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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA LICENCIATURA PLENA
ADRIANA LORENA DA SILVEIRA ALCANTARA ALCOFORADO OSEAS
JEANNE GOMES DE SOUZA BATISTA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV NO ENSINO FUNDAMENTAL
NATAL, RN
2012
ADRIANA LORENA DA SILVEIRA ALCANTARA ALCOFORADO OSEAS
JEANNE GOMES DE SOUZA BATISTA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV NO ENSINO FUNDAMENTAL
Relatório apresentado à Disciplina Estágio Supervisionado IV, do Curso de Graduação em Pedagogia Licenciatura Plena, da Universidade Estadual Vale do Acaraú, para obtenção de aprovação.
Orientadora: Profª. Ms. Denise Caballero da Silva
NATAL, RN
2012
Dedicamos este trabalho a todos os educadores que estiveram conosco durante o processo de graduação, em especial aqueles que nos contagiaram com seu entusiasmo, compromisso, ética e competência. Por serem não só educadores, mas formadores de pessoas, e acreditam na Educação como fonte principal para transformar uma nação.
AGRADECIMENTO
Agradecemos a toda à equipe da Escola Municipal Profº. Ascendino Henriques de Almeida Júnior que nos recebeu e oportunizou esse Estágio, em especial a Professora Sandra Régia pela gentileza com que nos acolheu em sua sala de aula, as Coordenadoras Katarina e Minervina e a Inspetora Escolar Sônia Regina pela receptividade e disponibilidade com que nos transmitiu as informações necessárias para o relatório. A professora Orientadora Ms. Denise Caballero da Silva, que nos guiou nesse significativo momento de reflexão e ressignificação da nossa profissão.
“Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. Agente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática”.
Paulo Freire
SUMÁRIO
SUMÁRIO 5
1 INTRODUÇÃO 5
2 OBJETIVOS 6
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 7
4 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 9
5 CARACTERIZAÇÃO DA TURMA 11
6 ETAPAS DO ESTÁGIO 12
6.1 OBSERVAÇÃO DA SALA DE AULA 12
6.2 DOCÊNCIA 14
6.2.1 RELATO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO ALUNO: JEANNE GOMES DE SOUZA BATISTA 14
6.2.2 RELATO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO ALUNO: ADRIANA LORENA DA SILVEIRA ALCÂNTARA ALCOFORADO OSEAS 17
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 18
REFERÊNCIAS 19
ANEXOS 20
1 INTRODUÇÃO
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394/96, o Estágio Supervisionado IV é uma exigência nos cursos de formação de professores referente à formação profissional, uma vez que oportuniza a ambientação dos discentes com a área em que atuarão e viabiliza a interação real entre teoria e prática.
A essência que permeia e ao mesmo tempo dá o ponto de partida do trabalho é o pensamento “Ensinar se aprende ensinando”, uma paráfrase de Carlos Drummond de Andrade (“Amar se aprende amando”), que no meio docente soa como senso comum, mas que passa a ganhar significância para os discentes da licenciatura a partir do contato com o Estágio Supervisionado.
Entende-se ainda que os cursos de licenciatura devam relacionar teoria e prática de forma interdisciplinar, os componentes curriculares não podem ser isolados. Por isso, o estágio supervisionado deve ser considerado como um componente que articula o conhecimento construído durante a vida acadêmica preparando os discentes para aplicá-lo em sala de aula como profissionais.
Nesse contexto, o Estagio Supervisionado IV, atividade obrigatória no Curso de Graduação em Pedagogia da Universidade Vale do Acaraú (UVA) tem o objetivo de concretizar o contato dos alunos com o ambiente profissional por meio da docência empírica da sala de aula de uma escola do Ensino Fundamental.
A partir desta disciplina, os alunos vão estabelecer um confronto ainda maior entre o conteúdo teórico estudado e a prática desenvolvida em um ambiente real de ensino.
Logo, o contato com a prática não deve ser interpretado como espaço de treinamento mecanizado, de mera repetição do que já foi visto em sala de aula, ou seja, o Estágio Supervisionado não é local de adestramento, mas campo fértil para produção de conhecimento, pois o processo de observação e contraste serve para contemplar as atividades de diagnóstico da instituição escolar; elaboração do projeto de forma interdisciplinar; elaboração do relatório de estágio desta etapa; oportunizando o contato dos alunos com o ambiente profissional por meio da docência empírica da sala de aula de uma escola do Ensino Fundamental.
2 OBJETIVOS
O Estagio Supervisionado IV, tem como objetivo proporcionar ao estudante do Curso de Graduação em Pedagogia Licenciatura Plena, oportunidades para:
Observar, registrar, relatar e participar efetivamente do trabalho pedagógico na Educação Básica, do Ensino Fundamental (anos iniciais), incluindo-se a Modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), Primeiro Segmento e o Ensino Médio (Modalidade Normal), além das atividades gestoriais em instituições escolares e não escolares.
Desenvolver a ação pedagógica, adotando postura interdisciplinar, investigativa e de trabalho em equipe, construindo competências e saberes educacionais, a partir das questões vivenciadas na prática educativa.
Problematizar, questionar e analisar a própria prática, em confronto com os referenciais teóricos e metodológicos que a fundamentam.
Exercer atividades de ensino que o encorajem a construir competências de natureza técnico-pedagógicas, com postura crítico-reflexiva, de modo a compreender sua função de professor-gestor de sala de aula.
Receber acompanhamento e orientação no percurso das atividades de Estágio Supervisionado.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos maiores desafios para o discente do curso de Pedagogia é o de unir a teoria e a prática para um bom desempenho no decorrer de sua profissão. Dessa forma o Estágio Supervisionado desempenha o papel de modelador na preparação do graduando durante o processo de formação para execução da prática.
Diante dessa realidade Pimenta (1997, p. 21) nos afirma que: Os Estágios Supervisionados são “as atividades que os alunos deverão realizar durante o seu curso de formação, junto ao futuro campo de trabalho”. Relacionada à afirmação de Pimenta, Piconez (2000, p. 16) diz: “os estágios são vinculados ao componente curricular Prática de Ensino cujo o objetivo é o preparo do licenciamento para o exercício do magistério em determinada área de ensino ou disciplina de 1º e 2º graus”.
Atualmente vemos cada vez mais docentes incapacitados para o exercício da profissão providos pela formação deficiente durante o seu processo acadêmico, o qual reflete na prática inoperante e ineficiente em sala de aula refletindo na atual situação da educação brasileira, como nos afirma Paulo Freire(2007):
Saber que devo respeito à autonomia, à dignidade e à identidade do educando e, na prática, procurar a coerência com este saber, me leva inapelavelmente à criação de algumas virtudes ou qualidades sem as quais aquele saber vira inautêntico, palavreado vazio e inoperante.
Desse modo constatamos que o Estágio Supervisionado não é valorizado em sua essência, pois se trata de um momento crucial para a concretização dos conhecimentos adquiridos e ressignificação da profissão. Sabemos que o Estágio Supervisionado proporciona momentos de conhecimento a cerca da realidade que o graduando irá enfrentar, mas, não tem sido o local adequado para a aquisição da experiência prática e sim um observatório para reflexão docente sobre a prática. Não tão distante a essa afirmação temos a confirmação de Azevedo (apud PICONEZ, idem, p. 17) que o processo experimental (Estágio) na realidade é “uma teoria colocada no início dos cursos e uma prática colocada no final deles caracterizada de Estágio Supervisionado mostrando claramente a distância existente entre teoria e prática”. Ou seja, na graduação aprendemos teorias descontextualizadas com a realidade das salas de aulas, formando profissionais incapacitados, despreparados com métodos inoperantes e ineficientes.
O que de todos os acadêmicos almejam é uma formação que de fato propicie um paralelo entre teoria e prática constantes a cada disciplina apresentada na graduação, e assim, formados não só pela teoriae capacitados com a prática obter a devida experiência para uma prática eficiente e eficaz.
4 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A Escola Municipal Profº. Ascendino Henriques de Almeida Júnior trata-se de uma rede de ensino pública, situada à Rua Engº Joaquim Cardoso, 220 no bairro Pitimbú, CEP: 59069-010, no Município – Natal – RN, fone: 32324767. Sua diretora em exercício: Teresa Cristina Almeida Bezerra.
A instituição escolar foi criada em 10 de março de 1992. Sua proposta escolar é estabelecer um ensino de qualidade objetivando contribuir com a formação de cidadãos, críticos, reflexivos e atuantes. A missão é proporcionar equilíbrio através de práticas eficazes, garantindo igualdade, participação e respeito aos seus alunos na perspectiva da formação cidadã. Seus objetivos são direcionados em: elevar o desempenho da escola; melhorar o processo ensino-aprendizagem e fortalecer a gestão escolar.
Todos os dias na escola é realizada a hora da acolhida, um momento de preparação para a aula. Quando as crianças chegam se dirigem à quadra, são recebidas pelos professores formam as filas, juntos cantam e se cumprimentam e em seguida se dirigem para as salas de aula.
Com uma entrada bem arborizada, a escola dispõe de um parquinho, uma praça com bancos e palco, treze salas de aula, cada sala com ventilação e iluminação adequadas, carteiras suficientes para atender o número de alunos de cada sala dois ventiladores, um armário, no qual é guardado os livros e outros materiais usados para realizar as tarefas diárias. Uma biblioteca com uma professora específica para contação de histórias com fantoches, a caixa mágica e orientação dos livros. Um laboratório de informática uma sala multifuncional para alunos com necessidades especiais acompanhada de uma professora específica, uma sala de recursos áudio visuais e artísticos, um pequeno refeitório localizado no pátio coberto onde todos os dias durante todo o ano letivo acontecem o Recreio Lúdico, no qual as crianças desenvolvem habilidades com música e dança acompanhadas por monitores formados pelos alunos maiores, escolhidos pelos professores. Também no horário do recreio, se trabalha a Estação de brinquedos e brincadeiras, ou seja, cada turma de forma organizada vai a coordenação, escolhe uma estação e parte para a brincadeira. Para cada estação há uma brincadeira específica como: brincar de bonecas, ler livros, brincar com jogos, com carrinhos, com bolas e futebol com botões. O motivo desses projetos é para que as crianças tenham um recreio educativo com menos brigas, correrias e acidentes. A escola possui algumas rampas com corredores de proteção para facilitar o acesso aos portadores de necessidades especiais, e conta com uma quadra desportiva, quinze banheiros, sendo onze para os alunos e dois adaptados para portadores de necessidades especiais, um na sala da direção, um na secretaria e dois na sala dos professores; cozinha, despensa, sala da direção, sala dos professores, secretaria e guarita, os quais compõem os recursos físicos da instituição.
Seus recursos tecnológicos e pedagógicos são providos anualmente pelo ROM (Recursos do Orçamento Municipal), do Governo Federal através do PDDE (Programa de dinheiro Direto na Escola) e PDE (Programa de Desenvolvimento da Educação). Todos esses recursos contribuem para o bom funcionamento da referida unidade de ensino e são disponibilizados aos docentes e discentes para utilizá-los de acorda com as necessidades e os projetos trabalhados. Compõem os recursos tecnológicos: três televisores, quatro aparelhos de som, uma copiadora, duas impressoras, retroprojetor, computadores, todos em perfeitas condições para uso. Possui o Projeto Político Pedagógico (PPP) que está sendo reestruturado. Atualmente a escola trabalha o Projeto Identidade que teve início no começo do ano letivo e encerrará no dia 10 de maio de 2012. Este projeto viabiliza trabalhar a importância do nome da criança, da família, o bairro onde ela mora e sua rua.
A escola atende a Educação Infantil com uma turma que corresponde ao nível IV atendendo crianças de cinco anos e o Ensino Fundamental anos iniciais do 1° ao 5° ano, com 676 alunos matriculados, sendo 351 no turno matutino e 325 no turno vespertino. Em 2011 o índice de aprovação foi de noventa e seis por cento, reprovação de três por cento e evasão de um por cento.
O quadro de funcionários da escola é formado por: Diretora e Vice-Diretora, uma Coordenadora no turno matutino e outra no vespertino. A instituição é formada por trinta e sete professores graduados e vinte dois desses docentes com especialização, habilitados e capacitados para executar plenamente as atividades desenvolvidas pela instituição. Participam de cursos de formação continuada oferecidos pela Secretaria Municipal, que tem enriquecido não só a prática em sala de aula, como também as discussões nos planejamentos, os quais são realizados em grupos que correspondem ao mesmo nível das turmas todas as quintas feiras. O quadro docente da escola é composto por trinta e sete professores, sendo 13 professores para o Ensino Fundamental, uma para a Educação Infantil, três para a Educação Física, todos graduados, concursados e vinte e dois destes especialista. Cinco auxiliares de secretaria para o turno matutino e cinco para o vespertino, sendo uma delas Inspetora Escolar, dois porteiros diurnos, três vigias noturnos, duas merendeiras e uma auxiliar. Somente o terceiro ano fundamental trabalham duas professoras, uma titular e uma auxiliar, pois se trata de uma turma com um portador de necessidades especiais. No 3º, 4º e 5º ano trabalha um professor de música na formação de um coral da escola.
5 CARACTERIZAÇÃO DA TURMA
A turma da sala 4 do 1º Ano do Ensino Fundamental da professora Sandra Régia é formada por dezenove alunos com dez meninas e nove meninos.
Na sala possui um quadro de giz, expositor de atividades, uma mesa com alguns livros e revistas para recorte e colagem, dois ventiladores, um som, uma garrafa térmica com água para beber, um armário para guardas os livros didáticos, lápis de colorir, livros de histórias infantis, borrachas e alguns brinquedos para uso coletivo, carteiras suficientes para o número de alunos e uma caixa com bolas para brincar.
Nas paredes estão expostas atividades feitas pelos alunos, o alfabeto, os números, o cantinho dos aniversariantes do mês e dois cartazes, um sobre reciclagem e outro sobre a dengue, constituindo o que compõe a sala de aula.
6 ETAPAS DO ESTÁGIO
6.1 OBSERVAÇÃO DA SALA DE AULA
No Estágio Supervisionado IV tivemos a oportunidade de observar uma sala de Ensino Fundamental que corresponde a crianças de 6 anos. Nesse encontro detectamos que a professora trabalha de acordo com o planejamento realizado com três professoras, esse planejamento é feito uma vez por semana, e tem como objetivo orientar sua prática na sala de aula munida dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), porém sua prática requer uma reflexão para uma renovação resultando em aulas mais estimulantes, instigantes e prazerosas.
O ensino deve ser entendido (...) como uma ajuda ao processo de aprendizagem. Ajuda necessária, porque sem ela é muito pouco provável que os alunos cheguem a aprender, e a aprender da maneira mais significativa possível, os conhecimentos necessários para seu desenvolvimento pessoal e para sua capacidade de compreensão da realidade e de atuação nela. Entretanto, só ajuda, porque o ensino não substitui a atividade mental construtiva do aluno, nem ocupa seu lugar (Onrubia, 1994, p. 101).
Os alunos seguem uma rotina pré-estabelecida pelo planejamento, dando-lhes uma noção das atividades trabalhadas no dia. Essa rotina se divide em: canções, oração, observação do tempo, o dia da semana, a data e o mês, em seguida, é escolhida uma criança para fazer a marcação no quadro do Cronograma Anual as observações feitas pelos mesmos, em seguida uma conversa informal e a contação de história, tudo por meio da roda, lanche e recreio. Na segunda feira a turma vai para o parque, um momento de interação e socialização,na quarta feira a turma vai para a biblioteca onde desenvolve o incentivo e o gosto pela leitura e a contação de histórias cada uma com lições de princípios como: obediência, respeito, amizade, entre outros. Neste momento as crianças têm liberdade de escolher dois livros para ler as imagens e esses mesmos livros podem ser levados para casa para uma leitura em família. Na sexta metade da turma vai para sala de informática e têm uma aula bem divertida e prazerosa, além de construir conhecimento, parte integrante da alfabetização. Na sexta seguinte vai a outra metade da turma.
Considerada como um instrumento de dinamização da aprendizagem, facilitador das percepções infantis sobre o tempo e o espaço, uma rotina clara e compreensível para as crianças é fator de segurança. A rotina pode orientar as ações das crianças, assim como dos professores, possibilitando a antecipação das situações que irão acontecer. (RCNEI)
A escola trabalha com a avaliação diagnóstica que é realizada por bimestre e também inclui todas as atividades realizadas na sala, na observação da participação e envolvimento nas atividades pelos alunos.
A sala de aula é um espaço relativamente bom para desenvolver as atividades em grupo. Nela encontramos afixadas nas paredes, muitas atividades realizadas pelos alunos, como a dos combinados que eles desenharam mostrando o que podem e não podem fazer na escola, onde também está o alfabeto, os numerais e alguns cartazes sobre a preservação da água, incentivo a reciclagem e cuidados com a dengue. Há também uma caixa com bolas mesa contendo algumas revistas e livros para uso de recorte e colagem e um armário para guardar os livros didáticos de cada aluno, as coleções, apontadores, borrachas e tesouras para o uso coletivo, um cantinho bem especial em que está o cartaz onde são colocados os aniversariantes do mês.
A turma do Ensino Fundamental da professora Sandra está trabalhando Português com o alfabeto e produção de textos orais, Matemática a sequência numérica de zero a dez de forma interdisciplinar. As atividades são aplicadas através dos livros da coleção Portas Abertas: Alfabetização e Matemática e Letramento e Alfabetização Linguística, autores: Isabella Carpaneda e Angiolina Bragança com ortografia atualizada, providos pelo Ministério da Educação. Tivemos acesso aos livros e pudemos constatar que são excelentes para instigar e desenvolver os conhecimentos das crianças, pois neles constam atividades diversificadas e estimulantes.
As crianças são muito receptivas e tranquilas, prontas para novos desafios, uma turma excelente para desenvolver diversas atividades, pois apesar de estarem no nível pré – silábico, se fossem mais estimuladas, passariam para um nível mais avançado e teriam condições de realizar atividades mais elaboradas.
A professora Sandra Régia leciona há oito anos, graduada possui um curso de especialização o PROFA - Formação de Professores alfabetizadores e atualmente está fazendo o curso de Pró-Letramento, os quais lhe oferecem métodos para uma prática mais eficiente e eficaz para a alfabetização.
Apesar de ter uma relação muito boa com as crianças, o vínculo afetivo ainda não foi concretizado, pois percebemos que existe uma certa distância nesse sentido. Sabemos que esse vínculo é indispensável para que as crianças se sintam acolhidas, seguras e possam desenvolver suas habilidades e autonomia de forma espontânea e satisfatória.
6.2 DOCÊNCIA
6.2.1 RELATO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO ALUNO: JEANNE GOMES DE SOUZA BATISTA
Realizei a observação e docência na turma de 1º Ano do Ensino Fundamental, turno da manhã na Escola Municipal Profº. Ascendino Henriques de Almeida Júnior, com crianças de 6 anos, sob a regência da professora Sandra Régia.
Inicialmente a professora Sandra aguardou as crianças na quadra para o momento da acolhida e a fila, em seguida as conduziu à sala onde eu as aguardava ansiosa para o início da aula.
A esperança de uma criança, ao caminhar para a escola é encontrar um amigo, um guia, um animador, um líder - alguém muito consciente e que se preocupe com ela e que a faça pensar, tomar consciência de si de do mundo e que seja capaz de dar-lhe as mãos para construir com ela uma nova história e uma sociedade melhor. (ALMEIDA,2005)
No primeiro momento preparei as crianças para a prática da rotina diária por meio da roda, pois se trata de um momento imprescindível no processo de interação, prática da oralidade e resolução de conflitos. Segundo Freire, M. (2002) apud Agnelo (2006)
A roda de conversa pretende ser, na educação de infância, um espaço de partilha e confronto de ideias, onde a liberdade da fala e da expressão proporciona ao grupo como um todo, e a cada indivíduo em particular, o crescimento “na compreensão dos seus próprios conflitos”.
Iniciando essa rotina com uma oração, após as canções, observação do tempo, o dia da semana, a data e o mês em seguida uma conversa informal sobre o significado da família e elas puderam compartilhar um pouco de suas opiniões e sentimentos. A rotina é muito importante, pois proporciona à criança segurança, confiança, senso de organização, fazendo com que ela preveja o que ocorrerá durante seu dia, tirando a ansiedade e estabelecendo-a com segurança e autonomia. Depois desse momento importante para acolher, ouvir e compartilhar a história de cada um começamos as atividades propostas para o dia.
Mediante seus conhecimentos escrevemos no quadro as palavras fornecidas pelas crianças e a partir dessas palavras, introduzimos os sentimentos que permeiam a família, e dessa forma, desenvolver atividades envolvendo a linguagem oral e escrita, na qual utilizei uma cruzadinha com palavras presentes no vocabulário delas.
A primeira atividade foi aplicada através de uma casinha em que morava o personagem chamado Tom da revistinha que eles iam realizar as atividades. Para a apresentação do Tom utilizei um fantoche, o qual as crianças lhe deram o nome de Jeck e se sentiram muito felizes por serem parte integrante da aula. Esse momento é bem divertido e extremamente importante para as crianças interagirem umas com as outras, desenvolver respeito mútuo e autonomia.
A segunda atividade foi aplicada através da revistinha: Desenhando minha História, nela as crianças escreveram um pouco de sua história com desenhos, tendo como base um texto real que é a própria história, envolvendo a família, a rua onde moram e a brincadeira favorita, pois fiz o planejamento de acordo com o projeto Identidade que a escola está trabalhando. Para finalizar essa atividade, na árvore genealógica, desenhando seus familiares e identificando-os por meio de um cartaz, o qual mostrava a árvore genealógica e sua composição.
A terceira atividade foi a cruzadinha baseada nas palavras faladas por elas no início da aula. Nessa atividade trabalhei a escrita, a percepção e organização das palavras.
Concluí as atividades recapitulando o que foi apresentado no dia e a leitura de uma história sobre os sons, proporcionando a elas mais um momento de interação, imaginação e percepção, após distribui alguns blocos para um momento do brincar, finalizando assim as atividades em sala. Esse é um momento significativo para as crianças e de acordo com Almeida (2005) "O brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. O brincar é uma experiência humana, rica e complexa." (ALMEIDA, 2005)
A Declaração Universal dos Direitos da Criança - ONU (20/11/1959) descreve bem a importância e o direito de todas as crianças desfrutarem do momento de brincar. "... A criança deve ter todas as possibilidades de entregar-se aos jogos e às atividades recreativas, que devem ser orientadas para os fins visados pela educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o gozo deste direito". (Declaração universal dos direitos da criança, 1959).
Estagiar em uma turma assim proporciona os acadêmicos do curso de Pedagogia uma experiência mais significativa para conhecer realmente todos os lados da educação, principalmente no que se refere à educação dos menos favorecidos,onde os desafios realmente são bem maiores. A esse respeito Werneck (1999) apud Silva e Santos (2002) elucida que:
Educar é difícil, é trabalhoso, exige dedicação, sobretudo aos que mais necessitam. Transferir problemas é fugir da verdadeira educação, é uma espécie de médico que transfere o doente de hospital, lava as suas mãos e não se sente comprometido com o caso quando da morte do paciente, porque aconteceu em outro hospital e em outras mãos.
Ministrar aulas vivas e alegres, onde também houvesse espaço para brincar, sorrir compartilhar conhecimentos, criando um vínculo afetivo, aprendendo de forma prazerosa e capacitando-as para mudarem seu mundo, melhorarem suas vidas e sejam cidadãos conscientes felizes e realizados. Sei que isso não se faz só no Ensino Fundamental, mas acredito que é nessa etapa que a sala de aula pode tornar-se o ponto de partida, onde as crianças sejam envolvidas na construção de uma sociedade justa e de uma vida digna para todos.
6.2.2 RELATO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO ALUNO: ADRIANA LORENA DA SILVEIRA ALCÂNTARA ALCOFORADO OSEAS
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prática é a ferramenta que fundamenta a teoria, pois não nos tornamos educadores pela teoria, mas pela prática nos formamos educadores, toda via não tem sido esta a visão de seus idealizadores, as Instituições de Ensino Superior acera de reformulações para a prática dos Estágios Supervisionados durante o processo de graduação.
Constatamos que é necessária e urgente a reformulação para os Estágios Supervisionados de forma que estejam diretamente relacionados ao contexto escolar para a formação de docentes preparados e eficientes em sua prática e discentes mais críticos, reflexivos e humanos e uma educação mais sustentável e eficaz capaz de interferir de forma positiva nas falhas do processo educacional.
Desse modo compreendemos que a Educação só poderá ser transformada com melhorias significativas quando houver um paralelo entre teoria e prática durante a aplicação dos Estágios Supervisionados, pois a teoria sem a prática contextualizada é morta, não passa de conhecimento inacabado e ineficiente.
REFERÊNCIAS
BRASIL. LDB: Lei de diretrizes e bases da educação: lei n. 9.394/96. Apresentação Esther Grossi. 3ª ed. Brasília: DP&A, 2000.
FREIRE, P. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1991, p. 58.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 39ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2009. p. 38 a 40.
LIBANEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2001,
p. 30.
ESTÁGIO SUPERVISIONADO E PRÁTICA PEDAGÓGICA: UMA RELAÇÃO CONTROVERSA. Disponíveem: <http//www.prp.ueg.br/revista/index.php/isemdocuniv_inhumas/.../39>htm. Acesso em : 15 de mai. 2012.
TORRANCE, Paul. Criatividade medidas: Testes e Avaliações. São Paulo, IBRASA, 1976, p. 34
ANEXOS
PANO DE AULA (ALUNA: Jeanne Gomes de Souza Batista)
Escola Municipal Profº. Ascendino Henriques de Almeida Júnior
Eixo Temático: Linguagem oral e EscritaOBS.: AMIGA TEMOS Q PROCURAR ONDE VAI ENCAIXAR POIS ESTAMOS FALANDO DE ENSINO FUNDAMENTAL QUE É REGIDO PELOS PCNs E NÃO MAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL RCNEI
Série: 1º Ano Fundamental
Conteúdo /Tema: Desenhando minha história
Tempo estimado: Uma aula
Sexta-feira, 04/05/2012
Objetivos:
Conhecer a Árvore Genealógica;
Identificar os membros que a constitui;
Desenvolver a assimilação, memorização e a socialização;
Letrar as crianças a partir de textos reais.
Metodologia:
Dialogando com as crianças por meio da roda sobre a família e a Árvore Genealógica a partir de algumas indagações: O que é a família para vocês? Que sentimentos devem existir na família?O que é a Árvore Genealógica? Como ela é formada? Qual a sua importância?
Mostrando através de um cartaz a Arvore Genealógica, como ela é organizada como é formada;
Apresentar por meio de uma casinha o personagem da revista chamado Tom, na qual vão desenhar ela e sua família, a rua onde mora, a brincadeira predileta e completar a Árvore Genealógica com os membros que a constitui;
Elaborar uma cruzadinha com os sentimentos que devem estar presentes na família;
Socialização através da apresentação dos desenhos feitos por cada criança em exposição na sala.
Recursos:
Fantoche;
Quadro;
Casinha com um personagem interativo;
Revista personalizada;
Papel, lápis e canetas coloridas.
Avaliação:
Será feita por meio de observação, enfatizando o interesse, a participação, atenção, as atitudes espontâneas na realização desta atividade, e também a assimilação do conteúdo proposto acerca da Árvore Genealógica e a família.
PANO DE AULA (ALUNA: Adriana Lorena da S. A. A. Oseas)
Escola Municipal Profº. Ascendino Henriques de Almeida Júnior
Série: 1º Ano Fundamental
Tempo estimado: Uma aula
Sexta-feira, 04/06/2012
Objetivo Geral:
Estimular a criatividade e imaginação através de atividades relacionadas ao tema, oferecendo-lhes oportunidades de descontração, socialização e ampliação de seus conhecimentos através de desenhos animados além de atividades diversificadas, e instigar o interesse a cerca dos festejos que fazem parte do folclore brasileiro, ressaltando seus aspectos, social e cultural.
Objetivos Específicos:
Desenvolver a socialização da criança, incentivando o trabalho em grupo
Ouvir com interesse as informações trazidas pelos colegas
Valorizar a tradição das festas juninas
Desenvolver a linguagem oral e escrita
Ampliar o vocabulário
Desenvolver a valorização do homem do campo e de suas atividades
Conscientizar sobre os perigos dos balões e fogos de artifício
Metodologia:
Por meio do desenho animado, (Festa de São João do Cocorico, Historinhas de Chico Bento) Introduzir o conceito de festa junina discutir o conteúdo do vídeo, com foco nas vestimentas características desse tipo de festa para então desenvolver atividade que envolverá a linguagem escrita, na qual será utilizada uma cruzadinha com palavras presentes no vocabulário deles. Para concluir, fazer uma retomada do que foi apresentado no dia.
Desenvolver atividade que estimulará a identificação e distinção dos modelos de roupas típicas para menino matuto e menina matuta.
Introduzir as características do ambiente de festa junina, como decoração com bandeirolas, fogueiras, barracas. Alertar sobre o perigo dos fogos de artifícios. Desenvolver atividade de matemática sobre sequênciação.
Trabalhar um texto literário com a temática festa junina.
Recursos:
Tv;
Dvd;
Vídeos em desenho animado alusivo ao tema;
Atividades xerografadas;
Avaliação:
A avaliação será efetuada através de observações e registros no decorrer da aplicação da atividade diária, e assim, detectar se os objetivos propostos foram alcançados pelos alunos. Esse processo será evidenciado mediante, sua participação, interação e colaboração nas atividades individuais e coletivas, interesse e conhecimento sobre o tema abordado.
De acordo com Ramos (2001), o maior desafio para ressignificar o processo de avaliação é construirmos uma avaliação reflexiva, libertadora, interligada ao processo de ensino/aprendizagem. Nesta perspectiva estaremos formando cidadãos críticos, reflexivos, autônomos e mais humanos.
Referência:
KRAEMER, Maria Elizabeth. Avaliação da aprendizagem como processo construtivo de um novo fazer. Apostila Avaliação Educacional, p. 7

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