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PROCESSOS DE USINAGEM Rafael Carminati Engenheiro Mecânico Especialista em Engenharia de Manutenção 2017 APRESENTAÇÃO Acordos: • Pontualidade; • Cultura de Feedback; • Uso de Celular; • Conteúdo das Provas; • Cola. APRESENTAÇÃO Datas Importantes: • Prova Oficial I (17 e 18/04 - 26 à 28/04); • Prova Oficial II (12 e 13/06 - 21 à 23/06); • Segunda Chamada (26/06 à 29/06); • Prova Final (03/07 à 05/07). Estrutura da disciplina UNIDADE 1 FUNDAMENTOS RELACIONADOS AOS PROCESSOS DE USINAGEM • Classificação, nomenclatura, ferramentas e máquinas básicas relacionadas aos processos mecânicos de usinagem; • Noções de operações de corte e segurança pessoal no uso de equipamentos de usinagem; • Movimento entre a peça e a aresta cortante, e direções do movimento e percurso da ferramenta em frente da peça; • Forças e potência na usinagem. Estrutura da disciplina UNIDADE 2 FERRAMENTAS E FLUIDOS DE CORTE • Classificação dos materiais para ferramenta; • Avarias e desgaste da ferramenta; • Funções e penetração do fluido de corte; • Ação e tipos de fluido de corte. Estrutura da disciplina UNIDADE 3 PRINCIPAIS PROCESSOS NÃO CONVENCIONAIS DE USINAGEM • Conceitos gerais e principais características dos processos não convencionais de usinagem; • Eletroerosão por penetração; • Eletroerosão a fio; • Corrosão química. Estrutura da disciplina UNIDADE 4 FABRICAÇÃO POR COMANDO NUMÉRICO E PROCESSOS ESPECIAIS DE USINAGEM • Histórico e evolução das máquinas de comando numérico; • Funções de programação de comando numérico; • Processos especiais de usinagem em alta velocidade; • Aplicações destas tecnologias. REFERÊNCIAS BÁSICAS • FERRARESI, Dino. Fundamentos da Usinagem dos Metais. São Paulo: Bluncher, 1970. • MACHADO, Álisson Rocha... [et al.]. Teoria da usinagem dos materiais. 2. ed. São Paulo: Bluncher, 2011. REFERÊNCIAS BÁSICAS • CHIAVERINI, Vicente. Tecnologia Mecânica. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1986. REFERÊNCIAS BÁSICAS • 1ª Avaliação Parcial → Exercício teórico; • 1ª Avaliação Oficial → Prova 01; • 2ª Avaliação Parcial → Exercício Prático; • 2ª Avaliação Oficial → Prova 02; AVALIAÇÃO Introdução Usinagem dos Materiais Nem sempre pode-se obter uma peça “pronta” somente com a fundição. Nos processos de fabricação, podemos conferir à uma determinada peça, o formato (geometria) desejado, por meio de duas grandes classes de trabalho: • As operações de conformação; • As operações de usinagem. Introdução Usinagem dos Materiais Operações de conformação: • Conferem a peça sua forma, dimensões e acabamento especifico sem remover material do produto, através da deformação do plástica do material. Introdução Usinagem dos Materiais Operações de usinagem: • Conferem a peça sua forma, dimensões e acabamento especifico removendo material do produto, produzindo cavaco. Introdução Usinagem dos Materiais Operações de usinagem: • Conferem a peça sua forma, dimensões e acabamento especifico removendo material do produto, produzindo cavaco. Introdução Usinagem dos Materiais • USINAGEM: “Processo de fabricação com remoção de cavaco” “Operação que ao conferir à peça forma, dimensões e acabamento, produz cavaco” • CAVACO: “Porção de material da peça retirada pela ferramenta e caracterizado por apresentar forma geométrica irregular” Introdução Usinagem dos Materiais • O número de operações de usinagem é muito grande, assim como é grande a variedade de máquinas operatrizes e ferramentas de corte disponíveis. • De um modo geral, as operações de usinagem podem ser assim classificadas: Torneamento, para obtenção de superfícies de revolução, para o que a peça gira em torno do eixo principal de rotação da máquina e a ferramenta se desloca simultaneamente segundo determinadas trajetórias; as· várias modalidades de torneamento incluem: torneamento retilíneo, torneamento cilíndrico, torneamento cônico, torneamento radial, perfilamento etc.; Introdução Usinagem dos Materiais Introdução Usinagem dos Materiais Aplainamento, destinado à obtenção de superfícies regradas, geradas por um movimento retilíneo alternativo da peça ou da ferramenta, no sentido horizontal ou vertical; Introdução Usinagem dos Materiais Furação, para obtenção de furos geralmente cilíndricos, para o que a peça ou a ferramenta giram e, ao mesmo tempo, a ferramenta ou a peça se deslocam segundo uma trajetória retilínea, coincidente ou paralela ao eixo principal da máquina. As várias modalidades de furação são: furação em cheio, escareamento, furação escalonada, furação de centros e trepanação. Introdução Usinagem dos Materiais Mandrilamento, destinado à obtenção de superfícies de revolução com o emprego de uma ou várias ferramentas de barra; o mandrilamento compreende as seguintes operações: mandrilamento cilíndrico, mandrilamento radial, mandrilamento cônico etc.; Introdução Usinagem dos Materiais Fresamento, destinado à obtenção de superfícies as mais variadas, mediante o emprego geralmente de ferramentas multicortantes (com várias superfícies de corte); há dois tipos básicos de fresamento; fresamento cilíndrico tangencial e fresamento frontal; Introdução Usinagem dos Materiais Serramento, em que se seccionam peças com o auxílio de ferramentas multicortantes de pequena espessura; a peça desloca-se ou fica parada, enquanto a ferramenta gira ou se desloca ou executa ambos os movimentos; o serramento pode ser alternativo, retilíneo ou circular; Introdução Usinagem dos Materiais Brochamento, para obtenção de superfícies variadas, pelo emprego de ferramentas multicortantes; a ferramenta ou a peça se desloca sendo uma trajetória retilínea, coincidente ou paralela ao eixo da ferramenta; o brochamento pode ser interno ou externo; Introdução Usinagem dos Materiais Roscamento, para obtenção de filetes, por meio da abertura de um ou vários sulcos helicoidais de passo uniforme, em superfícies cilíndricas ou cônicas de revolução; a peça ou a ferramenta gira e uma delas se desloca ao mesmo tempo, de acordo com uma trajetória retilínea paralela ou inclinada em relação ao eixo de rotação; o roscamento pode ser interno ou externo; Introdução Usinagem dos Materiais Retificação, para obtenção de superfícies lisas, é um processo de usinagem por abrasão, em que uma ferramenta abrasiva de revolução – chamada geralmente rebolo, constituído de grãos abrasivos ligados por um aglutinante - gira e se desloca, juntamente com a peça, segundo uma trajetória determinada, a peça pode girar ou não, a retificação pode ser frontal ou tangencial, esta última compreende a retificação cilíndrica, a retificação cônica, a retificação de perfis, a retificação sem centros etc.; Introdução Usinagem dos Materiais Outros processos de usinagem compreendem: brunimento, lapidação, espelhamento, polimento, afiação, limagem, rasqueteamento, eletroerosão, Laser, plasma, fluxo abrasivo, ultrassom, feixe de elétrons etc. Movimentos e direções Os movimentos nas operações de usinagem são movimentos relativos entre a peça e a aresta cortante da ferramenta. Podem-se distinguir dois tipos de movimentos: • Os que causam diretamente a saída de cavaco; • E os que não tomam parte diretamente na sua retirada. Movimentos e direções Movimentos que causam diretamente a saída do cavaco: • Movimento de corte: realizado entre a peça e a aresta de corte, o qual, na ausência de movimento de avanço, produz somente uma única retirada de cavaco. • Movimento de avanço: realizado entre a peça e a aresta de corte, o qual, com o movimento de corte, provoca a retirada contínua de cavaco. • Movimento efetivo: resultantedos movimentos de corte e avanço, realizados ao mesmo tempo. Movimentos e direções Movimentos que não causam diretamente a formação do cavaco: • Movimento de aproximação: realizado entre a peça e a aresta de corte, por meio do qual ambas se aproximam antes da usinagem. • Movimento de ajuste: realizado entre a peça e a aresta de corte para determinar a espessura de material a ser retirado. • Movimento de correção: realizado entre a peça e a aresta de corte para compensar o desgaste da ferramenta, ou outra variação (térmica, por exemplo). • Movimento de recuo: realizado entre a peça e a aresta de corte com o qual a ferramenta, após a usinagem, é afastada da peça. Movimentos e direções Devem-se distinguir as direções dos movimentos que causam diretamente a retirada de cavaco: • Direção de corte: direção instantânea do movimento de corte. • Direção de avanço: direção instantânea do movimento de avanço. • Direção efetiva: direção instantânea do movimento efetivo de corte. Percurso da Ferramenta Percurso de corte (Lc): espaço percorrido pelo ponto de referência da aresta cortante sobre a peça, segundo a direção de corte. Percurso da Ferramenta Percurso de avanço (Lf): espaço percorrido pelo ponto de referência da aresta cortante sobre a peça, segundo a direção do avanço. Percurso da Ferramenta Percurso efetivo (Le): espaço percorrido pelo ponto de referência da aresta cortante sobre a peça, segundo a direção efetiva de corte. Velocidades • Velocidade de corte (vc): 𝑣𝑐 = 𝜋 ∙ 𝑑 ∙ 𝑛 1000 [𝑚\min] d= diâmetro da peça em mm n= RPM Velocidades • Velocidade de avanço (vf): 𝑣𝑓 = 𝑓 ∙ 𝑛 [𝑚𝑚/min] f= avanço em mm/rev (mm por revolução) n= RPM • Velocidade efetiva (ve): Soma vetorial da velocidade de corte e velocidade de avanço. 𝑣𝑒 = 𝑣𝑐 + 𝑣𝑓 [𝑚/min] Velocidades • Na maioria dos casos a velocidade de avanço é muito inferior à velocidade de corte. • A seleção das velocidades de corte e de avanço mais adequadas depende da operação de usinagem e dos materiais da ferramenta e da peça. • Além destas, têm-se também as velocidades de aproximação, de ajuste, de correção e de recuo, importantes em máquinas comandadas numericamente, (CNC), visto que valores elevados para tais velocidades contribuem para a redução do tempo total de fabricação da peça.
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