Buscar

Aula 08 23082017 Artigos 13 do Cód. Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ARTIGO 13º - LEI 2.848/40 | Aula 8
Paulo Donadelli - 23/08/2017
Resumo da aula anterior:
Na aula anterior abordamos os conceitos de: Fração não computáveis de pena (não podem ser computáveis a pena a fração de dias ou horas); Legislação Especial (é a utilização de leis especiais para complementar aos fatos incriminatórios = normas em branco) são subdivididas em I) Normas Latu Sensu: dependem de norma hierarquicamente iguais e II) Norma Strictu Senso: dependem de lei hierarquicamente inferiores; Tipificação inclusão de provas aos fatos concretos, a fim de dirimir a as normas aparentes, que é a semelhança entre os instrumentos normativos penais e os fatos que deixam de ser punidos antes e os após.
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
Artigo 13 A 19 – Fato Jurídico;
Artigo 20 A 22 – Culpabilidade;
Artigo 23 A 25 – Antijurídico.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido
 Superveniência de causa independente
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou
							Relevância da omissão
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
ADENDO – SAIBA SOBRE?
Fato Típico: fato típico é a ação humana comportamental que está tipificado na lei ou norma, Tipo penal.
Antijurídico: São as condutas proibitivas, ou seja, as que não são permitidas. Art. 1º do Cód. Civil.
Culpabilidade: Aplicada a quaisquer agentes ativos, excetos aos que estão sobre a proteção legal dos artigos dos artigos 22 a 28 do código penal. 
A lei não traz o conceito de crime, este que é a prática de ato ilícito ou conduta humana que fere a um bem jurídico e havendo a omissão da lei, em relação a tipificação criminal a doutrina com base em suas teorias estabelecera o conceito correto de crime. Paralelamente há duas correntes teórica, sendo: I) Corrente bipartida, e II) Corrente tripartida;
I) Bipartida, para esta corrente o crime é a soma de dois principais elementos: Fato típico (tipicidade) e antijurídico (antijuricidade). 
Os adeptos a teoria conceitual bipartida do crime, desconsideram a culpabilidade, em observância que a culpa não está no conceito do crime e sim em suas consequências, pressupondo que está diretamente atrelada a sanção, ou seja, não havendo culpa não há crime pela qual se responda. 
II) Tripartida, para esta corrente o crime é a soma de três elementos: Fato típico (tipicidade) e antijurídico (antijuricidade) e Culpável (culpabilidade). 
Os adeptos a teoria conceitual tripartida do crime consideram que a simples prática do fato, sendo antijurídico é automaticamente culpável, ainda que não haja a consumação efetiva do ato.
Nota exemplificadora: O Doente mental, dotado de personalidade jurídica é totalmente incapaz, comete uma conduta criminal contra qualquer bem jurídico.
Para os adeptos a teoria bipartida do crime, este não poderá ser punido por suas ações, considerando a sua condição civil de incapacidade total, sendo inculpável de seus atos. Para os adeptos a teoria tripartida do crime, não há crime, porquanto o doente não pode cometer crime.
O código penal não define a teoria a ser adotada, porém, há estudiosos que compreendem que os artigos 1º, 23º e 26º apontam que os elementos contidos neles são direcionados a teoria bipartida do crime.
FATO
Fato = Conduta1 Resultado2 Nexo Causal3 Tipicidade4
Já entendemos que o fato é a ação humana comportamental tipificada nas normas, resumidamente é o tipo penal. A cogitação de uma conduta1 criminosa têm por objetivo a consumação2, entre a cogitação e a consumação há à preparação e execução3 e este conjunto de ações só poderão ser considerado típicos4 caso estejam descritos nas normas gerais ou esparsas (especiais e extravagantes).
CONDUTAS
As condutas estão diretamente ligadas ao ser humano, já que só ele as pratica. A lei aponta para duas formas de condutas I) ações (positivas = a fazer algo) e II) omissões (negativas = deixar de fazer algo). 
Para o perfeito enquadramento típico do ato as normas, além dos demais requisitos exigidos, a qualificação dependerá do verbo da conduta, onde teremos o seguinte desdobramento, observe:
I)	Conduta cujo verbo aponta para a ação, temos: verbo positivo = fazer algo, que é = verbo positivo comissivo
	Matar = ação (eliminar a vida)
	Subtrair = ação (pegar algo que não lhe pertence)
II)	Conduta cujo verbo aponta para a omissão, temos: verbo negativo = deixar de fazer algo, que é = verbo positivo omissivo.
Os crimes omissivos se dividem em dois subtipos, sendo: Omissivos próprios e Omissivos impróprio.
	Omissivos próprios: aplicado a civis § 1º do art. 13 é a omissão de socorro, quando o agente poderia auxiliar no socorro e não o fez. 
	Omissivos impróprios: aplicado ao indivíduo caracterizado como garantidor, letras a, b e c do § 2º art. 13º. Havendo o verbo de ação, o sujeito que tem o dever de agir e não o fez, exemplos:
		Letra a: Pais deixar de cuidar dos filhos (homicídio por omissivo improprio) só pode ser considerado	homicida o que têm a obrigação de cuidar.
		Letra b: Serviços de Babás das 13hrs às 17hrs, valor pago R$ 1.000,00, descuidou-se da criança e a criança morreu afogada (homicídio por omissivo improprio), tinha o dever de cuidar.
		Letra c: Comportamento anterior, colocando outras pessoas ao risco (caso da piscina), havendo uma terceira pessoa e esta vendo o sufrágio de um outro se afogando, passa a ser o garantidor e sua omissão será caracterizada como (homicídio por omissivo improprio).
Nota 1: os crimes omissivos, próprios e ou impróprios não se pune.
Todas as condutas são precedidas de uma finalidade ulterior, Hans Welzel, aponta que o homem tem a capacidade de previsão das consequências dos atos humanos dirigidos a consecução de objetivos preestabelecidos. Em todos os atos de sua vida, age sempre voltado pra determinados objetivos que busca alcançar, desde o mais simples até os fundamentais, promotores de efeitos danosos a sua existência e tendo por base a sua capacidade de previsão de distingui-la do puro acontecer causal, da causalidade em si mesma. 
As condutas podem ser objetivas (ação e omissão) e subjetivas (dolosa ou culposa). No Direito Penal brasileiro adota-se a teoria finalista da conduta, onde o homem, dotado de sua capacidade plena, poderia tê-lo evitado e não o fez.

Outros materiais