Buscar

Questão de direito municipal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Questão de direito municipal- avaliação 
1-Que aspectos deve contemplar o plano diretor para uma gestão mais eficiente, contemplando o direito urbanístico e o direito ambiental? Fundamente:
Prefacialmente salienta-se, o Plano Diretor, segundo Estatuto da Cidade – Lei Federal nº 10.257/2001, traz em seu bojo, as diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. O Plano Diretor, segundo o art. 40 do EC, é o “instrumento básico de política de desenvolvimento e expansão urbana”. Sobre o conteúdo mínimo do Plano Diretor, Hely Lopes cita o que dispõe o art. 42 do EC:
[...] a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsória, considerando a existência de infraestrutura e de demanda para utilização, na forma do art. 5º; disposições requeridas pelos arts. 25 (direito de preempção), 28 (outorga onerosa do direito de construir), 29 (alteração do uso do solo mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário), 32 (operações urbanas consorciadas) e 35 (transferência do direito de construir); sistema de acompanhamento e controle (art. 42, I-III). (MEIRELLES, 2008. p. 552)
Cuida se analisar que, o plano diretor é instrumento hábil à execução da política urbana, na medida em que regula e ordena a propriedade urbana, dando-lhe uma função social, conforme a ordem pública e o interesse social de todos os cidadãos, uma vez que busca parâmetros de qualidade de vida, justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, conforme as diretrizes estabelecidas no art. 2º do EC.
 Vale observar, que evitar danos ao meio ambiente é uma condição constante em qualquer ordenação político–social brasileira Assim, esta faceta também deverá ser contemplada pelo Plano Diretor. Este é obrigado contemplar territórios onde haja: áreas de especial interesse turístico; a execução de serviços de infraestrutura ou de empreendimentos que possam impactar o meio ambiente (art. 41, incs. IV e V do EC).
Sobre o conteúdo do Plano Diretor, o Ministério das Cidades, através do Guia Plano Diretor Participativo, orienta a abordagem de temáticas como: desenvolvimento econômico e regional; política habitacional, transporte e mobilidade, saneamento e gestão de águas; tributos, dentre outros: 
O Plano Diretor [...] (i) indica os objetivos a alcançar, (ii) explicita as estratégias e instrumentos para atingir os objetivos e (iii) oferece todos os instrumentos necessários para que estes objetivos sejam cumpridos. [...], também orienta os investimentos estruturais a serem feitos pelos agentes públicos e privados. O Plano Diretor (i) tem de definir o papel e atuação de cada agente, de forma pactuada; (ii) tem de prever critérios e formas pelos quais serão aplicados os instrumentos urbanísticos e tributários, dentre outros; e (iii) tem de prever também as ações estratégicas a serem implementadas. (BRASIL, 2004, p.16)
Contudo, este mesmo guia institucional também salienta que, os principais conteúdos a serem contemplados pelo Plano Diretor são as necessidades locais específicas e a participação da comunidade afetada na elaboração deste Plano Diretor:
Os procedimentos propostos nesse guia respeitam a diversidade das regiões e municípios brasileiros. [...] Os Planos Diretores atenderão sempre mais diretamente aos seus objetivos, quanto mais forem abertos à inovação e à criatividade, e quantos mais estimulem a participação dos cidadãos e a produção coletiva. (BRASIL, 2004, p.16)

Outros materiais