impregnação de pigmentos externos como, tabaco, 
alimentos e medicamentos. A etiologia não é conhecida, sendo sugerido que fungos, 
deficiência alimentar e antibioticoterapia podem provocar esta condição. 
 
Tratamento 
Não existe tratamento específico. A escovação da língua pode ajudar a eliminar restos 
alimentares e pigmentos que se acumulam por entre as papilas, além de ajudar na 
descamação da queratina. 
 
d) Anquiloglossia (Língua presa) 
 
Características gerais 
Ocorre devido a fusão da língua e o assoalho bucal causada pela formação deficiente do 
freio lingual, que pode ser curto ou inserido na ponta da língua. Devido a restrição do 
movimento da língua estes pacientes apresentam deficiência na fala. 
 
Tratamento 
A maioria dos casos é tratado através de corte no freio. 
 
e) Língua Geográfica (glossite migratória benigna) 
 
Características gerais 
É uma alteração de etiologia desconhecida, que se caracteriza pela presença de áreas 
despapiladas avermelhadas na língua, que variam em poucas horas. Pode também 
ocorrer na mucosa do lábio e bochecha, sendo chamada de mucosa geográfica. É 
comum a ocorrência concomitante de língua fissurada. O paciente pode sentir 
sintomatologia de queimação e ardência ao comer alimentos ácidos ou apimentados. 
 
Tratamento 
Não existe tratamento específico. Deve-se apenas esclarecer o paciente quanto a 
benignidade desta alteração. 
 
f) Macroglossia 
 
Características gerais 
É um aumento de tamanho da língua, podendo provocar deslocamento dos dentes e má 
oclusão devido a pressão dos músculos. Ocorre freqüentemente associada a algumas 
doenças genéticas como a Síndrome de Down e hipotireoidismo congênito, além de 
aparecer como conseqüência de processos neoplásicos como hemangioma, linfangioma 
e neurofibromatose. 
 
Tratamento 
Não existe tratamento específico para esta alteração. Em alguns casos emprega-se a 
redução cirúrgica para diminuir a massa tecidual. 
 
g) Glossite Rombóide Mediana 
 
Características gerais 
Área despapilada com superfície plana ou irregular na porção central do terço posterior 
do dorso da língua. Considerada uma anomalia de desenvolvimento provavelmente 
devida a incapacidade do tubérculo impar retrair-se antes da fusão das metades laterais 
da língua. Atualmente aceita-se que na maior parte dos casos a despapilação ocorre 
associada à candidose. 
 
Tratamento 
Antifúngicos, nos casos onde a despapilação ocorre associada à candidose. 
 
h) Varizes linguais 
 
Características gerais 
São veias dilatadas e tortuosas nas porções ventral e lateral da língua. As varizes 
podem também aparecer em outras porções da mucosa bucal como o lábio e bochecha. 
São aspectos comuns em pessoas idosas. 
 
Tratamento 
Não necessita de tratamento. 
 
i) Grânulos de Fordyce 
 
Características gerais 
São glândulas sebáceas ectópicas, histologicamente idênticas às presentes na pele. 
Aparecem como pápulas amareladas, bilaterais, simétricas na mucosa jugal e lábio, 
ocasionalmente são vistas nas outras partes da mucosa bucal. Ocorrem em cerca de 
80% da população. 
 
Tratamento 
Não necessitam de tratamento. 
 
j) Amígdala lingual 
 
Características gerais 
As amígdalas linguais são um dos maiores agregados linfóides da boca, localizadas na 
borda lateral posterior da língua. Estas estruturas inflamam com certa freqüência, 
aumentando de tamanho e tornando-se clinicamente perceptíveis. 
 
Tratamento 
Em algumas ocasiões as amígdalas linguais inflamadas podem ser confundidas com um 
carcinoma em estágio inicial. Em caso de dúvida deve ser feita biópsia. 
 
k) Pigmentação Melânica Racial 
 
Características gerais 
Comum na gengiva, lábios, bochecha e palato de indivíduos de pele escura. Nos lábios, 
áreas de pigmentação melânica são comuns em indivíduos caucasianos e de raça 
amarela. 
 
Tratamento 
Em alguns casos a remoção é feita por razões estéticas ou para confirmação do 
diagnóstico. 
 
EXAME CLINICO E VARIAÇÕES DA NORMALIDADE - OBJETIVOS 
 
01. Conceituar sinal, sintoma e sintomatologia. 
02. Conceituar anamnese e exame físico. 
03. Descrever técnica de anamnese. 
04. Explicar as diversas fases da anamnese: 
a. identificação; 
b. queixa principal; 
c. história da doença atual; 
d. história buco-dental; 
e. história médica; 
f. hábitos; descrevendo a atuação do C.D. em cada uma delas, citando exemplos. 
05. Descrever exame físico. 
06. Explicar as diversas fases do exame físico: 
a. inspeção; 
b. palpação; 
c. percussão; 
d. auscultação; 
e. olfato; descrevendo a atuação do C.D. em cada uma delas, citando exemplos. 
07. Descrever as cadeias linfáticas da face e pescoço demonstrando conhecimento no 
exame de palpação ganglionar. 
08. Descrever toro palatino e mandibular, demonstrando conhecimentos das 
características clínicas e tratamento. 
09. Descrever língua fissurada, demonstrando conhecimentos das características 
clínicas e 
tratamento. 
10. Descrever língua pilosa, demonstrando conhecimentos das características clínicas e 
tratamento. 
11. Descrever anquiloglossia, demonstrando conhecimentos das características clínicas 
e tratamento. 
12. Descrever língua geográfica, demonstrando conhecimentos das características 
clínicas e tratamento. 
13. Descrever macroglossia, demonstrando conhecimentos das características clínicas e 
tratamento. 
14. Descrever glossite rombóide mediana, demonstrando conhecimentos das 
características clínicas e tratamento. 
15. Descrever varizes linguais, demonstrando conhecimentos das características clínicas 
e tratamento. 
16. Descrever grânulos de Fordyce, demonstrando conhecimentos das características 
clínicas e tratamento. 
17. Descrever amígdala lingual, demonstrando conhecimentos das características 
clínicas e tratamento. 
18. Descrever pigmentação melânica racial, demonstrando conhecimentos das 
características clínicas e tratamento. 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 
I. Citologia esfoliativa: 
 
Exame de células raspadas da superfície deuma lesão com um instrumento, colocado e 
fixado em uma lâmina com objetivo de obtenção de diagnóstico. 
Indicações: presença de lesões extensas ou múltiplas para preservação de paciente(s) 
sem oportunidade cirúrgica (ex.: candidíase e infecções virais) 
o Obs.: Nas lesões malignas a citologia esfoliativa pode indicar malignidade (exame 
inespecífico), necessitando um exame mais específico (biópsia) para confirmação 
do diagnóstico. 
 
II. Biópsia: 
 
Remoção controlada e deliberada de tecido de um organismo vivo para análise 
microscópica. 
Indicações: todas as situações clínicas nas quais a confirmação ou o diagnóstico de uma 
lesão seja necessário para o seu tratamento, ou seja,quando a avaliação clínica não 
apoia o diagnóstico definitivo, se achados sugerirem neoplasia maligna e quando o 
curso clínico da lesão for incoerente com o diagnóstico inicial. 
 
III. Radiográfico: 
 
Indicações: quando há suspeita de envolvimento de tecidos mineralizados 
(ossos, dentes e cálculos). 
 
Obs1: A lâmina da citologia esfoliativa deve ser fixada em álcool 90% + éter 10% ou 
álcool etílico 95%, acondicionado em frasco apropriado de modo que as lâminas não se 
encostem umas nas outras para não lesar o material. Todo material removido com 
biópsia deve ser fixado em formol a 10% e acondicionado em frasco de boca larga e 
com volume de solução de 10x o tamanho da peça. Este material deve ser identificado e 
o profissional deve preencher a solicitação do exame anátomo-patológico e enviar o 
material para análise. 
 
Obs2: Quando um diagnóstico clínico definitivo puder ser obtido (ex.: herpes, candidíase 
e aftas) torna-se contra-indicada a biópsia. 
 
Obs3: Cuidados devem ser tomados nas lesões negras e vasculares. 
 
Obs4: Segue em anexo a ficha modelo de solicitação de exame anátomo-patológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONDUTA 
 
Prognóstico, Diagnóstico e Plano de tratamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Urgência e Emergência 
 
Protocolo de encaminhamento para especialista 
 
 Cabe ao cirurgião-dentista generalista (clínico geral) a seleção dos casos que 
serãoencaminhados ao especialista. De maneira geral os clínicos ficam responsáveis 
pelosdiagnóstico e tratamentos das lesões com diagnóstico exclusivamente clínico, 
como:herpes recorrente, gengivo estomatite herpética primária, estomatite aftosa 
recorrente,candidíase e queilite angular. 
 Caso o serviço tenha capacitado os clínicos, as demais lesões devem 
serdiagnosticadas e podem ser tratadas. 
 
Obs: Qualquer dúvida solicite a opinião de um especialista.Solicite exames 
complementares sabendo interpretar o resultado. 
 
Contra-referência 
 
 Deve ser referenciada após os procedimentos serem realizados pelo centro 
dereferência devidamente anotados na ficha de referência/contra-referência 
com identificaçãodo profissional, diagnóstico e tratamento realizado/proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE RISCO CIRÚRGICO 
American Society Anestesiology (ASA) 
 
- Risco Cirúrgico: 
ASA I - Paciente saudável; 
ASA II - Paciente com doença sistêmica leve ou moderada, sem limitação funcional; 
ASA III - Paciente com doença sistêmica severa, com limitação funcional; 
ASA IV - Paciente com doença sistêmica severa, representa risco de vida constante; 
ASA V - Paciente moribundo com risco de óbito nas próximas 24 horas, com ou sem cirurgia; 
ASA VI - Paciente com morte cerebral, mantido em ventilação controlada e perfusão, para doação de 
órgãos (transplante); 
OBS.: Quando o procedimento é considerado de emergência, acrescentar "E" à classificação ASA. 
 
• Procedimentos Não Cirúrgicos 
 -Tipo I – Exames/radiografias, IHB, moldagem. 
 -Tipo II – Restaurações simples, profilaxia (subragengival), ortodontia. 
 -Tipo III – Restaurações complexas, raspagem e polimento da raiz (subgengival), endodontia. 
• Procedimentos Cirúrgicos 
 -Tipo IV – Extração, curetagem/gengivoplastia. 
 -Tipo V – Extrações múltiplas, cirurgia com retalho ou gengivectomia, dente incluso, apicectomia. 
 -Tipo VI – Extrações de toda arcada, cirurgia com retalho, múltiplos dentes inclusos, traumatologia, 
ortognática.

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