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CONTROLE MICROBIANO AGENTES QUÍMICOS Desinfetantes/Antissépticos Desinfetantes: Capacidade de penetração na matéria orgânica sem perder sua ação germicida e ausência de ação corrosiva. Antissépticos: Não ser irritante, não interferir no processo de cicatrização e não ser absorvido pela pele Características de um Agente Químico Ideal - Alta toxicidade para os microrganismos -Solubilidade -Estabilidade -Ausência de toxicidade -Ausência de afinidade por matéria orgânica estranha -Toxicidade para os microrganismos em temperatura ambiente -Capacidade de penetração -Ausência de poderes corrosivos e tintoriais -Poder detergente e desodorizante -Disponibilidade e baixo custo Histórico •Ignaz Semmelweis- médico húngaro Utilizou compostos clorados em 1846 na enfermaria do hospital-redução da febre puerperal (doença pós-parto) •Joseph Lister- Após tomar conhecimento dos estudos de Pasteur sobre a teoria microbiana das doenças, utilizou o fenol para reduzir infecção em incisões cirúrgicas. 3. Condições que Influenciam o Controle Microbiano Tipo de micro-organismo: bactérias gram (-), principalmente do gênero Pseudomonas, as micobactérias e as bactérias produtoras de endosporos apresentam resistência natural ao controle microbiano. Ambiente: matéria orgânica Temperatura ambiente pH CONTROLE DA POPULAÇÃO MICROBIANA 5. Métodos Químicos de Controle Microbiano 5.1.Fenol e compostos fenólicos (cresol, hexaclorofeno, em desuso por causar alterações neurológicas). Fenol: atividade bactericida em [0,2 a 1%] Fenol (padrão primário, coeficiente fenólico) Ação: Ruptura da membrana plasmática, desnaturação de proteínas e desativação de enzimas. Raramente usado como desinfetante ou antisséptico por suas características irritantes e odor desagradável. CONTROLE DA POPULAÇÃO MICROBIANA COEFICIENTE FENÓLICO Razão do inverso de diluições do desinfetante em teste e do fenol, que provocam o mesmo efeito deletério sobre as bactérias Embora sujeito a críticas, o coeficiente fenólico ainda é reconhecido como método de avaliação microbiológica de desinfetantes metodologia descrita em 1903 por Rideal e Walker, para avaliar e comparar a atividade antibacteriana dos derivados fenólicos naturais do ácido fênico (fenol). O protocolo oficial está descrito, no manual da Association of Official Analytical Chemist (AOAC) para a avaliação microbiológica de desinfetantes químicos Cepas padrões: Staphylococcus aureus ATCC 6538, Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442 e Salmonella choleraesuis ATCC 10708 Cada produto possui três valores de coeficiente fenólico, correspondente à sensibilidade de cada espécie bacteriana utilizada 1.preparação de uma série de tubos contendo 5 ml de cada uma das várias diluições de desinfetante Ex: 1/90; 1/100, 1/110 2. preparação de uma segunda série de tubos contendo diferentes diluições de fenol. 3. Cada tubo de uma das duas séries são inoculados com 0,5 ml de uma cultura de 24 dos micro-organismos padrão 4. Em 5, 10 e 15 minutos uma alíquota de cada tubo é inoculada em outro tubo contendo meio de crescimento esterilizado. 5.Estes tubos são incubados durante 24 horas e observados quanto à turvação. 6. a maior diluição de desinfetante que mata os micro- organismos em 10 minutos mas não mate em 5 minutos é dividida pela maior diluição de fenol. O valor obtido é o coeficiente do desinfetante fenólico. Ex: Desinfetante testado 1/90 (+, -, -), 1/100 (+, -, -) e 1/110 (+, +, -) 5. Métodos Químicos de Controle Microbiano 5.3.Halogênios e derivados IODO: Solução alcoólica a 2%, bactericida, fungicida, viricida, [ ] esporocida Mecanismo : presume-se que há a combinação irreversível a proteínas, interação com os aminoácidos aromáticos, fenilalanina e tirosina, inibindo suas funções. É um forte agente oxidante; O iodo pode agir separadamente ou como componente de compostos orgânicos e inorgânicos. O iodo é um antisséptico disponível como tintura CONTROLE DA POPULAÇÃO MICROBIANA CLORO cloro + água = ácido hipocloroso ◦Cl2+ H2O H ++ Cl-+ HOCl Mecanismo de ação do 2HOCl: oxida grupos SH e NH2 de enzimas bacterianas, inibindo-as. Derivados do cloro ◦Hipoclorito de sódio; ◦Dióxido de cloro; ◦Cloraminas (cloro + amônia); Compostos Quaternários de Amônia Mecanismo de ação: alteram a permeabilidade da membrana, inibem enzimas, desnaturação de proteínas; Ativas contra G+ e pouco menos ativas contra G- EXEMPLOS: Cloreto de benzalcônio Cloreto de cetilpiridínio (Cepacol) ALCÓOIS Mecanismo de ação: desnaturação de proteínas e dissolução de lipídios de membranas. Bactericida; Não age sobre endósporos e vírus não envelopados. Álcool etílico: 70% Álcool isopropílico: puro é superior ao etílico. AGENTES OXIDANTES Mecanismo de ação: liberação de O nascente;oxida os sistemas enzimáticos Exemplos: Peróxidos: H2O2 3% age sobre organismos anaeróbios; Ácido peracético: efetivo contra bactérias, fungos, endosporos e vírus. Ozônio: empregado na desinfecção de água. ALDEÍDO E DERIVADOS Mecanismo de ação: alquilação dos grupos funcionais das proteínas (aminas, carboxilas, hidroxilas), inativando-as. Alquilação é a transferência de um grupo alquila de uma molécula para outra Aldeído fórmico : solução em água de 3 a 8 % Glutaraldeído: soluções alcalinas a 2% Formalina: solução aquosa de formol, associada a um sabão ou detergente 40% METAIS PESADOS Mecanismo de ação: desnaturação de proteínas combinam-se com proteínas, geralmente nos grupos SH (sulfidrilas); ação bacteriostática; Mercurocromo e mertiolate ESTERILIZANTES GASOSOS Mecanismo de ação: alquilação direta dos grupos carboxilas, hidroxilas e sulfidrilas, inativando certas enzimas Óxido de etileno: atua pela interação com proteínas, alta capacidade de penetração, é explosivo; Betapropiolactona: baixa capacidade de penetração, carcinogênico AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE GERMICIDA Coeficiente fenólico Teste de diluição em tubos Teste de difusão em ágar CIM e CBM (menores valores de MIC maior atividade antimicrobiana) macrodiluição) Teste em poços: micro diluição
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