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ADRIANA PEREIRA MARTINS CARRIJO 262 64358

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2
ADRIANA PEREIRA MARTINS CARRIJO
Gravidez na Adolescência uma Conseqüência na Realidade no Município de Costa Rica MS
Costa Rica-MS
2011
ADRIANA PEREIRA MARTINS CARRIJO
Gravidez na Adolescência uma Conseqüência na Realidade no Município de Costa Rica MS
Gravidez na Adolescência uma Conseqüência na Realidade no Município de Costa Rica MS, apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação à nível de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. 
Orientadora: Prof a.. Dra. Adriane Pires
Costa Rica - MS
2011
No município de Costa Rica-MS, existem atualmente oito Unidades de Saúde da Família. Realizando uma busca no SISPRENATAL constatou-se um problema em comum em todas as Unidades de Saúde; o aumento de gravidez na adolescência. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivos, realizar um levantamento do número de adolescentes grávidas no município de Costa Rica e realizar um projeto de intervenção para adolescentes, “ Projeto Debutantes”, visando sensibilizá-las sobre as conseqüências de uma gravidez não planejada. Observamos durante a execução do projeto, a participação ativa da população, com poucas desistências, uma boa interação entre as adolescentes e os profissionais que participaram das palestras, sempre apresentando questionamentos e interesse por ambas as partes, incentivo financeiro e político para execução do projeto e principalmente a intersetorialidade entre diversas secretarias do município, proporcionando a população uma ação coletiva. Segundo as adolescentes participantes do projeto debutantes o que mudou na vida delas?, “melhora da auto-estima (sou mais feliz), mudança de comportamento (jeito de se vestir), higienização, postura, interação familiar, dialogo familiar, estudar para depois pensar em ser mãe”. Já os pais das adolescentes participantes do projeto relataram; “mudança de comportamento das filhas em casa com os familiares e mais interesse nos estudos”. Já para as ESFS o projeto proporcionou maior interação interdisciplinar através de oficinas diversificadas, focadas em questões de seu contexto social, tais como: drogas lícitas e ilícitas, os cuidados pessoais, orientações nutricionais, a importância da atividade física para uma vida saudável, a valorização da auto-estima, orientação sobre comportamento social e etiqueta, apresentação pessoal, habilidades manuais, a prevenção da gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis, dança, música, literatura e cultura. Observou-se através deste projeto e dos dados analisados um grande aumento de gravidez na adolescência, principalmente de 2010 para 2011, fator esse ocasionado por um aumento visível do número de pessoas residentes no município. Pode-se perceber que o grande problema ainda se enraíza na informação, isto é, as Estratégias de Família, possuem diversos programas, mas as famílias não se preocupam em participar desses. Só se consegue atingir um número maior de participantes quando se dá algo em troca, como vimos nesse projeto, a realização do projeto Debutantes, que agregou diversos setores da administração pública, fazendo com que um número maior de pessoas se envolvessem, onde podemos a partir dessas ações minimizar as conseqüências aqui apontadas
Palavras-chave: Gravidez na Adolescência Prevenção Saúde da Família
 
ADRIANA PEREIRA MARTINS CARRIJO
Gravidez na Adolescência uma Conseqüência na Realidade no Município de Costa Rica MS
Costa Rica-MS
2011
ADRIANA PEREIRA MARTINS CARRIJO
Gravidez na Adolescência uma Conseqüência na Realidade no Município de Costa Rica MS
Gravidez na Adolescência uma Conseqüência na Realidade no Município de Costa Rica MS, apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação à nível de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. 
Orientadora: Prof a.. Dra. Adriane Pires
Costa Rica - MS
2011
Sumário
	
1 Introdução	4
2 Metodologia	13
2.1 Plano de Ação	18
2.2 Descrição do Projeto de Intervenção	19
2.3 Impactos Causados pelo Projeto de Intervenção	20
Considerações Finais	21
Referências	22
1 Introdução
O nosso município está localizado ao norte do estado de Mato Grosso do Sul, distante cerca de 380km da capital, Campo Grande, possui uma população de 19.695 habitantes, conforme dados do censo IBGE/2010, dos quais cerca de 52% são homens e 48% mulheres. Os dados mostram também que a maior parte da população vive na zona urbana, aproximadamente 85%.
No que diz respeito à população infanto-juvenil, são 8.220 residentes entre 0 e 24 anos de idade, pouco mais de 42% do total – o que impõe um perfil eminentemente jovem à população, sendo 2.916 (14%) na faixa etária de 0 a 9 anos, 1.748 (9%) entre 10 e 14 anos, 1.770 (9.5%) entre 15 e 19 anos e 1.786 (9.5%) entre 20 e 24 anos.
O PIB de Costa Rica, para o ano de 2008, atingiu R$ 398.625 mil, o que equivale a R$ 21.109,166 reais per capita.
No tocante aos aspectos básicos de educação Costa Rica dispõe de uma rede de ensino com 9 escolas – 90% municipais e 10% estaduais, situadas na área urbana. As da rede municipal são essencialmente, da educação infantil ao ensino Fundamental, e as estaduais da educação infantil, fundamental e médio. 
Temos matriculado conforme dados da Secretaria Municipal de Educação de Costa Rica em 2011 na educação pré-escolar 812 alunos, no ensino fundamental 2.968 e no ensino médio 669.
As principais atividades econômicas do município são agricultura, pecuária e turismo e atualmente o setor sucroalcooleiro, que trouxe com sua implantação um grande fluxo de pessoas advindas de diversas regiões do Brasil, principalmente da região norte, aumentando assim o fluxo de transeuntes em nosso município.
A população infanto-juvenil corresponde em 2010 a 8.220 residentes, 42% do total dos habitantes de Costa Rica. Isso demonstra um perfil etário jovem no município, o que exige uma atenção especial do poder público em termos de programas específicos para a infância e a juventude, como corroborarão os indicadores abaixo.
	Sexo
	Menos de 1 ano
	1 a 4 
	5 a 9
	10 a 14
	15 a 19
	20 a 24
	Homens
	168
	580
	742
	909
	860
	963
	Mulheres
	163
	559
	704
	839
	910
	823
	Total
	331
	1.139
	1.446
	1.748
	1.770
	1.786
Fonte: IBGE, 2010
De acordo com Ohara e Saito (2008, p. 21) 
O Brasil é um país em desenvolvimento que, ao longo de séculos, vem buscando a organização de seus sistemas: econômico, de educação e de saúde. Constituído por uma unidade territorial privilegiada, vê-se frente ao desafio de estruturar-se e organizar-se para a melhor utilização de seus recursos com vistas a garantir qualidade de vida à sua população.
Ainda nesta mesma vertente me pauto em (CAMPOS, 2003; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006; ANDRADE 2007 apud OHARA e SAITO, 2008) “a saúde tem sido pauta de intensos debates e constantes movimentos que visam assegurar a garantia de acesso, a integralidade da atenção e o equilíbrio entre recurso e demanda”.
Segundo Andrade (2007, p. 39 apud OHARA e SAITO, 2008, p. 22):
Na constituição Brasileira de 1998, o conceito de Seguridade Social amplia-se, configurando-se num tripé: Saúde, Previdência e Assistência Social. Determina por meio de um arcabouço jurídico normativo a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS). No artigo 196 dessa Constituição, a saúde é declarada “... direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. 
O Sistema Único de Saúde se embasa na efetivação, aos quais os princípios são a universalidade, integralidade e a equidade traduzidas como um desafiode grande ordem, com diversidades política, sócio-econômica, cultural, educacional e estrutural, e exige o estabelecimento de diretrizes que possibilitem adequações. 
A saúde da família é a estratégia que o Ministério da Saúde recomendou para reorientar o modelo assistencial do Sistema Único de Saúde a partir da atenção básica.
Esta estratégia iniciou-se em junho de 1991, com o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Dados do Ministério da Saúde enfatizam que em janeiro de 1994 foram formadas as primeiras equipes, incorporando a atuação dos agentes numa média de um agente para 575 pessoas acompanhadas.
Ainda segundo dados do MS, uma unidade de saúde da família se destina a realizar atenção contínua nas especialidades básicas, com equipe multiprofissional habilitada, apta para desenvolver as atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde, características do nível primário de atenção.
Acredita-se, segundo Ohara e Saito (2008) que as unidades de saúde sejam capazes de resolver 85% dos problemas na área da saúde em suas comunidades, prestando atendimento de qualidade, evitando internações desnecessárias e melhorando a qualidade de vida da comunidade em toda esfera nacional.
Os objetivos da implantação do modelo de saúde da família, segundo o Ministério da Saúde, no documento “Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial” (Brasília – 1998) são: prestar assistência integral, contínua, com resolubilidade e boa qualidade às necessidade de saúde da população adscrita; intervir sobre os fatores de risco aos quais a população está exposta; humanizar as práticas de saúde através de estabelecimento de um vínculo entre os profissionais de saúde e a população; proporcionar o estabelecimento de parcerias através do desenvolvimento de ações intersetoriais; contribuir para a democratização do conhecimento do processo saúde/doença, da organização dos serviços e da produção social da saúde; fazer com que a saúde seja reconhecida como um direito de cidadania e, portanto, expressão de qualidade de vida; estimular a organização da comunidade para o efetivo exercício do controle social.
Diante desses objetivos, podemos entender a Saúde da Família como uma estratégia de reorganização do modelo assistencial, suas diretrizes organizativas são operacionalizadas mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Equipes essas responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada incluindo a zona rural. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da saúde dessa comunidade. Visando sensibilizar os profissionais que atuam na atenção primaria sobre a relevância de elaborar, aplicar e manter práticas de promoção da saúde, estimulando a participação da comunidade para que hábitos saudáveis possam melhorar os indicadores de saúde e resultar em qualidade de vida. 
Para que as unidades de saúde alcance esses indicadores o Ministério da Saúde criou vários programas de saúde entre eles: Saúde da criança, Saúde do adolescente, Saúde da mulher, Saúde do adulto, Saúde do idoso, hiperdia, hanseníase, tuberculose entre outros.
O Ministério da Saúde oficializou em outubro de 1988, o Programa do Adolescente (PROSAD) que tem como objetivos: promover a saúde integral do adolescente, favorecendo o processo geral de seu crescimento e desenvolvimento, buscando reduzir a morbimortalidade e os desajustes individuais e sociais; normatizar as ações consideradas nas áreas prioritárias; estimular e apoiar a implementação dos programas estaduais e municipais, na perspectiva de assegurar ao adolescente um atendimento adequado às suas características, respeitando as particularidades regionais e a realidade local; promover e apoiar estudos e pesquisas multicêntricas relativas à adolescência; estimular a criação de um sistema de informação e documentação dentro de um Sistema Nacional de Saúde, na perspectiva da organização de um centro produtor, coletor e distribuidor de informações sobre adolescência; contribuir com as atividades intra e interinstitucionais, nos âmbitos governamentais e não-governamentais, visando a formulação de uma política nacional para a adolescência e juventude, a ser desenvolvida nos níveis federal, estadual e municipal.
Figueiredo (2005, p. 278) descreveu que as ações básicas propostas pelo PROSAD fundamentam-se numa política de promoção de saúde, identificação de grupos de riscos, detecção dos agravos tratamento adequado e reabilitação. Foram consideradas áreas prioritárias o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento, a sexualidade, a saúde do escolar, a prevenção de acidentes, o trabalho cultural, o lazer e o esporte.
Em termos cronológicos a adolescência inicia-se aos 11 anos e termina por volta dos 25 anos. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), adolescente compreende a fase da vida que vai dos 10 aos 19 anos, subdividindo-se em dois subperíodos: de 10 a 14 anos e de 15 a 19 anos; o Estatuto da criança e do Adolescente (ECA) estabelece a faixa etária de 12 a 18 anos. Já para o Ministério da Saúde, a adolescência situa-se entre os 10 e 19 anos (GENIOLE; et al., 2010). 
Autores como Aberastury (1991), Knobel (1991), Osório (1991), Takiuti, (1994) e Ribeiro (1997) comentados por Ohara e Saito (2008), afirmam que a adolescência é considerada uma das etapas evolutivas e peculiares do ser humano, momento em que culmina todo o processo evolutivo biopsicossocial do indivíduo. Portanto, não se pode estudar e compreender adolescência separadamente dos aspectos biológicos, psicológico, sociais e culturais.
A saúde do adolescente e jovem tem como eixo estruturante o seu pleno crescimento e desenvolvimento, contemplando aspectos de promoção da saúde, prevenção, diagnóstico precoce e recuperação dos agravos à saúde.
O atendimento à saúde do adolescente e jovem deve ser priorizado no acolhimento, com vistas a estabelecer vínculo de confiança entre a equipe de saúde, e o adolescente e sua família, com aplicação das referências e princípio do SUS e, assim, garantir a atenção integral e prestação de atendimento humanizado com prioridade. É fundamental estabelecer agendamento, espaço próprio, horário definido para realizar o atendimento com empatia e respeito, disponibilidade para ouvir, postura profissional, observação de confidencialidade, linguagem adequada e paciência.
Os princípios fundamentais que orientam a linha de atenção ao adolescente e jovem devem seguir estas colunas segundo o MS: Ética: a relação profissional de saúde com os adolescentes e jovens devem ser pautadas pelos princípios de respeito, autonomia e liberdade; Privacidade: adolescentes e jovens podem ser atendidos de forma individualizada se for uma necessidade por eles; Confidencialidade e sigilo: é um direito dos adolescentes e jovens a garantia de que as informações obtidas no atendimento não serão repassadas aos seus pais e/ou responsáveis, bem como aos seus pares, sem a sua concordância explicita, devendo, entretanto, ser informados sobre as situações que requerem quebra de sigilo, caso haja risco de morte e outras situações relevantes como abuso sexual (BRASIL, 2005).
Geniole et al. (2010) relembra o estimado e inesquecível Professor Joaquim Cardoso de Mello, que relatou que cabe a Estratégia Saúde da Família o papel de promover a saúde dos adolescentes consistindo não só em identificar os fatores que favorecem as iniqüidades, mas, sobretudo, atuar como sujeito de mudanças radicais dos hábitos e comportamentais da população e das formas de gestão dos serviços de saúde. Os serviços precisam adotar uma postura democrática, abrangente, que perceba e respeite as peculiaridades culturais, abrindo canais entre os setores sociais, políticos, econômicos, educacionais, os meios de comunicação e meio ambiente, com vista a uma parceria, como estratégia de gestão, acompanhamento das ações de saúde e controle social, portanto,é pautar as praticas de promover e educar.
A adolescência faz a conexão real da infância e da maturidade, sendo que em uma grande proporção, isto é, na maioria das vezes ela se funde com o início da puberdade, apesar de serem processos distintos. Pode-se dizer que a puberdade se restringe apenas ao fenômeno biológico, que envolve a maturação sexual, como o desenvolvimento do broto mamário e dos pelos pubianos, enquanto que a adolescência é um processo bem como a integração do jovem com a sociedade e a singularidade de cada um. 
Segundo Souza e Oliveira (2009 apud GENIOLE et al. 2010) a adolescência é desencadeada por mudanças corporais fisiológicas e caracterizando a fase de transição entre a infância e a idade adulta, que é marcada por inúmeras transformações físicas e psicológicas, podendo ou não resultar em problemas futuros para o desenvolvimento do indivíduo, o que pode ser complicado com o surgimento de uma gravidez indesejada.
Segundo Geniole et al. (2011) as principais causas da ocorrência de gestação não planejada na adolescência relacionam-se aos aspectos emocionais dos envolvidos e ao estilo de vida do mundo atual. É fato que a maturação sexual, também cada vez mais precoce, apresenta influência direta. A sensação de indestrutibilidade, típica dessa fase, também contribui para uma maior exposição dessa prática sexual desprotegida. O imediatismo, outra forma característica emocional responsável pela busca do prazer instantâneo, faz com que a adolescente nem considere a possibilidade de engravidar. 
A sociedade também é responsável por uma parcela, onde se observa nitidamente a omissão de informação por parte dos adultos e, em contrapartida, o apelo erótico cada vez mais em evidência na mídia resultam em incentivo ao comportamento inconseqüente dos adolescentes. Os fatores socioeconômicos apresentam relação direta com a ocorrência de gravidez na adolescência, quanto mais precária é a condição econômica e mais baixa a escolaridade, é maior o índice de gravidez.
Convém ressaltar dois aspectos, o primeiro diz respeito à observação de que situação tende a repetir-se, ou seja, filhas de mães que engravidaram durante a adolescência, geralmente engravidam na mesma faixa etária; o segundo aspecto é mais subjetivo. Nas populações de classes econômicas mais baixas, que geralmente não têm acesso à saúde, cultura, lazer e emprego, uma gravidez pode representar instantânea elevação de status social.
Pesquisas e estudos recentes mostram que as adolescentes que engravidam são em sua maioria, as quem tem baixa estima, logo a gestação não deixa de ser uma forma de serem “vistas” pela sociedade e, por essas razões, a gravidez se torna desejável. È pelas mesmas razões que já não se utiliza a expressão “Gravidez Indesejada” e sim “Gravidez Não Planejada”.
As conseqüências de uma gestação não planejada na adolescência são várias, compreendendo os aspectos físicos e sociais. As adolescentes não mudam seus estilos de vida, freqüentam festas noturnas, uso de bebidas alcoólicas, uso de drogas durante a gestação.
Segundo Geniole et al. (2010, p. 80):
A ausência do pré-natal ou a realização precária do mesmo, por vergonha da barriga ou por não terem acesso, as adolescentes gestantes raramente procuram a Unidade de Saúde da Família, já se encontram em meados do terceiro trimestre e a esta altura pouco se pode fazer para prevenir ou tratar certas situações; figuram as principais causas de complicações durante a gestação, parto e puerpério em adolescente: desproporção fetopélvica, que aumenta conforme o estágio de desenvolvimento puberal da adolescente; mortalidade neonatal; baixo peso ao nascer; anemia ferropriva; mortalidade materna; aborto espontâneo; doença hipertensiva exclusiva da gestação (DHEG); prematuridade, dentre outros. 
Sousa e Gomes (2009, p. 02) relatam que:
A associação da gravidez à adolescência amplifica as transformações próprias da adolescência, tornando-o um período crítico em que se confrontam a busca da identidade, a expectativa profissional e a necessidade de responder à imposição da sociedade de tornar-se mãe. [...] Com a elevada freqüência de gestação na adolescência, há tendência à maior prevalência de problemas de crescimento e desenvolvimento, educacionais, de aprendizado, emocionais, comportamentais e complicações no ciclo gestatório-puerperal, além de maior chance de evasão escolar, má qualificação profissional e proles numerosas 
Podemos perceber que estas associações, nos levam a desenvolver ações por parte da equipe de saúde da família, no que tange no primeiro momento minimizar os problemas de gravidez não planejada, ações essas que são: o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas: este projeto surgiu em 2003, através de uma ação conjunta entre os Ministérios da Educação e da Saúde com apoio da UNESCO e UNICEF, despontando como uma inovadora e eficiente ação e, busca de promoção de saúde de adolescentes e jovens. Destaca-se: a saúde sexual e reprodutiva, questões referentes às doenças sexuais, gravidez na adolescência e assuntos relacionados às questões de etnia, gênero e violência a disponibilização de preservativos dentro das escolas, entre outros.
Geniole et al. (2010) descreve que o Programa de Saúde na Escola (PSE): instituído pelo Presidente da República através do Decreto n° 6.286, de 05 de dezembro de 2007, foi criado com a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública básica de educação, por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde. 
Diante disso, no município de Costa Rica-MS, existem atualmente oito Unidades de Saúde, sendo elas: ESF Vale do Amanhecer, ESF Paraíso, ESF São Francisco, ESF Vila Nunes, ESF Sonho Meu III, ESF Central, ESF Rural e Unidade Básica de Saúde. No dia vinte e cinco de setembro de dois mil e onze, realizei uma busca no programa de informação, Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (SISPRENATAL) e constatou-se um problema em comum em todas as Unidades de Saúde, foram analisados 4 anos sendo os seguintes períodos: no período de 01/01/2008 à 31/12/2008 tivemos cadastradas no programa 25 gestantes adolescentes; já no período de 01/01/2009 à 31/12/2011 esse número passa para 52 adolescentes grávidas, no ano seguinte de 01/01/2010 a 31/12/2010 tivemos 71 gestantes adolescentes no mesmo período avaliado. Já no período de 01/01/2011 á 30/08/2011 temos 80 adolescentes grávidas, enfatizando-se que restam quatro meses para que o período de avaliação seja completo, sugerindo-se um aumento importante no número de gestações entre adolescentes o que reflete fragilidade dos programas de ação.
Diante do exposto, este trabalho teve como objetivos, realizar um levantamento no número de adolescentes grávidas no município de Costa Rica e realizar um projeto de intervenção para adolescentes, visando sensibilizá-los sobre as conseqüências de uma gravidez não planejada.
2 Metodologia
Trata-se de um projeto de intervenção que conforme dados de Correia et al. (2010), teve como objetivo a aplicação do método do Planejamento Estratégico Situacional, é preciso considerar a construção como uma caminhada na qual cada passo dado refere-se a um conjunto de atividades que precisam ser conhecidas e elaboradas para que, ao final, seja possível o desenho do plano como um todo.
Definição de Problemas: Conforme descrito anteriormente, a associação da gravidez na adolescência amplifica as transformações próprias da adolescência, tornando-a um período crítico em que se confrontam a busca da identidade, a expectativa profissional e a necessidade de responder à imposição da sociedade de tornar-se mãe. Como já mencionado observa-se uma elevada freqüência de gestação na adolescência, propiciando cada vez mais, uma tendência à maior prevalência de problemas de crescimento e desenvolvimento, educacionais, de aprendizado, emocionais, comportamentais e complicações no ciclo gestatório-puerperal, além de maior chance de evasão escolar, má qualificação profissional e proles numerosas.Priorização dos Problemas: Tivemos como prioridade mostrar as conseqüências que levam a gravidez não planejada na adolescência, pois se conseguirmos minimizar partes desses problemas, suas conseqüências seriam bem menores.
Descrição dos Problemas: Em seguida iremos demonstrar através de dados do programa SISPRENATAL (BRASIL, 2011) em uma retrospectiva de 44 meses analisados (janeiro de 2008 à agosto de 2011), em 07 Unidades de Saúde da Família o número de gravidez por faixa etária no município de Costa Rica.
	
	ESF Vale do Amanhecer
	
Anos Analisados
	
	Faixa Etária
	
	10 a 14 anos
	15 a 19 anos
	20 a 24 anos
	25 a 29 anos
	30 a 34 anos
	35 a 39 anos
	40 a 44 anos
	Total de gestantes
	
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	2008
	00
	00
	05
	12
	18
	44
	08
	19
	09
	21
	01
	02
	00
	00
	41
	2009
	00
	00
	16
	28
	19
	33
	12
	21
	06
	10
	03
	05
	01
	02
	57
	2010
	00
	00
	15
	20
	27
	37
	20
	27
	08
	10
	02
	03
	01
	01
	73
	Até agosto de 2011
	03
	05
	21
	36
	18
	31
	12
	21
	03
	5
	00
	00
	00
	00
	57
Fonte: (BRASIL, 2011)
	ESF Vila Nunes
	
Anos Analisados
	Faixa Etária
	
	10 a 14 anos
	15 a 19 anos
	20 a 24 anos
	25 a 29 anos
	30 a 34 anos
	35 a 39 anos
	40 a 44 anos
	Total de gestantes
	
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	N°
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	%
	N°
	2008
	00
	00
	01
	05
	07
	35
	07
	35
	02
	10
	02
	10
	01
	05
	20
	2009
	00
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	09
	27
	12
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	09
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	03
	09
	00
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	00
	00
	33
	2010
	00
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	12
	27
	14
	31
	10
	22
	07
	16
	01
	02
	00
	00
	44
	Até agosto de 2011
	01
	03
	11
	33
	09
	27
	05
	15
	04
	12
	02
	06
	01
	03
	33
Fonte: (BRASIL, 2011)
	Unidade Básica de Saúde
	
Anos Analisados
	Faixa Etária
	
	10 a 14 anos
	15 a 19 anos
	20 a 24 anos
	25 a 29 anos
	30 a 34 anos
	35 a 39 anos
	40 a 44 anos
	Total de gestantes
	
	N°
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	2008
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	02
	12
	00
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	17
	2009
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	03
	13
	09
	39
	08
	35
	02
	09
	01
	10
	00
	00
	23
	2010
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	01
	05
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	55
	05
	25
	02
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	10
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	20
	Até agosto de 2011
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	03
	15
	04
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	06
	30
	06
	30
	00
	00
	01
	10
	20
Fonte: (BRASIL, 2011)	
	ESF Paraíso
	
Anos Analisados
	Faixa Etária
	
	10 a 14 anos
	15 a 19 anos
	20 a 24 anos
	25 a 29 anos
	30 a 34 anos
	35 a 39 anos
	40 a 44 anos
	Total de gestantes
	
	N°
	%
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	%
	N°
	%
	N°
	%
	N°
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	2008
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	01
	04
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	03
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	01
	04
	25
	2009
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	02
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	64
	03
	12
	04
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	25
	2010
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	06
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	36
	08
	28
	02
	07
	01
	03
	01
	03
	28
	Até agosto de 2011
	00
	00
	05
	18
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	28
	06
	21
	06
	21
	03
	11
	00
	00
	28
Fonte: (BRASIL, 2011)
	ESF São Francisco
	Anos Analisados
	Faixa Etária
	
	10 a 14 anos
	15 a 19 anos
	20 a 24 anos
	25 a 29 anos
	30 a 34 anos
	35 a 39 anos
	40 a 44 anos
	Total de gestantes
	
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	%
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	2008
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	2009
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	08
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	18
	35
	16
	31
	08
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	01
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	51
	2010
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	13
	23
	19
	34
	15
	27
	05
	09
	02
	03
	00
	00
	55
	Até agosto de 2011
	02
	07
	12
	42
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	11
	08
	28
	01
	03
	02
	07
	00
	00
	28
Fonte: (BRASIL, 2011)
	ESF Sonho Meu III
	
Anos Analisados
	Faixa Etária
	
	10 a 14 anos
	15 a 19 anos
	20 a 24 anos
	25 a 29 anos
	30 a 34 anos
	35 a 39 anos
	40 a 44 anos
	Total de gestantes
	
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	%
	N°
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	N°
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	2008
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	04
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	06
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	2009
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	10
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	29
	10
	21
	09
	18
	04
	08
	01
	02
	48
	2010
	00
	00
	14
	31
	17
	37
	08
	17
	06
	13
	00
	00
	00
	00
	45
	Até agosto de 2011
	03
	08
	13
	34
	10
	26
	11
	29
	04
	10
	00
	00
	00
	00
	38
Fonte: (BRASIL, 2011)
	ESF Central
	Anos Analisados
	Faixa Etária
	
	10 a 14 anos
	15 a 19 anos
	20 a 24 anos
	25 a 29 anos
	30 a 34 anos
	35 a 39 anos
	40 a 44 anos
	Total de gestantes
	
	N°
	%
	N°
	%
	N°
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	N°
	%
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	%
	N°
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	N°
	2008
	00
	00
	06
	15
	17
	43
	08
	20
	06
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	01
	02
	01
	02
	39
	2009
	00
	00
	04
	09
	13
	31
	12
	28
	11
	26
	02
	05
	00
	00
	42
	2010
	00
	00
	09
	21
	14
	33
	11
	26
	07
	16
	00
	00
	01
	02
	42
	Até agosto de 2011
	01
	02
	08
	23
	10
	28
	10
	28
	05
	14
	01
	02
	00
	00
	35
Fonte: (BRASIL, 2011)
 Explicação do Problema selecionado: Ao comparar o número de adolescentes grávidas no município de Costa Rica, durante estes quatro anos, separadamente por Unidade de Saúde, podemos chegar aos seguintes resultados, praticamente todas as Unidades de Saúde apresentam um acentuado aumento no número de adolescentes grávidas, com exceção do ESF Paraíso e Unidade Básica de Saúde que apresentaram pouca variação, quando comparadas as demais Unidades. Isso porque a Unidade Básica de Saúde só atendem gestantes de riscos, já o ESF Paraíso fica localizado em um distrito de Costa Rica que não esta sofrendo conseqüências com o grande aumento de transeuntes e com o rápido desenvolvimento da cidade. 
 Seleção de nós Críticos: O município de Costa Rica tem passado por um considerável desenvolvimento nesses últimos quatro anos, com o aumento do turismo no município, além da construção de usina sucroalcooleira e estradas federais que cercam o município, trazendo para o município uma população flutuante de aproximadamente 4000.00 pessoas, composta de 90% do sexo masculino. Como descrito anteriormente o ESF Paraíso é um distrito do município de Costa Rica que não sofreram as conseqüências desse desenvolvimento, portanto é possível observar que a variação de gravidez na adolescência neste local não pode ser medida por não ter recebido tais influências. Também podemos observar que há falta de informação sobre as conseqüências de uma gravidez na adolescência, hábitos e estilo de vida também são críticos frente ao enfretamento do problema de gravidez não planejada. 
2.1 Plano de Ação
	O que fazer?
	Por que fazer?
	Como fazer?
	Quando fazer?
	Quem vai fazer?
	Parcerias
	Como Avaliar?
	 Executar o Projeto Debutantes em Costa Rica.
	A necessidade de uma intervenção com atividades de interesse jovens, que promova e estimule o seu desenvolvimento, a sua responsabilidade social enquanto promotor da sua própria saúde e bem-estar, fortalecendo a aquisição de recursos pessoais no enfrentamento de adversidades, tanto familiares, quanto sociais.
	Realização de um evento que marcasse a fase de transição da vida de meninas pré-adolescentes para os 15 anos, onde por meio de oficinas específicas, sejam trabalhadas as questões de seu contexto social, tais como: drogas lícitas e ilícitas, os cuidados pessoais, orientações nutricionais, a importância da atividade física para uma vida saudável, a valorização da auto-estima, orientação sobre comportamento social e etiqueta, apresentação pessoal, habilidades manuais, a prevenção da gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis, dança, música, literatura e cultura.
	O projeto teve início em abril 2011, com previsão para termino em dezembro de 2011. Sendo que o projeto também será executado em 2012.
	Secretaria de Promoção Social;
Secretaria Municipal de Turismo, Meio Ambiente, Cultura e Esporte;
Secretaria Municipal de Educação;
Secretaria Municipal de Saúde Pública
Núcleo de Apoio da Família. 
	Estas oficinas serão emparceria com os agentes comunitários de cada ESF, e acontecerão nos dois turnos, matutino e vespertino, para atingir o público alvo pré-selecionado pela equipe do NASF.
	Durante roda de conversa, que será realizada no final do projeto com as adolescentes, pais e profissionais das ESFs que participaram do projeto.
	Implantar o Programa Saúde na Escola (PSE).
	O Programa é voltado para jovens e adolescentes é de fundamental importância para o desenvolvimento, pois são agentes multiplicadores de informações de informação e a esperança de conquista e melhorias para o futuro, ao mesmo tempo é uma fase de transição vulnerável que necessita de orientação, cuidados.
	O Programa será desenvolvido em todas as escolas do município com exceção das 2 escolas particulares que existe no município.
Saúde e prevenção nas escolas: Educação para saúde sexual, saúde reprodutiva e prevenção das DST/AIDS, prevenção de gravidez não planejada. 
 
	O Programa terá inicio em 2012, no inicio do ano escolar, e fará parte do calendário escolar das escolas
	Todas as Unidades de Saúde em escolas em pertencem a sua área adscrita.
	Secretaria Municipal de Educação, Escolas Municipais e escolas Estaduais.
	Implantar o Programa Saúde na Escola (PSE).
	
2.2 Descrição do Projeto de Intervenção 
Observamos durante a execução do projeto como pontos positivos, a participação ativa da população, com poucas desistências, uma boa interação entre as adolescentes e os profissionais que participaram das palestras, sempre apresentando questionamentos e interesse por ambas as partes, incentivo financeiro e político para execução do projeto e principalmente a intersetorialidade entre diversas secretarias do município, proporcionando a população uma ação coletiva. 
Quanto às limitações principalmente com espaço físico inadequado em algumas Unidades de Saúde, para realização das palestras, sendo que algumas palestras foram realizadas em outros bairros dificultando a participação das adolescentes, outra limitação também sobre recurso físico sobrecarregando alguns profissionais que participaram do projeto.
Espera se com o projeto das debutantes, prestarem informações mais claras e objetivas quanto à gravidez na adolescência, que essas informações possam ser refletivas posteriormente com a diminuição no número de adolescentes grávidas no município de Costa Rica.
 2.3 Impactos Causados pelo Projeto de Intervenção
Durante rodas de conversa realizadas entre os dias 24 a 28 de outubro de 2011, realizadas com as adolescentes, com os pais e a Equipe de Saúde da Família podemos observar os seguintes relatos: das adolescentes participantes do projeto debutantes o que mudou na vida delas após o projeto?, “melhora da auto-estima (sou mais feliz), mudança de comportamento (jeito de se vestir), higienização, postura, interação familiar, dialogo familiar, estudar para depois pensar em ser mãe”, são palavras expressadas pelas próprias adolescentes. Já os pais das adolescentes participantes do projeto relataram; “mudança de comportamento das filhas em casa com os familiares e mais interesse nos estudos”. Para a Equipe de Saúde da Família o projeto proporcionou maior interação interdisciplinar e entre as demais equipes do município, além de ser um projeto que realmente fez acontecer, ou seja, não ficou somente no papel ele realmente teve desenvolvimento e boas conseqüências.
Considerações Finais
Diante do panorama mostrado durante todo o processo do projeto, mesmo fundamentadas em leis, programas, pesquisas e estudo pode-se perceber que o grande problema ainda se enraíza na informação, isto é, as Estratégias de Família, possuem diversos programas, mas as famílias não se preocupam em participar desses e nem as adolescentes. Só se consegue atingir um número maior de participantes quando se dá algo em troca, como vimos nesse projeto, a realização do projeto Debutantes, que agregou diversos setores da administração pública, fazendo com que um número maior de pessoas se envolvessem, onde podemos a partir dessas ações minimizar as conseqüências aqui apontadas.
Observou-se um grande aumento de gravidez na adolescência, principalmente de 2010 para 2011, fator esse ocasionado por um aumento visível do número de pessoas residentes no município.
Abaixo apresentamos um gráfico que descreve nitidamente este aumento, ao qual podemos perceber que este número de gravidez na adolescência vem crescendo de forma excessiva, como mostrado anteriormente nos gráficos de cada Estratégia de Saúde Familiar.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Saúde do Adolescente, 2005 Disponível em: <http://www.ministeriodasaude.gov.br>. Acesso em: 12 de set. 2011. 
BRASIL. Ministério da Saúde. SISPRENATAL, 2011. Disponível em: <http://www.ministeriodasaude.gov.br>. Acesso em: 28 de agos. 2011.
CORREIA. Adélia Delfina da Motta S; VIEIRA Cristiano Costa Argemon (Orgs). Atenção Básica em Saúde da Família: Integralidade na Atenção à Saúde. Campo Grande: UFMS, 2010.
COSTA, Elisa Maria Amorim; CARBONE, Maria Herminda. Saúde da Família: uma abordagem interdisciplinar. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida. Ensinando a Cuidar em Saúde Pública. São Caetano do Sul: Yendis, 2005.
GENIOLE, Leika Aparecida Ishiyama; KODJAOGLANIAN, Vera Lúcia (Orgs.) Atenção Básica em Saúde da Família: assistência de enfermagem por Ciclo de vida, Módulo 8. Campo Grande: UFMS, 2011.
GENIOLE, Leika Aparecida Ishiyama; KODJAOGLANIAN, Vera Lúcia (Orgs.) Atenção Básica em Saúde da Família: Assistência Multidisciplinar à Saúde, vol. 1. Campo Grande: UFMS, 2011.
IBGE. Dados Municípios Costa Rica. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 02 de out. 2011.
OHARA, Elisabete Calabuig Chapina; SAITO, Raquel Xavier de Souza (Orgs.). Saúde da Família: considerações teóricas e aplicabilidade. São Paulo: Martinari, 2008.
SOUSA, Michelle Chintia Rodrigues de; GOMES, Keila Rejane Oliveira. Conhecimento objetivo e percebido sobre contraceptivos hormonais orais entre adolescentes com antecedentes gestacionais. Cad. Saúde Pública, vol. 25, nº 3, Rio de Janeiro, Mar. 2009. Disponível em: <http://www.scielosp.or/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010231120090003000...>. Acesso em: 26 de set. 2011.

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