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RESUMO BASES TÉCNICAS DAS CIRURGIAS DO SISTEMA HEMATOPOIÉTICO

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BASES TÉCNICAS DAS CIRURGIAS DO SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
O baço possui duas polpas que em conjunto tem função de maturação e armazenamento, a polpa vermelha responsável por fazer o armazenamento de células sanguíneas e destruição de células sanguíneas velhas, e a polpa branca pro armazenamento de células leucocitárias.
Localiza-se no hipocôntrio esquerdo, abaixo das costelas próximo a curvatura maior do estômago com orientação dorso ventral. No equino o acesso ao baço é difícil, porém a localização depende da saúde do animal sendo que o mesmo pode estar aumentado de tamanho devido a parasitose ou devido a anestesia geral
Existem alguns ligamentos que se encontra no mesmo, como por exemplo o Gastroesplênico que une a porção cranial a curvatura maior do estômago. Há também o hilo esplênico que está em contato com o estômago. Na face visceral tem o omento maior e vasos, arteriais e veias esplênicas, já a face parietal tem contato com a cavidade. Além desse ligamento, o equino ainda tem o ligamento nefroesplênico que liga a porção cranial a borda do rim (pode estar ligado a cólica por encarceramento de alça intestinal)
Possui muitos vasos irrigando o órgão, os mesmos se dividem em artérias e veias (gástricas curtas, gastroepiplóicas e esplênicas), existindo um intimo contato com estômago e baço, então deve-se fazer a ligadura mais próxima do baço não no hilo para não prejudicar a irrigação de outros órgãos.
A esplenectomia pode ser realizada no caso de hemorragias por trauma, torção (para evitar liberação de radicais livres) e tumores (hemangioma e hemangiossarcoma), trata-se de uma cirurgia de emergência quando o paciente está com hemorragia esplênica (vai precisar de ligadura e possivelmente transfusão sanguínea), pode ser também um paciente com Exérese de neoplasia onde é possível realizar antes a estabilização do paciente com transfusão sanguínea no caso do hematócrito estar abaixo de 20% (mas só faz a transfusão depois de ter controlado a hemorragia) ou fluidoterapia intravenosa. Para realizar a esplenectomia necessita de anestesia geral e laparotomia mediana para pequenos animais, no caso de equinos realiza anestesia geral e faz em decúbito lateral direito.
A esplenectomia parcial pode ser realizada no caso de traumas ou de querer preservar a função do órgão, deve-se identificar a área afetada, fazer ligaduras duplas e secção de vasos próximos ao baço, realizar o esmagamento do parênquima, aplicar duas pinças hemostáticas, realizar a secção do parênquima e suturar de forma contínua em duas camadas, simples contínuo de um lado para o outro em vai e vem.
Para a esplenectomia total pode-se realizar no caso de neoplasias por exemplo, onde deve0se realizar a incisão mediana pré umbilical em pequenos animais e incisão paracostal com ressecção da 17ª costela em equinos, deve-se identificar e isolar os vasos sanguíneos, realizar ligadura dupla e seccionar os vasos próximos ao baço e remover o órgão.
Como cuidados pós operatórios é importante o animal utilizar o colar Elizabethano, realizar antibioticoterapia se necessário, analgesia, cuidados com a ferida cirúrgica, restringir atividades e realizar a retirada de pontos 7-10 dias depois da cirurgia.
Podem ocorrer complicações pós operatórias como hemorragias no caso de esplenectomias parciais, por isso é importante acompanhar o hematócrito e os sinais clínicos de choque, como paciente mais prostrado, com extremidades mais frias, temperatura baixa, mucosas pálidas, são todos sinais de sangramento ativo, pode ocorrer abcesso, pancreatite traumática, fistulação gástrica (deve suturar próximo ao baço não do órgão), sepse (imunossuprimidos pois produz parte dos leucócitos) ou hemoparasitoses mais agudas (sem o baço fica mais agudo) assim como choque por não ter reserva de sangue.

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