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Hermenêutica Juridica Conceitos Objetos Concepções Conceito de Hermenêutica Teoria da interpretação. No caso do Direito, a hermenêutica jurídica é a teoria da interpretação das normas, condutas e práticas jurídicas. A hermenêutica é o momento teórico que antecede a atividade prática (método científico, superando as ações arcaicas realizadas na base do improviso e da necessidade). DOCUMENTOS ESCRITOS APLICAÇÃO PRÁTICA Exemplos: Professores Jogadores Vendedores MENTALIZAÇÃO IMPROVISAÇÃO PLANEJAMENTO Objeto da Hermenêutica Concepção Normativa O objeto da hermenêutica jurídica é a interpretação do Direito. Por sua vez, o objeto da interpretação jurídica é o texto legal e a norma jurídica. Os textos, aqui entendidas como as expressões linguísticas orais ou escritas, são interpretados tendo em vista os fatos a eles relacionados. Por sua vez, os fatos são interpretados em relação às normas pertinentes; Fatos e normas são interpretados tendo em vista o contexto social em que se concretizam. Concepção egológica do Direito Século passado surge nova concepção do objeto da interpretação: Concentrado não no conjunto de normas mas na conduta do agente em relação a essas normas. Aspecto humanista (as normas são feitas para serem cumpridas por pessoas e não apenas para constarem escritas num papel) Heidegger e Gadamer. Concepção egológica do Direito Norma jurídica = Meio Verdadeiro objeto da interpretação = Conduta humana regrada pela norma. Direito = Produto da evolução humana. O Direito não está na norma, e sim na conduta, por isso, não se interpreta a norma em si mesma, mas a norma enquanto determina a conduta das pessoas, e, assim, a hermenêutica é uma ciência existencial. Reflexão Assim, o Constituinte interpreta os anseios da sociedade ao elaborar a Constituição; o Legislador interpreta a Constituição ao elaborar leis e normas de caráter geral; os Magistrados e Administradores interpretam essas normas gerais ao produzirem normas aplicáveis a casos particulares; os responsáveis pela execução desses instrumentos particulares interpretam as sentenças, os contratos, os atos administrativos, de modo a produzirem, na prática, os resultados jurídicos que eles determinam. A sociedade e os cidadãos que são clientes finais deste processo escalonado, fazem a sua parte conduzindo as suas ações individuais e sociais de acordo com esses parâmetros, em vista do bem-estar social e da garantia da ordem e da segurança. Todo esse conjunto coordenado de forças movimenta o dia a dia da sociedade e constrói o ambiente no qual as pessoas exercem suas profissões e executam suas rotinas individuais. Em tudo está presente e se manifesta, com maior ou menor evidência, o fenômeno da interpretação e assim a interpretação funciona como um eficiente instrumento de renovação e atualização do ordenamento jurídico. Correntes doutrinárias As recomendações hermenêuticas se expressaram sob a forma de metodologias variadas: a subjetivista a objetivista Construção do sentido mais adequado da norma. Corrente Subjetivista Sentido da norma está na vontade do legislador (mens legislatoris). Missão do intérprete: descobrir esta vontade. Interpretação a partir da regra ex tunc. Corrente Objetivista Sentido da norma está na vontade da própria lei (mens legis). Missão do intérprete: descobrir esta vontade (da lei em si mesma). Interpretação a partir da regra ex nunc. O exagerado subjetivismo favorece o autoritarismo, ao privilegiar a figura do legislador; por outro lado, o exagerado objetivismo favorece o anarquismo e a insegurança social. Não existe um método de interpretação que deva ser preferido em relação aos demais, na busca pelo verdadeiro significado da norma. A flexibilidade interpretativa das leis impõe ao intérprete um postura de liberdade, de modo que não fique preso a este ou aquele posicionamento doutrinário. Fundamentos da Interpretação Provenientes da Filosofia e se distinguem em: Ontológicos Axiológicos Gnosiológicos Lógicos Ontologia Divisão da Filosofia que estuda as essências mais profundas de todos os seres existentes, elevando-se até o estudo da essência do mundo, na filosofia contemporânea se denomina simplesmente de “ser ”. Quando se fala em “ser ” entende-se aquilo que é, que existe realmente, não é mera suposição. O fundamento ontológico da interpretação significa que a norma e a conduta por ela determinada são realidades verdadeiras, por isso os fatos jurídicos precisam ser provados. Axiologia A axiologia é a divisão da filosofia que estuda os aspectos valorativos dos objetos. Todos os atos humanos são carregados de valores e junto aos valores está associada a intencionalidade. O valor é a força que induz a conduta. O fundamento axiológico da interpretação indica que esta deve procurar descobrir os valores ocultos nos fatos e atos jurídicos. Toda conduta é valorada e toda interpretação deve elucidar os valores nela contidos Gnosiologia A gnosiologia é a divisão da filosofia que estuda o comportamento humano, suas fontes, seus métodos, suas condições de veracidade e falsidade. O fundamento gnosiológico da interpretação diz respeito à necessidade de um máximo aprofundamento cognitivo dos fatos jurídicos, que não podem ficar apenas em noções superficiais. A instrução processual é o caminho para esta busca mais profunda da natureza dos fatos em análise. É ela que vai formar o convencimento do juiz. A lei processual e a ética profissional impõe ao magistrado a obrigação de esgotar todas as possibilidades envolvidas nos fatos. Daí porque se chama de “processo de conhecimento”, o juiz deve conhecer plenamente os fatos antes de emitir o seu julgamento. Lógica A lógica é a divisão da filosofia que estuda as regras do pensar correto, a adequação entre os pensamentos e a realidade, entre a linguagem e os fatos . O fundamento lógico da interpretação exige que esta guarde a devida coerência entre os fatos jurídicos, as normas a ele aplicáveis, os pedidos das partes e a decisão proferida pelo julgador. Não pode o Juiz decidir contrário a prova dos autos; não pode a sentença tratar de matéria diversa do pedido; não pode a decisão ir além do pedido; motivado por sentimentos de simpatia e antipatia.
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