Introdução a direito privado

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Direito Privado
Aula 01
Medieval X Moderno
Medieval
Fé; Teocentrismo
Moderno
Razão e ciência; Antropocentrismo; Individualismo (autonomia e liberdade); Sistema de produção capitalista; Patrimonialistas; Ciência iluminista- codificação; Direito é completo e coerente
Influencias 
Escola da exegese
Código de napoleão					1806, fim da revolução francesa
Código civil francês
Código de napoleão
Livros do código de napoleão
Obrigações, empresa, coisas, família, contratos, sucessões
Código civil francês
Interpretação literal, não pode ter ninguém contra
Legislador racional
Prontuário (todos os elementos em uma lista, marcar o que já foi feito, para que não tenha problema depois) forma de segurança jurídica
Escola da exegese + Modernidade = patrimônio 
Contratooto
Pessoa
Família
Formalismo alemão			 Escola histórica + jurisprudência dos conceitos
BGB					 1869/1900
Código civil alemão
Parte geral do código civil (formalismo alemão)
Forma
Aplicada em qualquer coisa
Primeiro o conceito geral, depois o especial
Conceito
Parte: Não pode vender o que não é seu, onde está isso? PARTE geral
Objeto: O que vou vender?
Forma: Como vender? Contrato verbal, escrito
Devedor civil: Patrimônio, não tem prisão, fica sem cartão e conta, pois todo o $ que cai e sua conta é dada à pessoa que tem que receber.
Devedor de alimentos: Pensão, vida de outro em jogo, + de 3 parcelas não pagas
Vida é mais importante que patrimônio
Relações jurídicas
Vínculo entre sujeitos de direito estabelecido em razão da existência de uma norma jurídica humana para a realização de interesse que geram consequências reguladas pelo direito
Relação jurídica + sujeito de direito + objeto + vínculo
Objeto: mediato (vem depois, interesses em comum) e imediato (vontade, conduta)
Vínculo: acontecimento do direitoO momento que começa a personalidade civil da pessoa natural é o nascimento com vida- respirou tem personalidade
Qualificado: casamento, contrato jurídico
Social: namoro, relação social
Sujeito de direito
Ser humano
Pessoa
Pessoa física
Pessoa jurídica
Personalidade jurídica Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.  
Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
	 II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;         
	  III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
	 IV - os pródigos.
Condição, aptidão genérica para adquirir direito e contrair obrigações, condição de ser sujeito de direito
Variável, um tem mais outro menos
Personalidade começa no nascimento com vida/respiração. Nascituro (em processo de gestação) tem personalidade jurídica?
Correntes explicativas sobre a natureza jdca do nascituro
1) Teoria natalista: a personalidade só é adquirida com o nascimento com vida e o nascituro é um ente protegido. Art 2º/CC. parte da interpretação literal e simplificada da lei, dispõe que a personalidade jurídica começa com o nascimento com vida, o que traz a conclusão de que o nascituro não é pessoa, portanto, tem apenas expectativa de direitos. Nega seus direitos fundamentais, tais como, o direito à vida, à investigação de paternidade, aos alimentos, ao nome e até à imagem.
2) Teoria da personalidade condicional: afirma que a personalidade jurídica começa com o nascimento com vida, mas os direitos do nascituro estão sujeitos a uma condição suspensiva, portanto, sujeitos à condição, termo ou encargo. Ao ser concebido o nascituro poderia titularizar alguns direitos extrapatrimoniais, como, por exemplo, à vida, mas só adquire completa personalidade quando implementada a condição de seu nascimento com vida.
3) Teoria concepcionista:  sustenta que o nascituro é pessoa humana desde a concepção, tendo direitos resguardados pela lei. Nascituro é sujeito de direito (direito existencial e direito patrimonial). Outra corrente diz que há só direitos existenciais e direitos de personalidades. 
CAPACIDADE, INCAPACIDADE E PERSONALIDADE
CAPACIDADE
Medida (graus) de personalidade
Aptidão- específica para ter e escrever os direitos e deveres
Um tem mais e o outro mais
Maior ou menos condição de ter direito e deveres do cidadão
Classificação:
Capacidade de direito: capacidade de aquisição de direito, capacidade de tornar-se sujeito (titular) de direitos e deveres, adquirir direito e deveres, toda pessoa física tem a possibilidade de ser sujeito de direito, ter direito, ex: a vida, saúde
Capacidade de exercício: (de fato, de agir), requisitos materiais (discernimento, manifestação)
PERSONALIDADE (aptidão genérica, vale para todos, ou tem ou não tem, nascituro não tem)Incapacidade
Capacidade de exercício
Capacidade de direito
Capacidade de exercício: não é toda pessoa que tem
Capacidade de direito: toda pessoa física
TEORIA DA INCAPACIDADE
Restrição legal
Protetiva
Exercício: própria pessoa (Parte 3º/ CC) 
Menores de 16 anos (menores impúberes)
Incapacidade ABSOLUTA: restrição total, restringe o exercício de direito e deveres total da pessoa
Incapacidade RELATIVA: situação indireta concreta, restrição relativa à alguns atos da vida civil ou ainda a alguns modos de exerce-lo
	
	INCAPACIDADE ABSOLUTA
	INCAPACIDADE RELATIVA
	Critério
	Objetivo (abstrato)
	Subjetivo (concreto) depende das condições de incapaz
	Restrição
	Dtos existenciais (já nasce com os direitos, ligado a direitos da personalidade, alimentação, casas) + Dtos patrimoniais
	Só dos patrimônios (Art 6º/ EPD)
	Ato deve ser realizado
	Pelo representante (no lugar do incapaz)
	Pelo incapaz relativo, mas deve ser assistido (alguém vai ajudar, assistir)
	Consequência do não cumprimento (do ato deve ser realizado) 
	Nulidade do ato (ato nulo), é anulado, a nulidade retroage
	Anulabilidade (anulação) do direito (ato anulável) pode ser anulado, direito se torna nulo quando é declarado judicialmente
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Quando ocorre o fim da sua causa. Regra: com a maioridade (18), exceção: emancipação (menor e capaz)
Art. 5º CC
Espécies de emancipação
Voluntária: independe da vontade do menor, pode ser revogada judicialmente caso tenha sido de má fé (com outra intenção), voluntariedade é dos pais, 
Art. 5º, parágrafo único, I, CC. Pais decidem voluntariamente (extrajudicialmente, menor tem que ser maior de 16) dizer que seu filho menor de 18 é capaz. Instrumento público. EXCEÇÃO: meninA, com 15 anos, grávida, é emancipada para casar.
Judicial: tutor ou sem pai/mãe. Art 5º, parte 2, § 1. Irrevogável. Tem que ter 16 anos completo. 
Legal: Art. 5º, §2 - Casamento, emprego público, colação de 3º grau (faculdade), estabelecimento (comércio, se mantém com o próprio dinheiro, não depende dos pais). Emancipação tácita: ato é casar, efeito é a emancipação tácita, algo indireto, não está escrito.
DIREITO DA PERSONALIDADE
Defender os diretos da própria existência
Terminologia
Direitos subjetivos
Direitos existenciais
Direitos fundamentaisdo indivíduo: direito da pessoa que lhe são devidos (honra, vida). AUTONOMIA: Não posso decidir algo se aquilo prejudica o outro, só posso decidir se as CONSEQUENCIAS forem para mim
Conceito: proteger, exercício essencial para o ser humano
Fundamento constitucional: dignidade
CF: cláusula geral de tutela e promoção da pessoa humana
Direitos fundamentais individuais: CF/ ART 5;
Proteção: preventiva (Antes de acontecer o dano. Ex: a pessoa não poder se aproximar); Repressão (1º tentativa é de reparar; 2º tentativa indenizar a pessoa)
Elementos
Direitos personalíssimos
Direitos extrapatrimoniaisCC/ Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Categorias
Direitos inatos: entram em minha esfera quando eu tenho capacidade do direito/aquisição do direito
Direitos adquiridos:
Características
CC/ Art. 11
Intransmissíveis: pertence ao seu titular, não pode ser transmitido (consequências patrimoniais dos direitos da personalidade podem ser transmitidas ou cedidas
Irrenunciáveis: não pode abrir mãos dos direitos. Ex: se pedir para alguém tirar sua vida, ela paga a pena, pois o direito à vida é irrenunciável
Ilimitados: não tem como quantificar, numerar ou nominar todos os direitos da personalidade
Absolutos: oponível erga omnes, todos devem respeitar o direito do outro à personalidade. Ex; o Estado tem que respeitar o MEU direito da personalidade
Extrapatrimoniais: não são inseridos a esfera patrimonial, só precisa existir para ter os direitos, não se sabe quanto vale uma vida, fora do comércio
Impenhoráveis: não pode dar de garantia, penhorar o nome, a honra
Imprescritíveis: podem ser exercidos a qualquer tempo
ART 12/ CC 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
	Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Proteção geral dos direitos da personalidade
		 Modos: preventiva e repressiva (recompensar, indenizar, quanto mais ela ganha mais ela paga)	
		 Efeitos para: vítima (compensar), causador (punição), social (pedagógico) 
Parágrafo único
Direito é intransmissível 
Dano indireto (“em ricochete”) Ex: falou mal do morto, mas atinge a família
“Legitimados” agem por direito próprio
Até 4º grau: exemplo primo (4º) sobrinho (3º) irmão (2º) pai (1º)
Exemplos de espécie de direitos da personalidade
A) Integridade física
Direito à vida, ao corpo, tratamento de saúde. Art. 14 e Art. 14/CC: Atos de disposição do próprio corpo. REGRA: indisponibilidade. 
EXCEÇÕES: 1) Exigência médica
	 2) Não diminuição permanente
	 3) Transplante (Art. 13, parágrafo único/ CC)
	 - Sem risco à saúde
		 - Não obrigatório
		 - Lei 9434/97
	 4) “Post Malen” Art. 14/ CC
 	 - Principio do “consenso afirmativo”
		 - Forma (vontade) livre
	 	 - Declaração da pessoa: não revogável pela família
		 - Art. 15/ CC
B) Integridade moral
C) Integridade intelectual