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Aula 00 Legislacao Tributaria ISS Rio Aspectos Gerais v3

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Curso: Legislação Tributária Municipal 
Fiscal de Rendas do Município do Rio de Janeiro 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Marcelo Braga - Aula 00 
 
 
Prof. Marcelo Braga 2 de 55 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
“Existe um caminho...” 
Olá colegas concurseiros e concurseiras!!! Compartilho com você minha 
alegria de participar deste projeto do Curso Exponencial visando prepará-los 
para o concurso de Fiscal de Rendas do Município do Rio de Janeiro. 
Como você já deve ter percebido há escassez de materiais sobre 
Legislação Tributária Municipal. Em parte credito tal situação a um 
pensamento de que o Fisco Municipal seria algo “menor”, se comparado com 
os Estaduais e, principalmente, com a Receita Federal. Ledo engano! 
Guardada as coisas boas de cada esfera, posso listar algumas 
vantagens de se trabalhar no fisco municipal, além das normais de qualquer 
concurso: 
 
1) Se você tem muito apego (negócios, interesses particulares, família, 
etc.) a uma determinada cidade, passar para o fisco deste Município 
importa na certeza de que jamais você será removido para longe; 
2) Os serviços públicos municipais ainda não foram influenciados pela nova 
regra de aposentadoria da União; 
3) Por ser tratar de um ente menor, o acesso dos fiscais municipais ao 
executivo e legislativo para defender seus interesses é facilitado; 
4) Com a escassez de concursos na área Federal e dos Estados os 
Municípios se tornaram uma excelente opção; e 
5) A Legislação Tributária Municipal é menos complexa do que as dos 
Estados e da União, tornando o trabalho menos difícil. 
 
Posso afirmar que estamos tratando de um dos melhores concursos 
para a área fiscal. Inclusive escrevi um artigo contando como é o nosso dia a 
dia, quem quiser dar uma conferida é só acessar o link a seguir: 
http://www.exponencialconcursos.com.br/o-iss-rio-de-janeiro-concurso/ 
 
Também gravei um bate papo com o Prof. Lucas Salvetti, Coordenador 
Pedagógico e Coach da Exponencial Concursos, falando sobre o cargo e minha 
experiência de concurseiro. Tenho certeza de que vocês vão gostar. O link é o 
seguinte: 
https://vimeo.com/186437894 
 
APRESENTAÇÃO 
Curso: Legislação Tributária Municipal 
Fiscal de Rendas do Município do Rio de Janeiro 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Marcelo Braga - Aula 00 
 
 
Prof. Marcelo Braga 3 de 55 
www.exponencialconcursos.com.br 
Garanto que o artigo e o vídeo são motivacionais!!! 
Agora, o que podemos falar sobre o último concurso? Bom, a banca 
escolhida foi a ESAF e a prova foi dividida em duas fases, objetiva e 
discursiva. Para ser habilitado para a segunda fase o candidato teve que fazer 
mais de 78,8% da prova e só foi aprovado (chamada imediata mais reserva) 
quem fez mais de 77% da pontuação total. 
 
À época foram oferecidas 38 vagas imediatas (mais duas de PNE) com 
igual quantidade de vagas para reserva. Todos foram chamados, mas já não 
suprem a falta de profissionais por decorrência de aposentadorias. 
Sobre a prova são grandes as expectativas de que ocorram em 2017. E 
a banca inicialmente seria da própria Prefeitura, a Fundação João Goulart 
(FJG). 
Em um momento “de volta para o futuro”, lembro-me do dia em que, 
então Capitão-Tenente da Marinha do Brasil, decidi largar tudo para iniciar e 
concentrar-me apenas nos estudos. Na época fui chamado de “louco” por 
alguns uma vez que eu tinha um emprego público que não pagava mal e que 
gozava de certo status na sociedade. Além disto, colegas de farda diziam que 
faltavam “só” 15 anos para se aposentar, como se 15 anos fossem pouca 
coisa... 
 Não vou entrar no mérito das razões que me influenciaram nesta 
decisão (isso daria assunto para um chopp...). Fato é que me motivei nesta 
empreitada, e desde o começo sabia o que eu queria: ser Fiscal de Rendas 
(não importava onde fosse). 
 Assim começava o “meu caminho”. E neste caminho o importante é 
achar os “atalhos” que o levarão o fim desejado. Concursos são oportunidades 
que surgem e devemos estar preparados para agarrá-la. 
Nesta empreitada em que nenhum dinheiro entrava eu só via meus 
recursos se indo com cursos e livros. Naquela época não existiam as técnicas 
de coaching nem de confecção de materiais “direto ao ponto” (o que foi uma 
pena). 
 Antes de passar para o cargo de Fiscal de Rendas do Município do Rio de 
Janeiro fiz prova para Analista de Planejamento e Orçamento (APO/RJ). E 
nesta ocasião pude ver que eu já tinha alcançado o nível de conhecimento 
para passar. Numa prova de 80 questões decidi, após a revisão, trocar a 
resposta de 10!!! Mais uma vez fui chamado de “louco”, desta vez pelos 
amigos concurseiros. Resultado: acertei todas que troquei e, com isto, passei 
em 1º lugar na parte objetiva. 
Curso: Legislação Tributária Municipal 
Fiscal de Rendas do Município do Rio de Janeiro 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Marcelo Braga - Aula 00 
 
 
Prof. Marcelo Braga 4 de 55 
www.exponencialconcursos.com.br 
 Chega a ser engraçado mas em um determinado momento você está 
tão preparado para os concursos que você simplesmente “sabe”! Não à toa 
passei na prova seguinte, conhecida carinhosamente como “ISS-Rio”. 
 Nossa missão aqui é sermos o “atalho” da sua aprovação, oferecendo 
um material de qualidade que dificilmente você vai achar no mercado. Volta e 
meia boatos de que vai sair determinado concurso para algum fisco municipal 
ganham força. Quem larga na frente abre vantagem. 
 Nosso compromisso vai além: disponibilizaremos novos cursos para os 
principais concursos desta área conforme forem saindo, tratando aí da 
Legislação Específica do município. Isto sem contar todo o suporte e 
disponibilidade que daremos através da Exponencial Concursos. 
 Falaremos de ISS, IPTU, ITBI, contribuições, taxas, e de tudo que possa 
interessar sobre o assunto. Vamos também mostrar a lógica na Legislação 
Tributária visando facilitar o entendimento. Podem contar comigo. 
“Existe um caminho......e, juntos, trilharemos até a vitória!!!”. E quem 
sabe não nos encontramos no futuro nos corredores da Secretaria Municipal 
de Fazenda? 
 
Como será um concurso concorrido cabe já adiantarmos nossos estudos. 
E a seguir apresento o link com a Legislação Tributária atualizada: 
http://www2.rio.rj.gov.br/smf/fcet/legislacao.asp 
Este link é sempre atualizado pela Secretaria Municipal de Fazenda. 
Vamos ver agora o que temos convicção de que deverá ser estudado: 
 
1. Código Tributário do Município - CTM (Lei nº 691/84) – E nem 
poderia ser diferente, afinal é concurso para Auditor. 
 
2. Processo Administrativo Tributário (PAT - Decreto nº 14.602/96) 
– Assunto meio chato, cheio de detalhes mas que vamos cair dentro sem dó 
nem piedade. 
 
Em que pese as bancas colocarem a Legislação Tributária Municipal no 
edital, por experiência sabemos que boa parte cobra, E MUITO, o que está 
previsto na Constituição Federal, no Código Tributário Nacional, na Lei 
Complementar(LC) nº116/03 e na jurisprudência (LEGISLAÇÃO GERAL). Isto 
Histórico e análise da prova 
Legislação Tributária Municipal do Rio de 
Janeiro 
Curso: Legislação Tributária Municipal 
Fiscal de Rendas do Município do Rio de Janeiro 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Marcelo Braga - Aula 00 
 
 
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inclusive se justifica pelo fato de que vários dispositivos na Legislação 
Municipal apenas refletem o que está escrito nos diplomas citados. 
 Na tabelaabaixo fizemos um RAIO-X da última prova do ISS do Rio de 
Janeiro 
 Em que pese o RAIO-X não se tratar de garantia de como determinado 
assunto irá cair na prova, creio que pelo menos nos “dá o norte” para os 
estudos. 
 
ASSUNTO 
 
Quantidade de questões por 
assunto 
Definição do tributo 4 
Hipótese de Incidência 3 
Fato Gerador 4 
Sujeito Passivo 1 
Obrigações tributárias 3 
Penalidades 1 
Crédito Tributário 1 
Recursos e Julgamentos (PAT) 5 
Responsabilidade 1 
Lançamentos 1 
Fiscalização Tributária 1 
 
No quadro abaixo segue o programa do nosso curso. 
Aula Conteúdo 
00 Os tributos de competência municipal na Constituição Federal e CTN. 
Curso: Legislação Tributária Municipal 
Fiscal de Rendas do Município do Rio de Janeiro 
Teoria e Questões comentadas 
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Prof. Marcelo Braga 6 de 55 
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01 Imposto Sobre Serviços (ISS) no CTM – Interpretação, Fato Gerador, 
Incidência e Não Incidência, Responsabilidade e Solidariedade. 
02 Imposto Sobre Serviços (ISS) no CTM – Base de Cálculo, Alíquotas, 
Isenções, Arbitramento, Estimativa, do Pagamento, Infrações e 
Penalidades (aspectos gerais). 
03 ISS – Lista de Serviços 
04 IPTU – Aspectos Gerais, Sujeito Passivo, Base de Cálculo, Alíquotas, 
Isenções. 
05 ITBI – Aspectos gerais, Fato Gerador, Não Incidência, Isenções. 
06 Contribuição de Melhoria e Contribuição sobre o Custeio de 
Iluminação Pública. 
07 Taxas, Dívida Ativa e Certidão Negativa. 
08 Processo Administrativo Tributário. 
 
*confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial. 
 
Não se engane pelo fato de termos poucas aulas. São aulas completas e 
extensas onde vamos falar do que interessa. 
E então, vamos “cair dentro”? 
 
 
 
1- Previsões Gerais .............................................................................. 7 
1.1- Limitações ao poder de tributar ..................................................... 10 
2- Contribuição sobre o custeio do serviço de iluminação pública...... 17 
3- Imposto Sobre Serviço .................................................................. 19 
4- Imposto Predial e Territorial Urbana ............................................. 23 
5- Imposto sobre transmissão Inter Vivos ......................................... 26 
6- Questões Comentadas ................................................................... 29 
7- Lista de exercícios ......................................................................... 46 
8- Gabarito ........................................................................................ 55 
9- Material Bibliográfico .................................................................... 55 
 
 
Aula 00 – Os tributos de competência municipal na Constituição 
Federal e no Código Tributário Nacional. 
Curso: Legislação Tributária Municipal 
Fiscal de Rendas do Município do Rio de Janeiro 
Teoria e Questões comentadas 
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 A CFRB/88 trata dos princípios gerais do Sistema Tributário Nacional 
entre os art. 145 a 162. São princípios que norteiam o Direito Tributário para 
todos os entes e que são fundamentais no pacto federativo, principalmente na 
redução de conflitos de competências. 
 É neste diploma jurídico onde veremos um assunto muito importante, 
que é a previsão da legislação que será aplicada a determinado tributo. E, 
falando de legislação, cabe aqui mencionarmos uma diferença fundamental 
sobre este tema e que, não raro, gera confusão na hora da prova: 
 
 
 Além disto, existem os casos em que o cumprimento de determinado 
requisito só será satisfeito por LEI COMPLEMENTAR. Mas é determinante 
que este termo venha expressamente no texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Retornando ao raciocínio: de fato, se a Constituição não tratar destes 
princípios, o caos estaria instaurado já que, obviamente, todos os entes tem 
interesse de arrecadar e isso geraria uma enorme insegurança para os 
contribuintes. Não raro, contudo, percebermos que ainda sim há conflitos na 
prática. 
Sendo assim, a Constituição Federal determina quais tributos são de 
competência de cada ente da federação. Mas quais seriam estes tributos? O 
diploma constitucional nos ensina, no caso específico dos Municípios e DF, 
que: 
Quando aparecer 
apenas a palavra 
"LEI" 
Estamos falando de 
LEI ORDINÁRIA 
Quando aparecer 
apenas a palavra 
"LEGISLAÇÃO" 
Estamos falando de 
LEIS, DECRETOS, 
PORTARIAS, 
RESOLUÇÕES etc. 
1- Previsões Gerais 
 
E aqui vai uma dica: é normal, durante a prova, que o cansaço nos 
faça “passar batido” de certas palavras que fazem toda diferença na 
resposta a ser marcada. Em alguns casos a banca tenta se aproveitar 
disto trocando os termos “lei”, “legislação”, “decreto”, “lei 
complementar” etc. Recomendo que, durante a leitura do enunciado, 
você vá sublinhando todas as palavras chaves. Isso ajuda na hora de 
pensar na resposta e na revisão já que é normal prestarmos maior 
atenção ao que está em destaque. Repare, por exemplo, como a palavra 
“sublinhando” acaba se destacado e chamando sua atenção. 
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É a TEORIA TRIPARTIDA que assim é apresentada, em sua literalidade, 
na CFRB/88 e no Código Tributário Nacional (CTN - Lei 5.172/1966). Lembre-
se de aqui estamos falando da CONSTITUIÇÃO FEDERAL, e não de DOUTRINA. 
Digo isto pois há toda um entendimento doutrinário de que a teoria que 
melhor representa o Sistema Tributário Nacional é a TEORIA PENTAPATIDA. 
Tal teoria abrange mais duas classificações, estas se competência exclusiva da 
união: 
 
 
 
 
 
Ou seja, falou da literalidade do art.145 da CRFB/88 e do CTN, a 
resposta será a teoria tripartida. Veja também qual é o entendimento da 
banca responsável pela prova. Mencionamos isto pois, por vezes, a banca 
realiza perguntas gerais de Direito Tributário na parte destinada à Legislação 
Específica e precisamos estar de olho em tudo!!! 
Vale acrescentar o seguinte: o Município só pode INSTITUIR o tributo 
se houver previsão na CRFB/88. Qualquer outro item fora desta lista é 
inconstitucional. 
Art 145. 
Competência dos 
Municípios e DF 
para instituir 
Impostos 
Taxas 
que não podem 
ter base de cálculo 
própria de 
imposto 
Contribuição de 
melhoria 
decorrentes de 
obras públicas 
OBSERVAÇÃO: O Distrito Federal, pela sua peculariedade, possui 
competência tributária de Estado e de Município. Então, daqui para frente, 
sempre que aparecer algo sobre "municípios", incluam o DF nesta lista. 
 
1) Empréstimos 
Compulsórios 
2) Contribuições 
Socias 
Contudo, são tributos que, 
como já mencionamos, são 
privativos da União. 
Importantíssimo saber que 
eles existem, mas que não 
fazem parte da competência 
tributária dos municípios. 
Soane
Lápis
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Então vamos falar do art. 146 da CFRB/88. Para o nosso estudo ele é 
muito importante uma vez que nos dá duas informações de grande 
importância para os municípios: 
 
 
Ou seja, qualquer conflito entre União, Estados, DF e Municípios será 
resolvido por Lei Complementar (LC). E aqui vamos falar pela primeira vez 
sobre o ISS. 
O ISS (Imposto sobre Serviço), que por vezes aparececom a sigla 
ISSQN (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza) é o principal tributo dos 
municípios. Não à toa, mereceu atenção especial do legislador através da LEI 
COMPLEMENTAR (LC) nº 116/2003 que fala sobre as normas gerais do 
ISS e que será a nossa “bíblia" neste assunto, tanto que abordaremos com 
profundidade nas próximas aulas dos cursos. Isto será importante pois esta 
Lei Complementar está “refletida” no Código Tributário Municipal do Rio de 
Janeiro. Ou seja, estudando um, estaremos estudando também o 
outro!!! 
E vamos então ao nosso primeiro exercício. 
 1. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) Dois 
Municípios tributam determinado contribuinte através do ISSQN sobre um 
mesmo serviço prestado. O diploma legal que irá versar sobre conflitos de 
competência para a solução desta situação deverá ser um(a)/a: 
a) Decreto do Poder Executivo 
b) Lei Complementar 
c) Lei Ordinária 
d) Medida Provisória 
e) Constituição Federal 
RESOLUÇÃO: A Constituição Federal não dispõe sobre conflitos de 
competência. Ela apenas sinaliza que tais conflitos serão pacificados por Lei 
Complementar. Tão pouco tal conflito pode ser resolvido por Decreto do poder 
executivo, lei ordinária ou medida provisória. 
Por esta razão, a letra “B” está correta. 
Art 146, I e III. 
Cabe a Lei 
Complementar 
(LC) dispor 
sobre 
Conflitos de 
competência entre os 
entes da Federação 
Estabelecer as Normas 
Gerais em matéria de 
legislação tributária 
No caso 
do ISS, é 
a LC nº 
116/03 
Soane
Selecionar
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Os entes da federação necessitam da arrecadação de tributos para 
manterem sua estrutura e seus serviços. Não há segredo nisto, faz parte de 
como os governos do mundo todo funcionam. Contudo, há de se impor limites 
nesta “ânsia” de arrecadação, em prol de um bem maior. 
Neste contexto, a CRFB/88 trouxe em sua pauta as limitações ao poder 
de tributar para que fossem seguidas por todos os entes da federação. O 
Direito Tributário trata muito bem deste tema, e agora nós vamos explorar 
principalmente aquelas citadas nos art. 150 e 152 da CRFB e que interessam 
diretamente aos municípios. 
 
Os Municípios não podem: 
 
 
 Fica claro que o legislador quis proibir a discricionariedade de certos 
chefes do Executivo em aumentar a carga tributária para elevar a 
arrecadação. Com isso também assinalou o constituinte quanto à criação de 
uma segurança jurídica para os contribuintes. Imagine como poderíamos nos 
planejar se, do nada, aparecesse um imposto novo. 
 
 
 
 Aqui nós buscamos a igualdade prevista na Constituição (PRINCÍPIO 
DA ISONOMIA no sentido horizontal). Importante se perceber que a 
vedação de desigualdade é para aqueles que se encontram em situação 
equivalente. É por isto que o Regime de Arrecadação Tributária não fere a 
Constituição uma vez que há uma diferença de situação entre uma 
multinacional e uma microempresa, por exemplo (não há isonomia no 
sentido vertical). 
 
 
 1) Exigir ou aumentar tributo sem lei 
 2) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se 
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em 
razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, 
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos 
1.1- Limitações ao poder de tributar 
Soane
Selecionar
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 Sobre o item “a” inicialmente percebemos que esta vedação diz respeito 
a TRIBUTOS. Ou seja, se a banca afirmar que é “somente para impostos”, 
por exemplo, está ERRADO. É o PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE. 
Outro fato que devemos ter atenção o prazo é do início da 
VIGÊNCIA!!! Logo, se o fato gerador for após a PUBLICAÇÃO da lei, ainda 
sim não poderá o tributo ser cobrado caso ainda não haja a vigência da lei. 
 
 
 
O item “b” consagra o princípio da ANTERIORIDADE. Ou seja, em 
regra, só se pode cobrar tributo no exercício financeiro seguinte ao que o 
instituiu ou aumentou. Mas comporta exceções. Este tema será melhor 
desenvolvido no estudo do Direito Tributário devido a necessidade de 
aprofundamento. 
O item “c” trata da NOVENTENA. O tributo não pode ser cobrado antes 
de 90 dias da PUBLICAÇÃO da lei. Tal qual a anterioridade, é um assunto a ser 
aprofundado no Direito Tributário. 
Importante lembrar que a atualização do valor monetário (ou seja, a 
correção do valor devido à inflação) não configura aumento do tributo. Logo, 
além de não haver restrição da anterioridade e da noventena, ela também 
pode ser aprovada por DECRETO, e não por LEI. 
 
3) Cobrar TRIBUTOS: 
 
 
 
 
 a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do 
início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado;. 
 
 b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou; e 
 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que 
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, 
observado o disposto na alínea b. 
 
PUBLICAÇÃO 
Data em que 
saiu no Diário 
Oficial 
VIGÊNCIA 
Data em que a 
lei começa a 
surtir efeitos 
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Também devemos mencionar que certos tributos não seguem a regra 
da noventena e da anterioridade. Contudo, nenhum destes tributos é de 
competência municipal. 
Particularmente nas questões de Legislação Tributária as bancas não 
cobram a profundidade do assunto (como é cobrado severamente na parte do 
Direito Tributário) vindo o tema misturado na questão para confundir o 
concursando. 
 
 
 
 Há uma discussão interessante sobre este tema relacionado à 
progressividade do IPTU. Qual seria o limite desta progressividade para que 
não ficasse configurado o confisco? Por se tratar de jurisprudência, vamos 
falar melhor deste assunto quanto chegarmos propriamente à parte do IPTU. 
Mas desde já podemos garantir que tal progressividade não pode configurar 
confisco. O problema é que o entendimento de “efeito de confisco” é muito 
subjetivo e certos municípios abusam deste item criando majorações que 
necessitam da intervenção do judiciário devido á sua clara manifestação 
confiscatória. 
 
 
 
 O mais importante aqui é a exceção quanto a cobrança do pedágio pelas 
vias conservadas pelo Poder Público. Geralmente quando este dispositivo é 
cobrado em prova é seguido bem a literalidade. Ademais, como aparece na 
definição, são tributos interestaduais ou intermunicipais, até devido ao fato 
que nunca o não pagamento do ISS limitaria o tráfego de pessoas ou bens. 
 
 
 
 
 
 
 4) utilizar tributo com efeito de confisco. 
 
 5) estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de 
tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de 
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. 
Soane
Sublinhar
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www.exponencialconcursos.com.brEstamos falando agora de algumas IMUNIDADES!!! Trata-se de 
delimitação de competência do ente em tributar. Reparem que as imunidades 
acompanham os direitos fundamentais. Por exemplo, os templos religiosos são 
imunes para prover o livre exercício dos cultos religiosos. Os livros e jornais, 
ao direito de acesso à informação e ao livre pensamento, e por aí vai. Sendo 
assim, falaremos item por item deste nosso esquema. 
 
a) Trata-se da IMUNIDADE RECÍPROCA. Sendo assim, os entes não 
podem cobrar IMPOSTOS entre si. A lógica é a proteção da autonomia 
e da igualdade entre os entes. Atenção à extensão deste conceito às 
FUNDAÇÕES E AUTARQUIAS, desde que INSTITUÍDAS E 
MANTIDAS pelo PODER PÚBLICOS vinculados às suas 
FINALIDADES ESSENCIAIS. 
 
 6) instituir impostos sobre: 
 a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. É 
também extensivo às FUNDAÇÕES e AUTARQUIAS 
instituídas e mantidas pelo Poder Público desde 
que vinculados às suas finalidades essenciais ou 
delas decorrentes. 
 
 b) templos de qualquer culto, somente quanto as 
finalidades essenciais 
 
 c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de 
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os 
requisitos da lei, somente quanto as finalidades 
essenciais 
 
 d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão 
 
 e) fonogramas e videofonogramas musicais 
produzidos no Município contendo obras musicais 
ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras 
em geral interpretadas por artistas brasileiros 
bem como os suportes materiais ou arquivos digitais 
que os contenham, SALVO na etapa de replicação 
industrial de mídias ópticas de leitura a laser 
 
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 Sendo assim, se a Cidade do Rio de Janeiro decidir cobrar IPTU e Taxa 
de Coleta de Lixo (TCL) de prédio usado pela Receita Federal para sua 
finalidade essencial, ela estará certa ou errada? 
 A resposta é: NÃO quanto à cobrança do IPTU, mas SIM (entendimento 
majoritário) quanto à cobrança da TCL uma vez que a taxa não está abrangida 
pela imunidade e se trata de uma contraprestação de serviço que não fere, 
portanto, a autonomia e a igualdade entre os entes. 
Comentários extras: 
A parte de patrimônio, rendas e serviços dos entes, fundações e 
autarquias NÃO SÃO APLICADAS se for o caso de EXPLORAÇÃO DE 
ATIVIDADE ECONÔMICA regida pelo Direito Privado ou pagamento de 
tarifas e preços pelo usuário nem exonera o promitente COMPRADOR no que 
tange ao imposto de bem imóvel. A ideia aqui é que estas entidades não 
tenham uma vantagem injusta num mercado em que competem com 
empresas privadas que não possuem este tipo de benefício. 
Por fim, em que pese existirem algumas jurisprudências que estendem 
o entendimento literal destes dispositivos, devemos prestar atenção se a 
banca pergunta à luz de um contexto amplo ou se ela limita o entendimento 
apenas quanto à CRFB. Caso haja esta limitação, devemos ter atenção a 
literalidade da CRFB. 
 
b) A imunidade aqui presente diz respeito aos IMPOSTOS e não, por 
exemplo, às contribuições. Há diversos conhecimentos sobre este tema 
que, devido à quantidade de julgados, devem ser aprofundados no 
estudo de Direito Tributário. 
 
c) A “pegadinha” clássica neste caso é a imunidade ao SINDICATO DE 
TRABALHADORES que, não raro, a banca tenta nos confundir 
colocando SINDICATO DE EMPREGADORES (neste último caso, não 
há imunidade). No que tange aos partidos políticos, fica claro a intenção 
de defender o pluralismo político. 
 
d) É uma cláusula pétrea que visa baratear o acesso a cultura e facilitar o 
livre pensamento. 
 
e) Esse é um conceito pouco exigido em prova mas que devemos ter em 
mente já que, como sabemos as vagas são decididas muitas vezes por 
uma questão. Cabe seu estudo mais aprofundado na parte de Direito 
Tributário. É a IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DA MÚSICA NACIONAL. 
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 Ou seja, para tal é preciso de LEI (que pode ser ordinária neste caso) e 
só pode regular sobre este assunto específico. Tal dispositivo visa a apreciação 
pelo Legislativo de qualquer benefício a ser dado, no caso pelo Município, 
ainda que disfarçadamente (e por isso contempla as reduções de Base de 
Cálculo e etc.). Ainda com atenção a estes “disfarces”, fica determinado que 
seja lei ESPECÍFICA, para evitar que este assunto fosse incluso em outro que 
em nada tem a ver com a concessão de benefícios tributários e, assim, 
passasse despercebido. 
 
 
 Para este tema basta Lei Ordinária e, acreditem, os entes usam muito 
da responsabilidade tributária. Estudem bem este tema na parte de Direito 
Tributário pois se trata de uma teoria que vai ajudar, e muito, no 
entendimento dos regulamentos municipais, principalmente no que tange ao 
ISS. 
 Já que falamos de ISS, precisamos não confundir duas pessoas 
fundamentais nesse tributo: o PRESTADOR DE SERVIÇO e o TOMADOR DO 
SERVIÇO. 
 O Prestador de serviço e quem efetivamente realiza o mesmo. O 
Tomador é quem contrata. Sendo assim: 
 
 
 7) Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, 
concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativas a 
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante 
lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente 
as matérias acima e numeradas ou o correspondente tributo ou 
contribuição. 
 8) A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a 
condição de responsável pelo pagamento de impostos ou contribuição, 
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e 
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador 
presumido. 
 
PRESTADOR 
DE SERVIÇOS 
TOMADOR DE 
SERVIÇOS 
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Máquina de escrever
Os Municípios não podem:
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 Falaremos sobre a responsabilidade tributária. E neste caso o mais 
notório na legislação municipal é o da Construção Civil, e será este que 
usaremos como exemplo. Em regra (como veremos na aula sobre o CTM), o 
ISS é devido no local do estabelecimento do prestador. E faz sentido já 
que se torna, na maioria dos casos, muito difícil a localização exata da 
prestação do serviço. Sendo assim: 
 
 
 
Qual é a lógica? Vamos supor que o prestador de serviço (estabelecido 
na cidade de Nova Iguaçu) realizou reparo de um laptop de um cliente 
domiciliado na cidade do Rio de Janeiro. Como confirmar exatamente em que 
Município se deu o Fato Gerador (reparo do computador)? 
 
 Por conta disto, foi convencionada a regra do local do estabelecimento 
do prestador do serviço. 
 Contudo, há exceções. E a mais notável é a Construção Civil. Neste 
caso, o ISS é devido no Município da obra (que é onde foi prestado o 
serviço) e a lógica é a seguinte: fica bem claro que um prédio foi construído 
na cidade da prestação do serviço (ninguém vai “montar” um prédio e levar 
para outra cidade). 
 Sendo assim, se a construção está situada no município do Rio,é a este 
município que será devido o ISS, independentemente do local do 
estabelecimento do prestador. 
 A cidade de Rio de Janeiro adotou a retenção por responsabilidade 
transformando o tomador do serviço (aquele quem contratou) encarregado de 
reter (não pagar) o valor referente ao tributo para o prestador. Considerando 
que neste município este serviço possui a alíquota do ISS de 3%, poderíamos 
adotar o seguinte exemplo: 
 
A qual município é devido? 
Município do 
ESTABELECIMENTO DO 
PRESTADOR DO SERVIÇO 
EM REGRA 
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Sublinhar
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 \\ 
 
 
 Este tipo de responsabilidade (que estudaremos a parte) visa facilitar a 
fiscalização do ISS já que para obras os tomadores em regra estão no mesmo 
município da obra, o que não necessariamente ocorre com os prestadores. 
 
 
 
 Talvez você possa estranhar o fato desta contribuição aparecer aqui 
antes de falarmos do ISS. Isto se deve ao fato de que CAIU MUITO e 
CONTINUA CAINDO!!!! É o tipo de questão que não podemos e não iremos 
errar. Vamos entrar em maiores detalhes quando formos estudar o tópico 
específico mas de antemão podemos falar das PEGADINHAS mais comuns 
neste tipo de questão. 
 
 
 
Art 149-A 
Autoriza 
DF e 
municípios 
Instituir a 
Contribuição para 
Custeio da 
Iluminação 
Pública 
É 
CONTRIBUIÇÃO NÃO É TAXA 
FACULTADA COBRANÇA 
NA FATURA DA ENERGIA 
ELÉTRICA 
NÃO É OBRIGATÓRIA 
A COBRANÇA NA FATURA 
DE ENERGIA ELÉTRICA 
2- Contribuição sobre o custeio do serviço de iluminação 
pública 
 
Valor do serviço 
de Construção 
Civil = R$100,00 
Tomador 
retém R$ 
3,00 e 
repassa ao 
Município 
Prestador 
recebe R$ 
97,00 
 
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A Contribuição de Iluminação Pública foi inserida na Constituição Federal 
depois que o STF decidiu sobre a cobrança do serviço de iluminação pública 
como taxa através do enunciado da Súmula nº 670, a saber: 
 
 
Tal súmula surgiu após inúmeros questionamentos quanto à natureza 
da taxa de iluminação pública. Devemos lembrar que as taxas se devem por 
serviços de natureza ESPECÍFICA e DIVISÍVEL e o serviço de iluminação 
pública é UNIVERSAL (afinal, como “dividir” o que cada um “usou” de 
iluminação pública?). 
A opção dada foi a criação de um tributo que, pela própria definição do 
STF, é sui generis uma vez que não é imposto pois sua receita tem destinação 
para finalidade específica, e também não é taxa por não exigir uma 
contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte. 
Quando saiu esta Emenda Complementar era certo que aparecesse nas 
provas para Fiscos. Em que pese já ser um assunto meio batido, as bancas 
ainda sofrem certo “fascínio” em perguntar sobre o tema. 
 
 Agora iremos falar dos impostos municipais. E começaremos com 
a análise de uma questão do ISS de Recife. 
 2. (FGV Projetos /ISS Recife/2014) A competência 
legislativa do Município em matéria tributária é assegurada na Constituição da 
República Federativa do Brasil. Nesse sentido, de acordo com o estabelecido 
na Constituição Federal e disciplinado pelo Código Tributário do Município do 
Recife, certos tributos são de competência municipal, exceto: 
a) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU. 
b) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS. 
c) Imposto sobre a Transmissão Onerosa “inter-vivos” de Bens Imóveis e de 
Direitos a eles relativos – ITBI. 
d) Contribuição de Melhoria, decorrente de obras públicas. 
INSTITUIDO PELO 
MUNICÍPIO OU DF POR 
LEI ORDINÁRIA 
NÃO É INSTITUÍDO PELA 
CRFB/88 nem por LC 
 "O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante 
taxa." 
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e) Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS. 
RESOLUÇÃO: Para a solução desta questão, devemos ter em mente quais 
tributos são de competência municipal. 
 
 
Do art. 156 que acabamos de ver já podemos excluir as letras “A”, “B” e 
“C” já que são impostos municipais. A letra “D” também não é a resposta pois 
é tributo que consta no art. 145 (e que já vimos no capítulo das previsões 
gerais que é de competência municipal). Desta forma, só nos resta a letra 
“E” que, por sinal, é de competência estadual. 
E sendo assim, agora nós vamos falar de cada imposto de competência 
municipal de acordo com as informações da Constituição Federal. 
Relembrando, ainda voltaremos a este assunto, desta vez falando da 
legislação infraconstitucional. 
 
 
 
 
 
O Imposto Sobre Serviço é o imposto municipal de maior arrecadação. 
Não à toa o legislador criou na CRFB/88 a necessidade de Lei Complementar 
com a lista dos serviços abrangidos pelo imposto. Neste caso, falamos da LC 
nº 116/2003 e, consequentemente, o previsto no CTM do Rio de Janeiro. 
Art 156. 
Compete aos Municípios instituir 
IPTU ITBI ISS 
Art 156, III 
Autoriza 
DF e 
municípios 
Instituir ISS 
Serviços definidos 
em LEI 
COMPLEMENTAR 
3- Imposto Sobre Serviço 
 
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Vamos lembrar sempre que a LC nº 116/2003 foi “copiada” no CTM do 
Rio. 
 É importante que nem todo serviço está sujeito ao ISS pois além 
daqueles não contemplados na LC nº 116/2003 também existem aqueles cuja 
incidência a Constituição Federal colocou no campo do ICMS (portanto de 
competência estadual). Isso importa em afirmarmos que: 
 
Agora, o que a LC nº 116/2003 trouxe para o mundo jurídico? Vamos 
resumir através do mapa mental que se segue, apontando também quais as 
principais maldades que a banca pode se utilizar nestas definições: 
 
 
 
 
 
 
Serviços NÃO 
TRIBUTADOS pelo ISS 
Não constantes na 
LC nº 116/2003 COMUNICAÇÃO 
TRANSPORTE 
INTERESTADUAL E 
INTERMUNICIPAL 
FIXAR as alíquotas máximas 
e mínimas 
Se afirmar que a LC 
INSTITUI alíquotas, está 
ERRADO 
EXCLUIR da incidência 
EXPORTAÇÕES de serviço 
para o EXTERIOR 
Se vier IMPORTAÇÕES de 
serviço, a resposta está 
ERRADA 
Regular formas e condições 
como ISENÇÕES, 
INCENTIVOS E 
BENEFÍCIOS serão 
concedidos e revogados 
Se aparecer a palavra 
IMUNIDADE, a resposta está 
ERRADA 
CERTO ERRADO 
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 Percebemos que o legislador estava atento sobre a possibilidade de 
GUERRA FISCAL entre os Municípios. Isso explica o motivo pelo qual foi 
delegada à Lei Complementar estabelecer os parâmetros acima citados. 
 Isto proíbe (em tese) que Municípios apliquem alíquotas irrisórias para 
atrairem prestadores de serviços e também que fossem criadas alíquotas 
exorbitantes para o aumento de arrecadação. 
 Sempre é bom lembrarmos que qualquerassunto referente à 
IMUNIDADE só pode ser instituída através a CONSTITUIÇÃO FEDERAL. É 
importantíssimo que as imunidades (que são limitações que a própria 
Constituição cria aos entes para que não exerçam sua competência tributária) 
não sejam confundidas com as ISENÇÕES (que advém do exercício da 
competência tributária do ente em não tributar). 
Vou aproveitar para reforçar o seguinte tema: ter atenção às palavras 
SEMPRE x NUNCA. 
Exemplo: se na questão afirmar que a União NUNCA poderá instituir o 
ISS (ou qualquer outro imposto ou taxa de caráter municipal) está ERRADO. 
Há uma exceção: nos territórios em que NÃO HÁ divisão de municípios, a 
União fica com a competência destes tributos. 
Questão de ordem: hoje em dia existem terrítórios com esta situação? 
Na verdade sequer existem territórios, os mais novos talvez não lembrem mas 
alguns Estados de hoje foram territórios no passado. 
Independente disto, tal possibilidade existe e deve sempre estar em 
mente. Como costumo dizer, temos que enxergar a questão com os “olhos da 
alma” (que nos avisa da maldade da banca). 
Também precisamos ter em mente: 
 
 
 
 
E o que é um lançamento por homologação? É aquele onde o próprio 
sujeito passivo calcula e recolhe o valor devido para posterior verificação pela 
autoridade fiscal que homologa (ou não). 
Uma vez contornada a pegadinha, vamos tratar de Emenda 
Constitucional nº 37 que prevê a ALÍQUOTA MÍNIMA para o ISS. Tal 
previsão se encontra nos ATOS DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS 
Constribuinte 
do ISS 
PRESTADOR 
DO SERVIÇO 
Tipo de 
lançamento 
do ISS 
HOMOLOGAÇÃO 
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Lápis
Soane
Lápis
Soane
Lápis
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TRANSITÓRIAS (ADCT) que basicamente diz em seu art.88 que o valor será 
de 2%. 
ATENÇÃO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! O limite de alíquota máxima já foi fixado na 
LC 116/2003. Ou seja: 
 
 Sendo assim, se perguntado: 
 
 
 
 
 
 
 
 No capítulo referente ao CTM nós vamos tratar melhor do assunto, 
inclusive sobre as exceções de alíquota mínima. 
 Por fim, quando falarmos de ISS (imposto municipal) e de ICMS 
(imposto estadual), devemos lembrar que: 
1) É possível a cobrança de ISS e ICMS quando o serviço é prestado em 
conjunto com o fornecimento de mercadoria; 
2) Não é devido ISS no transporte INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL (é 
ICMS); e 
3) Não é devido ISS nos serviços de TELECOMUNICAÇÕES (também é 
ICMS). 
 
Ou seja: 
 
ALÍQUOTA MÍNIMA: 
Em regra, 2% até que LC fixe 
o valor, havendo exceções 
ALÍQUOTA MÁXIMA: 
Já fixada pela LC nº 
116/2013 
Só se o serviço de transporte for MUNICIPAL é que é devido o ISS. Isto 
praticamente afasta a possibilidade de se cobrar ISS de transporte aéreo 
que, em regra, será ICMS. Mas se o avião (e principalmente o helicóptero) 
não sair do município, é ISS. 
 
O valor da ALÍQUOTA 
MÍNIMA foi fixado por LC? 
O valor da ALÍQUOTA 
MÁXIMA foi fixado por LC? 
RESPOSTA 
RESPOSTA 
NÃO, pois está prevista 
temporariamente na ADCT 
até que LC o faça. 
SIM, pela LC nº 166/03. 
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Soane
Lápis
Soane
Lápis
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 Abaixo, vamos usar uma questão da Fundação Dom Cintra para 
tratarmos de mais algumas características do ISS. 
 3. (Fundação Dom Cintra /ISS Belo Horizonte/2012) A 
incidência do ISSQN depende de: 
a) denominação do serviço prestado. 
b) existência de estabelecimento fixo. 
c) previsão legal específica do entre tributante. 
d) resultado financeiro obtido no exercício da atividade. 
e) cumprimento de exigência administrativa, relativa ao exercício da 
atividade, sem prejuízo das cominações cabíveis. 
RESOLUÇÃO: Vamos passar letra por letra esta questão. 
Letra A – Na própria LC nº 116/2013 consta que a incidência INDEPENDE da 
denominação do serviço prestado. A lógica é que ninguém tentasse “disfarçar” 
o nome do serviço para não pagar imposto. 
Letra B – A prestação de serviço não depende de estabelecimento fixo. E se 
fosse, com certeza muitos não fixariam estabelecimento só para fugir do ISS. 
Letra C – É a resposta certa. Na verdade a LC nº 116/2013 não exime os 
Municípios de criarem suas leis para incidir o ISS. Também é necessária a lei 
para incidência pois se trata de exigência obrigatória e, de acordo com o art. 
5º, II da Constituição, ninguém será obrigado a fazer nada senão por força da 
lei. 
Letra D – O Fato Gerador do ISS é a prestação do serviço e o seu resultado 
financeiro em nada influencia na incidência. 
Letra E – A exigência administrativa é mera obrigação acessória. A incidência, 
como já frisamos, depende de lei. 
 
 Obrigação acessória é a prestação, positiva ou negativa, imposta aos 
sujeitos passivos (contribuintes, responsáveis, etc.) de interesse da 
fiscalização de tributos. 
 
 
 
Pela CRFB/88, é de competência do DF e municípios instituir o IPTU 
4- Imposto Predial e Territorial Urbana 
 
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A CRFB traz importantes aspectos sobre o IPTU. Interessante explicar 
que o nome IPTU advem do fato de que é tributável tanto o terreno nu 
(territorial) quanto o construído (predial). Ou seja, terreno sem construção 
também paga IPTU. 
 
 
 No mais, sem dúvida alguma a parte mais importante do IPTU é da da 
PROGRESSIVIDADE FISCAL E EXTRAFISCAL do imposto. O 
aprofundamento dela é necessário já que as bancas costumam perguntar 
sobre este tema. E o faremos, mas na aula específica do IPTU do nosso curso 
de Legislação Tributária. O que não nos impede de classificarmos estas duas 
progressividades. 
 
 
 A ideia é que quem possui imóvel de maior valor (e consequentemente 
maior capacidade contributiva) pague mais imposto. Há o interesse do 
município de aumentar sua arrecadação. 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: O IPTU é predial E territorial e não predial OU territorial 
Progressividade 
FISCAL do IPTU 
em razão valor do 
imóvel 
De acordo com o art. 156,§ 1o da CRFB /88, o IPTU 
PODERÁ ser 
progressivo 
Mas não é 
obrigatório 
PODERÁ ter 
alíquotas diferentes 
Mas não é 
obrigatório 
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Rectangle
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Círculo Oval
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 Aqui a pegadinha tradicional da banca é afirmar que o IPTU SERÁ 
PROGRESSIVO ou que as ALÍQUOTAS SERÃO DIFERENCIADAS. É 
facultado ao município estas prerrogativas, porém não obrigatórias. Só o 
estudo da legislação de cada município nos dirá se o ente adota ou não esta 
progressividade. 
 Deveremos, portanto, ter atenção a este tema quando do estudo de 
determinado edital. 
 
 
 O interesse do município aqui é quanto à subutilização de determinado 
imóvel. É o caso classico de quem compra vários terrenos sem a vontade de 
construir, mas apenas com a intenção de ganhar dinheiro através da 
especulação imobiliária. O município efetua a progressividade até que o 
proprietário construa(e atenda à função social da propriedade) ou venda o 
imóvel. 
 O ISS de Angra dos Reis quis saber dos candidatos se eles estavam 
atentos sobre este assunto. 
 4. (FGV projetos /ISS Angra dos Reis/2010) Com 
referência aos tributos de competência do Município de Angra dos Reis, é 
correto afirmar que: 
a. Há previsão de progressividade do IPTU, para cumprir função social. 
b. prevê a incidência do ITBI sobre bens e direitos incorporados à pessoa 
jurídica, em realização de capital. 
c. serão observados mecanismos tributários que priorizem a questão fundiária. 
d. engloba as taxas que sejam instituídas em razão do exercício de poder de 
polícia, ressalvada a imunidade da União. 
e. envolve parte da arrecadação do IRRF e IRPJ das pessoas físicas e jurídicas 
que estiverem domiciliadas no Município. 
RESOLUÇÃO: No município de Angra dos Reis há a previsão legal para 
cobrança do IPTU progressivo, razão pela qual a letra “A” é a resposta 
certa. 
 Reforçando mais uma vez, o importante aqui é que, ao se estudar a 
legislação tributária municipal de uma determinada cidade, prestemos MUITA 
Progressividade 
EXTRAFISCAL do 
IPTU 
em razão de solo 
urbano com 
aproveitamento 
não adequado 
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ATENÇÃO se há previsão legal para esta cobrança já que é permitido porém 
NÃO OBRIGATÓRIO. 
 Por fim, em que pese não estar no CTM no Município do Rio de 
JAneiro existe a previsão de progressividade. 
 
 
 Falaremos do ITBI. Como vimos no raio-x das provas de legislação 
tributária, é o imposto menos exigido pelas bancas. Agora, para nós que 
queremos passar em concurso público, esta informação não significa que 
devemos ignorar seu estudo. Nos ajuda, claro, a dimensionarmos nossa 
distribuição de horas que gastaremos com a matéria mas lembre-se de que a 
vaga pode ser decidida por photo shop. Pode ser a questão que fará toda a 
diferença. 
 
Basicamente o ITBI é um tributo real (incide sobre coisas) devido 
quando há compra e venda de bens imóveis inter-vivos (entre vivos) a 
qualquer título, por ATO ONEROSO. Ou seja: 
 
 
Quando falamos de valor pago, entendemos que não necessariamente 
estamos falando em MOEDA! Podemos ter a compra utilizando outros bens, 
como imóveis por exemplo. Ainda sim incide ITBI. 
Deve-se atenção que o constituinte definiu o ITBI para bens e imóveis 
por natureza OU acessão física. É um ou outro, não precisa ser os dois para 
que haja incidência. E que quando falamos de imposto inter-vivos as pessoas 
jurídicas também fazem parte. 
E para qual município é devido o ITBI? Como é um imposto de bens 
IMÓVEIS, fica fácil percerbemos que ele será devido na cidade onde o mesmo 
está localizado. 
Art 156,II Autoriza a instituição do ITBI por parte dos municípios e DF 
Houve valor pago: ITBI 
(competência municipal) 
NÃO houve valor pago (ex. 
doação, herança, etc.): ITCD 
(competência estadual) 
 5- Imposto sobre transmissão Inter Vivos 
 
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quando? (não falou nada sobre ITBI no raio-x, PQP!)
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Que LIXO !!!
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Uma pergunta que as bancas gostam de fazer e que devemos ter 
atenção: 
 
 
 A própria CRFB diz que há uma excessão: OS DIREITOS REAIS DADO 
EM GARANTIA. Mais o que seriam estes direitos reais? 
O Código Civil lista tais direitos. São o PENHOR, a ANTICRESE e a 
HIPOTECA. Como o penhor É SOMENTE PARA BENS MÓVEIS, se o imóvel em 
questão for objeto de ANTICRESE ou HIPOTECA, tal transação NÃO SERÁ 
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DO ITBI. 
 
 
A CRFB/88 ainda delimita aos Municípios e DF a instituicao do ITBI em 
seu art. 156, §1º nos casos a seguir expostos: 
Local onde é devido o 
ITBI 
 
O ITBI é devido a transmissão de 
quaisquer direitos reais de imóveis 
e cessão de direitos reais a sua 
aquisição? 
ERRADO!!!! 
 
São excluídas da HIPÓTESE 
DE INCIDÊNCIA do ITBI 
HIPOTECA 
ANTICRESE 
Município de localização do imóvel 
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E o que seria a realização de capital? É o caso de um sócio integralizar 
sua cota através de um imóvel. Neste caso, podemos equiparar este imóvel ao 
valor monetário para que ele entrasse na sociedade e, sendo assim, quis o 
legislador que tal situação não fosse passível de incidência de ITBI. 
No entanto, perceba que nas duas hipóteses de não incidência há a 
possibilidade de que ocorra a cobrança do ITBI se a ATIVIDADE 
PREPONDERANTE for uma das três citadas no exemplo. Mais tarde falaremos 
com mais profundidade sobre o tema, inclusive com a definição sobre o que 
seria “atividade preponderante”. 
Tenha atenção à pegadinha: estamos falando de locação de BENS 
IMÓVEIS. Ou seja, se a atividade preponderante da empresa for a de locação 
de BENS MÓVEIS então não haverá ITBI nas duas situações acima 
citadas já que esta atividade não estará abrangida na condição do “salvo”. 
 
 Caro consurseiro e concurseira!!! Estamos encerrando nossa aula 00. 
Espero sinceramente continuar ajudando vocês na realização deste sonho. Sei 
que às vezes o desânimo nos persegue... tenha a certeza que isto aconteceu 
com todos que tiveram aprovação em concurso. O importante é continuar 
neste caminho e estarei sempre disponível para que vocês alcancem o tão 
almejado sucesso. 
 Mas antes de encerrarmos, vamos trabalhar com algumas questões 
comentadas e exercícios para verificação de conhecimento. 
 
ITBI NÃO INCIDE sobre a 
transmissão de bens ou 
direitos: 
 1)INCORPORADOS ao patrimônio 
de pessoa jurídica em realização de 
capital. 
2)Decorrentes de FUSÃO, 
INCORPORAÇÃO, CISÃO OU 
EXTINÇÃO de pessoa jurídica. 
SALVO se a 
atividade 
preponderante da 
pessoa jurídica for 
a)COMPRA E VENDA desses bens 
e direitos 
b)LOCAÇÃO de bens imóveis 
c)ARRENDAMENTO MERCANTIL 
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 Aqui vamos falar de questões que, embora remetam a legislação 
municipal, apontam para assuntos que constam na CRFB. 
 
5. (FEPESE/ISS Florianópolis/2014) Considerando o que dispõe a Lei 
Complementar 07/1997, assinale a alternativa correta. 
a. ( ) A capacidade tributária passiva depende da capacidade civil das pessoas 
naturais. 
b. ( ) Somente a lei poderá estabelecer a fixação de alíquotas e das 
respectivas bases tributárias. 
c. ( ) A Fazenda Pública não poderá recusar o domicílio tributário eleito pelo 
contribuinte. 
d. ( ) A obrigação tributária principal decorre da constituição do crédito 
tributário. 
e. ( ) As leis e os decretos sobre direito tributário entram em vigor na data de 
sua expedição. 
RESOLUÇÃO: 
 Podemos constatar a previsão constitucional de que só a LEI pode 
estabelecer parâmetros para alíquota e base de cálculo.O DECRETO, que é o ato subsequente e de competência do 
EXECUTIVO vai apenas REGULAMENTAR, podendo ser complementada 
ainda por RESOLUCOES, PORTARIAS etc. Sendo assim, atenção entre 
 
 
As demais opções, de acordo com a legislação de Florianópolis, estão 
erradas. Assim sendo, a resposta certa é a letra “B”. 
 
6.(FEPESE/ISS Florianópolis/2014) Não integra o sistema tributário 
municipal a seguinte taxa: 
a. ( ) de licença. 
b. ( ) de iluminação pública. 
c. ( ) de coleta de resíduos sólidos. 
d. ( ) de expediente. 
LEI 
Estabelecer fixação alíquota 
LEGISLAÇÃO 
Regulamentar a Lei 
6- Questões Comentadas 
 
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QUE LIXO !!!!!!nullPQP!!!
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e. ( ) de cemitério. 
RESOLUÇÃO: 
 A pegadinha MAIS COMUM neste tipo de assunto. E vamos fazer um 
pacto: NINGUÉM vai errar mais este tipo de pergunta. A opção “B” está 
certa pois a iluminação publica não é custeada por uma TAXA mas por uma 
CONTRIBUICAO de acordo com o art. 149-A da CRFB. 
 Isso é tão importante que vou repetir mais uma vez o esquema desta 
diferenciação. 
 
 A COSIP (Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública) está 
prevista no Rio. Porém mais uma vez: é contribuição, e não taxa. 
 As demais taxas são previstas na legislação de Florianópolis. 
 
7.(ESAF /ISS Rio/2010) A respeito do ITBI e de seu fato gerador, assinale 
a opção correta. 
a) É fato gerador do ITBI, de competência municipal, a transmissão, a 
qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de 
garantia. 
b) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a transmissão, a qualquer 
título, de direitos reais sobre imóveis, inclusive os direitos reais de garantia. 
c) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a transmissão, a qualquer 
título, da propriedade de bens imóveis, por natureza ou por acessão física, 
como definido na lei civil. 
d) É fato gerador do ITBI, de competência municipal, a cessão de direito à 
transmissão, a qualquer título, do domínio útil de bens imóveis, por natureza 
ou por acessão física, como definidos na lei civil. 
e) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a cessão de direito à 
transmissão de direitos reais de garantia sobre imóveis. 
RESOLUÇÃO: 
 Esta talvez tenha sido uma das maiores vaciladas da ESAF de todos os 
tempos – sinal que o “cara” da banca, ao contrário do que pensamos, é uma 
pessoa normal como nós, sujeita a erros. Na época, o gabarito dado foi a letra 
“C” pois seguia a definição literal do Código Tributário Nacional (CTN), art. 
35,I. 
É CONTRIBUIÇÃO NÃO É TAXA 
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 Acontece que tal artigo não foi recepcionado pela CRFB (que é posterior 
ao CTN) e, à luz da nova definição, a questão foi ANULADA pois: 
Letra A – Faltou a informação de ser ATO ONEROSO pois se o ato for 
GRACIOSO (não sendo compra e venda) o tributo é o ITCD; 
Letra B e E – A competência é MUNICIPAL e os DIREITOS REAIS DE 
GARANTIAS não são tributados pelo ITBI; 
Letra C – É a definição do Código Tributário Nacional (CTN) que não foi 
recepcionado pela Constituição; 
Letra D - Faltou a informação de ser ATO ONEROSO e o texto, do jeito que 
está, segue mais a definição do CTN (que não está mais vigor) do que o da 
Constituição propriamente dita. 
 
8. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) Assinale a alternativa 
incorreta: 
a) É vedado ao Município cobrar tributo em relação a fatos geradores 
ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado. 
b) É vedado ao Município utilizar tributo com efeito de confisco. 
c) É vedado ao Município estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou 
bens, por meio de tributos intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio 
pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. 
d) É vedado ao Município cobrar imposto antes de decorridos noventa dias da 
data em que haja sido sancionada a lei que o instituiu ou aumentou. 
e) É vedado ao Município instituir impostos livros, jornais, periódicos e o papel 
destinado a sua impressão. 
RESOLUÇÃO: Todas as definições estão certas, exceto a letra “D” pois o 
princípio da noventena leva em consideração a data da PUBLICAÇÃO da lei, 
e não de quando ela foi sancionada. 
 Lembrando da minha dica: sublinhe as palavras chaves para que elas 
fiquem em destaque. Assim suas chances de deixar passar algum detalhe 
serão reduzidas. 
 
9.(FGV Projetos /ISS Recife/2014 - adaptada) Em relação às limitações 
da competência tributária do Município, analise as afirmativas a seguir. 
I. A imunidade tributária dependerá de reconhecimento prévio do órgão 
competente. 
II. Incide Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana – IPTU sobre os 
imóveis de igrejas utilizados para fins religiosos. 
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É A ÚNICA QUESTÃO QUE ELE INVENTOU (CAGOU O PAU !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PQP)
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III. O Município deverá cobrar Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – 
ISS sobre os serviços prestados por autarquias, vinculados a suas finalidades 
essenciais. 
IV. Ao Município é vedado instituir impostos sobre livros. 
Assinale: 
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
b) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
c) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e) se somente a afirmativa IV estiver correta. 
RESOLUÇÃO: Letra C. Vejamos cada afirmativa: 
Item I – Correto pois para a aplicação da imunidade o Município deverá 
verificar se o sujeito passivo cumpre os requisitos para seu reconhecimento. 
Não basta apenas, por exemplo, a igreja não pagar o IPTU. 
Item II – É imune de IPTU o imóvel para fins religiosos. Afirmativa errada; 
Item III – É justamente a definição que veda a cobrança de impostos de 
autarquias. No caso, o ISS não é devido. Afirmativa errada; e 
Item IV – Trata-se de imunidade tributária. Afirmativa correta. 
 
10.(FUNCAB /ISS Salvador/2014) Em 2013, uma autarquia estadual 
prestadora de serviços públicos, localizada em imóvel da sua propriedade, 
recebeu notificação de cobrança amigável do Município de Salvador para 
pagamento de IPTU e TRSD, respectivamente aos anos de 2010 e 2013. Em 
processo administrativo, a autarquia estadual alega que a cobrança é 
indevida, pois goza de imunidade recíproca. Este entendimento não foi 
acatado totalmente pelo Município, que reconheceu a imunidade somente ao 
IPTU após a verificação dos requisitos constitucionais e legais. Marque a 
alternativa que justifica o entendimento do Município. 
a) Procedea alegação da autarquia estadual quanto ao IPTU, pois goza de 
imunidade recíproca, mas não procede quanto à TRSD, eis que a imunidade é 
para impostos, não abrangendo taxas. 
b) A autarquia estadual tem que fazer prova de que, ao tempo do fato 
gerador, ela já preenchia os pressupostos para gozar do benefício da 
imunidade; só após ser declarada a imunidade a entidade estadual terá direito 
à restituição total ou parcial do tributo que pagou, inclusive da TRSD. 
c) Procede a alegação quanto ao IPTU, pois a autarquia estadual goza de 
imunidade recíproca, eis que isenção e imunidade são autoaplicáveis aos entes 
públicos. 
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d) Procede a alegação da autarquia estadual, pois goza de imunidade 
recíproca sobre tributos, nos termos da Constituição Federal, mas compete ao 
Município declarar a imunidade seletiva, eis que a imunidade é discricionária 
para alguns tributos. 
e) As condições constitucionais e os requisitos estabelecidos em lei 
complementar para o gozo do benefício da imunidade serão verificados pela 
fiscalização municipal. O pedido de reconhecimento da imunidade é de 
iniciativa do interessado, que declarará o preenchimento dos requisitos legais, 
que abrangerá as taxas e as obrigações acessórias. 
RESOLUÇÃO: A Imunidade dada à autarquia só alcança os IMPOSTOS. Logo, 
as taxas são sim devidas, o que faz com que o gabarito sela a letra “A”. 
 
11. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) São imunes ao ISS e 
IPTU: 
a) o sindicato dos empregadores do município do Rio de Janeiro. 
b) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo 
obras musicais de qualquer artista. 
c) instituição de assistência social com fim lucrativo. 
d) jornal de esportes. 
e) templo de qualquer culto, independente de sua finalidade. 
RESOLUÇÃO: Vamos relembrar o item 6 que estudamos sobre o que os 
Municípios não podem fazer em termos de Direito Tributário. 
a) Os sindicatos de EMPREGADORES são imunes de impostos? Não, esta 
imunidade alcança o sindicato dos EMPREGADOS. Resposta errada. 
b) Os fonogramas e videogramas que gozam desta imunidade devem ser 
produzidos por artistas BRASILEIROS, apenas. Resposta errada. 
c) A instituição de assistência social pode ter imunidade de impostos, 
desde que seja SEM FINS LUCRATIVOS. Resposta errada. 
d) Pode parecer estranho, mas os jornais esportivos possuem 
imunidade de impostos. Aliás, jornais no sentido amplo estão aqui 
abrangidos. Resposta certa. 
e) Para o TEMPLO RELIGIOSO somente pode aproveitar a imunidade em 
questão no que tange suas FINALIDADES ESSENCIAIS. Resposta 
errada. 
 
12.(INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) O ITBI não é devido na 
transmissão onerosa inter-vivos do seguinte direito real: 
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a) concessão de uso especial para fins de moradia. 
b) direito do promitente comprador do imóvel. 
c) hipoteca. 
d) concessão de direito real de uso. 
e) usufruto. 
RESOLUÇÃO: É importante sempre termos em mente as duas situações de 
transmissão onerosa de direito real inter-vivos não passíveis de tributação de 
ITBI. 
 
 Sendo assim, a resposta certa é a letra “C”. 
 
13.(ESAF /ISS Rio/2010) Os impostos do município do Rio de Janeiro não 
incidem sobre, exceto: 
a) o patrimônio da União. 
b) o patrimônio de empresa pública federal. 
c) o patrimônio do estado do Rio de Janeiro. 
d) o patrimônio de autarquia federal. 
e) o patrimônio do Distrito Federal situado no município do Rio de Janeiro.B 
RESOLUÇÃO: Ainda sobre a parte das imunidades tributárias, existe a famosa 
IMUNIDADE RECÍPROCA conforme o texto previsto no art. 15º, VI na 
Constituição Federal: 
 
 De cara, descartamos as letras “A”, “C” e “E” pela vedação de 
tributação de impostos dos entes, uns dos outros. Aliás, na letra “E” a 
banca tenta confundir o candidato informado que o patrimônio pertencente ao 
Distrito Federal está situado no Rio de Janeiro. Tal informação não faz a menor 
diferença para a caracterização da imunidade recíproca. 
São excluídas da HIPÓTESE 
DE INCIDÊNCIA do ITBI 
HIPOTECA 
ANTICRESE 
 a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. É 
também extensivo às FUNDAÇÕES e AUTARQUIAS 
instituídas e mantidas pelo Poder Público desde 
que vinculados às suas finalidades essenciais ou 
delas decorrentes. 
 
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 A autarquia federal está imune pois tal benefício é estendido a ela 
desde que instituídas e mantidas pelo poder público e vinculados às suas 
finalidades essenciais ou delas decorrentes. Em que pese nada ter sido dito 
quanto à finalidade da autarquia (o que poderia tornar a opção errada) nós 
vamos ver que a próxima opção está flagrantemente errada. 
 Pela ausência de previsão legal, a EMPRESA PÚBLICA federal não goza 
de imunidade. Como a pergunta é sobre a resposta incorreta, a opção a ser 
marcada é a letra “B”. 
 
14. (INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) A condição de 
responsável pelo recolhimento do ISS pode ser imputada a um determinado 
sujeito passivo através de: 
a) Decreto do Prefeito. 
b) Lei. 
c) Resolução. 
d) Portaria. 
e) auto de infração. 
RESOLUÇÃO: O dispositivo constitucional que trata desta questão diz que: 
 
 Quando a palavra “lei” vem solta, sem complemento, siginifica que a 
matéria é regida por LEI ORDINÁRIA. Analisando as respostas podemos 
afirmar que o gabarito é a letra B”. 
 
15.(INÉDITA – PROF. MARCELO BRAGA – 2015) Todos os benefícios 
abaixo listados dependem de lei específica para serem concedidos, com 
exceção: 
a) Imunidade. 
b) Redução da Base de Cálculo. 
c) Resolução. 
d) Concessão de crédito presumido. 
e) Remissão. 
 8) A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a 
condição de responsável pelo pagamento de impostos ou contribuição, 
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e 
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador 
presumido. 
 
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RESOLUÇÃO: Mais uma vez seremos salvos pela Constituição Federal. Isto 
porque é ela quem trata deste assunto, como podemos ver: 
 
 Além do mais, a IMUNIDADE quem dá é a CONSTITUIÇÃO, e não 
uma LEI ESPECÍFICA. Ou seja, para acertar a questão tem que cravar a 
letra “A”. 
 
16.(FGV projetos /ISS Cuiabá/2014) Por meio de decreto, o Prefeito do 
Município de Cuiabá atualiza o valor monetário da base de cálculo do Imposto 
sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), ajustando-o ao valor 
de mercado dos imóveis, sem ultrapassar a inflação acumulada desde o último 
reajuste. O Decreto prevê que os novos valores serão observados a partir da 
data de sua publicação. 
Tal mudança é 
a) inconstitucional, por violar o princípio da irretroatividade, apenas. 
b) inconstitucional, por violar o princípio da legalidade, apenas. 
c) inconstitucional, por violar os princípios da legalidadee da irretroatividade. 
d) legítima, pois a atualização do valor monetário da base de cálculo não 
constitui majoração de tributo. 
e) legítima, pois a majoração do IPTU pode ser promovida por decreto. 
RESOLUÇÃO: A banca aqui quis nos confundir usando os conhecimentos de 
ANTERIORIDADE e NOVENTENA. Contudo, no enunciado ele diz que se 
trata de mera atualização do valor monetário da base de cálculo. 
 O CTN, no seu art. 97 diz que: 
 
 
 
 
 
 
 
 7) Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, 
concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativas a 
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante 
lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente 
as matérias acima e numeradas ou o correspondente tributo ou 
contribuição. 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso 
II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de 
cálculo. 
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Ou seja, o próprio Código Tributário Nacional permite a majoração da 
Base de Cálculo ocorra sem a necessidade de ser realizada por lei. 
Vamos explicar graficamente que a atualização do valor monetário 
não importa em MAJORAÇÃO DO TRIBUTO, mas sim mera CORREÇÃO do 
valor que foi “corroído” pela inflação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diante desta explicação, deduzimos que a resposta correta é a letra 
“D”. 
 
17.(Fundação Don Cintra /ISS Belo Horizonte/2012) A imunidade 
recíproca está caracterizada na seguinte alternativa: 
a) abrange os templos de qualquer culto quanto ao prédio onde se pratica o 
culto, não se estendendo aos seus anexos, sob pena de configurar espécie de 
subvenção vedada pela Constituição da República. 
b) absorve a isenção, que constitui limitação fiscal decorrente da falta de 
definição do fato gerador, podendo ter por fundamento razões de conveniência 
ou justiça e por origem o direito positivo. 
c) alcança o benefício fiscal dado pela Constituição da República aos jornais, 
embora constitua, na verdade, privilégio odioso, porquanto não se funda na 
garantia da liberdade de expressão. 
d) protege o patrimônio, a renda e os serviços da União, dos Estados e dos 
Municípios, sendo extensiva às autarquias e às fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público. 
Valor Monetário 
da Base de 
Cálculo do IPTU 
= R$100.000,00 
Inflação medida 
no ano = 10% 
X = 
Valor Monetário da 
Base de Cálculo do 
IPTU corrigido = 
R$110.000,00 
 
 
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Lápis
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que lixo de questão !!!
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e) não abrange as taxas, podendo, contudo, o ente tributante estipular, em 
legislação específica, benefício fiscal aos demais entes políticos na hipótese de 
reciprocidade de tratamento. 
RESOLUÇÃO: Podemos perceber que as bancas gostam do tema Imunidade 
Recíproca. E já que é assim, vamos mais uma vez reforçar o assunto: 
 
 Veja que o legislador não fala sobre anexos e sim sobre as finalidades 
essenciais. Não há nada relacionado a “prédio principal” ou “anexo” já que o 
que importa é qual a aplicação. Só a informação de que se trata de prédio 
anexo não é suficiente para o afastamento da imunidade, o que descarta a 
letra “A”. 
 Quanto à letra “B”, imunidade absorvendo isenção? Não faz o menor 
sentido já que são conceitos inteiramente diferentes, como vemos no Direito 
Tributário. Letra “B” fora. 
 Na letra “C” a banca põe um juízo de valor sobre os jornais que não 
convém já que a imunidade é OBJETIVA (ou seja, é dada aos jornais que 
cumpram os requisitos constantes em Lei). 
 A letra “D” quase vai ao encontro do disposto na Constituição: 
 
 
 Faltou, contudo, o enunciado falar se a finalidade do patrimônio, renda 
ou serviço estava VINCULADA às essenciais. Portanto, resposta errada. 
Diante das afirmativas, chegamos as seguintes conclusões: 
 A definição da letra “E” está perfeita já que a imunidade diz respeito 
apenas aos impostos (e não sobre as taxas) e que benefícios recíprocos 
podem ser concedidos. 
 
18.(Fundação Don Cintra /ISS Belo Horizonte/2012) A contribuição para 
custeio da iluminação pública é uma espécie de contribuição da seguinte 
espécie: 
a) social. 
b) especial. 
 b) templos de qualquer culto, somente quanto as 
finalidades essenciais 
 
 a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. É 
também extensivo às FUNDAÇÕES e AUTARQUIAS 
instituídas e mantidas pelo Poder Público desde 
que vinculados às suas finalidades essenciais ou 
delas decorrentes. 
 
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Sublinhar
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Sublinhar
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que lixo de nullexplicação !!!
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c) parafiscal. 
d) de melhoria. 
e) previdenciária. 
RESOLUÇÃO: O conhecimento exigido nesta questão é sobre o que seria uma 
contribuição parafiscal. 
A contribuição é PARAFISCAL quando ocorre há delegação, pela 
pessoa política (União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios), 
mediante lei, da capacidade tributária ativa à terceira pessoa (de direito 
público ou privado), de forma que esta arrecade o tributo, fiscalize sua 
exigência e utilize-se dos recursos auferidos para a consecução de seus fins. 
Entende-se por “CAPACIDADE TRIBUTÁRIA” como a capacidade de 
arrecadar tributos. Vamos nos lembrar que existe a possibilidade da cobrança 
da contribuição ser realizada na fatura de energia elétrica. 
 
 
 
 
 Neste caso, a empresa responsável pela cobrança da energia elétrica, 
uma vez sendo encarregada de arrecadar efetivamente o tributo, faz 
configurar a parafiscalidade. 
Esta afirmativa, contudo, é polêmica. O mais certo é aguardar a banca 
escolhida e estudar seu entendimento do assunto já que há variações de 
acordo com a doutrina adotada. 
Resposta correta: letra “C”. 
 
19.(Fundação Don Cintra /ISS Belo Horizonte/2012) O Estado de Minas 
Gerais institui programa por meio do qual pretende estimular os municípios 
mineiros a proceder à correta disposição dos resíduos sólidos urbanos. Para 
tanto, celebra convênio, ao qual devem aderir os municípios, por intermédio 
do qual será concedida verba de fundo estadual específico para o meio 
ambiente, desde que o ente municipal aderente passe a destinar os resíduos 
sólidos a aterro sanitário regularmente instalado e institua, no prazo de até 
cinco anos, taxa que objetive o custeio do serviço. A taxa assim instituída tem 
a seguinte característica: 
a) depende de previsão legal. 
b) distingue taxa e preço público. 
FACULTADA COBRANÇA 
NA FATURA DA ENERGIA 
ELÉTRICA 
NÃO É OBRIGATÓRIA 
A COBRANÇA NA FATURA 
DE ENERGIA ELÉTRICA 
Soane
Tachar

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