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2º UNIDADE Erros e incerteza

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FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS E INCERTEZASERROS E INCERTEZAS
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS E INCERTEZAS - CONCEITO
Conceitos de erro e incerteza
Por mais que o sujeito que faz as medidas em um laboratório seja competente e caprichoso, os dados
experimentais nunca terão precisão e exatidão absoluta; porém, alguns dados são mais precisos (ou
exatos) do que outros, e é necessário estabelecer uma medida que permita verificar quão bom é o valor da
medição. Para isso dois novos conceitos são necessários, os conceitos de ERRO e INCERTEZA
Conceito de ERRO
A palavra “erro” é empregada exclusivamente para indicar a diferença entre o valor verdadeiro e o
resultado de uma medição.
Erro (ou Erro Absoluto) = Resultado da medição – Valor Verdadeiro 
Assim, para saber o erro de uma medida exatamente, é preciso conhecer seu valor verdadeiro. Como o
valor verdadeiro da maioria das grandezas de interesse experimental é desconhecido , o conceito de erro
tem pouco uso prático. Assim, é importante lembrar que valores verdadeiros são definidos a partir de
modelos. Feita essa ressalva, para os objetivos desta disciplina, sempre poderemos imaginar que estamos
lidando com grandezas que possuem valores verdadeiros únicos e bem definidos.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS - RELATIVO E CORREÇÃO
Por vezes é muito útil apresentar valores
relativos, quando se exprimem erros de
medições. A forma mais usual de
apresentação é indicar os erros em
percentagem (%).
����	�������� =
����	��������
�����	����������
× 100%����	�������� =
����	��������
�����	����������
× 100%
Ao simétrico algébrico do erro dá-se o nome de
“CORREÇÃO”
�����çã� = −����	�������������çã� = −����	��������
Este termo resulta do fato de, se se souber que uma dada medição está afetada de um determinado erro, o
valor correto pode ser obtido mediante a correção desse resultado.
Por exemplo, sabendo que a velocidade da luz no vácuo é definida exatamente como c = 299.792.458 m/s,
é possível calcular o erro de qualquer medição dessa grandeza subtraindo o resultado obtido no
experimento pelo valor verdadeiro (conhecido por definição). Assim, o cálculo exato do erro só é possível se
soubermos, de antemão, qual é o valor verdadeiro em questão. Porém, apesar de ter pouco uso prático, o
conceito de erro é fundamental para se compreender de que maneira e por que motivos os resultados das
medições se desviam dos seus respectivos valores verdadeiros.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
TIPOS DE ERROS DE MEDIÇÃO – (VISÃO GRÁFICA) 
ERROS GROSEIROS – São devidos a falta de atenção, pouco
treino ou falta de perícia do operador. Por exemplo, uma troca de
algarismos ao registrar um valor lido. São geralmente fáceis de
detectar e eliminar.
ERROS SISTEMÁTICOS (Tendência) – São os que afetam os
resultados sempre no mesmo sentido. Exemplo: incorreto
posicionamento do “zero” da escala, afetando todas as leituras
feitas com esse instrumento. Devem ser compensados ou
corrigidos convenientemente.
ERROS ALEATÓRIOS – Associados a natural variabilidade dos
processos físicos, levando a flutuações nos valores medidos. São
imprevisíveis e devem ser abordados com métodos estatísticos.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
Fontes de Erro
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS - FONTES DE ERRO
Em um experimento real há, geralmente, várias fontes de erro. Sem a pretensão de esgotar todas as fontes
de erro possíveis de ser observar em um experimento, chamamos atenção às seguintes:
Fatores que contribuem para que os resultados das medições se 
desviem dos seus valores verdadeiros. 
FONTE DE ERRO
A) CALIBRAÇÃO DO INSTRUMENTO;
Todo o instrumento de medição deve ser calibrado direta ou
indiretamente com relação a um padrão internacional de
referência. Como nenhum processo de calibração é perfeito,
temos ai uma fonte de erro. Quanto mais imperfeita for a
calibração do instrumento, tanto mais desviado será o valor obtido
do seu valor verdadeiro.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS - FONTES DE ERRO
Dependendo do material com que é fabricado, das
suas condições de uso e armazenamento, o
instrumento pode se desviar do seu estado original.
Por exemplo, uma régua de plástico pode se dilatar,
trincar ou deformar com o uso. Uma balança pode
sofrer pequenos danos físicos a cada vez que é
transportada do armário para a bancada de
trabalho. Da mesma maneira, todos os instrumentos
estão sujeitos, ao longo do tempo, a perderem sua
calibração original. Temos aí outra fonte de erro.
B) CONDIÇÕES DE USO E ARMAZENAMENTO DO INSTRUMENTO
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS - FONTES DE ERRO
C) INTERAÇÃO INSTRUMENTO-OBJETO:
A interação entre o instrumento e o objeto da medição pode
alterar o valor verdadeiro da grandeza medida. Por exemplo, ao
medir a espessura de uma resma de papel com um paquímetro, é
sempre necessário pressionar a resma um pouco para retirar o ar
que fica preso entre as folhas. Porém, podemos estar
comprimindo a resma de papel além do necessário para eliminar
o ar entre as folhas, alterando, assim, sua espessura verdadeira.
Ao mesmo tempo, se o paquímetro não a pressiona, é possível
que um pouco de ar fique preso entre as folhas. Assim, devido à
interação entre o instrumento e objeto, é possível que o resultado
da medição se desvie (para mais ou para menos) do seu valor
verdadeiro ou valor alvo. Esse tipo de erro é evidente em
instrumentos elétricos, pois a simples introdução do instrumento
no circuito em observação altera as características do circuito.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS - FONTES DE ERRO
C) VARIÁVEIS QUE NÃO CONSEGUIMOS (ou não desejamos) CONTROLAR:
As grandezas físicas estão relacionadas umas às outras. Por isso, para obter uma boa medida de uma
grandeza, é fundamental que consigamos controlar as variáveis às quais essa grandeza está relacionada.
Por exemplo, se desejamos medir o alcance de um projétil, é fundamental que consigamos controlar seu
ângulo de inclinação, sua altura de lançamento e sua velocidade inicial. Quanto mais essas grandezas
variarem além do nosso controle, tanto mais o alcance variará. Assim, cada grandeza que não
conseguirmos (ou não desejarmos) controlar precisamente contribui para que o valor que obtemos ao final
de cada medição se desvie do seu alvo.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS - FONTES DE ERRO
D) INTERAÇÕES E RETROAÇÃO
Quando o termômetro que está na temperatura ambiente
de 20° é inserido no recipiente com água a uma
temperatura de 70° ocorre uma troca de energia. A água
quente e o termômetro mais frio interagem até atingir um
equilíbrio térmico. A Temperatura de equilíbrio depende
das características do termômetro e do volume do
recipiente com água. No exemplo, o equilíbrio ocorreu a
temperatura de 65°. Na ausência de qualquer outro erro
de medição, o termômetro estaria indicando a
temperatura em que se encontra a água no recipiente.
Entretanto, essa temperatura não corresponde mais à
temperatura produzida pela máquina.
Esse efeito indesejado é denominado de ERRO DE
RETTROAÇÂO
Retirado da Máquina = 70°
Ambiente = 20°
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS - FONTES DE ERRO
Embora seja impossível neutralizar completamente todas as fontes de erro em um
experimento, é fundamental tentar controlá-las. As fontes de erro acima são toleradas na
medida em que são inevitáveis. Todo o resultado experimental possui algum erro e algumas
fontes de erro estão presentes até nas medidas feitas pelos pesquisadores mais cuidadosos
sob as melhores condições de trabalho. Porém, é importante destacar que a impossibilidadede controlar completamente as fontes de erro não justifica que o experimento seja feito com
desleixo, que você realize as medições sem saber o que está fazendo ou que empregue os
instrumentos de maneira inadequada. Em atividade experimental, alguns erros são
perdoáveis porque são inevitáveis, mas nem todos são inevitáveis...!
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
E) EFEITOS DA TEMPERATURA NA METROLOGIA DIMENSIONAL
A quase totalidade dos materiais muda suas dimensões em função da temperatura. Essa propriedade é
denominada DILATAÇÃO TÉRMICA. A variação das dimensões lineares é proporcional à variação de
temperatura. O fator de proporcionalidade é denominado coeficiente de dilatação térmica, frequentemente
representado pela letra grega .
EFEITOS DA TEMPERATURA NA METROLOGIA DIMENSIONAL
Sendo:
L: variação do comprimento
: coeficiente de dilatação térmica do material
��: comprimento inicial
T: variação da temperatura.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
O erro de medição de comprimentos devido a diferença de temperatura, quando o
sistema de medição e a peça são de materiais diferentes com distintos coeficientes
de dilatação térmica, pode ser calculado e corrigido. Para tal é necessário conhecer
os valores dos coeficientes de dilatação térmica de ambos os materiais e a
temperatura em que a medição está sendo efetuada. A tabela em anexo apresenta
de forma sintetizada as correções aplicadas em seis casos distintos.
Caso Sistema de medição Peça a ser medida Correção devido a temperatura
material Temp. material Temp.
1 A 20°C A 20°C C=0
2 A TSM20°C A TP = TSM C=0
3 A TSM A TSM TP C=A.L. (TSM – TP)
4 A 20°C B 20°C C=0
5 A TSM20°C B TSM = TP C=(A-B).(TSM –20°C). L
6 A TSM B TSM  TP C=[A. (TSM –20°C)- B. (TP –20°C)]. L
EFEITOS DA TEMPERATURA NA METROLOGIA DIMENSIONAL
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
Exercício 1:
Uma barra de aço em formato retangular possui as seguintes dimensões: 10mm de largura e 40mm de comprimento, mantida
a 20°C. Supondo que, após algum tempo, a temperatura atinja 30°C. Em função da dilatação térmica, quais seriam as novas
dimensões dessa peça de aço? (dados: aço=11,5 m.m
-1.K-1; 1m=10-6m).
EFEITOS DA TEMPERATURA NA METROLOGIA DIMENSIONAL
Exercício 2:
O diâmetro de um eixo de alumínio foi medido por um micrômetro em um ambiente com temperatura de 32°C. Foi encontrado
a indicação de 21,427mm. Determine a correção a ser aplicada no valor do diâmetro do eixo para compensar o efeito da
temperatura. (dados: aço=11,5 m. m-1. K-1 e Al=23,0 m. m-1. K-1; 1m=10-6m)
Exercício 3:
Determinar o erro absoluto que se comete ao medir um bloco de aço com coeficiente de dilatação de 11,5 × 10-6 de 300 mm,
sabendo que a temperatura na altura da medição é de 22,5 ºC.
A temperatura de referência para controle dimensional é de 20 ºC.
Exercício 4:
Uma peça de chumbo foi confeccionada na produção de uma fábrica onde a temperatura ambiente era de 45°C. O
comprimento total da peça foi medido e encontrado o valor de 135,06mm, sabendo-se que estava dentro do especificado de
135±0,08 a peça foi liberada. O operador enviou a peça para o laboratório de metrologia onde a mesma ficou por horas
exposta a uma temperatura de 20°C aguardando a análise do inspetor. Qual será o resultado da mesma após a análise do
inspetor? A peça deve ser retrabalhada ou sucateada?
Exercício 5:
Uma trena confeccionada em fita plástica foi usada para medir o comprimento de um trilho de aço de aproximadamente 6 m de
comprimento em um dia muito quente, quando a temperatura atingia 35 °C. Sabendo que o coeficiente de dilatação térmica do
aço é 11,5 μm/(m∙K) e do material da fita plástica, 40 μm/(m∙K), determine a correção a ser aplicada para corrigir o erro de
medição devido à temperatura.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
COMPORTAMENTO DE UM SISTEMA DE MEDIÇÃO
b) Comportamento observado em medições 
subsequentes
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
COMPORTAMENTO DE UM SISTEMA DE MEDIÇÃO
b) Análise da distribuição
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
COMPORTAMENTO DE UM SISTEMA DE MEDIÇÃO - TENDÊNCIA
TENDÊNCIA (Td) ou (Erro Sistêmico (Es))
Tendência é a diferença entre a média das medidas de uma grandeza e o valor de
referência para a grandeza medida, realizadas por um avaliador com o mesmo equipamento
e método. “Tendência é uma estimativa do erro sistemático”
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
COMPORTAMENTO DE UM SISTEMA DE MEDIÇÃO
Como o erro sistemático é referente a série de medições ele é igual para todas as medidas (ver tabela ). O erro
sistemático é dado por:
Es = Td = MM – VVC Onde: MM = Média das medidas
VVC = Valor verdadeiro convencional
O erro aleatório (Ea): é a parcela de erro que surge em função de fatores aleatórios:
Ea = M – MM
O erro grosseiro (Eg): é uma parcela que pode ocorrer em função de leitura errônea, operação indevida ou dano do
sistema de medição. Seu valor é totalmente imprevisível.
No exemplo da balança, mostrado anteriormente, como foi aplicado uma massa padrão de 1 Kg, pode-se afirmar
que esta balança, sistematicamente apresenta um erro de +15g, isto é, 15 g acima do valor esperado. O erro
aleatório como falado e definido é imprevisível. Apenas pode-se supor a partir deste experimento que ele ocorrerá
dentro de uma faixa de ±3g (ver tabela).
Se não fosse conhecido o valor da massa aplicada, a tendência de um leigo seria afirmar:
m = 1015 ±3g
Como já é possível observar, ao fazer isto um grave erro será cometido, por simplesmente ter esquecido do erro
sistemático.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
EXERCÍCIOS
Medida E Td Ea
25,112
25,119
25,109
25,120
25,111
25,121
1) Um bloco padrão com medida igual a 25,125mm
foi medido por um instrumento conforme a tabela
abaixo. Calcule o erro aleatório de cada medição.
�� =
2) Em uma balança foram pesados os pesos padrão
de 5kg, 10kg, 25kg e 50kg e registrados seus
resultados conforme tabela abaixo. Qual o erro
aleatório referente a 7ª medição do peso padrão de
25kg e a 9ª medição do peso padrão de 5kg?
5kg 10kg 25kg 50kg
1ª 5035g 10002g 24998g 49987g
2ª 5027g 10012g 24987g 49978g
3ª 5022g 10008g 24989g 49977g
4ª 5018g 10025g 24995g 49990g
5ª 5033g 10015g 24996g 49898g
6ª 5019g 10012g 24995g 49899g
7ª 5005g 10003g 24990g 49879g
8ª 5009g 10017g 24999g 49901g
9ª 5011g 10023g 25001g 49902g
10ª 5025g 10022g 24998g 49899g
M
ed
iç
õ
es
pesos padrão
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS DE MEDIÇÃO – PAQUÍMETRO
ERROS DE MEDIÇÃO COM O PAQUÍMETRO
Para obtermos o máximo de rendimento em termos de medição com os Paquímetros, devemos ter sempre
em mente que, para uma medição precisa e confiável, são necessárias certas condições, tanto para o
instrumento como para o operador, para que a medição seja o mais fiel possível. Estas condições são,
basicamente, qualidade do instrumento e preparo do operador, evitando-se, assim, erros de influências
objetivas (erros do instrumento) e erros de influências subjetivas (erros do operador).
ERROS DE INFLUÊNCIAS OBJETIVAS
(erros do instrumento)
ERRO DE PLANIDADE DAS SUPERFÍCIES DE MEDIÇÃO Ocorre quando as superfícies de medição não
estão absolutamente planas, admitindo-se uma tolerância de, no máximo, 2 μm na retificação destas
superfícies.
ERRO DE PARALELISMO DAS SUPERFÍCIES DE MEDIÇÃO Ocorre quando as superfícies de medição
não se apresentam perfeitamente paralelas, considerando-se satisfatório um erro de até 3 μm.
ERRO DE DIVISÃO DA RÉGUA (ESCALA PRINCIPAL) A precisão das divisões é obtida por métodos
especiais de trabalho, tendo em vista a elevada dureza do material com que é confeccionado o
instrumento. Admite-se um erro de execução em função da fórmula : f = ± 5 + (L/50).
ERRODE DIVISÃO DA RÉGUA (NÔNIO) Pelos mesmos motivos da anterior e, ainda pelo fato de ser uma
escala menor, são admitidos erros de ± 5 μm.
ERRO DE COLOCAÇÃO EM ZERO Ocorre quando os zeros das escalas principal e do nônio não
coincidem, devido à deposição de impurezas nas faces de medição, ou pelo desgaste das mesmas, pelo
uso frequente. Pode apresentar um erro de, no máximo, ± 5μm.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS DE MEDIÇÃO – PAQUÍMETRO
ERROS DE INFLUÊNIAS SUBJETIVAS
(erros do operador)
ERRO POR DIFERENÇA DE PRESSÃO DE MEDIÇÃO Pressão de medição é a pressão necessária para vencer o atrito do 
cursor sobre a régua, mais a pressão de contato com a peça a ser medida. É tolerável um erro de até ± 2 μm.
ERRO DE LEITURA É influenciado pelo PARALAXE, que ocorre pelo fato de a escala da régua e a escala do nônio 
estarem em planos diferentes, além de depender do ângulo de visão do operador. Este erro, dependendo da posição 
do operador em relação ao instrumento e do valor da diferença de planos das escalas, poderá ser de, no máximo, 15 
μm.
ERRO DE PARALAXE
Ocorre através da observação errada do valor na
escala analógica do instrumento, devido ao
ângulo de visão. Esta não ocorre em
instrumentos digitais.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS DE MEDIÇÃO – MICRÔMETRO
ERROS DE MEDIÇÃO COM O MICRÔMETRO
Para que se tenha uma medição confiável, é necessário que instrumento e operador estejam afinados num
mesmo propósito, ou seja, a busca de uma medição o mais fiel possível, sendo imprescindível a qualidade do
instrumento e o preparo do operador, evitando-se, assim, alguns tipos de erros, tais como:
ERROS DE INFLUÊNCIAS OBJETIVAS
(erros do instrumento)
A precisão instrumental é o desvio máximo entre a medição real e aquela fornecida pelo instrumento com
suas características técnicas, independentemente de qualquer fator externo. Referindo-se ao Micrômetro, a
sua estrutura e funcionalidade, podemos afirmar que suas
principais fontes de erro são:
ERRO DE PLANEZA DAS SUPERFÍCIES DE MEDIÇÃO Admite-se um erro de, no máximo, ± 1 μm.
ERRO DE PARALELISMO DAS SUPERF. DE MEDIÇÃO Admite-se um erro de, no máximo, ± (2 + L/50) μm.
ERRO DE PASSO DAS ROSCAS MICROMÉTRICAS Admite-se um erro de, no máximo, ± 3 μm.
ERRO DE AJUSTE DO ZERO Admite-se um erro de, no máximo, ± (2 + L/50) μm.
ERRO DE FLEXÃO DO ARCO (PRESSÃO DE MEDIÇÃO) Os valores da flexão permissível no arco foram
definidos considerando a força exercida pela catraca ou fricção do Micrômetro, que deve ser de 5 a 10N (510
a 1020 gf).
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
ERROS DE MEDIÇÃO – SISTEMAS E DISPOSITIVOS
ERRO COM SISTEMAS DE MEDIÇÃO
ERRO DE INSERÇÃO Ocorre na montagem de um sistema de medição, onde utilizam-se mais de um
instrumento ou dispositivos, gerando perdas devido a resistência dos materiais e acumulo de incertezas
devido a fabricação de cada componente.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
INCERTEZAS - CONCEITO
Conceito de incerteza da medição
Por definição, incerteza é uma estimativa que quantifica a confiabilidade do resultado de uma medição.
Quanto maior for a incerteza, tanto menor será a confiabilidade desse resultado. Paralelamente, é
importante destacar que incerteza não é erro. O cálculo do erro depende de conhecermos o valor
verdadeiro daquilo que estamos medindo. Em contrapartida, o cálculo da incerteza não tem esse tipo de
restrição. A incerteza pode (e deve) ser calculada mesmo quando não temos nenhuma ideia do valor
verdadeiro em jogo. Por isso a incerteza é um conceito muito mais instrumental e com mais aplicabilidade
que o conceito de erro.
Há dois tipos de incerteza:
do tipo A e do tipo B.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
INCERTEZAS - CONCEITO
Por definição, as avaliações da incerteza do TIPO A dependem que seja feita uma série de observações da
mesma grandeza física. A avaliação da incerteza do tipo A ocorre essencialmente quando calculamos o
DESVIO PADRÃO da média de uma série de observações. Nesses casos, o resultado da medição é a
média das observações.
As avaliações da incerteza do TIPO B são utilizadas
principalmente quando é muito difícil realizar
observações repetidas. Tais avaliações são
efetuadas por outros meios que não a analise
estatística de uma série de observações. É
usualmente baseada em julgamentos científicos
utilizando todas as informações disponíveis, que
podem ser obtidas a partir de:
 Dados de medições anteriores
 Experiência ou conhecimento geral do 
comportamento dos instrumentos
 Especificações do fabricante
 Dados provenientes de calibrações e de 
outros certificados
 Procedimentos operacionais
 E outros...
Assim como ocorre com a incerteza do tipo A, o resultado da avaliação da incerteza do tipo B pode ser
interpretado como um desvio padrão. Ou seja, tanto a incerteza do tipo A quanto a incerteza do tipo B
pode ser utilizada para determinar quantitativamente uma confiabilidade nas medições.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
INCERTEZA PADRÃO é uma medida da intensidade da componente aleatória do erro de
medição. Corresponde ao desvio padrão dos erros de medição.
g
1014 g
1
(1000,00 ± 0,01) g 1014 g
1012 g
1015 g
1018 g
1014 g
1015 g
1016 g
1013 g
1016 g
1015 g
1015 g
1017 g
112
)1015(
u
12
1
2




i
iI
média: 1015 g u = 1,65 g
� =
∑(�� − ��)
�
� − 1
INCERTEZAS - INCERTEZA PADRÃO – INCERTEZA TIPO A
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
Desvio Padrão
O desvio padrão de uma distribuição ou população é a medida do espalhamento dos seus valores.
Geralmente denotado pela letra σ (sigma minúsculo). É definido como raiz quadrada da variância.
� =
∑(�� − ��)
�
� − 1
O desvio padrão é a medida mais comum da 
dispersão estatística.
Exemplo: Calcular o desvio padrão da amostra: 15 12 10 17 16
�� = 	
�1 + �2 +⋯+ ��
�
=
�� �� − �� (�� − ��)
�
Σ=
� =
∑(�� − ��)
�
� − 1
=
INCERTEZAS - DESVIO PADRÃO (INCERTEZA PADRÃO)
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
Incerteza e dúvida são sinônimos. A incerteza de medição (IM) está relacionada a dúvida presente no resultado
da medição. Decorre da ação combinada dos vários componentes de erro que agem sobre o processo de medição.
Define o tamanho da faixa, centrada em torno do resultado base (RB), onde se espera encontrar o valor verdadeiro do
mensurando e é calculada a partir de vários componentes da incerteza, normalmente por métodos estatísticos
INCERTEZAS = DÚVIDA
-IM +IMRB
Valor Verdadeiro
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
Engº Luiz Moraes
PILARES DA METROLOGIA

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