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Aula 03 07082017 Artigos 1 e 2 do Cód. Penal

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ARTIGOS 1º E 2º - LEI 2.848/40 | Aula 3
Paulo Donadelli - 07/08/2017
Resumo da aula anterior:
Na aula anterior aprendemos sobre os conceitos de bens jurídicos fundamentais e suas conceituações: i) bens – sendo tudo aquilo que é possível a valoração; ii) bens jurídicos – sendo tudo aquilo que a norma dá valor e iii) bens jurídicos fundamentais – que são aqueles institutos imprescindível a manutenção da vida, sem os quais a vida corre riscos ex.: à vida, à liberdade, à honra, o patrimônio e etc. Objetividade da conduta criminosa que é atingir um bem jurídico fundamental; honra objetiva e subjetiva (o que pensam e o que penso de mim). Os crimes que ferem dois bens fundamentais. As competências de legislar sobre matérias do Direito Penal: Atribuição dada apenas a União e por meio de edição de lei Complementar os Estados, limitação apenas aos incisos do Art. 22º da Constituição Federal de 1988. Comando Normativo: que é a tipificação penal ou estrutura do Crime.
ANTERIORIDADE DA LEI
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior1 que o defina. Não há pena sem prévia2 cominação legal.
O artigo primeiro do código penal aponta ao princípio da legalidade da penal que é a regra basilar para a imposição de quaisquer penas mediante a previsibilidade legal. O princípio da Legalidade Penal se subdivide em dois subprincípios, sendo:
Reserva Legal: O crime e a pena são dados pela lei normativa, desde que devidamente aprovada pelo congresso nacional e sancionado pelo presidente, salvo § único do art. 22 da C.F /88.
A Lei é uma espécie normativa, o art. 59 da C.F – assinala que há sete espécies normativas são elas: I - Emendas à Constituição; II - Leis complementares; III - Leis ordinárias; IV - Leis delegadas; V - Medidas provisórias; VI - Decretos legislativos e VII - Resoluções.
Anterioridade Penal: A condenação só será imposta, desde que a conduta criminal esteja prevista em lei e sua normatização seja anterior ao fato/ato da conduta criminal. Norma incriminatória sancionada/promulgada após ao fato pretérito, não retroage em prejuízo do réu. 
Pense nisso: Não há crime sem que a lei o normatize. A lei incriminatória não retroage em prejuízo ao réu.
LEI PENAL NO TEMPO
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Ao contrário do que dispõe o artigo 1º do Código Penal, a lei não retroage em prejuízo do réu. O artigo 2º dispõe da seguinte forma: Havendo o sancionamento e/ou promulgação de lei que abrande a pena ou extinga determinadas condutas que outrora haviam sanções punitivas demasiadas ou não, deverá o legislador no (I) abrandamento da pena: revisar o processo penal considerando a minoração da pena, aplicando seus efeitos imediatamente ao réu e (II) extinção da conduta: ainda que a sentença tenha sido transitada em julgado, deverá o legislador cessar os efeitos da sentença condenatória.
O processo de cessação da pena é chamado de ABOLITIO CRIMINIS: é uma forma de tornar atípica penalmente uma conduta que até então era proibida pela lei penal, como consequência deste processo a cessação imediata da execução e dos efeitos penais da sentença condenatória.
Para haver minoração ou cessação do cumprimento de penas impostas a determinadas condutas criminosas, válidas, deverá haver a revogação das Leis, mediante a promulgação de nova lei tácita (norma editada de mesma esfera hierárquica revoga a lei anterior sobre o assunto) ou expressa (aquela em nova lei aponta os artigos, incisos e parágrafos que serão revogados ou alterados)
As Indenizações só cabem se a pena aplicada for por erro do juizado.
Pense nisso: A lei retroage em benefício do réu, nunca em prejuízo.
A reincidência ou não das condutas criminosas podem ou não majorar ou minorar a pena.
Em casos em que há antinomia jurídica das normas, deverá utilizar-se das normas que trouxer maior benefícios ao réu. Em casos em que a norma posterior editada tacitamente ou expressamente majore a(s) pena(s) de uma determinada conduta criminosa de norma anterior revogada, poderá haver a ultratividade de norma penal, suscitando a qualquer tempo, a favor do réu.

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